LIMA, J. I. de Abreu e – COMPENDIO DA HISTORIA DO BRASIL : pelo
General… Natural da Provincia de Pernambuco, Membro honorário do Instituto
Historico e Geographico Brasileiro; Autor do Bosquejo histórico, politico e
litterario do Brasil e das Memorias sobre o Guaco e sobre a Elephancia. Com
retratos. Tomo I [e Tomo II]. Rio de Janeiro, Eduardo e Henrique Laemmert, 1843.
2 vol. in-8º (20,5cm) de [4], XX, 324 p. e [4], 199, [1], 31, [1] p. ; il. ; E.
Ilustrado em extratexto com os retratos de Dom Pedro Iº, “Imperador
do Brasil”, Henrique Dias, “I Mestre de Campo do Terço de Homens Pretos na Provincia
de Pernambuco” e D. Antº Felippe Camarão, “Governador dos Indios na Provincia
de Pernambuco” no Tomo I (estando em falta os retratos de Cristovão Colombo e
Pedro Álvares Cabral), e D. Pedro IIº, “Imperador do Brasil” e José Bonifacio
de Andrada e Silva, no Tomo II.
José Inácio de Abreu
e Lima (1794-1869). “Militar e pensador brasileiro nascido em Recife, Estado de
Pernambuco, herói militar de duas bandeiras - espanhola e portuguesa - cujos
estudos buscavam traçar um perfil da evolução histórica brasileira.
Filho natural do Padre José Inácio de Abreu e Lima, conhecido como Padre Roma, líder político atuante durante a revolução
pernambucana (1817). Cursou a Academia Militar do Rio de Janeiro (1812-1816)
saindo como capitão da artilharia. Como capitão de artilharia, foi preso em
Recife (1816) como insubordinado e responsável por desordem e por aderir à
rebelião. Enviado preso para a Bahia a fim de cumprir pena, foi obrigado a
presenciar a execução por fuzilamento de seu pai, condenado por conspirar na
mesma revolução (1817). Libertado, exilou-se nos Estados Unidos, onde ouviu
notícias das lutas de Simón Bolívar pela independência da América hispânica. Escreveu
ao general oferecendo seus serviços militares e, aceito, partiu para a então
Grã-Colômbia, atual Venezuela, Colômbia e Equador. Chegando à Venezuela,
alistou-se (1818) nas tropas de Simón Bolívar, participando das batalhas e das campanhas pela
independência dos três países. Destacou-se como estrategista, o que lhe
garantiu a patente de general e o título de Libertador da Nova Granada, e chegou a chefe
do estado-maior do exército libertador. Permaneceu ao lado de Bolívar até a morte deste
(1831), chegando ao generalato e recebendo o título de Libertador de Nova Granada. Após a morte do Libertador e depois de 12 anos na América hispânica,
foi expulso por intrigas de militares. Após a morte do Libertador, mudou-se para a Europa, onde em Paris (1831)
conheceu D. Pedro I, que abdicara ao trono e a quem prestou
solidariedade. De volta ao Brasil, defendeu a volta de Pedro I ao trono por
considerar o monarca, que havia proclamado nossa independência, uma espécie de Bolívar português e foi
recebido com muitas críticas negativas, inspirando piadas e até comédias. No
mesmo ano, Januário da Cunha Barbosa escreveu a peça A rusga da Praia Grande, ou O quixotismo do general das massas, em que parodiava o herói latino-americano.
Voltou ao Brasil (1832) e foi reintegrado no Exército como general. Já dedicado
fervorosamente a pesquisa historiográfica filiou-se ao Partido Restaurador e defendeu
pela imprensa a volta de D. Pedro I. Lançou Compêndio de história do
Brasil (1843) pela editora
Laemmert, contando o seu descobrimento até o majestoso ato da coroação e
sagração do Sr. D. Pedro II, em dois volumes. Polémica a obra foi avaliada pelo
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, e foi considerada plágio de Alphonse Beauchamp, já acusado de copiar Robert Southey. O autor refutou a acusação por meio da Resposta do General J. I. de Abreu e Lima ao Cônego Januário da Cunha Barbosa ou análise do primeiro juízo de Francisco Adolfo de Varnhagen. O inquieto militar não se limitou às Letras e
(1848), participou da Revolução Praieira, em sua terra natal. Conhecido como o General das massas e Herói das Duas Américas, manteve até o final sua conhecida conduta
provocadora, desafiando nos últimos anos o Clero pernambucano, especialmente por ser
defensor da liberdade de culto para os protestantes. Assim, quando morreu
(1869), a Igreja Católica, através do bispo de Olinda, proibiu que seu corpo
fosse sepultado no cemitério público da cidade por ter se envolvido em algumas
polémicas com o clero local e, por isso, foi enterrado em um cemitério
anglicano dos Ingleses, em Santo Amaro. […] Também escreveu Sinopse cronológica da história do Brasil (1844), a primeira coleção de efemérides
brasileiras (1550-1842), História universal, em dois volumes
(1847), O socialismo (1855), As Bíblias falsificadas (1867)
e O Deus dos judeus e o Deus dos cristãos (1867).” (www. dec.edu.br)
Encadernações inteiras de pele com ferros a ouro nas lombadas
e cercadura gravada a seco nas pastas. Com defeitos, sobretudo no tomo I..
Exemplares em bom estado geral de conservação.
Raro, com interesse histórico.
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