12 março, 2016

EXPOSIÇÃO SOUSA-LOPES. Pintura a oleo, Desenho, Agua-forte. Catalogo com prefacios de José de Figueiredo e Affonso Lopes Vieira. Lisboa, Sociedade Nacional de Belas Artes, 1917. In-8.º (19cm) de [1], 45, [1] p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição.
Ilustração extratexto: O Atelier do Artista, em Paris. 
Primeira obra sobre Sousa Lopes, coincidindo com a primeira exposição do artista em Lisboa. Título de extrema raridade, desde logo por não se encontrar registado na BNP, e por ter sido publicado numa época em que o pintor não possuía o estatuto que viria a obter mais tarde.
Obra muito valorizada pelos apontamentos biográficos, inéditos, da autoria de José de Figueiredo e Afonso Lopes Vieira, ambos datados de 1917, e elaborados propositadamente para este catálogo.
Contém no final do livro o índice das obras expostas (telas; desenhos; águas-fortes; escultura) em número de 248, e em folha separada do livro (dobrada a meio), a lista dos preços.
"Adriano de Sousa Lopes pertence a essa rara familia de artistas que, como o velho mestre Giotto, nascem pintores tam naturalmente como nascem homens, e que, ainda meninos, começam a desenhar expontaneamente e extasiadamente tudo o que vêem. [...]
Adolescentes, penetram nas Escolas, onde professores e condiscipulos depressa os reconhecem como eleitos. E, depois, na idade em que tantos outros se procuram ainda a êles proprios, esses excepcionais artistas aparecem-nos com o prestigio de jovens mestres admiraveis, exprimindo e evocando com poesia a alma radiosa ou saudosa de suas patrias. É esta a linhagem de que o moço mestre Sousa Lopes descende, - e a sua actual exposição com eloquencia magnifica o testemunha. Pintor-poeta, compositor de ritmos musicais de côr, de expressões sonhadoras e misteriosas, amoroso dos hinos ao Sol e das mais reconditas penumbras, tudo exprimindo por meio de um tecnica prodigiosa, êle surge-nos, a seguir a Columbano, como um alto continuador da grande tradição portuguesa de Pintura..."
(excerto do texto de Afonso Lopes Vieira, Duas palavras de um camarada)
Adriano de Sousa Lopes (1879-1944). Pintor português. “Nasceu no lugar de Vidigal, freguesia de Pousos, concelho de Leiria, em 20 de Fevereiro de 1879. Matriculou-se na Escola de Belas Artes de Lisboa, em 1898, seguindo para Paris como pensionista do Legado Valmor, em 1903. […] Fez parte do C. E. P., na qualidade de capitão-graduado (1914-1918) durante a Grande Guerra, documentando a acção do exército português nas Batalhas da Flandres, de cujos trabalhos realizou grandes decorações no Museu de Artilharia e fez preciosa colecção de gravuras a água-forte. Expôs muitas vezes no «Salon» de Paris, e realizou exposições individuais em Portugal. […] Faleceu em Lisboa no dia 21 de Abril de 1944.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Sem indicação de registo na BNP (Biblioteca Nacional).
Indisponível

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