14 julho, 2012

BÔTTO-MACHADO, Fernão – ABOLIÇÃO DAS TOURADAS. Projecto de lei apresentado á Assembleia Nacional Constituinte : por… Deputado pelo círculo ocidental de Lisboa. Lisboa, Typographia Bayard, 1911. In-8º (23cm) de 16 p. ; B.
"SENHORES DEPUTADOS: As corridas de touros, mesmo embolados, taes como se fazem entre nós, representam – não é possível nega-lo – uma sobrevivência barbara dos costumes selvagens d’outras eras, e já hoje se não admitem nas nações mais progressivas e civilizadas.” (excerto de 1ª parte da obra)
Fernão Botto Machado (Gouveia, 1865-Lisboa, 1924). “Autodidacta, solicitador, participante na sublevação do 5 de Outubro de 1910. [tinha como missão, segundo os planos feitos pela "Comissão de Resistência da Maçonaria" (formada a partir de uma reunião no Grémio Lusitano a 14 de Junho de 1910, composta por José de Castro, Simões Raposo, Cordeiro Júnior, Francisco Grandella, Miguel Bombarda e Machado Santos) para “o grupo civil” revolucionário, "sublevar” Sacavém e Camarate e acabou “tomando posições contra o avanço das baterias de Santarém" – cf. A Revolução Portugueza Relatório de Machado Santos, Tip. Liberty, Lisboa, 1911, aliás ed. facsimilada da Arquimedes Livros, 2007]. Deputado, diplomata e jornalista, Fernão Botto Machado teve (como se disse já) uma actividade social e política intensa.” (arepublicano.blogspot.pt)
“Botto Machado, solicitador encartado, jornalista, deputado às Constituintes e noutras legislaturas, e um dos mais activos propagandistas das ideias republicanas. Na propaganda republicana pôs à prova e afirmou brilhantemente a sua grande energia, os seus merecimentos e uma notável isenção. Era estimadíssimo pelas classes operárias, às quais dedicava todos os seus trabalhos. Dos mais adorados caudilhos da república, ocupava-se do problema económico-social e da moralização dos costumes. Como jornalista de combate, os seus melhores artigos foram publicados na Folha do Povo e mais tarde na Vanguarda, substituindo, na direcção deste, o seu grande amigo Dr. Magalhães Lima. Dirigiu e redigiu uma revista de Direito e Jurisprudência, intitulada O Mundo Legal e Judiciário. Apresentado diversas vezes ao sufrágio, a primeira como socialista, em 1903, só conseguiu fazer vingar a sua candidatura em 1911, para as Constituintes, e, nesta assembleia, foi ainda o apaixonado defensor da pureza dos princípios, não o tendo seduzido a política militante. Acabou por se refugiar na carreira diplomática. Nomeado ministro na Argentina, cargo de que não chegou a tomar posse, seguiu para o Brasil como cônsul geral. Depois, nomearam-no ministro junto das repúblicas da América Central e, por fim, em Tóquio, instituindo ali uma biblioteca e duas escolas portuguesas.”
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas cansadas; capa posterior apresenta escritos, carimbo e rasgão sem perda de papel.
Muito raro, com interesse histórico.
Indisponível

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