A presente narrativa foi extraída da obra setecentista, já hoje muito rara, Imagem da Virtude, do Padre António Franco (1662-1732) da Companhia de Jesus.
"No dia 15 de Julho de 1570 o recém-eleito Provincial do Brasil, Inácio de Azevedo, trinta e sete companheiros e um candidato à Companhia foram martirizados às mãos dum grupo de huguenotes no mar em frente à Ilha de Palma, Canárias. No dia seguinte foi martirizado o irmão Simão Costa. Estes quarenta mártires (32 portugueses e 8 castelhanos) são normalmente designados como os Mártires do Brasil, pois dirigiam-se à missão do Brasil. Uma bula de 21 de Setembro de 1742 por Bento XIV reconheceu o martírio dos quarenta religiosos, tendo Pio IX procedido à sua beatificação em 11 de Maio de 1854.
Esta expedição comandada por Inácio de Azevedo foi simultaneamente a expedição missionária mais numerosa que partiu de Lisboa para as missões extra-europeias e o martírio colectivo mais numeroso de jesuítas em toda a Época Moderna. O mesmo episódio teve um importante significado hagiográfico, pois reunia simbolicamente a Europa dividida pelas lutas religiosas e as missões extra-europeias. A importância deste episódio deriva ademais do facto de estar ligado à difusão do culto da Madona di San Luca, um dos principais cultos jesuítas na Época Moderna."
(in http://cultura.revues.org/354)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Indisponível
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