14 janeiro, 2016

CÂMARA, João de Brito - ILHA : poemas. Coimbra, [s.n. - imp. nas Oficinas Gráficas da «Atlantida», Coimbra], 1950.
In-8.º (17,5 cm) de 96, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor a D. Judith Teixeira de Sousa Moniz.

"Nunca te dês por vencida
Que nosso amor é mais forte:
Juntou-nos tanto na vida...
- Não nos separa na morte!

Se um morrer, só em metade
Há-de restar tão profundo
Na lembrança e na saudade
Do que ficar neste mundo.

E ambos da morte cativos
Não há razões pra temor,
Que estaremos sempre vivos
Na vida do próprio Amor!"

(Cantiga) 

João de Brito Câmara (1909-1967). Escritor, jornalista e político português. “Nasce em Lisboa, a 13 de Maio de 1909. Aos quatro anos vem para o Funchal, terra dos seus pais. Em 1927, inicia-se como jornalista, no quinzenário académico Alma Nova, editado pelo Liceu Nacional do Funchal. No mesmo ano, vem a público o seu primeiro livro, intitulado Manhã (1927) com prefácio de João Cabral do Nascimento, então seu professor.
Brito Câmara vai para Coimbra para frequentar o curso de Direito, no mesmo ano que é publicada a revista 'Presença', na qual colabora. Numa entrevista feita a Edmundo de Bettencourt, com o título 'O Modernismo em Portugal', publicada no Eco do Funchal, em 1944, refere-se aos importantes momentos vividos por ambos durante aquele movimento literário.
No 4.º ano de Direito, João Brito Câmara é eleito presidente da Associação Académica de Coimbra, cargo que lhe permite intervir activamente na política estudantil.

Distingue-se como Delegado da Comissão Distrital das campanhas eleitorais de 1948 e 1949 de Norton de Matos e de 1958 de Humberto Delgado. Esta última campanha vale-lhe quatro processos instaurados pela P.I.D.E/D.G.S. sendo três processos-crime. Sobre a campanha Norton de Matos publica o opúsculo 'Os nossos dilemas' (1949).
Escreveu 'Manhã' (1927) 'Relance' (1942) 'Auto da Lenda' (1943) 'Ilha' (1945) 'A Casa do Alto' e 'Outros Poemas' (inédito), que reúne no volume 'Poesias Completas' (1ª edição Coimbra, Atlântida Editora, 1967).”
(fonte: www.dnoticias.pt/actualidade/5-sentidos/159667-arquivo-regional-da-madeira-recebe-espolio-de-joao-brito-camara)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas "empoeiradas".
Invulgar.
15€

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