31 agosto, 2022

ARNOSO, Conde d' - SUAVE MILAGRE : mysterio em 4 actos e 6 quadros. Extrahido de um conto de Eça de Queiroz com versos de Alberto d'Oliveira e musica de Oscar da Silva. Lisboa, Livraria Ferin, 1902. In-4.º (23cm) de 119, [5] p. ; [2] f. il. ; il. + Partitura 8 p.; E.
1.ª edição.
Obra ilustrada nas páginas do texto com fotogravuras referentes à representação da peça no Teatro D. Maria, e em duas folhas separadas impressas sobre papel couché: a primeira, no início do livro, inclui os retratos de Eça, Conde de Arnoso, Alberto de Oliveira, Óscar da Silva e Manini, e a segunda, no final, com a reprodução de uma aguarela do rei D. Carlos, oferecida ao Conde de Arnoso no dia da 15.ª representação da peça.
Inclui um destacável com a indicação: "a apresentação d'esta senha dá direito a um exemplar da musica d'este Mysterio", seguido do encarte da dita música - «Musica do Suave Milagre» -, por Óscar da Silva, que raramente acompanha a obra.
Bernardo Pinheiro Correia de Melo, Conde de Arnoso (1855-1911). Fidalgo da Casa Real, secretário particular do rei D. Carlos, "homem de finíssimo trato, tendo aprendido o culto das belas letras no convívio paterno, dedicou alguns dos seus ócios à literatura tendo publicado vários trabalhos." Amigo de Eça de Queiroz, integrava como ele o "grupo jantante" Vencidos da Vida.
Encadernação inteira de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar conjunto.
35€

30 agosto, 2022

HISTÓRIA DE PALMELA OU PALMELA NA HISTÓRIA. Jornadas de Divulgação e Análise do Passado de Palmela.
Integradas nas Comemorações do 60.º Aniversário da Restauração do Concelho. Palmela 14 e 15 de Março de 1987. Colecção Estudos Locais
. Palmela, Câmara Municipal de Palmela : Divisão Sócio-Cultural e Informação, 1988. In-8.º (20,5 cm) de XIV, 230, [2] p. ; il. ; B. Col. Estudos Locais, N.º 1
1.ª edição.
Coordenação: Paulo Pacheco.
Capa: Arq. Jorge Martinho.
Conjunto de comunicações ligadas ao passado do distrito de Setúbal, cujos temas estão directamente relacionados com a região de Palmela.
Livro ilustrado ao longo do texto com quadros, tabelas e gráficos estatísticos.
"A inauguração da colecção "Estudos Locais", da responsabilidade da Câmara Municipal de Palmela e orientada para temas do património histórico e cultural do nosso concelho, é mais um reflexo do peso crescente da acção sócio-cultural da autarquia na vida local e no conjunto da actividade autárquica. [...]
A colecção "Estudos Locais" está nestas condições: visa ultrapassar o vazio de publicações sobre temas da história e cultura do nosso concelho, e visa favorecer novos saltos de qualidade nos estudos sobre estes temas."
(Excerto de Algumas palavras de apresentação)
Comunicações:
ANTUNES, Luís Pequito - Notícia das propriedades da Gafaria de São Lázaro de Cacilhas existentes no Termo de Palmela no ano de 1505.
CACHADO, Manuel - Os Caramelos - contributo para um estudo.
DIAS, Mário Balseiro - Aldeia Galega do Ribatejo, Palmela e Romarias de Nossa Senhora da Atalaia.
DUARTE, Ana Maria Lopes - Projecto História ao vivo - Setúbal/Maio/1988 : "Um dia de Dezembro de 1640 no Castelo de S. Filipe".
FERREIRA, Octávio da Veiga - As grutas pré-históricas da região de Palmela.
FORTUNA, António de Matos - Digressões à volta do nome de Palmela.
GUEDES, José Bénard - A Igreja de São João de Palmela e seu fundador Jerónimo de Brito e Melo.
MARQUES, António Pedro - Transformações Sócio-Espaciais observadas nos últimos anos no concelho de Palmela.
MARQUES, Maria Adelaide Salvador - Disponibilidades culturais médias em Palmela na 2.ª metade do séc. XVIII - dados para a sua determinação.
MONTEIRO, Nuno Neto de Albuquerque - Evolução da realidade populacional na região que hoje integra o concelho de Palmela segundo o sexo, estado civil e grau de instrução entre 1878 e 1950.
PEREIRA, Fernando António B. - Sobre o Retábulo de Palmela.
SILVA, Carlos Tavares e SOARES, Joaquina - Para o conhecimento e salvaguarda do património arqueológico de Palmela.
SILVA, José Custódio Vieira da - A Igreja de Santiago de Espada de Palmela.
SOUSA, Aníbal de - Pinhal Novo - um Breve Retrato.
VARGAS, José Manuel de Jesus - De Alcochete ao Barreiro - Alguns elementos para o estudo do antigo Concelho de Ribatejo.
VICTOR, Isabel - Museu do Trabalho de Setúbal.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas vincadas.
Muito invulgar.
Com interesse histórico, sociológico e antropológico.
25€

29 agosto, 2022

PICAGULA, Eduardo A. Jayme – REGRAS DO DUELLO. Por... Alferes de cavallaria da reserva. Leiria, [s.n. – imp. Typographia Leiriense], 1901. In-8.º (22 cm) de [6], III, [1], 144 p. ; B.
1.ª edição.
Interessante tratado sobre o Duelo, arte de "lavar a honra" pelo confronto pelas armas, prática normal e aceitável na época. Raro e muito curioso.
"Sendo o duello um acto punivel pelas leis penaes de quasi todos os paizes, não havendo portanto diploma oficial em que se ache prescripta a conducta de cada uma das varias personagens que, a differentes titulos, n’elle tomam parte, os codigos do duelo não são mais do que a compilação que varios auctores, guiados pelo senso pratico e pelos interesse humanitarios, fizeram dos usos e costumes admitidos como regras indispensaveis nos encontros, com a adhesão da opinião publica, pois só esta possue o direito de lhes credito e auctoridade. Nas pouco frequentes pendencias d’honra que em Portugal se suscitam, de ordem a reclamarem, reparação pelas armas, recorrem os interessados, pare lhes servir de guia nas condições a estabelecer e na conducta a seguir nos encontros, ás publicações extrangeiras que regulam o assumpto, as quaes, sendo de elevado preço, rareiam no mercado e quasi não existem nas nossas bibliotecas."
(Eexcerto do prefácio)
Matérias:
- Definição do duelo. - Origem do duelo. - Legislação do ponto d’honra. - Artigos das regras. - Offensas. - Armas. - Antes do duello. - Testemunhas. - Arbitragem. - Regras communs aos diversos duelos. - Duello á espada. - Duello ao florete. - Duello ao sabre. - Duellos á pistola
- Duellos á pistola, á voz. - Duellos á pistola, com pontaria. - Duello excepcional
Notas:
1) Da offensa. 2) Do offendido. 3) Duellos por motivos secretos. 4) Da reparação. 5) Da substituição de pessoas. 6) Da responsabilidade da offensa. 7) Escolha das armas e do duello. 8) Natureza das armas. 9) Do desafio. 10) Da incapacidade. 11) Qualidades das testemunhas. 12) Impedimento do cargo de testemunha. 13) Deveres das testemunhas para com o seu constituinte. 14) Deveres das testemunhas para com a parte adversa. 15) Deveres dos adversarios um para como outro. 16) Deveres dos adversários para com as testemunhas. 17) Missão das testemunhas quando constituídas. 18) Das soluções depois da verificação dos factos. 19) Das explicações. 20) Dos arbitros. 21) Do mandato das testemunhas. 22) Estabilidade das convenções. 23) Das actas. 24) Do dia, hora e local. 25) Da assistência dos médicos. 26) Attitude dos adversários. 27) Escolha das espadas. 28) Escolha do terreno. 29) Do vestuário e da revista dos combatentes. 30) Do director do combate. 31) Dos adversarios durante o combate. 32) Uso da mão que não maneja a espada. 33) Das repetições e dos descanços. 34) Do acuamento. 35) Do corpo a corpo. 36) Do desarmamento. 37) Da quebra e da entortadura da espada. 38) Da queda. 39) Do ferimento. 40) Da escolha das pistolas. 41) Da escolha do terreno. 42) Do vestuário. 43) Do carregamento. 44) Do modo de entregar a arma aos combatentes. 45) Do tiro falhado. 46) Do intervallo das vozes. 47) Do duello excepcional. Lei penal portugueza. Lei canónica.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos. Capa apresenta falha de papel no canto inferior direito.
Raro.
Indisponível

28 agosto, 2022

ALMEIDA, Fialho d' & VASCONCELLOS, Henrique de & PENTEADO, Manuel - LIVRO PROHIBIDO. Profecias, farças e sandices. Lisboa, [s.n. - imp. Centro Typographico Colonial], 1904. In-4.º (24 cm) de 141, [3] p. ; mto il. ; B.
1.ª edição.
Paródia à sociedade portuguesa da época, ou "o castigo dos costumes pelo riso".
Ilustrações de Celso Hermínio e Francisco Teixeira.
"Vae o leitor assistir a um espectaculozinho em tres actos, complexo - tragedia, comedia de salão e uma revista politica e de costumes - onde tres escriptores trataram de lhes rezumir, em tres figurações diferentes, o quantum d'anotação filosofica, optimismo ou agrura dos seus espiritos fasciados.
Espectaculo que o leitor não terá de pagar por um quartinho, como no D. Maria e D. Amelia, obrigado de dois em dois minutos a erguer-se para deixar passar um senhor retardatario, e que a seu talante pode aplaudir ou patear, sem que maiormente isso lhe traga as hostilidades de ninguem."
(Excerto da introdução)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis, sujas, com defeitos.
Muito invulgar.
20€

27 agosto, 2022

QUENTAL, Anthero do - O DESTERRO DOS DEOSES. (A. A. DE A.). Barcellos, Typographia da Aurora do Cavado - Editor-R.V., 1895. In-8.º (18 cm) de 19 p. ; B.
1.ª edição independente.
Versos publicados anteriormente no "Instituto".
Opúsculo das apreciadas publicações de Rodrigo Velloso da Aurora do Cávado.
Tiragem limitada a 100 exemplares.
Raro.
Peça de colecção.
Indisponível

26 agosto, 2022

ALMEIDA & OLIVEIRA, LDA : 1937
-
Fogos de Artifício; Balões de Iluminação; Aerostatos e Fantazia; Ornamentações; Grinaldas, etc., etc. Telefone 2 8566 : Lisboa
. [S.l.], Almeida & Oliveira, Lda], 1937. In-8.º (22,5 cm) de 32 p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Catálogo da firma Almeida & Oliveira, Lda, cuja fábrica laborou na Esplanada de Monsanto (Lisboa), dirigido aos revendedores, para vendas/compras referentes ao período dos santos populares - Santo António, S. João e S. Pedro - de 1937.
Contém descrição dos artigos do fabricante, com os preços e condições de venda, e o efeito produzido por cada um dos artefactos, tudo muito ilustrado com bonitos desenhos exemplificativos ao longo do livro.
"A nossa casa fundada em 1889, é a mais antiga e acreditada de todo o Paiz, possui o maior e o mais completo sortido de artigos para o Carnaval, Bailes à Americana, etc.; fornecendo os principais Casinos, Dancings, Sociedades de Recreio e Clubes Desportivos de todo o Paiz.
Em fogos de artificio nacionais e estrangeiros próprios para salas e jardins, temos tambem um colossal e variado sortido, fornecendo orçamentos grátis de fógos para arraiais e outras festas.
Balões de iluminação e aerostatos, festões em lindas côres, grinaldas, etc. Alguns destes artigos adquiridos nos principais fabricantes, Chinezes, Japonezes e Alemães, são de completa novidade, além doutros artigos proprios para iluminações, ornamentações de arraiais, marchas, etc."
(Excerto da apresentação)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis, com defeitos.
Muito raro.
Com interesse histórico e popular.
Sem registo na BNP.
Peça de colecção.
35€

25 agosto, 2022

NINGUEM, Dum Zé (Rutra Ojêres) - EPOPEIA CAMONIANA MODERNA DE PORTUGAL DE SALAZAR NA GUERRA. [S.l.], [s.n. - Comp. na Editorial do Povo, Lisboa], [1946]. In-8.º (18,5 cm) de 48 p. ; B.
1.ª edição.
«Aos que não puderam ainda fazer-nos justiça, nem às intenções nem aos actos, eu aconselharia se regozijem ao menos com os resultados e deixem à História o julgamento definitivo».
Salazar
Curioso opúsculo de índole patriótica da autoria de Artur de Go Curioso 
uveia Serejo que assina a obra com o anagrama «Ruta Ojêres».
"Folheto profetal, metafísico, altruístico, patriótico, místico, reformador e oportuno nesta hora faminta e inquieta de todo o Mundo."
(Excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€

24 agosto, 2022

MARQUES. Major Aires Manuel Tavares - FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS.
Conceção, Coordenação e Textos:...
Lisboa, Estado-Maior-General das Forças Armadas, Maio de 2013. In-fólio (31 cm) de 195, [5] p. ; mto il. ; E.
1.ª edição.
Obra de grandes dimensões. Livro luxuoso, impresso em papel de superior qualidade, profusamente ilustrado com belíssimas fotografias dos vários ramos das "novas" FAP, em treino e cenário de guerra, no âmbito das missões NATO e ONU.
"O  livro das Forças Armadas Portuguesas, tem por finalidade proporcionar ao leitor, de uma forma singela e atrativa, os aspetos mais significativos do que são e o que têm feito, as Forças Armadas, ao longo dos últimos cinco anos.
É uma obra que dá conta da acção desenvolvida e dos factos, que se foram constituindo como referências vividas num passado recente, assente no presenta e com olhos postos no futuro. É todo esse esforço, tradição, cultura e longo caminho de afirmação e valorização, que esta publicação pretende testemunhar.
É um livro muito sintético, mas expressivo, porque enquanto as imagens fotográficas evidenciam e ilustram a ideia principal, que é a divulgação dos meios no colorido cenário das missões, englobando, por essa via, num confronto empolgante, tudo o que prenda o leitor e o entusiasme, por outro lado, faz com que quem viveu, e vive, o espírito das Forças Armadas, encontre aqui, certamente, a sua história."
(Excerto da Nota Prévia do CEMGFA, General Luís Evangelista Esteves de Araújo)
Índice: I - Introdução. II - Missão. III - Organização. IV - Capacidades e Meios. V - Missões Humanitárias e de Apoio à Paz. VI - Novos Desafios. VII - Rumo ao Futuro. VIII - Galeria Fotográfica. IX - Bandeira Nacional/Sua evolução. X - Chefes do Estado-Maior-General das Forças Armadas.
Encadernação em tela com ferragem gravada a seco e a ouro na pasta anterior e na lombada, protegida por sobre-capa policromada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
35€

22 agosto, 2022

CRISTÃOS E BRUXAS.
Reflexão Pastoral sobre Bruxaria e Práticas Supersticiosas. [2.ª edição]
. Esposende, Conselho Pastoral Paroquial de S. Paio de Antas, 1991. In-8.º (19,5 cm) de 45, [3] p. ; B.
Curiosa exposição sobre práticas idólatras e rituais demoníacos assentes na crendice e superstição popular, com raízes profundas na nossa cultura ancestral.
Obra interessantíssima. Trata-se do olhar da Igreja "sobre esta questão particularmente preocupante", publicada por uma paróquia do norte do país - S. Paio de Antas -, localizada no concelho de Esposende. A Biblioteca Nacional não menciona o livro.
"Objectivo fundamental deste livrinho é lançar luz sobre uma questão particularmente preocupante para a Igreja e, em particular, para os sacerdotes e demais responsáveis pela vida das nossas comunidades cristãs.
Não é nossa pretensão apresentar novidades nem dar respostas a todas as questões que estas práticas suscitam. Estamos conscientes das suas profundas raízes na cultura popular e no imaginário das gentes. No entanto, é nosso dever insistir no esclarecimento, tão profundo quanto o permitem as dimensões e as intenções desta pequena obra, de tais práticas pretensamente religiosas."
(Excerto da Introdução)
Índice:
Introdução. | 1 - Magia e Religião. 2 - Alguns Casos: - Iván e os Caixões; - S. João Bosco e as artes do demónio; - "De noite...". 3 - "Ir à Bruxa...": - No Antigo Testamento; - História da Igreja; - As(os) bruxas(os) e os Cristão hoje. 4 - Possessões Demoníacas e outras superstições: - Ensinamentos a Igreja sobre o demónio; - Os espíritos dos mortos regressam à terra? - Algumas superstições: 1. Correntes de Orações; 2. Medalhas/Amuletos da Sorte; 3. Usar uma ferradura para dar sorte; 4. Consultar "mediuns"; 5. "Maus Olhados". | Conclusão: "Escolhe a vida". | Índice.
Exemplar em brochura, bem conservado.
Com interesse histórico, religioso e etnográfico.
Raro.
Sem registo na BNP.
35€

21 agosto, 2022

RODRIGUES, Con. António dos Reis - A FISIONOMIA ESPIRITUAL DO CHEFE MILITAR. [Pelo]... Tenente-coronel capelão. [Lisboa], [Comissão Cultural da Academia Militar], 1961. In-8.º (22 cm) de 22, [2] p. ; B.
Curioso opúsculo sobre as responsabilidades de comando do chefe militar, publicado na sequência do início das hostilidades na Guerra do Ultramar.
"O oficial do Exército é, por essência, um chefe, quer dizer, um homem encarregado de conduzir outros homens para a realização de uma grande tarefa colectiva. Esta ideia encerra tudo o que podemos dizer àcerca das suas obrigações morais, do modo como se há-de comportar dentro do Exército para bem se desempenhar das pesadas responsabilidades que lhe cabem."
(Excerto do Cap. I)
Matérias:
I. O oficial do Exército - chefe militar. II - O chefe militar primeiramente vê, isto é, conhece. III - O chefe militar resolve. IV - O chefe militar impulsiona.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Edição de 1961, sem registo na BNP.
10€

20 agosto, 2022

CEARENSE, Catullo da Paixão - TROVAS E CANÇÕES. Por... Com as apreciações dos Drs. J. M. Goulart de Andrade, Major Moreira Guimarães e Maestro Julio Reis. Rio de Janeiro, Livraria do Povo - Quaresma & C. - Livreiros-Editores, 1910. In-8.º (19 cm) de 157, [3] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Obra dedicada pelo autor a M. Moreira da Silva, Doutor em Odontologia, Lente Cathedratico da Escola Livre de Odontologia do Rio de Janeiro.
Ilustrada com um retrato de Catulo e 5 vinhetas tipográficas encimando cada uma das apreciações ao autor, e das duas partes que compôem a obra.

"O dom mais bello, o mais sublime da Harmonia,
que lá nos céos dos anjos tem a adoração;
a estrella pura e mais sonora da Poesia;
o dom supremo, de superna inspiração;
o dom mais nobre, o mais sublime e florescente,
o mais pujante, o mais fatal, omnipotente,
o mais feliz, de mais candura
e de mais resplendor,
é a Formusura,
a obra prima do Senhor."

(Formusura e Talento, 1ª)

Catulo da Paixão Cearense (1863-1946). "Nasceu em 8 de outubro de 1863, em São Luiz, Estado do Maranhão, à rua Grande, (hoje Oswaldo Cruz) nº 66. Filho de Amâncio José Paixão Cearense (natural do Ceará) e Maria Celestina Braga (natural do Maranhão). Sua infância até os 10 anos se passou em São Luiz do Maranhão. Transferiu-se para o sertão agreste cearense onde seus avós maternos portugueses eram fazendeiros, permanecendo por lá até os 17 anos. Em 1880 em companhia de seus pais e irmãos (Gil e Gerson) mudou-se para o Rio de Janeiro, na rua São Clemente nº 37, Botafogo. Aos 19 anos interrompeu os estudos e abraçou o violão, instrumento naquela época, repelido dos lares mais modestos. Iniciante tocador de flauta, a trocou pelo violão, pois assim, podia cantar suas modinhas. Nesse tempo passou a escrever e cantar as modinhas como, “Talento e Formosura”, “Canção do Africano” e “Invocação a uma estrela”. Moralizou o violão levando-o aos salões mais nobres da capital. Em 1908, deu uma audição no Conservatório de Música. Catulo foi autodidata autentico. Suas primeiras letras foram ensinadas por sua genitora e toda sua grande cultura foi adquirida em livros que comprava e por sua franquia à Biblioteca do Senador do Império, por ser professor dos filhos do Conselheiro Gaspar da Silveira. “Aprendi musica, como aprendi a fazer versos, naturalmente”, dizia o Velho Marruêro. Seu pai faleceu em 1 de agosto de 1885, desgostoso por seu filho ter abandonado os estudos para ser poeta, sem tempo de assistir a moralização do violão, o que veio a marcar tremendamente Catulo. À medida que envelhecia mais se aprimorava. Catulo homem, não se modificava, sempre fiel ao seu estilo. “...Com gramática ou sem gramática, sou um grande Poeta.”. A sua casinhola em Engenho de Dentro, afundada no meio do mato era histórica. Alí recebia seus admiradores, escritores estrangeiros, acadêmicos nacionais, sempre com banquetes de feijoada e o champagne nunca substituía o paratí, por mais ilustre que fosse o visitante.
As paredes divisórias eram lençóis e sempre que previa a presença de pessoas importantes, dizia para a mulata transformada em dona de casa. “Cabocla , lave as paredes amanhã , que Domingo vem gente!”
Sua primeira modinha famosa “Ao Luar” foi composta em 1880. Em algumas composições teve a colaboração de alguns parceiros: Anacleto Medeiros, Ernesto Nazareth, Chiquinha da Silva, Francisco Braga e outros. Como interprete, o maior tenor do Brasil, Vicente Celestino. Catulo morreu aos 83 anos de idade, em 10 de maio de 1946, na rua Francisca Meyer nº 78, casa 2."

(Fonte: www.jornaldepoesia.jor.br/cpaixao.html)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas oxidadas com defeitos. Assinatura de posse na f. rosto. Com vestígios de humidade na margem lateral de algumas folhas ao longo do livro.
Raro.
Sem indicação de registo na BNP (Lisboa).
25€

19 agosto, 2022

BRANDÃO, Liberato Eugénio de Sá Viana - MANUAL PARA O EMPRÊGO DA METRALHADORA LIGEIRA LEWIS. Para instrução de oficiais e mais graduados. [Elaborado pelo capitão do estado maior de infantaria,]... República Portuguesa : Secretaria da Guerra - 1.ª Direcção Geral - 4.ª Repartição. Lisboa, Imprensa Nacional, 1919. In-4.º (23,5 cm) de 135, [1] p. ; [2] f. desdob. ; [19] f. il. ; il. ; B.
1.ª edição.
"Espingarda Automática Lewis de seu nome oficial, ou Lewis 7.77 na versão abreviada, os soldados do CEP rapidamente a baptizaram "Luisinha". Concebida em 1911 pelo coronel norte-americano Isaac Newton Lewis, a metralhadora ligeira deste modelo foi a companheira de muitos dos nossos soldados na Flandres. Quem a estreou em combate foram as tropas belgas que tentaram deter em 1914, o avanço alemão sobre a Flandres. Os soldados germânicos rapidamente lhe chamaram “cascavel belga” e, quando conseguiam capturar alguma, não se faziam rogados a usá-la adaptando-a ao seu calibre.
O peso da arma, 12.7 quilos, era reduzido comparativamente a outras congéneres. Tinha uma eficácia de tiro até 600 metros. Alimentada por um tambor com 47 munições, podia atingir uma cadência de tiro de 600 projécteis por minuto, embora, por uma questão de eficácia, fosse mais habitual usá-la num ritmo mais moderado. Revelou-se uma arma eficaz nas emboscadas. É que o tipo de tiro que permitia tornava-a difícil de localizar se estivesse bem camuflado. Devido ao seu peso reduzido, a Lewis tornou-se a arma ideal para colocar nos aviões de guerra da aviação aliada. Unidades britânicas e dos fuzileiros dos EUA ainda a usaram na Segunda Guerra Mundial." (Fonte: Visão História n.º 4)
(In http://historia-dos-tempos.blogspot.com/2009/04/as-armas-do-corpo-expedicionario.html)
Livro muito ilustrado com quadros, desenhos e tabelas, bem como 84 fig. distribuídas pelo texto e em folhas separadas no texto, reproduzindo fotogravuras e desenhos esquemáticos. Inclui ainda dois croquis em folhas desdobráveis.
Exemplar brochado, por aparar, em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos e pequenas falhas de papel. Pequena mancha visível no canto exterior ao longo do livro.
Raro.
Com interesse histórico.
Peça de colecção.
Indisponível

18 agosto, 2022

OZORIO, Luis - UM GRITO! Lisboa, Typ. do Commercio de Portugal, 1890. In-4.º (25,5 cm) de 16 p. ; B.
1.ª edição.

Poema de forte pendor nacionalista - "dedicado á juventude das escolas portuguezas" - publicado no seguimento do Ultimatum inglês, em 1890, que viria a por termo ao "sonho" africano do Mapa Cor-de-Rosa.
Conforme outras publicações da época, consagradas ao mesmo assunto, "o producto liquido da venda d'esta poesia reverte em favor da Grande Subscripção Nacional."
Opúsculo muito valorizado pela dedicatória autógrafa do autor a Magalhães Lima, maçon e ilustre republicano.
Luís Osório da Cunha Pereira de Castro (1859-1900). "Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, poeta, escritor, deputado, etc. Veio para Lisboa ainda muito novo para cursar os primeiros estudos, indo depois para a Universidade de Coimbra, matriculando‑se na faculdade de Direito, em que se formou. Era sócio do Instituto de Coimbra, sócio correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa. Foi deputado pela primeira vez em 1884, sendo eleito por Santarém; ainda foi eleito em outras legislaturas pelo mesmo círculo e pelo do Fundão. Era um mimoso poeta. Deixou os seguintes escritos: Neblinas, 1880-1884, publicado em Lisboa em 1886; este volume de poesias era dedicado a seu pai; Poemas portuguezes, Lisboa, 1890; Um grito! poema publicado por ocasião do ultimato inglês de 11 de Janeiro de 1890, escrito para ser recitado pelos estudantes de Coimbra; Alma lyrica, Lisboa, 1891; Espirito gentil; Canções ao vento, etc. Por ocasião do centenário do marquês de Pombal, em 1882, publicou A Tromba, poemeto dedicado à sua memória."
(Fonte: arqnet.pt)
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação. Folhas com manchas de acidez.
Menção especial para a belíssima capa colorida, cuja autoria não foi possível apurar.
Raro.
A BNP possui apenas um exemplar em mau estado, com acesso condicionado.
Indisponível

17 agosto, 2022

ORNELLAS, Ricardo - NÚMEROS E NOMES DO FUTEBOL PORTUGUÊS.
Compilação de... [Capa de Pargana. Colaboração de Carlos Pinhão]
. Lisboa, Edição do «Diário Popular» (Soc. Industrial de Imprensa) : 1949-50, 1949. In-8.º (19 cm) de 189, [3] p. ; [100] p. il. ; [1] folha desdob. ; il. ; B.

1.ª edição.
Obra de referência sobre o futebol nacional, dos primórdios até 1949, - ano da sua publicação.
Livro muitíssimo ilustrado com tabelas e desenhos esquemáticos no texto, e 100 paginas em separado reproduzindo retratos de jogadores dirigentes, equipas em pose e "instantâneos" de desafios. Inclui ainda uma folha desdobrável: Os internacionais portugueses que alinharam nos sessenta e três desafios da Selecção Nacional.
"Começa por ser um pontapé na bola...
Depois...
Joga-se bem, trabalha-se mal, metem-se golos, falham-se ocasiões... As equipas mostram-se firmes e há luta ou são frouxas e o espectáculo não agrada tanto... Marcam-se livres directos ou indirectos, grandes penalidades justas ou injustas e cantos indiscutíveis ou duvidosos... A bola é afagada e caminha certa ou é atirada para o monte e ninguém se entende...
Entretanto...
Um jogador fica estatelado e o maçagista acorre, numas vezes para um caso grave, noutras para um sorriso que aflora e logo põe as coisas no são... O árbitro tem autoridade e impõe-se ou desorienta-se e não há consideração por ele... Um defesa alivia, com lucro ou prejuízo; o médio, no ar, ou no chão, transforma com mais ou menos sorte; o avançado chuta, para sim ou para não, e o guarda-redes estica-se, batido ou feliz... A marcha dos golos excita ou deprime; força-se a vantagem, recupera-se um atraso... Goram-se lances e perde-se o tino... Sente-se a supremacia e tudo sai bem ou tudo sai bem e o predomínio instala-se... Quer-se mal à baliza porque a bola foi embater na trave ou no poste - e ninguém se lembra que madeira daquela, como preciosidade, andou às costas de  muita gente...
Até que...
Denuncia-se o resultado e os treinadores disfarçam sentimentos opostos. Luta-se com mais afinco ou desprendem-se as vontades. Pensa-se em jogar «até acabar» ou prefere-se «não valer a pena»... Enlouquece-se com a vitória ou sente-se por demais a derrota... E quase lado-a-lado há desconhecidos que se abraçam e amigos velhos que rasgam cartões...
Mas a partida de futebol termina e, afinal, duas coisas perduraram mais do que nada: Números e Nomes.
Números exactos ou enganadores - que ficam para sempre;
Nomes que valem mais ou menos - a definirem épocas.
De aí o título deste livro."
(Excerto do Apresentação)
ÍndiceApresentação. | A propagando do jogo do futebol. | Os desafios internacionais do «onze» de Portugal. | O Campeonato de Portugal e a «Taça de Portugal». | Os Campeonatos da «Liga» e «Nacionais». | As provas da Federação Portuguesa de Futebol. | Taça Latina. | Lisboa e Porto. | Desafios de clube e selecções contra formações estrangeiras. | As leis do jogo do futebol.
Ricardo Ornellas (1899-1967). "Nascido em Lisboa em dezembro de 1899, foi empregado de uma companhia de navegação e, nesse tempo que o jornalismo por si só não dava para sobreviver, uma das penas mais lúcidas que escreveram para Os Sports, para o Diário Popular (do qual seria chefe de redação) e para A Bola (assinando com o pseudónimo de Renato de Castro). Chegou a Selecionador Nacional e criou a célebre expressão «Equipa-de-Todos-Nós». Foi um dos fundadores do Casa Pia Atlético Clube, juntamente com vários elementos saídos do Benfica, autor de várias obras com o futebol como tema, e viria a morrer em 1967.
(Fonte: https://ionline.sapo.pt/artigo/565281/1921-1938-a-taca-que-era-campeonato-?seccao=Desporto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas frágeis com pequenos defeitos.
Raro.
Com interesse histórico.
40€

16 agosto, 2022

SILVA, Domingos Maria da - A ECLESIOLOGIA DO PADRE ANTÓNIO P. DE FIGUEIREDO.
Dissertação de Licenciatura em Teologia apresentada à Faculdade de Teologia de Lisboa da Universidade Católica Portuguesa
. Lisboa, [s.n. - Oficinas Gráficas da Livraria Cruz - Braga], 1983. In-8.º (21 cm) de 88, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Interessante ensaio histórico sobre o Padre António Pereira de Figueiredo - "aliado" do Marquês de Pombal aquando da ruptura de Portugal com a Santa Sé - e a sua obra «Tentativa Teológica».
"Só agora vem a lume este trabalho elaborado a seu tempo (1975). Sobre matéria de doutrina, é a que vai expendida na presente dissertação e não representa pequena canseira perante as modestas possibilidades e dificuldades que se me depararam, em virtude do emaranhado de asserções e máximas que o autor da Tentativa rebuscou por toda a parte, no espaço e no tempo, para conseguir os efeitos que desejava alcançar com a sua obra.
Uma das características, que ressalvam à vista, da súmula de todos os argumentos que compreende esta mal fundada iniciativa do autor da Tentativa, porque se alicerçou em parâmetros apenas sedutores da vaidade e do orgulho humano, em toda a escala da sua demasiada extensão, foi o espírito de lisonja e adulação que transparecem claramente de todas as intenções que a promoveram, e o próprio Figueiredo não esconde, ao confirmar que era o sistema dos processos generalizados por que se regia a sociedade do seu tempo. [...]
Saído da humildade da sua origem e nascimento, Figueiredo sentiu-se elevado, sem dúvida com ajuda dos méritos de uma inteligência privilegiada, de trabalho e estudo e que era dotado e inclinado e para temas a cuja investigação se sentia vocacionado. Foi escolhido por Pombal para servir à consecução dos intentos e fins inconfessáveis do todo-poderoso Ministro, como o teólogo ousado e irreverente de que precisava para atingir objectivos que não eram originais, pois já eram ensaiados em tantas outras nações europeias do seu tempo.
A figura altamente controversa de Pombal está no centro do complexo enredo dos acontecimentos históricos que conduziram ao rompimento das relações diplomáticas com a Santa Sé, a partir de Agosto de 1760.
Figueiredo sonhou ir ao encontro e satisfazer inteiramente os desígnios do prepotente ministro de D. José I, aproveitando a oportunidade do corte de relações com a Cúria romana, para fazer do monarca o chefe de uma igreja nacional independente."
(Excerto da Apresentação)
Índice:
Apresentação. | Factores históricos da Eclesiologia da Tentativa Teológica. | O verdadeiro Febrónio. | O Febrónio português. | A Tentativa Teológica. | Os dez «Princípios». | Decretais, Reservas, Centralização e Curialismo. | O «Princípio» V. | Impedimentos, Dispensas. | A Carta de censura. | Resposta apologética. | Responde ao «Anónimo romano». | Conclusõ. | Bibliografia.
António Pereira de Figueiredo (1725-1797). "Nasceu no ano de 1725 em Mação. Foi um padre oratoriano até abandonar a congregação por ordem de Carvalho e Melo. Este padre, teólogo, canonista, historiador, linguista, músico, deputado da Real Mesa Censória, sócio fundador da Academia das Ciências e servidor infatigável do Marquês de Pombal foi o principal arquiteto do estabelecimento das bases teóricas da política religiosa pombalina, procurando combater as tendências da reforma tridentina que tinha reforçado a concentração de poderes no Romano Pontífice que causava situações de tensão e conflito com os emergentes Estados-nação."
(Fonte: https://1library.org/article/ant%C3%B3nio-pereira-de-figueiredo-pombal-e-o-pombalismo.qodd81jz)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Raro.
Com interesse histórico.
25€

15 agosto, 2022

VILLARES, Artur - A LEVA DA MORTE.
[Ultimo acto d'um valente]
. Lisboa, Livros Horizonte, 1988. In-8.º (21 cm) de 63, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Narrativa ficcionada sob a forma de diário, de uma época crítica da história nacional - o Consulado de Sidónio Pais.
"Confissão de Carlos Rebello de Gualdym, arrependido sidonista e autor do ficcionado diário, com início em Dezembro de 1917 e fim a 14 de Dezembro de 1918 (capítulo XII - De cócoms!), que Artur Villares "descobriu" e "editou"." (Silva, Armando B. Malheiro da, in Revista História das Ideias, vol. 21, 2000)
Livro ilustrado em página inteira com o retrato de Sidónio Pais no seu gabinete de trabalho.
"Há precisamente 70 anos Portugal fazia a primeira experiência totalitária da República, o Sidonismo, verdadeiro balão de ensaio do futuro consulado salazarista. Símbolo primeiro desse regime, Sidónio Pais dominou a época, as consciências e as pessoas.
Penetrando no dia-a-dia desse período,Artur Villares, sob a forma de memórias redigidas em 1933, cruza a realidade histórica com a ficção e relembra Fátima e o anti-clericalismo, a Grande Guerra e o dilema dos portugueses, a República e a Monarquia, o Poder e a violência, numa palavra, a Vida e a Morte entre 5 de Dezembro de 1917 e 14 de Dezembro de 1918.
70 anos depois, a crónica do Sidonismo, do Poder e da Ilusão, num texto emocionante, numa plena capacidade de comunicação, no limiar da Realidade e da Ficção."
(Sinopse: texto retirado da contracapa)
Índice:
Algumas explicações. | I - Aparição... Fátima, 13 de Outubro de 1917. II - Outono quente! Lisboa, Outono de 1917. III - Revolução! Lisboa, Dezembro de 1917. IV - "Lembrei-me de Fátima!" De norte a sul, os primeiros meses da Revolução. V - "A Pátria em perigo!" ou Desfiles, cavalgadas e recepções. Lisboa, Março de 1918. VI - "Conservemo-nos unidos!" Lisboa, a partir de Abril de 1918. VII - Crepúsculo. Lisboa, Agosto de 1918. VIII - Penumbra. Lisboa, Setembro de 1918. IX - A Leva da Morte - I. Lisboa, Outubro de 1918. X - A Leva da Morte - II. Morte, Outubro de 1918. XI - Prisões e paradas. Lisboa, Novembro de 1918. XII - De cócoras! Lisboa, 14 de Dezembro de 1918.
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
25€

14 agosto, 2022

ANDRADE, Anselmo d' - SCIENCIA PREHISTORICA. Paleontologia Humana : as populações lacustres. Primeira parte. Lisboa, Typographia do Commercio, 1882. In-4.º (27,5 cm) de 127, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Estudos de paleontologia humana. Importante subsídio histórico, social e antropológico. Esta primeira parte referente às populações lacustres é tudo quanto foi publicado. Estaria previsto publicar na mesma colecção, em outros tantos volumes, estudos relativos às populações paleolíticas, neolíticas e da era do bronze, algo que nunca viria a acontecer.
"É facto sabido e incontestavel, que varias populações viveram, durante muitos seculos, nos lagos, nos rios ou nos pantanos, precavendo-se assim contra os perigos terrestres. A maior ou menor distancia da terra firme, encravavam-se estacas no chão mais ou menos lodoso, e vastos tablados se estendiam sobre ellas. Era ahi que as diversas familias da tribu lacustre construiam as suas moradas-. A cidade edificava-se assim sobre as aguas ou sobre os pantanos. Quando a familia crescia, e o numero das habitações tinha d'augmentar, a cidade então alargava-se, estendia-se mais n'um outro tablado adjacente, alevantado sobre novas estacas."
(Excerto da introdução)
Índice:
I - Habitações. II - Ethnographia. II - Chronologia. IV - Religião. V - Sociologia.
Anselmo José Franco de Assis de Andrade (1844-1928). "Foi um economista, grande proprietário agrícola, investigador, escritor, jornalista e político português. Foi ministro dos Negócios da fazenda de Portugal, no governo de Hintze Ribeiro (1900) e no último governo da Monarquia, presidido por António Teixeira de Sousa (1910).
Anselmo de Andrade formou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Iniciou a sua actividade como escritor em 1866 com a obra Epopeias da História. Paralelamente, trabalhou com Eça de Queirós num projecto jornalístico que daría origem a As Farpas, publicações mensais feitas por Ramalho Ortigão e Eça. Anselmo de Andrade fez parte da Geração de 70, juntamente com Antero de Quental, Eça de Queirós, de Oliveira Martins e outros outros intelectuais que pretendiam revolucionar várias dimensões da cultura portuguesa, da política à literatura. Em 1875, mudou-se para Beja, onde abriu um escritório de advocacia e administrou as vastas propriedades herdadas dos seus tios. Exerceu o cargo de presidente da Câmara Municipal de Beja. Seguindo paralelamente uma carreira de escritor e investigador, elaborou extensa obra dedicada à paleontologia e publicou Populações Lacustres (1882). Ainda em Beja, publicou Viagens na Espanha, obra em que recolhe as impressões de viagens no país vizinho.
 Implantada a República, abandonou a política, mas ainda foi vice-presidente da Cruzada Nun'Álvares. O seu trabalho na área económico-financeira, irá ter, nos anos seguintes, grande influência no meio académico, nomeadamente em António Oliveira Salazar, com quem se relacionou e por quem tinha elevado apreço."
(Fonte: Wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Carimbo de biblioteca na f. anterrosto. Lombada apresenta defeitos. Páginas algo oxidadas.
Raro.
Indisponível

13 agosto, 2022

TECEDEIRO, Luís António Vaz - MEDICINAL POPULAR DA CHAMUSCA.
[Por]... Médico
. [S.l.], Garrido artes gráficas, 1997. In-8.º (20,5 cm) de 384 p. ; mto il. ; B.
1.ª edição.
Curioso manual de medicina popular.
Ilustrado ao longo do texto, em página inteira, com tabelas, e 100 gravuras: 98 desenhos de plantas terapêuticas e duas fotogravuras de santos da devoção chamusquense: S. Braz e Nossa Senhora do Pranto.
Exemplar valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
A "Medicina Popular da Chamusca" é um trabalho que contém, para além de referências a "Plantas locais de utilização mais frequentes em mézinhas", também "Plantas locais de proibitiva ou mais cautelosa utilização", e ainda considerações sobre "Manipulação das plantas" e "Preparação de algumas mézinhas" bom como dizeres "Por outras coisas da antiga botica caseira", "Pequena súmula terapêutica" e "Crendices, rezas e benzeduras"...
Não se trata de um trabalho exaustivo - está bem de ver - mas é suficientemente esclarecedor, neste aspecto deste progressivo concelho ribatejano, que vimos citando."
(Sinopse retirada da badana anterior)
"Ingénuo e boçal, inculto e tradicionalista o povo ainda acredita com certa frequência que existe o "mau olhado", "mal de inveja", ou "quebranto" e que os "espíritos" - as "almas do outro mundo"... - vagueiam pela terra como lobisomens" metendo medo a horas mortas a familiares, vizinhos ou amigos quando não tenham tido lugar no "Céu...", no "Purgatório...", nem no "Inferno". Na mesma ordem de ideias também está convicto que determinadas "benzeduras" ou "rezas" podem trazer saúde a quem sofre de doenças, fazer aparecer coisa desaparecida, evitar calamidades e, inclusive, esclarecer qualquer dúvida ou eventual suspeita!..."
(Excerto de "Crendices", "rezas" e "benzeduras" - a) Considerações gerais)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
35€

12 agosto, 2022

MENEZES, General Manuel de Sousa - A DEFESA DOS AÇORES DURANTE A II GUERRA MUNDIAL (1939-1945).
Pelo...
Lisboa, Estado-Maior do Exército : Direcção do Serviço Histórico Militar, 1988. In-4.º (23 cm) de 133, [1] p. ; [4] mapas desdob. ; B.
1.ª edição.
Importante subsídio histórico-militar sobre o esforço de guerra português na defesa da integridade territorial dos Açores em pleno conflito mundial.
Livro ilustrado com 4 mapas desdobráveis: Defesa da Ilha do Faial; Defesa da Ilha Terceira; Plano de fogos de um Subsector de Companhia na Ilha Terceira; Defesa da Ilha de S. Miguel.
Livro muito valorizado pela dedicatória autógrafa do autor ao Coronel de Artilharia Rui Meira e Cruz.
"Pretende-se com este trabalho apresentar o grande esforço que o Exército desenvolveu durante o período da 2.ª Guerra Mundial para defender a soberania portuguesa no Arquipélago dos Açores.
Esforço humano, material e financeiro e por vezes psicológico que se repartiu pelos portugueses do Continente e pelos portugueses dos Açores. Procurar-se-á quantificar o que for quantificável.
Não se perderá muito tempo com o esforço político e diplomático que também foi enorme; este, consideramos suficientemente documentado em várias publicações oficiais e particulares.
Começaremos pela Ameaça, ou seja, o perigo que corre a soberania portuguesa sempre que dos dois lados do Atlântico se agravam os conflitos. Há uma ameaça permanente que existiu, existe e existirá sempre. Tentar-se-á caracterizá-la.
Houve uma ameaça próxima no início do conflito 1939-45 que se desenhou, logo, na Europa; e houve uma ameaça real a que foi necessário fazer face com realidade, com habilidade política, com meios e com custos.
Para isso o Governo, ou seja, a Política, teve que definir o seu Conceito de Defesa para os Açores: com que fins, com que meios e onde - em todas as Ilhas ou em algumas apenas. E também teve que dizer como queria fazer essa defesa. [...]
Avança-se com mais pormenor, no terreno e com os meios na defesa das que foram as chamadas "Ilhas Guarnecidas" e que foram Faial, Terceira e S. Miguel e por esta ordem crescente de importância.
São três capítulos, um para cada Ilha, onde se vai tão longe quanto possível em identificar unidades, meios, obras de engenharia, e por vezes homens importantes. [...]
No fim e à laia de post-scriptum, apresentar-se-ão meia dúzia de "Estórias de ouvir dizer" que podem caracterizar este período deveras rico da vida do Arquipélago. Estas "Estórias" servem para compreender algo do que foi o ambiente militar e civil que envolveu toda esta actividade militar."
(Excerto do Sumário)
Índice:
Índice. | Colaboração e Bibliografia. | Introdução. | Sumário desenvolvido. | 1 - A ameaça. 2 - O Conceito político da Defesa. 3 - O Conceito Militar da Defesa. 4 - A defesa da Ilha do Faial. 5 - A defesa da Ilha Terceira. 6 - A defesa da Ilha de S. Miguel. 7 - Administração e Logística. 8 - A Força Aérea nos Açores. 9 - Conclusão. | Capítulo adicional - Estórias de ouvir dizer.
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
25€
Reservado

11 agosto, 2022

RIBEIRO, Queiroz - A THERAPEUTICA MAGNETICA.
Minuta de aggravo de João Leão Quartin, contra o M. P.
Vianna, Imp. «Progresso», 1908 [capa, 1907]. In-8.º (20,5 cm) de 15, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Minuta de agravo contra o Ministério Público e respectivo acórdão do tribunal pondo fim a uma questão ocorrida em Viana do Castelo, pelo tratamento de um paciente recorrendo ao magnetismo animal - terapeutica em voga no final do século XIX/princípio do século XX. Raro e muito curioso. Note-se, a título de curiosidade, que o nome do advogado de defesa do queixoso - Queiroz Ribeiro - foi tapado na capa do opúsculo, não tendo sequer sido impresso na folha de rosto, algo que, aparentemente, também sucedeu ao único exemplar existente na BNP.
"Dedicando-nos desde ha muito ao estudo do magnetismo animal, que em nós tem encontrado um acerrimo admirador a grande apologista por este novo systema de curar, e tendo mesmo feito algumas curas com excellente resultado, appareceu inserto no «Jornal «de Vianna» d'esta cidade, um communicado de agradecimento mandado publicar pelo industrial José Campos.
Este industrial, estando tuberculoso e desesperado por não ter obtido da velha medicina a cura tão desejada para a sua terrivel enfermidade, que, dia a dia, vinha minando a sua existencia, recorreu a nós, encontrando-a em nossas mãos com o maravilhoso tratamento pelo magnetismo animal.
Este facto não foi, talvez, bem visto pelos illustres medicos d'esta cidade, e o communicado em questão desagradou altamente ao digno delegado de saude n'este districto, que, sem mais preambulos,  ou especie de consideração alguma, apresentou ao meretissimo agente do ministerio Publico uma queixa contra nós, baseando-se para isso em que nós tinhamos infringido o disposto no art. 76 § 18 do Regulamento geral dos serviços de saude e beneficiencia publica, de 3 de dezembro de 1868."
(Excerto de Explicando)
Matérias:
Explicando. | Minuta de aggravo de João Leão Quartin, contra o M. P. | Accordão.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

10 agosto, 2022

AMÉLIA, Arminda - UM CENTO DE QUADRAS.
[Prefácio de Alfredo Pimenta]
. Coimbra, [Edição do Autor? - Depositária Livraria Ferin, Lisboa], 1931. In-8.º (18 cm) de 48 p. ; B.
1.ª edição.
Capa muito bela, assinada por Serodio.
Obra poética composta por 100 quadras; as últimas doze são dedicadas a Coimbra.

"Coimbra, minha Coimbra,
Cantinho do paraíso.
Jardins cheiinhos de rosas,
Bocas cheiinhas de riso...

Não chores linda tricana,
Por quem foi p'ra não voltar.
Não sabes que atraz dum sonho
Sempre vem o despertar?

Capas rotas, de estudantes,
Tristes na sua alegria.
Céu negro, onde mil estrelas
Brilham e noite e de dia.

Mondego é feito do pranto,
Qua a saüdade faz chorar
A quem vivem em Coimbra
E teve que a abandonar."

Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Contracapa apresenta riscos e uma ou outra mancha.
Raro.
20€