20 fevereiro, 2020

COELHO, Teixeira - O BOMBEIRO VOLUNTARIO. Porto, Typ. da Empreza Litteraria e Typographica, 1891. In-8.º (22 cm) de 22, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Obra em verso de homenagem ao bombeiro voluntário composta por dois poemas, e dedicada pelo autor "á sympathica corporação dos Bombeiros Voluntarios de Sabrosa". Nada foi possível apurar sobre o presente opúsculo por não existirem quaisquer referências bio-bibliográficas.

"Ella que tem no peito um cofre de bondade,
Todo cheio d'amor, de bem, de caridade,
Detesta aquella farda, odeia até o dever!
O incendio, a lucta... horror! só esta ideia basta
Para encher de pavor ess'alma boa e casta
Que vê sacrificar-se a essencia do seu ser!

O incendio, a lucta, a morte!... eis tudo quanto alcança
Ao nada reduzir sua unica esperança!
E sente desvairar-se a mente atribulada:
Levanta-se, supplíca e reage, 'nattitude
Do luctador disposto a um combate rude,
E invoca o seu affecto - essa paixão sagrada.

E apontando um retrato - uma reliquia santa -
Exclama em tom magoado e em ar de quem supplanta:
- «Orphã de pae que eu sou, o esteio, o unico bem
Que eu tenho em todo o mundo, és tu e minha mãe!»

E o bombeiro que ostenta o heroismo seu no rosto,
Que vê que alli não é seu verdadeiro posto,
Manda calar a alma, immersa 'namargura;
Esmaga as leis do amor e a ideia da ventura,
E diz-lhe, resoluto, altivo, extraordinario:
- «Minha senhora! Eu sou bombeiro voluntario!»"

(Excerto do 1.º poema)

Exemplar brochado em razoável estado de conservação. Manchado de humidade. Capas frágeis com defeitos, e pequenas falhas de papel. Deve ser encadernado.
Muito raro.
Sem registo na BNP.
Indisponível

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