O ARISTARCO PORTUGUEZ. REVISTA ANNUAL DE CRITICA LITTERARIA. 1.º ANNO - 1868. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1868. In-8º (20,5cm) de [6], 205, [1] p. ; B.
Revista de crítica literária. Publicada sob anonimato, inicialmente a sua redacção foi atribuída a Francisco António
Rodrigues de Gusmão; estudos posteriores, apontam José Simões Dias como seu autor. Só se publicou este número.
Autores das obras criticadas:
- A. da Silva Gaio. - Alberto Pimentel. - Camilo Castelo Branco. - Cândido de Figueiredo. - Carlos Borges. - Clímaco dos Reis. - Eduardo A. Vidal. - Ernesto P. de Almeida. - Eugénio de Castilho. - F. Adolfo Coelho. - Guerra Junqueiro. - Guilherme Braga. - Júlio Dinis. - Latino de Faria. - Lemos de Nápoles. - Lopes Praça. - Martins de Carvalho. - Ramalho Ortigão. - Simões Dias. - Teófilo Braga. - Tomás Ribeiro. - Etc.
"Lançámos uma vista de olhos pela nossa litteratura de hoje; e, se motivos houve por que nos congratulassemos, não vimos sem mágua o como em Portugal se aquilatavam as nossas letras.
Por mais que a vista se nos entranhasse por todos os recantos da nossa republicasinha litteraria, não nos appareceu um crítico de lei, que tivesse ânimo para dizer sem rebuço toda a verdade ao povo que, no procurar alimentos para o espirito, poucas vezes pode por si escolher, d'entre os insossos e os deleterios, aquelles que lhe apurem o gosto e nutram a intelligencia.
Por força de consequencia, o merito de escriptor dependia do favor das circumstancias, e, por muitas vezes, o merecimento real ficava na sombra, emquanto a fama revestia de luz e gloria entidades que a justiça nunca devia de salvar da obscuridade.
E não é porque em Portugal faltassem homens, que do seu levantado ingenho tirassem luz, para mostrar a verdade ao povo: impecia-os talvez a consideração de que poucos dos que escrevem escutam a sangue-frio as verdades da crítica, malquistando-se de prompto com os que se aventuram a prégal-as em público.
Não nos deteve tão balofa e pueril consideração: tomámos o caminho da verdade e da justiça, e não trepidaremos diante de susceptibilidades feridas.
A nossa missão especial é notar e louvar o bom, e apontar e censurar o mau."
(excerto da introdução)
De destacar a crítica dirigida a Camilo, a quem o autor chama "o homem dos setenta e tantos livros, o estylista admiravel, o dramaturgo, o poeta, o theologo, o politico, o romancista e o fazedor de satyras". Na primeira parte, o autor tece considerações sobre a carreira literária de Camilo e o seu perfil psicológico. Na segunda parte, faz a crítica do romance A Bruxa de Monte-Córdova, e de três outras obras: O Sangue, O Mosaico e as Virtudes Antigas. Esta última é alvo de alguma ironia, pela fraca qualidade das 3 novelas que a compunham, sobretudo, a terceira - Um poeta portuguez... rico, trabalho enviado por Camilo a pedido do editor Campos Júnior, apenas para preencher o n.º de páginas "aceitável" para a sua publicação.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas com defeitos, apresentando-se sujas, com pequenos orifícios e falhas de papel.
Invulgar.
Com interesse camiliano.
25€
30 novembro, 2014
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29 novembro, 2014
GÆSER, Ernesto - PAZ? A queda do Império e a revolução alemã : romance. Traducção de Campos Lima. Lisboa, Guimarães & C.ª, [193-]. In-8º (19cm) de 324 p. ; B.
1.ª edição portuguesa.
Romance da Grande Guerra. Publicado originalmente em Berlim, em 1930, retrata o período revolucionário do pós guerra alemão.
"Por dura que seja a carga, que agora vem cair-nos sôbre os nossos ombros, após quatro anos terríveis de amargura, não humilharemos a cabeça, e antes continuaremos trabalhando com todo o ardor para para arrancar a nossa pátria desta prostração e cobri-la de nova glória sob a égide da República alemã, una e livre, a República dos operários, cidadãos e camponeses. Viva a República! - gritou o advogado levantando o braço. E a multidão fervente repetiu o grito, os soldados acentuaram-no com as suas espingardas no pavimento e os operários, em voz bem timbrada, romperam a cantar a Internacional. Neste momento, deu um passo á frente Adalberto König. Estava de cabeça descoberta e o seu cabelo castanho flutuava no ar em revôltas madeixas. Vestia um fato azul.
- Camaradas!
Foi como um grito. A sua mão descreveu no ar um arco grandioso em que se dissolveram o cântico e os vivas.
- Operários, soldados, irmãos! Os generais fugiram, os príncipes e todo o seu cortejo de tunantes puzeram-se em fuga, o Império jaz por terra... Ha entre nós alguém que não saiba o que isto significa? Significa a paz!"
(excerto do Cap. II)
Ernst Glaeser (1902-1963). Escritor alemão. Pacifista. Com a chegada ao poder do partido nacional socialista, as suas obras foram proibidas. Rumou ao exílio em 1933, para a Checolslováquia, e mais tarde, em 1934, para a Suíça. Regressou à Alemanha em 1939. Reabilitado pelo regime nazi, escreveu sob pseudónimo, e dirigiu revistas apologistas do regime.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€
1.ª edição portuguesa.
Romance da Grande Guerra. Publicado originalmente em Berlim, em 1930, retrata o período revolucionário do pós guerra alemão.
"Por dura que seja a carga, que agora vem cair-nos sôbre os nossos ombros, após quatro anos terríveis de amargura, não humilharemos a cabeça, e antes continuaremos trabalhando com todo o ardor para para arrancar a nossa pátria desta prostração e cobri-la de nova glória sob a égide da República alemã, una e livre, a República dos operários, cidadãos e camponeses. Viva a República! - gritou o advogado levantando o braço. E a multidão fervente repetiu o grito, os soldados acentuaram-no com as suas espingardas no pavimento e os operários, em voz bem timbrada, romperam a cantar a Internacional. Neste momento, deu um passo á frente Adalberto König. Estava de cabeça descoberta e o seu cabelo castanho flutuava no ar em revôltas madeixas. Vestia um fato azul.
- Camaradas!
Foi como um grito. A sua mão descreveu no ar um arco grandioso em que se dissolveram o cântico e os vivas.
- Operários, soldados, irmãos! Os generais fugiram, os príncipes e todo o seu cortejo de tunantes puzeram-se em fuga, o Império jaz por terra... Ha entre nós alguém que não saiba o que isto significa? Significa a paz!"
(excerto do Cap. II)
Ernst Glaeser (1902-1963). Escritor alemão. Pacifista. Com a chegada ao poder do partido nacional socialista, as suas obras foram proibidas. Rumou ao exílio em 1933, para a Checolslováquia, e mais tarde, em 1934, para a Suíça. Regressou à Alemanha em 1939. Reabilitado pelo regime nazi, escreveu sob pseudónimo, e dirigiu revistas apologistas do regime.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€
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Romance,
Romance Histórico
28 novembro, 2014
CAIRES, Luthgarda Guimarães de - O DOUTOR VAMPIRO : romance. [S.l.], [s.n. - Imp. Libanio da Silva, Lisboa], [1923]. In-8.º (19,5cm) de [2], 204, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Apreciado romance da autora, o único que publicou.
"Mariana enviúvara havia três anos, tendo-lhe ficado aquele filho, o pequeno Pedro. O marido, um empregado do comércio, morreu muito novo, minado pela tuberculose, deixando a pobre viúva sem recursos que lhe permitissem viver desafogadamente. Ficara-lhe a ela o pai, um oficial reformado, bastante doente, sofrendo de antigos ferimentos recebidos em campanhas de África, e que se finara um ano depois.
A pequena herança que êste lhe deixou, com o que lhe rendia o seu trabalho de florista, trabalho a que dedicara logo após a morte do marido, dava-lhe para viver com a mais restrita economia, mas sem miséria."
(excerto do Cap. II)
Lutegarda Guimarães de Caires (1873-1935). Escritora e socióloga. “Nasceu em Vila Real de Santo António em 15 de Novembro de 1873. Após a implantação da República é convidada pelo ministro da Justiça, a propor melhorias de carácter social. Da sua pena saem vários trabalhos sobre a situação jurídica da mulher. Os problemas prisionais merecem-lhe especial atenção. Neste sentido consegue a abolição da máscara penitenciária e do regime do silêncio. É igualmente pela sua acção que as condições sanitárias das prisões das mulheres sofrem algumas melhorias. Foi a percursora do “Natal nos Hospitais”. No campo poético, onde igualmente se notabilizou, obtém em 1913 o 1º Prémio de Poesia nos jogos florais hispano-portugueses de Ceuta, com o soneto Florinha das ruas. São da sua autoria, em verso, os seguintes trabalhos: Glicínias (1910); Bandeira Portuguesa (1910); Papoulas (1912); Sombras e Cinzas (1916) e Violetas (1923). Por publicar ficou Anoitecendo. Em prosa deixou: Dança do Destino (contos), 1913; Pombas Feridas (misto de prosa e verso) (1914); O Doutor Vampiro (romance) (1923); Palácio das três Estrelas (literatura infantil) (1930). Nesta área, deixou inédito: Águas Passadas (novela); Árvores benditas e Nossa Senhora de Lurdes. Lutegarda de Caíres abordou outras áreas da literatura. Assim escreveu, Vagabundo, libreto de ópera que subiu à cena em 1914 e mais tarde em 1931. Em teatro, deixou inédito Lenda de Guimer. Faleceu em Lisboa no dia 30 de Março de 1935. Tem desde 1937 o seu nome na toponímia vila-realense. Junto ao Guadiana foi levantada uma estátua em pedra que a representa, homenageando-a.”
(Fonte: http://alcoutimlivre.blogspot.pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas com defeitos nas margens.
Raro.
Indisponível
1.ª edição.
Apreciado romance da autora, o único que publicou.
"Mariana enviúvara havia três anos, tendo-lhe ficado aquele filho, o pequeno Pedro. O marido, um empregado do comércio, morreu muito novo, minado pela tuberculose, deixando a pobre viúva sem recursos que lhe permitissem viver desafogadamente. Ficara-lhe a ela o pai, um oficial reformado, bastante doente, sofrendo de antigos ferimentos recebidos em campanhas de África, e que se finara um ano depois.
A pequena herança que êste lhe deixou, com o que lhe rendia o seu trabalho de florista, trabalho a que dedicara logo após a morte do marido, dava-lhe para viver com a mais restrita economia, mas sem miséria."
(excerto do Cap. II)
Lutegarda Guimarães de Caires (1873-1935). Escritora e socióloga. “Nasceu em Vila Real de Santo António em 15 de Novembro de 1873. Após a implantação da República é convidada pelo ministro da Justiça, a propor melhorias de carácter social. Da sua pena saem vários trabalhos sobre a situação jurídica da mulher. Os problemas prisionais merecem-lhe especial atenção. Neste sentido consegue a abolição da máscara penitenciária e do regime do silêncio. É igualmente pela sua acção que as condições sanitárias das prisões das mulheres sofrem algumas melhorias. Foi a percursora do “Natal nos Hospitais”. No campo poético, onde igualmente se notabilizou, obtém em 1913 o 1º Prémio de Poesia nos jogos florais hispano-portugueses de Ceuta, com o soneto Florinha das ruas. São da sua autoria, em verso, os seguintes trabalhos: Glicínias (1910); Bandeira Portuguesa (1910); Papoulas (1912); Sombras e Cinzas (1916) e Violetas (1923). Por publicar ficou Anoitecendo. Em prosa deixou: Dança do Destino (contos), 1913; Pombas Feridas (misto de prosa e verso) (1914); O Doutor Vampiro (romance) (1923); Palácio das três Estrelas (literatura infantil) (1930). Nesta área, deixou inédito: Águas Passadas (novela); Árvores benditas e Nossa Senhora de Lurdes. Lutegarda de Caíres abordou outras áreas da literatura. Assim escreveu, Vagabundo, libreto de ópera que subiu à cena em 1914 e mais tarde em 1931. Em teatro, deixou inédito Lenda de Guimer. Faleceu em Lisboa no dia 30 de Março de 1935. Tem desde 1937 o seu nome na toponímia vila-realense. Junto ao Guadiana foi levantada uma estátua em pedra que a representa, homenageando-a.”
(Fonte: http://alcoutimlivre.blogspot.pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas com defeitos nas margens.
Raro.
Indisponível
27 novembro, 2014
A presente narrativa foi extraída da obra setecentista, já hoje muito rara, Imagem da Virtude, do Padre António Franco (1662-1732) da Companhia de Jesus.
"No dia 15 de Julho de 1570 o recém-eleito Provincial do Brasil, Inácio de Azevedo, trinta e sete companheiros e um candidato à Companhia foram martirizados às mãos dum grupo de huguenotes no mar em frente à Ilha de Palma, Canárias. No dia seguinte foi martirizado o irmão Simão Costa. Estes quarenta mártires (32 portugueses e 8 castelhanos) são normalmente designados como os Mártires do Brasil, pois dirigiam-se à missão do Brasil. Uma bula de 21 de Setembro de 1742 por Bento XIV reconheceu o martírio dos quarenta religiosos, tendo Pio IX procedido à sua beatificação em 11 de Maio de 1854.
Esta expedição comandada por Inácio de Azevedo foi simultaneamente a expedição missionária mais numerosa que partiu de Lisboa para as missões extra-europeias e o martírio colectivo mais numeroso de jesuítas em toda a Época Moderna. O mesmo episódio teve um importante significado hagiográfico, pois reunia simbolicamente a Europa dividida pelas lutas religiosas e as missões extra-europeias. A importância deste episódio deriva ademais do facto de estar ligado à difusão do culto da Madona di San Luca, um dos principais cultos jesuítas na Época Moderna."
(in http://cultura.revues.org/354)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Indisponível
26 novembro, 2014
GRAVURAS DE CAMILO NA IMPRENSA NACIONAL DE LISBOA. Lisboa, Imprensa Nacional, 1925 [aliás, 1982]. In-fólio (32,5cm) de [24] p. inum. ; toda il. ; B.
Bonita reprodução facsimilada da edição publicada em 1925 por ocasião do centenário natalício de Camilo Castelo Branco.
Ilustrada com um elevado número de retratos de Camilo, bem como da fachada de sua casa.
Capa: Retrato de Camilo por Alfredo Moraes.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€
Bonita reprodução facsimilada da edição publicada em 1925 por ocasião do centenário natalício de Camilo Castelo Branco.
Ilustrada com um elevado número de retratos de Camilo, bem como da fachada de sua casa.
Capa: Retrato de Camilo por Alfredo Moraes.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€
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§ GRAVURAS/ESTAMPAS,
*CASTELO BRANCO (Camilo),
Arte,
Camiliana,
Comemorações,
Edições Facsímile,
Homenagem
24 novembro, 2014
NORONHA, D. José Manoel de - NUN'ALVARES : heroe e santo. Coimbra, Moura Marques, 1915. In-8º (19cm) de XVIII, 129, [1] p. ; E.
1.ª edição.
Impressa em papel de qualidade superior. Ilustrada com bonitas capitais e vinhetas tipográficas representando escudos heráldicos.
Biografia do Santo Condestável, D. Nuno Álvares Pereira.
"Ia um chôro alto e afflito na igreja do Convento de Nossa Senhora do Carmo de Lisbôa. Elevavam-se a Deus preces fervorosas, pedindo o restabelecimento de Frei Nuno, que, a êsse tempo, placidamente agonizava no seu catre de frade pobre. Os mendigos pediam ao Ceu, em orações sentidas, a saúde do seu bem-feitor, e os ricos acorriam a saber novas do Conde Santo. Havia um ruido confuso de vozes, ora gementes e suplicantes, ora revoltadas e cheias de desespêro.
Pela igreja errava ainda o perfume devoto do incenso, que subira em espirais, de manhã, na festa de Todos-os Santos. Era o primeiro de novembro, dia triste e chuvoso, véspera de Finados.
Na sua cela, irremediavelmente perdido, o Condestável, abraçado ao Crucifixo, que desde o principio da doença não o abandonára, ouvia ler, num latim cantado, a Paixão do Senhor."
(excerto do Cap. I, Ás Portas de Ceu)
Índice:
A quem ler. - Á Portas de Ceu. - Setent'annos atraz. - O Escudeiro da Rainha. - Dois annos de lucta. - Aljubarrota. - Terras d'Africa. - O Convento do Carmo.
Encadernação em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Ausência da folha de rosto.
Muito invulgar.
Indisponível
1.ª edição.
Impressa em papel de qualidade superior. Ilustrada com bonitas capitais e vinhetas tipográficas representando escudos heráldicos.
Biografia do Santo Condestável, D. Nuno Álvares Pereira.
"Ia um chôro alto e afflito na igreja do Convento de Nossa Senhora do Carmo de Lisbôa. Elevavam-se a Deus preces fervorosas, pedindo o restabelecimento de Frei Nuno, que, a êsse tempo, placidamente agonizava no seu catre de frade pobre. Os mendigos pediam ao Ceu, em orações sentidas, a saúde do seu bem-feitor, e os ricos acorriam a saber novas do Conde Santo. Havia um ruido confuso de vozes, ora gementes e suplicantes, ora revoltadas e cheias de desespêro.
Pela igreja errava ainda o perfume devoto do incenso, que subira em espirais, de manhã, na festa de Todos-os Santos. Era o primeiro de novembro, dia triste e chuvoso, véspera de Finados.
Na sua cela, irremediavelmente perdido, o Condestável, abraçado ao Crucifixo, que desde o principio da doença não o abandonára, ouvia ler, num latim cantado, a Paixão do Senhor."
(excerto do Cap. I, Ás Portas de Ceu)
Índice:
A quem ler. - Á Portas de Ceu. - Setent'annos atraz. - O Escudeiro da Rainha. - Dois annos de lucta. - Aljubarrota. - Terras d'Africa. - O Convento do Carmo.
Encadernação em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Ausência da folha de rosto.
Muito invulgar.
Indisponível
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*NORONHA (D. José Manuel de),
1ª E D I Ç Ã O,
Biografias,
D. Nuno Álvares Pereira,
História,
História de Portugal,
Romance Histórico
21 novembro, 2014
SHAW, Bernard - LES ATROCITÉS DE DENSHAWAI ET AUTRES CRIMES ANGLAIS. Berlin, Service d'Information Allemand, 1940. In-8º (20,5cm) de 70 p. ; [6] p. il. ; B. Le vrai visage de l'Angleterre, Nº. 7
1.ª edição.
Edição francesa. Ilustrada com estampas, em folhas separadas do texto, reproduzindo desenhos e fotos de execuções perpetradas pelas forças inglesas em diversos momentos da História.
Opúsculo nazi de propaganda antibritânica. Publicado em 1940, em plena 2.ª Guerra Mundial, nele se procura demonstrar as atrocidades cometidas pelos ingleses ao longo da história. O pretexto é o episódio colonial, ocorrido em Denshawai (Egipto), a 13 de Junho de 1906, em que soldados britânicos abriram fogo contra nativos. Nos dias que se seguiram, foram efectuadas prisões, e 4 nativos acusados de atentar contra a vida de um oficial britânico seriam condenados à forca. Este acontecimento, e tudo o que o rodeou, foram severamente criticados por Bernard Shaw.
Matérias:
- Les atrocités de Denshawai (Bernard Shaw). - Méthodes anglaises de colonisation en Australie (d'aprés des sources anglaises et australiennes). - La domination de la city londonienne à la trinité. - Bombes et gaz de combat sur l'Hadramaout. - Bombes britanniques sur l'Arabie. Lutte de la satisfaction de soi-même. Par H. Sr. John Philby. - Halte! Pas de bombes sur l'Arabie! Appel pour une iniative britannique. Par H. Sr. Philby.
Exemplar brochado em bom esatdo de conservação.
Invulgar.
10€
1.ª edição.
Edição francesa. Ilustrada com estampas, em folhas separadas do texto, reproduzindo desenhos e fotos de execuções perpetradas pelas forças inglesas em diversos momentos da História.
Opúsculo nazi de propaganda antibritânica. Publicado em 1940, em plena 2.ª Guerra Mundial, nele se procura demonstrar as atrocidades cometidas pelos ingleses ao longo da história. O pretexto é o episódio colonial, ocorrido em Denshawai (Egipto), a 13 de Junho de 1906, em que soldados britânicos abriram fogo contra nativos. Nos dias que se seguiram, foram efectuadas prisões, e 4 nativos acusados de atentar contra a vida de um oficial britânico seriam condenados à forca. Este acontecimento, e tudo o que o rodeou, foram severamente criticados por Bernard Shaw.
Matérias:
- Les atrocités de Denshawai (Bernard Shaw). - Méthodes anglaises de colonisation en Australie (d'aprés des sources anglaises et australiennes). - La domination de la city londonienne à la trinité. - Bombes et gaz de combat sur l'Hadramaout. - Bombes britanniques sur l'Arabie. Lutte de la satisfaction de soi-même. Par H. Sr. John Philby. - Halte! Pas de bombes sur l'Arabie! Appel pour une iniative britannique. Par H. Sr. Philby.
Exemplar brochado em bom esatdo de conservação.
Invulgar.
10€
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*SHAW (Bernard),
1ª E D I Ç Ã O,
2ª Guerra Mundial,
Alemanha,
França,
História,
Inglaterra,
Propaganda
20 novembro, 2014
1.ª edição portuguesa.
Ilustrada no texto com bonitos desenhos e mapas.
"Esta História Universal não é apenas mais uma laboriosa síntese de toda a vida humana à superfície da Terra, nem mais um manual de civilizações e povos. É um grande serviço prestado à causa da Humanidade e do Progresso, por um homem que foi um dos maiores espíritos do nosso tempo. É uma obra superior, escrita por um coração inteligente, com paixão, entusiasmo, coragem e desassombro."
(excerto da apresentação)
Herbert George Wells (1866-1946). "Escritor inglês. Foi um autodidacta incansável; licenciou-se em Ciências pela Universidade de Londres. É considerado um dos pioneiros da ficção científica. A sua obra revela fé no progresso técnico. Destacam-se, de entre os numerosos livros que publicou, The Time Machine (A Máquina do Tempo, 1895), The Island of Doctor Moreau (A Ilha do Doutor Moreau, 1896) e The War of the Worlds (A Guerra dos Mundos, 1897)." Também é autor de uma extraordinária obra de não-ficção, intitulada "The outline of History: Being a Plain History of Life and Mankind", publicada em Portugal sob o título História Universal.Exemplares brochados em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€
Etiquetas:
*WELLS (H. G.),
1ª E D I Ç Ã O,
História,
História Universal
18 novembro, 2014
A EXPERIÊNCIA DE TODOS PARA TODOS - GUERRA SUBVERSIVA : deslocamentos em comboio automóvel.
[S.l.], [Edição da 3.ª Repartição da 3.ª Região Militar de Angola], [196-]. In-4.º (23cm) de 28 p. ; [1] planta ; B.
1.ª edição.
Manual de contraguerrilha, policopiado, para uso exclusivo das tropas portuguesas durante a Guerra Colonial. A capa apresenta dois carimbos com a indicação "RESERVADO", bem como, no interior, nas páginas de texto.
Ilustrado em separado com um croquis (escala 1: 100.000) de uma importante secção do teatro de operações - um caso real da acção de contraguerrilha.
"Os apontamentos que vão seguir-se baseiam-se na experiência adquirida por unidades que se deslocaram milhares de quilómetros através de regiões infestadas de terroristas quando da fase inicial da contra-ofensiva lançada pelas Forças Armadas Nacionais para reocupação dos Postos Administrativos e demais localidades então sob controlo do inimigo."
(excerto da introdução)
Matérias:
1 - As viaturas.
a) Sua protecção. b) Disposição do pessoal transportado. c) Sobressalentes e material diverso. d) Conservação. e) Carregamento. f) Atrelados. g) Viaturas com guincho.
2 - Constituição de pequenas colunas automóveis. Dispositivo.
3 - Colunas auto da ordem das 25 a 30 viaturas (CCaç).
4 - Medidas de segurança a adoptar nos comboios de viaturas automóveis.
5 - Viaturas civis e militares passivas.
6 - Ligação entre as viaturas.
7 - Remoção e transposição de obstáculos.
a) Árvores derrubadas e abatizes. b) Valas. c) Pontes.
8 - Reacção perante as emboscadas às colunas automóveis.
a) Princípios gerais. b) Organização dos planos de fogos defensivos nas colunas automóveis.
9 - Estacionamento das colunas automóveis durante os altos de marcha.
a) Pequenos altos. b) Grandes altos. c) Escolhas dos locais para estacionamento. d) Disposição das viaturas nas áreas de estacionamento. e) Segurança no estacionamento.
10 - Apoio aéreo.
Uma Acção de Contraguerrilha (Caso real)
Referências. 1: Situação particular. 2: Missão. 3: Força executante. 4: Como decorreu a aproximação. 5: Descrição da acção. 6: Resultados da acção. 7: Diversos. 8: Ensinamentos colhidos.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro e muito curioso.
Com interesse histórico e militar.
Indisponível
[S.l.], [Edição da 3.ª Repartição da 3.ª Região Militar de Angola], [196-]. In-4.º (23cm) de 28 p. ; [1] planta ; B.
1.ª edição.
Manual de contraguerrilha, policopiado, para uso exclusivo das tropas portuguesas durante a Guerra Colonial. A capa apresenta dois carimbos com a indicação "RESERVADO", bem como, no interior, nas páginas de texto.
Ilustrado em separado com um croquis (escala 1: 100.000) de uma importante secção do teatro de operações - um caso real da acção de contraguerrilha.
"Os apontamentos que vão seguir-se baseiam-se na experiência adquirida por unidades que se deslocaram milhares de quilómetros através de regiões infestadas de terroristas quando da fase inicial da contra-ofensiva lançada pelas Forças Armadas Nacionais para reocupação dos Postos Administrativos e demais localidades então sob controlo do inimigo."
(excerto da introdução)
Matérias:
1 - As viaturas.
a) Sua protecção. b) Disposição do pessoal transportado. c) Sobressalentes e material diverso. d) Conservação. e) Carregamento. f) Atrelados. g) Viaturas com guincho.
2 - Constituição de pequenas colunas automóveis. Dispositivo.
3 - Colunas auto da ordem das 25 a 30 viaturas (CCaç).
4 - Medidas de segurança a adoptar nos comboios de viaturas automóveis.
5 - Viaturas civis e militares passivas.
6 - Ligação entre as viaturas.
7 - Remoção e transposição de obstáculos.
a) Árvores derrubadas e abatizes. b) Valas. c) Pontes.
8 - Reacção perante as emboscadas às colunas automóveis.
a) Princípios gerais. b) Organização dos planos de fogos defensivos nas colunas automóveis.
9 - Estacionamento das colunas automóveis durante os altos de marcha.
a) Pequenos altos. b) Grandes altos. c) Escolhas dos locais para estacionamento. d) Disposição das viaturas nas áreas de estacionamento. e) Segurança no estacionamento.
10 - Apoio aéreo.
Uma Acção de Contraguerrilha (Caso real)
Referências. 1: Situação particular. 2: Missão. 3: Força executante. 4: Como decorreu a aproximação. 5: Descrição da acção. 6: Resultados da acção. 7: Diversos. 8: Ensinamentos colhidos.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro e muito curioso.
Com interesse histórico e militar.
Indisponível
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África/Ultramar,
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Guerra Colonial,
História,
História de Portugal,
Militaria,
Terrorismo
17 novembro, 2014
AVILA, A. E. Lobo d' - MEMORIAS DO PADRE VICENTE. Lisboa, Editores: Lisboa & C.ª, 1878. In-8.º (18cm) de VIII, 261, [3] p. ; E.
1.ª edição.
Com uma carta de Tomás Ribeiro.
Primeira obra do autor, desconhecida do grande público, raramente citada na sua bibliografia. A BNP possui apenas um exemplar.
"Poucas leguas distante de Lisboa demora uma pequena aldeia, que por sua belleza parece filha predilecta da natureza, tantos e tão variados são os dons preciosos que ella lhe dispensou. [...]
No extremo norte d'aldeia eleva-se o presbyterio, singela e risonha morada, singela como o berço do nosso Redemptor, risonha como a esperança da nossa religião.
Ao tempo em que se deram os successos que narramos, estava o presbyterio confiado ao padre Vicente, sacerdote que no pastorar do seu rebanho punha em pratica todas as virtudes que ornavam o seu caracter."
(excerto do Cap. I)
Artur Eugénio Lobo de Ávila (Lisboa, 1855 - Lisboa, 1945). "Filho do general Francisco de Paula Lobo de Ávila, nasceu em Lisboa em 1855. Notabilizou-se como dramaturgo, jornalista e historiador. A sua carreira decorreu na administração pública, tendo chegado a director da Alfândega de Lisboa. Ingressou no Curso Superior de Letras e era tido como aluno brilhante, porém não terá concluído os estudos. Estreou-se com as comédias Uma noiva no prego (1879) e Empenho político (1880). Depois destas, optou pelo teatro de reconstituição histórica sem grande sucesso (apenas as peças Malhados [1902] e O coração de Bocage [1905] foram à cena). Alcançou maior sucesso como autor de folhetins e romances históricos, alguns dos quais publicados na Romano Torres, como veremos. Embora só tenha três obras na editora, ganham especial relevância por terem sido publicadas num período inicial, na passagem do século XIX para o século XX, e por se integrarem num subgénero literário muito prestigiado em Portugal, o romance histórico. Pode mesmo dizer-se que esta aposta já demonstrava as directrizes editoriais de divulgação histórica que a casa assumiria durante toda a sua existência. A primeira obra publicada pela Romano Torres (A descoberta e conquista da Índia pelos portugueses: romance histórico, 1898) saiu por ocasião do 4º centenário da descoberta da Índia. Ainda no século XIX, publicou Os amores do príncipe perfeito: romance histórico. Embora não tenhamos data definitiva para esta obra, sabemos que saiu na última década desse século. Seguiu-se, por fim, Os caramurus: romance histórico da descoberta e independência do Brasil [1900], também na senda do ciclo comemorativo dos descobrimentos de fin-de-siècle. Cessou a sua colaboração com a Romano Torres, mas prosseguiu a carreira literária com O rei magnífico (1911), Nos bastidores do jornalismo (1946), entre outros. Postumamente saiu o volume Memórias (1946)."
(Afonso Reis Cabral, in http://fcsh.unl.pt/chc/romanotorres)
Encadernação coeva inteira de carneira, com rótulo e dourados gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível
1.ª edição.
Com uma carta de Tomás Ribeiro.
Primeira obra do autor, desconhecida do grande público, raramente citada na sua bibliografia. A BNP possui apenas um exemplar.
"Poucas leguas distante de Lisboa demora uma pequena aldeia, que por sua belleza parece filha predilecta da natureza, tantos e tão variados são os dons preciosos que ella lhe dispensou. [...]
No extremo norte d'aldeia eleva-se o presbyterio, singela e risonha morada, singela como o berço do nosso Redemptor, risonha como a esperança da nossa religião.
Ao tempo em que se deram os successos que narramos, estava o presbyterio confiado ao padre Vicente, sacerdote que no pastorar do seu rebanho punha em pratica todas as virtudes que ornavam o seu caracter."
(excerto do Cap. I)
Artur Eugénio Lobo de Ávila (Lisboa, 1855 - Lisboa, 1945). "Filho do general Francisco de Paula Lobo de Ávila, nasceu em Lisboa em 1855. Notabilizou-se como dramaturgo, jornalista e historiador. A sua carreira decorreu na administração pública, tendo chegado a director da Alfândega de Lisboa. Ingressou no Curso Superior de Letras e era tido como aluno brilhante, porém não terá concluído os estudos. Estreou-se com as comédias Uma noiva no prego (1879) e Empenho político (1880). Depois destas, optou pelo teatro de reconstituição histórica sem grande sucesso (apenas as peças Malhados [1902] e O coração de Bocage [1905] foram à cena). Alcançou maior sucesso como autor de folhetins e romances históricos, alguns dos quais publicados na Romano Torres, como veremos. Embora só tenha três obras na editora, ganham especial relevância por terem sido publicadas num período inicial, na passagem do século XIX para o século XX, e por se integrarem num subgénero literário muito prestigiado em Portugal, o romance histórico. Pode mesmo dizer-se que esta aposta já demonstrava as directrizes editoriais de divulgação histórica que a casa assumiria durante toda a sua existência. A primeira obra publicada pela Romano Torres (A descoberta e conquista da Índia pelos portugueses: romance histórico, 1898) saiu por ocasião do 4º centenário da descoberta da Índia. Ainda no século XIX, publicou Os amores do príncipe perfeito: romance histórico. Embora não tenhamos data definitiva para esta obra, sabemos que saiu na última década desse século. Seguiu-se, por fim, Os caramurus: romance histórico da descoberta e independência do Brasil [1900], também na senda do ciclo comemorativo dos descobrimentos de fin-de-siècle. Cessou a sua colaboração com a Romano Torres, mas prosseguiu a carreira literária com O rei magnífico (1911), Nos bastidores do jornalismo (1946), entre outros. Postumamente saiu o volume Memórias (1946)."
(Afonso Reis Cabral, in http://fcsh.unl.pt/chc/romanotorres)
Encadernação coeva inteira de carneira, com rótulo e dourados gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível
16 novembro, 2014
CASTELLO BRANCO, Camillo - VAIDADES IRRITADAS E
IRRITANTES (opusculo ácerca d'uns que se dizem offendidos em sua liberdade de consciencia litteraria). Por... Porto, Em Casa de Viuva Moré, 1866. In-8º de 47, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Edição primitiva. Publicado aquando da polémica literária Bom Senso e Bom Gosto.
"Vaidades Irritadas e Irritantes, de seu título completo Vaidades Irritadas e Irritantes (opúsculo acerca duns que se dizem ofendidos em sua liberdade de consciência literária) surge, já em janeiro de 1866, a instâncias de Castilho, amigo de Camilo, no contexto da Questão Coimbrã. Camilo tenta refutar as acusações feitas por Antero à poesia de Castilho, ironizando sobre os modelos estrangeiros citados nos textos dos jovens coimbrões ("Ninguém podia supor que seis livros franceses, desajudados doutros tantos livros de boa dicção portuguesa, pudessem levedar em Coimbra a massa de que há de sair o pão das gerações porvindouras!") e tentando, mesmo sem a sua habitual verve de polemista, reabilitar a reputação literária do autor do Tratado de Metrificação Portuguesa."
(in infopedia.pt)
"Que mal fez o snr. Antonio Feliciano de Castilho a dois escriptores novos que tão rijamente sahiram por suas vaidades beliscadas?
A offensa é isto que o leitor folgará de recordar:
« - Theophilo Braga - dirão - Anthero do Quental, Vieira de Castro, talentos distinctos, e de já não pequena clientella todos elles, têem sido, e continuam a ser, acremente objurgados por este aquilatador inexoravel. » -
« Má - continúa o snr. Castilho - e pessima guerra esta em que se bombardeia atirando nomes; ahi os affectos e paixões, o amor e o odio, o egoismo, a inveja e o mêdo, perturbam o juiso, e, ou gelam a mão nos copos da espada, ou desfecham os golpes á tôa, sobejos para destruição, mas, para victoria, malogrados."
(excerto do Cap. I)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Apresenta manchas de acidez, sobretudo nas primeiras páginas do livro.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível
1.ª edição.
Edição primitiva. Publicado aquando da polémica literária Bom Senso e Bom Gosto.
"Vaidades Irritadas e Irritantes, de seu título completo Vaidades Irritadas e Irritantes (opúsculo acerca duns que se dizem ofendidos em sua liberdade de consciência literária) surge, já em janeiro de 1866, a instâncias de Castilho, amigo de Camilo, no contexto da Questão Coimbrã. Camilo tenta refutar as acusações feitas por Antero à poesia de Castilho, ironizando sobre os modelos estrangeiros citados nos textos dos jovens coimbrões ("Ninguém podia supor que seis livros franceses, desajudados doutros tantos livros de boa dicção portuguesa, pudessem levedar em Coimbra a massa de que há de sair o pão das gerações porvindouras!") e tentando, mesmo sem a sua habitual verve de polemista, reabilitar a reputação literária do autor do Tratado de Metrificação Portuguesa."
(in infopedia.pt)
"Que mal fez o snr. Antonio Feliciano de Castilho a dois escriptores novos que tão rijamente sahiram por suas vaidades beliscadas?
A offensa é isto que o leitor folgará de recordar:
« - Theophilo Braga - dirão - Anthero do Quental, Vieira de Castro, talentos distinctos, e de já não pequena clientella todos elles, têem sido, e continuam a ser, acremente objurgados por este aquilatador inexoravel. » -
« Má - continúa o snr. Castilho - e pessima guerra esta em que se bombardeia atirando nomes; ahi os affectos e paixões, o amor e o odio, o egoismo, a inveja e o mêdo, perturbam o juiso, e, ou gelam a mão nos copos da espada, ou desfecham os golpes á tôa, sobejos para destruição, mas, para victoria, malogrados."
(excerto do Cap. I)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Apresenta manchas de acidez, sobretudo nas primeiras páginas do livro.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível
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*CASTELO BRANCO (Camilo),
1ª E D I Ç Ã O,
Camiliana,
Geração de 70 / Questão Coimbrã,
História,
História de Portugal,
Livros antigos,
Livros séc. XIX,
Polémica
15 novembro, 2014
Ilustrado em folhas separadas do texto com os retratos de Henrique de Paiva Couceiro, El-Rei D. Manuel II e da Rainha Senhora D. Amélia, e dos Oficiais das "Baterias a Cavalo".
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor, participante nas manobras relatadas no livro, a um seu camarada de armas, o "Ex.mo Senhor Dr. João Monteiro de Mendonça, antigo alferes das Baterias de Queluz".
Relato da resistência oferecida por Paiva Couceiro, comandante das Baterias de Queluz, aos revolucionários republicanos, precedido da História das Baterias.
"É actualmente pouco conhecida a acção de Couceiro nos dias 4 e 5 de Outubro de 1910, em que as fôrças monarquicas foram vencidas.
Para ser bem compreendida, pareceu-me conveniente dizer alguma coisa sôbre o que eram as Baterias a cavalo, - geralmente conhecidas por «Baterias de Queluz» -, por êle comandadas naqueles dias. [...]
"Na madrugada do dia 4, recebeu o oficial de inspecção ordem telefónica do Quartel General da 1.ª Divisão Militar, para marchar para Lisboa tôda a força disponível, afim de combater um movimento republicano. [...]
Às 5 e meia chegava ao Quartel de Lanceiros, onde a bateria recebeu ordem do Quartel General para marchar para o Rocio, devendo tomar precauções em Alcântara, onde os marinheiros estavam revoltados, em Campolide onde Artelharia 1 estava sublevada e também no Alto da Avenida (Rotunda)."
(excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível
Etiquetas:
*COUCEIRO (Paiva),
*NEVES (Gustavo Tedeschi Correia das),
1ª E D I Ç Ã O,
História,
História de Portugal,
Militaria,
Paiva Couceiro,
República,
Revoluções / Golpes de estado
14 novembro, 2014
RELATORIO ESPECIAL APRESENTADO PELA DIRECÇÃO DO BANCO DE PORTUGAL Á ASSEMBLÊA GERAL DOS ACCIONISTAS NA SESSÃO ANNUAL EM 20 DE JANEIRO DE 1862 SOBRE A EXTINCÇÃO DA AGENCIA DO BANCO NO RIO DE JANEIRO. Lisboa, Imprensa Nacional, 1863. In-8.º (21cm) de [1], 15, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Relatório que daria origem a um processo infindável entre Tomás Maria Bessone, sócio da Bessone Basto & C.ª, sob cuja firma funcionava a agencia do Banco de Portugal no Rio de Janeiro e o Banco de Portugal. Opúsculo que trata das desinteligências financeiras insanáveis que culminariam com o encerramento da agência no Rio de Janeiro. Fundado com o estatuto de sociedade anónima, em 1846, até à sua nacionalização, em 1974, o Banco de Portugal era maioritariamente privado.
"Senhores Accionistas:
A agencia na praça do Rio de Janeiro, que funccionava desde junho de 1861 sob a firma social solidaria de Bessone Basto & C.ª, continuou as suas operações, e em julho d'aquelle anno já se havia tratado de pessoa idonea para substituir, em caso de ausencia, o socio sr. Francisco Teixeira Basto, residente no Rio de Janeiro; mas diversas circumstancias fizeram adiar essa substituição, até que a agencia participou que o socio Basto viria á Europa munido de esclarecimentos, para offerecer á direcção algumas reflexões sobre o andamento futuro da agencia, de accordo com o seu chefe residente em Lisboa.
A direcção convidou, portanto, o sr. Thomás Maria Bessone a uma conferencia em 10 de fevereiro proximo passado, para poder ser elucidada por elle pessoalmente ácerca d'esta viagem e de algumas idéas suggeridas pela agencia, bem como de propostas de alterações no seu regulamento..."
(parágrafos iniciais do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro e muito curioso.
Sem indicação de registo na BNP ou em qualquer outra fonte bibliográfica.
Indisponível
1.ª edição.
Relatório que daria origem a um processo infindável entre Tomás Maria Bessone, sócio da Bessone Basto & C.ª, sob cuja firma funcionava a agencia do Banco de Portugal no Rio de Janeiro e o Banco de Portugal. Opúsculo que trata das desinteligências financeiras insanáveis que culminariam com o encerramento da agência no Rio de Janeiro. Fundado com o estatuto de sociedade anónima, em 1846, até à sua nacionalização, em 1974, o Banco de Portugal era maioritariamente privado.
"Senhores Accionistas:
A agencia na praça do Rio de Janeiro, que funccionava desde junho de 1861 sob a firma social solidaria de Bessone Basto & C.ª, continuou as suas operações, e em julho d'aquelle anno já se havia tratado de pessoa idonea para substituir, em caso de ausencia, o socio sr. Francisco Teixeira Basto, residente no Rio de Janeiro; mas diversas circumstancias fizeram adiar essa substituição, até que a agencia participou que o socio Basto viria á Europa munido de esclarecimentos, para offerecer á direcção algumas reflexões sobre o andamento futuro da agencia, de accordo com o seu chefe residente em Lisboa.
A direcção convidou, portanto, o sr. Thomás Maria Bessone a uma conferencia em 10 de fevereiro proximo passado, para poder ser elucidada por elle pessoalmente ácerca d'esta viagem e de algumas idéas suggeridas pela agencia, bem como de propostas de alterações no seu regulamento..."
(parágrafos iniciais do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro e muito curioso.
Sem indicação de registo na BNP ou em qualquer outra fonte bibliográfica.
Indisponível
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*BESSONE (Tomás Maria),
1ª E D I Ç Ã O,
Banca / Seguros,
Banco de Portugal,
Brasil,
História,
Livros antigos,
Livros séc. XIX,
Rio de Janeiro
13 novembro, 2014
VILLAS, Gaspar do Couto Ribeiro - AS TROPAS COLONIAIS NA VIDA INTERNACIONAL. Por... Coronel do Corpo de Estado Maior. Lisboa, Composto e Impresso Tip. A Nacional, 1924. In-4º (23cm) de [4], 90, [2] p. ; B.
As tropas Coloniais elemento valorizador de Portugal e suas Colónias no Concerto Internacional - Memória presente ao II Congresso Colonial, (Lisboa - 1924).
1.ª edição.
Contém capítulos dedicados à Grande Guerra.
Matérias:
As Tropas Coloniais na Vida Internacional.
I. Política Nacional.
- Portugal na História. - Portugal no Mundo. - Situação Internacional. - A Política das Nações.
II. Exército de Portugal.
- Considerações. - Tropas Europeias. - Tropas Coloniais: - Generalidades - Particularizando.
III. Concluindo.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas apresentam falhas de papel na margem inferior.
Invulgar.
Com interesse histórico.
15€
As tropas Coloniais elemento valorizador de Portugal e suas Colónias no Concerto Internacional - Memória presente ao II Congresso Colonial, (Lisboa - 1924).
1.ª edição.
Contém capítulos dedicados à Grande Guerra.
Matérias:
As Tropas Coloniais na Vida Internacional.
I. Política Nacional.
- Portugal na História. - Portugal no Mundo. - Situação Internacional. - A Política das Nações.
II. Exército de Portugal.
- Considerações. - Tropas Europeias. - Tropas Coloniais: - Generalidades - Particularizando.
III. Concluindo.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas apresentam falhas de papel na margem inferior.
Invulgar.
Com interesse histórico.
15€
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*VILAS (Gaspar do Couto Ribeiro),
1ª E D I Ç Ã O,
Colonização,
Congressos / Colóquios / Seminários,
História,
História de Portugal,
Militaria,
Política,
República
12 novembro, 2014
PLACIDO, D. Anna Augusta - LUZ COADA POR FERROS : escriptos originaes. Por...
2.ª edição. [Introdução de Júlio César Machado]. Lisboa, Parceria Antonio Maria Pereira, Livraria-Editora, 1904. In-8.º de 206 [2] p. ; E. Colecção Antonio Maria Pereira, 50
Obra que reúne um conjunto de reflexões de Ana Plácido.
"Luz Coada por Ferros é o primeiro livro de Ana Augusta Plácido, com
primeira edição em 1863. É dedicado à sua irmã Maria José Plácido, que Ana
tratou quando os pais morreram. A autora recorda a irmã com carinho, afirmando:
«Foste a minha única amiga neste mundo: não conheci afeição mais verdadeira.» A
obra está repleta de dor e amargura, ainda que com traços de coragem, representando
o tempo em que Ana esteve presa. A maior parte dos textos que compõem a obra
foi produzida na Cadeia da Relação do Porto."
(Fonte: Dicionário de Camilo Castelo Branco, de Alexandre Cabral, 1988)
(Fonte: Dicionário de Camilo Castelo Branco, de Alexandre Cabral, 1988)
"Não sabe talvez a auctora d'este livro, que estamos n'um paiz em que a primeira coisa que uma senhora de talento tem que fazer-se perdoar, é o seu talento mesmo. É tão commodo dispensar-se uma pessoa de ter espirito, que os semsaborões nacionaes formaram uma seita para castigar os que o teem; estre os homens a fórma de punir o talento é desvial-o dos destinos publicos, não lhe recompensar o heroismo da lucta, e, depois de o desdenhar, calumnial-o um dia; entre as senhoras o que se uza, é espalhar o boato de que a sua superioridade não as deixa attender a mais do que ao egoismo e á vaidade, sem consentir nunca que as domine a vehemencia de sentimentos, que formão o condão e a sorte da mulher."
(excerto da introdução)
Índice:
- [Dedicatória - Á memoria de minha irmã, D. Maria José Placido]. - Introducção. - Adelina. - Meditações (I; II; III; IV; V; VI; VII). - O amor! - Recordação. - Prophecia no leito da morte. - Martyrios obscuros. - Impressões indeleveis. - Ás portas da eternidade. - A Julio Cesar Machado.
Ana Augusta Plácido (1832-1895). Escritora portuguesa, mulher de Camilo Castelo Branco. "Com dezanove anos casou-se com o capitalista brasileiro Manuel
Pinheiro Alves, de quarenta e três anos.
Em 1856 iniciou um relacionamento amoroso com Camilo Castelo Branco. Após queixa do marido contra a mulher e o amante, Ana Plácido é presa em 6 de Junho de 1860, e Camilo foge à justiça durante algum tempo, mas acaba por entregar-se em Outubro. Ficam detidos na Cadeia da Relação, no Porto.
Depois de absolvidos do crime de adultério em 16 de Outubro de 1861, Camilo e Ana Plácido passam a viver juntos. Dessa relação resultaram três filhos (embora o primeiro seja oficialmente filho do primeiro marido de Ana). Com a morte do primeiro marido em 1863, a herança passa para o primeiro filho do casal, sendo Ana a administradora dos bens. Passam a viver na propriedade do primeiro marido em São Miguel de Seide. Em 9 de Março de 1888 finalmente casam-se. Colaborou em diversas publicações, fez traduções, ajudou Camilo em alguns textos e dedicou-se, também, à poesia. No decurso da sua carreira literária assinou alguns trabalhos sob pseudónimo, os mais conhecidos: Gastão Vidal de Negreiros e Lopo de Souza." Publicou Luz Coada por Ferros (1863), 2.ª edição em 1904, e Herança de Lágrimas (1871), com o pseudónimo Lopo de Souza.
Em 1856 iniciou um relacionamento amoroso com Camilo Castelo Branco. Após queixa do marido contra a mulher e o amante, Ana Plácido é presa em 6 de Junho de 1860, e Camilo foge à justiça durante algum tempo, mas acaba por entregar-se em Outubro. Ficam detidos na Cadeia da Relação, no Porto.
Depois de absolvidos do crime de adultério em 16 de Outubro de 1861, Camilo e Ana Plácido passam a viver juntos. Dessa relação resultaram três filhos (embora o primeiro seja oficialmente filho do primeiro marido de Ana). Com a morte do primeiro marido em 1863, a herança passa para o primeiro filho do casal, sendo Ana a administradora dos bens. Passam a viver na propriedade do primeiro marido em São Miguel de Seide. Em 9 de Março de 1888 finalmente casam-se. Colaborou em diversas publicações, fez traduções, ajudou Camilo em alguns textos e dedicou-se, também, à poesia. No decurso da sua carreira literária assinou alguns trabalhos sob pseudónimo, os mais conhecidos: Gastão Vidal de Negreiros e Lopo de Souza." Publicou Luz Coada por Ferros (1863), 2.ª edição em 1904, e Herança de Lágrimas (1871), com o pseudónimo Lopo de Souza.
(Fonte: http://emprestimoexposicoescasadecamilo.wordpress.com)
Encadernação editorial inteira de percalina com título, autor e motivos
florais gravados a seco e a negro nas capas.
Exemplar em bom estado de conservação.Invulgar.
Com interesse camiliano.
Indisponível
11 novembro, 2014
CAMPINOS, Jorge - A DITADURA MILITAR : 1926/1933. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1975. In-8º (21cm) de 264, [8] p. ; B. Col. Participar, 6
1.ª edição portuguesa.
Estudo histórico, redigido pelo autor no âmbito das actividades de ensino universitário que à altura (1967) desempenhava na Faculdade de Direito e de Ciências Sociais de Poitiers (França) e destinava-se curricularmente à obtenção do Diploma de Estudos Superiores de Ciência Política.
Matérias:
Introdução
A - A vida política sob a I República: 1910-1926. B - A queda da I República: o golpe de Estado de 28 de Maio de 1926.
I Parte
O compromisso necessário: Um «movimento» heterogéneo.
Cap. I - As dificuldades do compromisso ideológico. Cap. II - Os efeitos sobre a organização dos poderes públicos.
II Parte
O compromisso ameaçado: O advento do Dr. Salazar.
Cap. I - A aparência: O apelo ao técnico das Finanças. Cap. II - A realidade: A descoberta de um «Guia».
Conclusão
Anexos
I - Constituição Política da República Portuguesa de 11 de Abril de 1933. II - Cronologia dos acontecimentos (1926-1935).
Bibliografia
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Indisponível
1.ª edição portuguesa.
Estudo histórico, redigido pelo autor no âmbito das actividades de ensino universitário que à altura (1967) desempenhava na Faculdade de Direito e de Ciências Sociais de Poitiers (França) e destinava-se curricularmente à obtenção do Diploma de Estudos Superiores de Ciência Política.
Matérias:
Introdução
A - A vida política sob a I República: 1910-1926. B - A queda da I República: o golpe de Estado de 28 de Maio de 1926.
I Parte
O compromisso necessário: Um «movimento» heterogéneo.
Cap. I - As dificuldades do compromisso ideológico. Cap. II - Os efeitos sobre a organização dos poderes públicos.
II Parte
O compromisso ameaçado: O advento do Dr. Salazar.
Cap. I - A aparência: O apelo ao técnico das Finanças. Cap. II - A realidade: A descoberta de um «Guia».
Conclusão
Anexos
I - Constituição Política da República Portuguesa de 11 de Abril de 1933. II - Cronologia dos acontecimentos (1926-1935).
Bibliografia
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Indisponível
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*CAMPINOS (Jorge),
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História,
História de Portugal,
Política,
Revoluções / Golpes de estado
10 novembro, 2014
ELEMENTOS DE DANÇA DE SALA. Contendo a explicação de todas as marcas, figuras, passos, tempos e posições da valsa, polka, mazurka, schottisch, varsovianna, fenians, caçadores, imperial lanceiros, franceza e cottilon. Precedidos de uma nova quadrilha composta pelo auctor La Républicaine. Nova edição. Ornada de estampas. Lisboa, Typographia Portugueza, 1869. In-8º (20cm) de 35, [1] p. ; [4] p. il.
Ilustrado com desenhos, reproduzindo posições de dança, em 4 páginas extratexto.
Curioso opúsculo - a Dança como "remédio" para todos os males.
"A arte da dança é necessária e mesmo indispensavel áquelles que frequentam a sociedade. O modo de se aprezentar n'uma sala, de receber com graça e maneiras agradaveis as pessoas em sua casa, a delicadeza que se deve uzar n'uma assembléa, o methodo de saudar e de pisar, são todas esseciaes e que só o exercicio da dança as póde garantir: portanto, a dança dá graça e agilidade ao corpo, póde remediar os defeitos physicos, servir de allivio e cura a certas enfermidades, tornando-se assim util á sociedade, e servir finalmente de ornamento agradavel a todas as pessoas que têem a felicidade de possuir uma educação esmerada e completa."
Exemplar sem capas, em bom estado geral de conservação.
Na f. rosto tem inscrito a lápis: Francisco Osorio de Chagas, Jose Homem da Silva(?), João Ignacio Trindade - Dancistas.
Exemplar sem capas em bom estado geral de conservação. Folha de rosto com defeitos.
Raro.
Sem indicação de registo na Biblioteca Nacional (BNP), ou em qualquer outra fonte bibliográfica.
Indisponível
Ilustrado com desenhos, reproduzindo posições de dança, em 4 páginas extratexto.
Curioso opúsculo - a Dança como "remédio" para todos os males.
"A arte da dança é necessária e mesmo indispensavel áquelles que frequentam a sociedade. O modo de se aprezentar n'uma sala, de receber com graça e maneiras agradaveis as pessoas em sua casa, a delicadeza que se deve uzar n'uma assembléa, o methodo de saudar e de pisar, são todas esseciaes e que só o exercicio da dança as póde garantir: portanto, a dança dá graça e agilidade ao corpo, póde remediar os defeitos physicos, servir de allivio e cura a certas enfermidades, tornando-se assim util á sociedade, e servir finalmente de ornamento agradavel a todas as pessoas que têem a felicidade de possuir uma educação esmerada e completa."
Exemplar sem capas, em bom estado geral de conservação.
Na f. rosto tem inscrito a lápis: Francisco Osorio de Chagas, Jose Homem da Silva(?), João Ignacio Trindade - Dancistas.
Exemplar sem capas em bom estado geral de conservação. Folha de rosto com defeitos.
Raro.
Sem indicação de registo na Biblioteca Nacional (BNP), ou em qualquer outra fonte bibliográfica.
Indisponível
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Dança,
História,
Livros antigos,
Livros séc. XIX
09 novembro, 2014
MARTINS, J. P. Oliveira - CORRESPONDENCIA DE J. P. OLIVEIRA MARTINS. Prefaciada e anotada por Francisco d'Assis Oliveira Martins. Acompanhada dum autógrafo inédito de El-Rei D. Carlos. Lisboa, Parceria Antonio Maria Pereira, 1926. In-8.º (19,5cm) de 23, [1], 290 p. ; [4] p. il. ; B.
1.ª edição.
Ilustrada com um fac-símile de 4 páginas - carta autografada remetida pelo Rei D. Carlos a Oliveira Martins.
Correspondência trocada entre Oliveira Martins e ilustres personalidades da sua época, entre outros, António Enes, Ramalho Ortigão, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz (em grande número), Conde de Arnoso, El-Rei D. Carlos I.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível
1.ª edição.
Ilustrada com um fac-símile de 4 páginas - carta autografada remetida pelo Rei D. Carlos a Oliveira Martins.
Correspondência trocada entre Oliveira Martins e ilustres personalidades da sua época, entre outros, António Enes, Ramalho Ortigão, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz (em grande número), Conde de Arnoso, El-Rei D. Carlos I.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível
08 novembro, 2014
PINTO, Manoel de Sousa - PORTUGAL E AS PORTUGUEZAS EM TIRSO DE MOLINA. (Conferencia lida pelo auctor na recita classica do Theatro Nacional Almeida Garrett em Maio de 1914). Paris-Lisboa, Livrarias Aillaud e Bertrand : Rio de Janeiro, Livraria Francisco Alves, 1914. In-8º (19cm) de 70, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor ao Dr. Augusto de Vasconcelos.
"Tirso de Molina é, minhas senhoras, o poeta estrangeiro em cujas obras, com maior enthusiasmo, constancia e gentileza se cantam as portuguezas!
Apezar de ter nascido numa terra em que a belleza das mulheres não teme, sequer, o confronto com as louçanias da huerta valenciana ou com a frescura dos carmens granadinos, Tirso de Molina, em muitas e importantes passagens do seu valiosissimo theatro, jámais se cansa de exaltar a formusura das portuguezas, de applaudir-lhes a lealdade briosa, e de frisar o seu ciumento, nobre e honesto modo d'amar."
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado geral de conservação. Capas apresentam cantos restaurados.
Invulgar.
10€
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor ao Dr. Augusto de Vasconcelos.
"Tirso de Molina é, minhas senhoras, o poeta estrangeiro em cujas obras, com maior enthusiasmo, constancia e gentileza se cantam as portuguezas!
Apezar de ter nascido numa terra em que a belleza das mulheres não teme, sequer, o confronto com as louçanias da huerta valenciana ou com a frescura dos carmens granadinos, Tirso de Molina, em muitas e importantes passagens do seu valiosissimo theatro, jámais se cansa de exaltar a formusura das portuguezas, de applaudir-lhes a lealdade briosa, e de frisar o seu ciumento, nobre e honesto modo d'amar."
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado geral de conservação. Capas apresentam cantos restaurados.
Invulgar.
10€
07 novembro, 2014
HENRIQUES, Contra Almirante Almeida - MAJOR JAIME FERREIRA : Obreiro do Império. Elogio histórico pronunciado pelo..., nos Paços do Conselho de Pombal em 28 de Julho de 1941. [S.l.], Edição, em separata, da Revista «Defesa Nacional», [1941]. In-8.º (16,5cm) de 39, [1] p. ; [1] f. il. ; B.
Ilustrado com um retrato do Major Jaime Ferreira em extratexto.
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do Contra Almirante Almeida Henriques.
Elogio histórico ao Major Jaime Ferreira, realçando a sua acção em Moçambique, com a descrição de alguns combates relevantes que travou contra os indígenas.
"Jaime José Ferreira nasceu em Pombal no dia 26 de Agosto de 1853. Alistou-se em Leiria, no regimento de Caçadores 6, em Agosto de 1873.
Promovido a Alferes em 1878, passou ao Exército da África Oriental, onde poucos meses bastaram para revelar as grandes qualidades militares e administrativas, que o recomendaram para o desempenho de cargos de responsabilidade como os de Secretário dos Govêrnos de Tete (1878) e de Quelimane (1880), regiões inóspitas e em que as rebeldias não davam tréguas.
Com efeito, era aí quási crónico o estado de guerra, como diz Augusto de Castilho, Governador Geral de Moçambique, no seu relatório sôbre a campanha de 1888."
Joaquim de Almeida Henriques (1875-1945). "Foi um distinto oficial da Armada, tendo atingido o posto de contra-almirante. Foi o primeiro comandante de submarino da Marinha Portuguesa e o primeiro comandante de esquadrilha submarina do mesmo ramo. Por Decreto de Janeiro de 1920 foi agraciado com o grau de oficial da Ordem da Torre e Espada, “atendendo aos relevantes serviços prestados durante o Estado de Guerra como Comandante de Esquadrilha de Submersíveis e Comandante do ”Golfinho”.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível
Ilustrado com um retrato do Major Jaime Ferreira em extratexto.
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do Contra Almirante Almeida Henriques.
Elogio histórico ao Major Jaime Ferreira, realçando a sua acção em Moçambique, com a descrição de alguns combates relevantes que travou contra os indígenas.
"Jaime José Ferreira nasceu em Pombal no dia 26 de Agosto de 1853. Alistou-se em Leiria, no regimento de Caçadores 6, em Agosto de 1873.
Promovido a Alferes em 1878, passou ao Exército da África Oriental, onde poucos meses bastaram para revelar as grandes qualidades militares e administrativas, que o recomendaram para o desempenho de cargos de responsabilidade como os de Secretário dos Govêrnos de Tete (1878) e de Quelimane (1880), regiões inóspitas e em que as rebeldias não davam tréguas.
Com efeito, era aí quási crónico o estado de guerra, como diz Augusto de Castilho, Governador Geral de Moçambique, no seu relatório sôbre a campanha de 1888."
Joaquim de Almeida Henriques (1875-1945). "Foi um distinto oficial da Armada, tendo atingido o posto de contra-almirante. Foi o primeiro comandante de submarino da Marinha Portuguesa e o primeiro comandante de esquadrilha submarina do mesmo ramo. Por Decreto de Janeiro de 1920 foi agraciado com o grau de oficial da Ordem da Torre e Espada, “atendendo aos relevantes serviços prestados durante o Estado de Guerra como Comandante de Esquadrilha de Submersíveis e Comandante do ”Golfinho”.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
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