30 setembro, 2019

OLIVEIRA, José Osório de - O ROMANCE DE GARRETT. Pôrto, Livraria Tavares Martins, 1935. In-8.º (19 cm) de 292, [4] p. ; B.
1.ª edição.
Biografia romanceada do insigne vate português.
"É grande a agitação em casa do selador da Alfândega do Pôrto, António Bernardo da Silva. Êste homem austero e rigoroso deixou o emprêgo para acorrer ao chamamento da mulher, D. Ana Augusta de Almeida Leitão. Ao subir a rua do Calvário, o senhor António Bernardo nem corresponde aos cumprimentos respeitosos da vizinhança. A mulher está com as dores do parto, e o digno funcionário esquece a sua costumada solenidade. Ao chegar diante de casa, um prédio estreito e alto, olha para as janelas do primeiro andar com um vago temor. Entre essas janelas será um dia colocada uma lápide vistosa, comemorando esta data: 4 de Fevereiro de 1799."
(Excerto do Cap. I)
"Instala-se a família de António Bernardo numa casa da rua de São João, na cidade de Angra, onde dois irmãos do selador da Alfândega do Pôrto são dignatários da Sé. A êles se vem juntar o bispo de Angola, que pouco depois, a-pesar-da idade avançada, vai ao Rio-de-Janeiro onde está a Côrte. Protector da família, leva-o ao Brasil o desejo de obter do príncipe regente para o filho mais velho de António Bernardo o lugar do pai. Do Rio volta com a satisfação do que desejava para o sobrinho Alexandre, e mais com o encargo da diocese de Angra, que não pretendia."
(Excerto do Cap. II)
"João Baptista tem quási dezoito anos quando chega a Coimbra e se matricula  no curso jurídico. Aluga um quarto na rua do Borralho mas, espírito inquieto, todos os anos mudará de casa. [...]
Na cidade universitária definirá a sua personalidade, adoptando o nome de Garrett, mas por emquanto é ainda o jovem João Baptista."
(Excerto do Cap. III)
José Osório de Castro e Oliveira (1900-1964). "Ficcionista, poeta e crítico literário, filho de Ana de Castro Osório e Paulino de Oliveira, nasceu em Setúbal e estreou-se aos dezassete anos, nas páginas de A Capital. Em 1919, seguiu para Moçambique a exercer funções públicas e, logo em 1922, publicou o seu primeiro ensaio sobre Oliveira Martins e Eça de Queirós. Estanciou várias vezes no Brasil, Cabo Verde e África ocidental portuguesa como editor e funcionário do Ministério das Colónias. Tornou-se, desde os anos trinta, um dos maiores divulgadores da literatura cabo-verdiana e defensor da aproximação literária entre Portugal e o Brasil."
(Fonte: http://acpc.bnportugal.gov.pt/colecoes_autores/n24_oliveira_jose_osorio.html)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas plastificadas. Rubrica de posse na f. anterrosto.
Invulgar.
Indisponível

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