1.ª edição.
Obra de referência sobre os primórdios do estudo da arqueologia em Portugal.
"N'este seculo, em que a civilisação tem caminhado progressivamente nas principaes nações, não podia esquecer por mais tempo um estudo que consiste em investigar o modo como começára a existência da raça humana desde o berço até o seu simultaneo desenvolvimento, não só dos objectos necessarios para a defeza exterior, como em relação aos usos domesticos e habitações: conseguindo-se por este curioso estudo formar juizo seguro ácerca da existencia interior do viver e dos costumes dos primitivos habitantes da terra."
(Excerto do prólogo)
Joaquim Possidónio Narciso da Silva (1806-1896). "Filho de
Reinaldo José da Silva e de Maria Luísa Narcisa da Silva, nasceu em Lisboa, em
7 de Maio de 1806, e faleceu na mesma cidade, em 3 de Março de 1896. Foi para o
Rio de Janeiro (Brasil), em 1807, acompanhando o pai, que tinha o cargo de
Mestre Geral dos Paços Reais. Regressou ao Reino em 1821, tendo estudado em
Lisboa com Domingos António de Sequeira, Maurício José do Carmo Sendim e
Germano Xavier de Magalhães. Em 1824 foi para Paris, onde frequentou a Escola de
Belas Artes. Entre 1828 e 1830 estudou em Roma, voltando posteriormente a
Paris, onde esteve ligado a trabalhos como os do Palais Royal e das Tulherias. Regressou
a Portugal em 1833, sendo encarregue de adaptar o Convento de São Bento a
Parlamento. Ainda nesse ano, publicou um trabalho sobre o ensino da
arquitectura no estrangeiro: O que foi e é a architectura, e o que aprendem os
architectos fora de Portugal. Lisboa: Imp. Silviana, 1833. Foi autor do
projecto do Palácio da Ajuda (1834, publicado em 1866); e do projecto de uns
banhos públicos na zona do Passeio Público (1835). Nenhum deles, no entanto,
chegou a ser concretizado. Enquanto arquitecto da Casa Real, projectou a
remodelação do Paço das Necessidades (1844-1846) e o Paço do Alfeite (anteriormente
a 1857). Foi autor de muitos estabelecimentos comerciais, cuja construção se
iniciava na Baixa de Lisboa. Trabalhou também na remodelação do Teatro de São
Carlos e do Palácio do Manteigueiro. Acabou por se dedicar a tempo inteiro à
arqueologia, tendo sido encarregado, por D. Pedro V, em 1858, de proceder a um
estudo técnico de monumentos nacionais. Foi um dos fundadores, em 1863, da
antiga Real Associação dos Arquitectos Civis e Arqueólogos Portugueses,
posteriormente Associação dos Arqueólogos Portugueses. A Associação foi a
responsável, em 1866, pela criação de um museu arqueológico, depois instalado
nas ruínas do Convento do Carmo, bem como de um boletim, a partir de 1865. Publicou,
em 1869 e 1873, trabalhos sobre a história da arquitectura, e em 1879 e 1887,
trabalhos sobre arqueologia. Foi membro de diversas comissões de estudo e
classificação de património construído, bem como de diferentes academias e
sociedades nacionais e estrangeiras."
(Fonte: digitarq.arquivos.pt)
Encadernação em meia de pele carmim com cantos, e ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Encadernação em meia de pele carmim com cantos, e ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. rosto. Penúltima página da introdução apresenta alguma (poucas) palavras sublinhadas a caneta.
Raro.
Indisponível
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