1.ª edição.
Homenagem ao Dr. António Martins, conhecido médico e desportista português que integrou o C. E. P., em França. Conjunto
de testemunhos de amigos, colegas e camaradas de armas.
Livro iustrado com 38 fotogravuras impressas em folhas separadas do texto.
"No princípio da tarde do dia 4, a linda capital portuguesa oferecia um aspecto singular e inconfundível: o contraste vivo entre uma festa nacional e política e os funerais dum grande e glorioso Português. [...]
O extinto era o Dr. Antonio Martins, glorificador de Portugal na linha de fogo em Flandres, no campeonato do Tiro, que lhe conferiu honras primaciais em todo o mundo, e na sciencia medica, da qual foi, mais do que profissional insigne, uma gloria admiravel pela abnegação, pela caridade cristianissima, pelo zelo ardente, digno de um genuino apóstolo."
(Excerto de A Capital de Luto : os imponentes funeraes do Dr. Antonio Martins)
António Augusto da Silva Martins (1892-1930). "Nasceu em Abrantes, no dia 4 de Abril de 1892. Médico, desportista e combatente, este filho de Abrantes, esteve no Corpo Expedicionário Português (C.E.P.) em França, servindo no Regimento de Infantaria 23 (R.I. 23), sob o comando do então Major Hélder Ribeiro. Tomou parte na ofensiva geral dos aliados, com o posto de Tenente Médico, onde foi condecorado com a fourragère da Torre e Espada, a Ordem de Cristo, em campanha, com palma e a medalha da Vitória.
Da sua folha militar consta: “...incorporado em 1912, por ter a idade própria, na 7.ª companhia de Saúde, onde foi encarregado de fazer um curso de ginástica sueca para a referida companhia, tendo como monitores estudantes de medicina. Frequentou as escolas de cabos e sargentos, sendo licenciado neste último posto.
Em 1918 foi mobilizado e incorporado como tenente medico no batalhão de infantaria 14, com o qual partiu para França, em 18 de Maio, fazendo parte do C. E. P., mais tarde transferido para o 6.º grupo de Metralhadoras, na retaguarda...”.
“Por esta altura, soube-se que o Regimento 23 ia ser enviado para a linha de batalha e o Dr. António Martins ofereceu-se (*). Na perseguição aos alemães, atravessou o rio Escalda ficando a alguns quilómetros ao norte de Tournai, por ter findado a guerra em 11 de Novembro” (data do Armistício).
"No princípio da tarde do dia 4, a linda capital portuguesa oferecia um aspecto singular e inconfundível: o contraste vivo entre uma festa nacional e política e os funerais dum grande e glorioso Português. [...]
O extinto era o Dr. Antonio Martins, glorificador de Portugal na linha de fogo em Flandres, no campeonato do Tiro, que lhe conferiu honras primaciais em todo o mundo, e na sciencia medica, da qual foi, mais do que profissional insigne, uma gloria admiravel pela abnegação, pela caridade cristianissima, pelo zelo ardente, digno de um genuino apóstolo."
(Excerto de A Capital de Luto : os imponentes funeraes do Dr. Antonio Martins)
António Augusto da Silva Martins (1892-1930). "Nasceu em Abrantes, no dia 4 de Abril de 1892. Médico, desportista e combatente, este filho de Abrantes, esteve no Corpo Expedicionário Português (C.E.P.) em França, servindo no Regimento de Infantaria 23 (R.I. 23), sob o comando do então Major Hélder Ribeiro. Tomou parte na ofensiva geral dos aliados, com o posto de Tenente Médico, onde foi condecorado com a fourragère da Torre e Espada, a Ordem de Cristo, em campanha, com palma e a medalha da Vitória.
Da sua folha militar consta: “...incorporado em 1912, por ter a idade própria, na 7.ª companhia de Saúde, onde foi encarregado de fazer um curso de ginástica sueca para a referida companhia, tendo como monitores estudantes de medicina. Frequentou as escolas de cabos e sargentos, sendo licenciado neste último posto.
Em 1918 foi mobilizado e incorporado como tenente medico no batalhão de infantaria 14, com o qual partiu para França, em 18 de Maio, fazendo parte do C. E. P., mais tarde transferido para o 6.º grupo de Metralhadoras, na retaguarda...”.
“Por esta altura, soube-se que o Regimento 23 ia ser enviado para a linha de batalha e o Dr. António Martins ofereceu-se (*). Na perseguição aos alemães, atravessou o rio Escalda ficando a alguns quilómetros ao norte de Tournai, por ter findado a guerra em 11 de Novembro” (data do Armistício).
Ainda em França, no C.E.P., durante a guerra não
descurando a parte desportiva e aproveitando a camaradagem de um oficial
inglês, o seu entusiasmo pelo desporto, fê-lo aperfeiçoar o seu estilo
no lançamento do disco, tendo ultrapassado os 35 metros, o que
constituiu o “recorde” nacional.
No último período da guerra, em
França, nos Jogos Pershing, recebeu este combatente, o seu baptismo
internacional, com a pistola de precisão.
O Dr. António Martins
cultivou quase todos os desportos, especialmente tiro. Fez natação,
esgrima, equitação, atletismo, e chegou a dar lições de “boxe” com Silva
Ruivo. Os desportos atléticos, iniciados no liceu de Coimbra,
continuaram de 1912 a 1921, no Club Internacional de “Footbal”.
Porém,
onde o seu vulto desportivo mais se ergueu, foi no tiro de pistola,
onde atingiu a sublime perfeição das modalidades desportivas praticadas,
na então “Sociedade de Tiro N.º 2 (Antigo Grupo Pátria). Combatente,
desportista e eminente médico, Dr. António Augusto da Silva Martins, foi
vítima mortal de acidente aos 38 anos de idade, quando treinava na
Carreira de Tiro de Pedrouços. Lembremos pois, este “Combatente de
Portugal, filho de Abrantes”, com um episódio da sua gloriosa vida de
atirador e amor à Pátria: Na carreira de “Tiro de Santander”, Espanha,
em 1926, oito anos depois do Armistício (11NOV18), o notável médico,
envergou a sua velha e honrada farda de oficial combatente da Grande
Guerra, e obteve o 1º lugar na modalidade “tiro de pistola”.
(*) No
“Aditamento N.º 2”, anexo ao relatório do C.E.P. – 1ª D. – 2ª B.I.,
B.I.23 – (IV Bat.) de 23 de Novembro de 1918, feito em Englos – França, o
então Ten. Médico António da Silva Martins, do 6º G.M. (Grupo de
Metralhadoras) consta na relação dos oficiais que a seu pedido, se
oferecem para a frente de combate, para servir no B.I.23. (pg. 73 da
História Militar, Guerra e Marginalidade de Luís Alves Fraga)."
(Fonte: http://coisasdeabrantes.blogspot.pt/2008/05/dr-augusto-da-silva-martins-combatente.html, com a devida vénia a José Manuel d’Oliveira Vieira, autor do artigo biográfico aqui reproduzido)
Encadernação editorial em tela com ferros gravados a seco e a ouro nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Pastas com pequenos defeitos. Primeira folha apresenta restauro.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível
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