RIBEIRO, Luiz da Silva - OS AÇORES DE PORTUGAL. Conferencia realizada na Associação de Classe dos Empregados no Comercio de Angra do Heroismo em 16 de Março de 1919. (Com notas justificativas). Angra, Livraria Editora Andrade, [1919]. In-8.º (19,5 cm) de 44 p. ; B.
1.ª edição.
Conferência pronunciada em época de exaltação separatista.
Trabalho dedicado pelo autor "Á memória de Ciprião de Figueirêdo, de Brianda Pereira e dos bravos herois da batalha da Salga em 1581, para que ela mantenha, sempre puro, em corações açoreanos o amor à nobre terra portuguesa".
Opúsculo muito valorizado pela dedicatória manuscrita do autor ao Prof. João Maria Telo de Magalhães Colaço.
"Em princípios do século XV Gonçalo Velho Cabral, Comendador de Almurol, por mandado do infante D. Henrique, aportou às ilhas dos Açores que anos depois começaram a ser colonizadas, entrando nessa colonização elementos étnicos diferentes, entre os quais o flamengo, por ser ao tempo grande a colónia flamenga em Portugal, mas sempre com notável predominio do elemento português que foi o que entrou em maior número. [...]
Que portugueses eram esses?
Os portugueses do século XV, os descendentes daqueles valorosos soldados~que um século antes, cheios de patriotismo, haviam firmado com sangue a nossa independência, cobrindo-se de glória em Aljubarrota; portugueses da época mais notável da nossa vida nacional; portugueses fortes e liais, ainda não depauperados pelas conquistas nem corrompidos pelo oiro do Oriente..."
(Excerto da Conferência)
Luís da Silva Ribeiro
(Angra do Heroísmo, 1882-1955). "Foi um jurista,
intelectual e político açoriano que se distinguiu como etnógrafo e
animador do movimento cultural que levou à criação do Instituto
Histórico da Ilha Terceira e das instituições equivalentes nos restantes
antigos distritos dos Açores. Bacharel em Direito pela Universidade de
Coimbra, regressou a Angra do Heroísmo, cidade onde residiu toda a sua
vida e onde exerceu diversas cargos administrativos e políticos, pese
embora a sua mal-disfarçada oposição ao Estado Novo e a suspeição com
que sempre foi visto pelos poderes instalados após o Golpe de 28 de Maio
de 1926. É autor de uma extensa obra publicada, compreendendo mais de
180 trabalhos, a maior parte no Boletim do Instituto Histórico da Ilha
Terceira, mas com muitos trabalhos dispersos por periódicos lusófonos.
Vitorino Nemésio dedicou-lhe a sua obra Corsário das Ilhas com a seguintes palavras, bem demonstrativas da consideração em que o tinha: 'Ao Dr. Luís Ribeiro, alma e consciência da nossa ilha e dos Açores'."
(Fonte: Wikipédia)
(Fonte: Wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível
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