KEYNES, J. H. - AS CONSEQUENCIAS ECONOMICAS DA PAZ. Por... Professor da Universidade de Cambridge. Lisboa, Tipografia Manuel A. Pacheco, 1921. In-8.º (21,5 cm) de 34, [2] p. (inc. capas) ; B.
1.ª edição.
"As Consequências Económicas da Paz (em inglês: The Economic Consequences of the Peace) é uma obra de John Maynard Keynes escrita e publicada em 1919, [em Portugal, 1921]. Keynes participou da Conferência de Paz de Paris (1919) como representante do Tesouro britânico e foi defensor duma paz muito mais generosa. O livro teve um grande sucesso em todo o mundo e foi fundamental para criar a opinião geral de que o Tratado de Versalhes (1919) estabelecia condições rapaces para os derrotados. Ajudou a consolidar a opinião pública americana contra o Tratado e o envolvimento na Sociedade das Nações. A percepção, por sua vez, por grande parte do público britânico de que a Alemanha tinha sido tratada injustamente foi um factor crucial no apoio público à política de apaziguamento de antes da II Guerra Mundial. O sucesso do livro estabeleceu a reputação de Keynes como um dos principais economistas, especialmente à esquerda. Quando participou como elemento chave no estabelecimento do sistema de Bretton Woods em 1944, Keynes teve presente as lições de Versalhes, bem como as da Grande Depressão. O Plano Marshall após a II Guerra Mundial é um sistema semelhante ao proposto por Keynes em As Consequências Económicas da Paz."
(Fonte: wikipédia)
"A paz que impuzemos ao inimigo, pode encarar-se sob dois aspectos: o da justiça e o da conveniencia e utilidade. A minha attenção concentrou-se principalmente no ultimo ponto de vista. Mas, nem por isso o primeiro aspecto deixa de suscitar em mim considerações, que julgo do meu dever analysar cuidadosamente.
As condições, dictadas ao inimigo, foram justificadamente baseadas nas responsabilidades, que elle teve no desencadear da horrivel calamidade, que foi a guerra, e nos acordos que precederam o armisticio. [...]
As provas, que nos foram apresentadas o anno passado, convenceram-me de que a guerra foi pensadamente provocada pelos dirigentes da Allemanha, nas semanas que precederam o mez de agosto de 1914, com o proposito de a fazer rebentar n'um determinado momento. [...]
Mas, para garantia da paz, era dever nosso olhar mais para o futuro do que para o passado, e distinguir entre os governantes, que até á data tinham dirigido os destinos da Allemanha, e o povo, a nova geração do futuro. Se assim tivessemos procedido, teria predominado a generosidade e a elevação de espirito, e não o instincto de vingança e de odio."
(Excerto do Cap. I, A justiça da paz)
Matérias:
Introdução. | I - A justiça da paz. | II - O tratado e a honra. | III - As condições do armisticio. | IV - O enigmatico Wilson. | V - Será o tratado conveniente? | VI - A Europa Central abalada. | VII - Carvão. | VIII - Ferro. | IX - Indemnisações. | X - O cheque em branco. | XI - A avalanche da divida. | XII - A capacidade de pagamento da Allemanha. | XIII - O commercio de exportação da Allemanha. | XIV - Um tratado morto. | XV - A situação da America. | XVI - Remedios. | XVII - O futuro. | Appendice - Resumo do Capitulo III das Consequencias Economicas da Paz. A Conferencia. | Os quatorze pontos. | Discurso do Presidente Wilson ao Congresso em 11 de Fevereiro. | Artigo 297.º do Tratado de Paz : Annexo.
Exemplar em brochura bem conservado. Rasgão na última folha (contracapa), sem perda papel.
Raro.
Com interesse histórico.
Sem registo na BNP.
Indisponível
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