21 outubro, 2019

FONSECA, Ribeiro da - AVIAÇÃO. Sem caravelas, Portugal não tinha colónias: Só com aviões as fará progredir, como é seu dever. Lisboa, Edição do Autor, 18935. In-8.º (20 cm) de 147, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Importante subsídio para a história da aeronáutica portuguesa. Compilação de artigos escritos ao longo de doze anos para periódicos, e de documentos relacionados com o assunto.
"A obra da Aviação, eminentemente patriótica, tem que ser estudada e executada pelos do ofício e não, como em quási tudo, por fura-vidas que aparecem a querer tratar do que não sabem, o que dá sempre os resultados que todos vemos.
É necessária uma certa campanha orientadora para que todos se compenetrem da utilidade da Aviação e se veja o perigo de continuarmos atrasados como temos vivido, sem olhos para a razão do progresso em outros países, sem ouvidos para as censuras que se fazem ao nosso atraso.
Desde 1917 que me dediquei só à Aviação, para ela tenho vivido, nela espero morrer, mas não sem procurar, como devo, que as energias se congreguem, que os esforços se unam, para que Portugal tenha de facto a Aviação que deve ter."
(Excerto do preâmbulo)
Matérias:
I - Uma propaganda que é necessária fazer: A aviação como meio de transporte; Experimentem voar; As carreiras aéreas; O aeródromo de Tablada nos arredores de Sevilha; Portugal está atrasadíssimo no capítulo da Aviação; Campo de aviação na capital; Faça-se um campo dentro da cidade; O aeródromo no Campo Grande; O preço dum aeropôrto; O valôr que todos os países estão dando à Aviação; O atraso da aeronáutica no nosso País; É preciso construir aeródromos em Lisboa e no Pôrto; O aeropôrto de Lisboa. II - Desejando um aeropõrto em Lisboa: Um ofício enviado ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa; Um ofício enviado ao comissário do desemprêgo; 2.º ofício ao presidente da Câmara; Um ofício para o ministério das obras públicas. III - Impressões de viagens: É formidável a actual rêde aérea que tem o seu centro em Berlim; A viagem a Dessau; As lagoas são realmente muito potéicas, mas os aeroportos são muitíssimo mais úteis; O aeródromo de Lisboa é uma obra urgente e indispensável; Portugal podia adquirir sem encargos para o Estado uma boa frota aérea; A aviação na Alemanha. IV - Aviões e aves: As qualidades e os defeitos dum avião. V - Aviação cómica: Os inventores. VI - Palestra sôbre Aviação: Feita pela T. S. F., em 23 de Janeiro de 1932, no posto C T 1 A A. VII - Aviação militar: O papel da Aviação em tempo de paz e como arma de guerra; Gago Coutinho vai ser o chefe de tôda a Aviação; A forma de reduzir as despesas públicas; Em Portugal não há um único campo de Aviação; É no Ar que hoje se vê o progresso de qualquer país; O avião é a arma dos países pobres; A nossa Aviação está longe de corresponder aos fins de defesa e prestígio nacional para que foi criada. VIII - Desejando melhorar a Aviação: Uma informação - Os aviadores devem ser oficiais; Um relatório - Alverca deve ser uma base; Uma proposta - Os aviadores devem voar. IX - A fronteira aérea: «Si vis pacem, para bellum»; Portugal precisa ter um Exército aéreo; Venham aviões, façam-se aviadores. X - A nossa Aviação: Conferência feita na Amadora, na presença do director da Arma, em dezembro de 1931. XI - Um exercício de propaganda aérea: Lisboa vai ser bombardeada a fingir por aviões militares; Palestra feita na estação C T. I. A. A. XII - Aviões de trapo: Qual é o material de aviação que mais nos convem?; Qual é o melhor avião de caça? XIII - O Exército do Ar: O espírito da Aviação;É preciso criar em Portugal uma atmosfera própria para a aviação; O país deve fabricar tudo quanto se possa fazer entre nós. XIV - Aviação: O 3.º exército; As Bases; O material e o pessoal; Conclusão.
Teófilo José Ribeiro da Fonseca (1886-1971). "Filho do General António Marciano Ribeiro da Fonseca (1841-1899), que esteve na fronteira do sul de Angola, evitando a potencial ofensiva alemã (Forte do Capelongo), comandou tropas em França, na WWI. Regressado a Portugal, fez parte da primeira geração de aviadores portugueses. Mais tarde comandou o Quartel de Beja tendo sido demitido por Salazar, por ter apoiado o oficial que, de acordo com a lei de neutralidade, mandou internar um avião alemão que aterrou algures no Alentejo. Era então o mais novo oficial general do exército português (como Brigadeiro)."
(Fonte: https://www.facebook.com/497789890294719/posts/504051833001858/)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
45€

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