MENSURADO, Joaquim - QUE NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM. Contributo para a história dos Páras em África. [Por]... (Ten.Cor. ex-Paraquedista). Lisboa, Lusolivro, 1993. In-4.º (24 cm) de 245, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Memórias de guerra do autor, paraquedista em África durante a Guerra do Ultramar - as suas impressões e vivências do conflito. Em 1975, participou no 11 de Março, golpe spinolista que redundaria em fracasso, tendo sido preso e encarcerado em Caxias. Também sobre este período da sua vida militar o autor se pronuncia, recordando o dia a dia na prisão e os abusos cometidos sobre ele e os seus camaradas na mesma situação. Para a construção do livro, resolveu Mensurado mudar o nome de certa personagens - algumas bem conhecidas - mas que com facilidade se percebe quem são, pelo sentido, e (ou) até por não deferirem muito dos originais.
Obra invulgar, há muito esgotada, por certo, com tiragem reduzida.
"É um livro com personagens de ficção, em que qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência, tanto em nomes, como em hierarquias e factos.
Não pretendo, de modo algum, ser um escritor e as minhas memórias militares não são mais que um relatório, propositadamente não sequencial, por forma a não o tornar muito maçudo, e representam apenas a expressão da verdade dos meus sentimentos.
Podia ter escrito mais, dado que as histórias são muitas, mas não o fiz por não o achar necessário e porque quero apenas dizer o que vi com os meus olhos, o que mais me chocou e me agradou, em especial no que se refere às campanhas de África.
Posso dizer que senti uma grande satisfação pessoal por ter escrito este livro, que representa um desabafo que vem bem de dentro de mim, e só agora, por só agora estarem reunidas as condições mínimas para o poder fazer.
A verdade é que durmo melhor, estou melhor com minha consciência e mais satisfeito comigo próprio."
(Excerto do Prólogo)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
35€
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