VASCONCELLOS (Mariotte), Amadeu de - A AEROSTAÇÃO. Actualidades Scientificas - III. Porto, Editado pela Livraria Portuense de Lopes & C.ª - Successor, 1908. In-8.º (18 cm) de 146, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Importante contributo científico - para a época - da conquista do ar.
Livro ilustrado com 47 gravuras ao longo do livro, composto por alguns (poucos) desenhos, mapas e fotogravuras de balões e dirigíveis, sendo algumas delas em página inteira.
"O homem não se contenta com ser elevado ás altas regiões da atmosphera com fins scientificos ou meramente sportivos. Apenas conseguiu devassar os ares, logo reconheceu que a sua conquista não seria absoluta emquanto não deixasse de ser um joguete dos ventos entro do oceano aereo e não podesse atravessa-lo em todas as direcções desejadas. É por isso que o problema da dirigibilidade dos aerostatos é tão antigo como os proprios balões."
(Excerto do Cap. V - Balões dirigiveis)
Matérias:
I - Os primordios da aerostação. II - Balões esphericos. III - Aerostação militar e aerostação scientifica. IV - Navegação aero-maritima e sport aerostatico. V - Balões dirigiveis.
Amadeu de Vasconcelos (pseud. Mariotte) (1879-1952). "Numa época em que ainda persistia a ideia da incompatibilidade entre a
religião e a ciência, o padre portuense Amadeu Cerqueira de Vasconcelos
(1878-1952) foi capaz de conciliar as actividades de divulgador
científico com as de apologista do catolicismo, lutando assim contra “a
apregoada antinomia entre a sciencia e a fé”.
Amadeu de Vasconcelos viveu longos períodos da sua vida em Paris e aí
escreveu e publicou vários dos seus livros e artigos - em Português e
Francês - em prol da ciência, contra a maçonaria e a favor do
catolicismo e de um nacionalismo original. Para além de um escritor prolífico, O padre Amadeu de Vasconcelos foi
crítico severo da sociedade civil e eclesiástica do seu tempo.
No Porto, teve acesas polémicas com as autoridades episcopais, os
professores do seminário, o secretário do bispo e o próprio bispo. As
agressões verbais e escritas chegaram a tal ponto que o secretário
episcopal o padre Manuel Pereira Lopes ─ um jovem arrogante e pedante,
acabado de regressar de Roma com um doutoramento em Teologia - prometeu
ajustar contas com o incómodo padre ameaçando “partir-lhe a cara em
plena rua”. A ameaça, prometida e muito anunciada, concretizou-se no dia
2 de Julho de 1907. O próprio bispo D. António Barroso rematou a
agressão física com uma agressão moral: “uma pena de suspensão de 30
dias”, que foi muito criticada nos jornais da época e que reforçou o
sentimento anti-clerical que então existia no Porto e em quase todo o
país. O padre Amadeu de Vasconcelos não se resignou com tais
humilhações, como o demonstram os vários artigos, que publicou na
imprensa, e os manuscritos, que tencionava publicar em 1908 e nos quais
revela dramaticamente a sua revolta contra o “cynismo” do bispo e o
“pedantismo” do seu secretário “bruta-montes”.
Muitos foram os assuntos que abordou na sua extensa obra escrita.
Publicou livros de crítica social, política, filosófica e religiosa."
(Fonte: http://oholoscopio.blogspot.com/2007/08/o-padre-amadeu-de-vasconcelos-mariotte.html)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis, manchadas, com defeitos e pequenas falhas de papel. Com falta última página de texto.
Muito invulgar.
Com interesse histórico e aeronáutico.
Indisponível
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