BRUNO - O PORTO CULTO. Obra para servir de remate e conclusão á dos Portuenses Illustres. Tomo I. Porto, Magalhães & Moniz, L.ᵈᵃ - Editores, 1912. In-8.º (19 cm) de VIII, 518, [2] p. ; E.
1.ª edição.
Importante contributo para a história do Porto, personalizado nalgumas das sua figuras de relevo. Este Tomo I foi tudo quanto se publicou.
"Preambulo, o mais curto - o melhor.
Esta, do Porto Culto, viu-se que tem por subtitulo rotulo assim: Obra para servir de remate e conclusão á dos Portuenses Illustres. O que lhe declara o proposito e o plano lhe determina. [...]
Porém não só de correcções, explicações, ampliações, modernisações de figuras e coisas portuenses em a nova obra do Porto Culto se tractará, pois que recolhamos em seu contexto dispersas producções ácerca de controversas zonas de cultura geral, nos meditativos serões portuenses estudadas, discutidas e ponderadas. [...]
Ficam plantados os marcos distinctivos de debates que comprehendam temeridades varias, desde a philosophia politica, como na analyse institucional historica, até á philosophia litteraria, como na discriminativa destrinça da prosa portugueza."
(Excerto do Preambulo)
Indice:
I - A «roda» dos Almadas. II - Tentando via. III - A ruptura. IV - A prosa portuguesa. V - As viagens e a Viagem.
José Pereira de Sampaio (1857-1915). "De pseudónimo Bruno (do
nome de Giordano Bruno) e Sampaio Bruno para a posteridade, foi um escritor,
ensaísta e filósofo portuense e figura cimeira do pensamento português do seu
tempo. Seu pai era maçom e proprietário duma padaria na Rua do Bonjardim, no
Porto, que o filho viria a herdar. O racionalismo deísta e as ideias liberais
foram as influências dominantes na formação do seu pensamento. Combatente pelo
ideário republicano, Sampaio Bruno integraria o Directório do Partido
Republicano Português - PRP. Fundou vários semanários portuenses (O
Democrata, O Norte Republicano) bem como o diário A Discussão.
Com Antero de Quental e Basílio Teles elaborou os estatutos da Liga Patriótica
do Norte, no seguimento do Ultimato britânico de 1890. Participou na malograda
Revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891, de cujo Manifesto foi redactor,
exilando-se depois em Paris com João Chagas. O exílio parisiense pode ter
contribuído para encaminhar a sua pesquisa no sentido do misticismo e do
esoterismo, mergulhando na literatura gnóstica de inspiração judaica, na cabala
e na ideologia maçónica. Regressou a Portugal em 1893. Em 1902, ano em que
também publicou A Ideia de Deus, teve uma grave desavença com Afonso
Costa, abandonando então definitivamente a militância no PRP."
Encadernação do editor inteira de percalina com ferros gravados a seco e a ouro e negro nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação, com sinais do manuseio.
Invulgar.
Com interesse histórico e literário.
35€
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