23 março, 2020

OS MILÉNIOS DO GARRANO - Vários Autores. [Coordenação: Adelino Gouveia, José Vieira Leite, Rui Dantas]. Vieira do Minho, Associação dos Criadores de Equinos de Raça Garrana (ACERG), 2000. In-4.º (23x23 cm) de 107, [1] p. ; mto il. ; E.
1.ª edição.
Importante subsídio para a história, conhecimento e divulgação da raça Garrana, "uma das quatro raças de equinos autóctones de Portugal, juntamente com a Lusitana, a Sorraia e o Pónei da Terceira. Embora criado em liberdade o Garrano é classificado taxonomicamente como cavalo doméstico."
Testemunhos de, entre outros, D. Duarte Pio, o Duque de Bragança, Paulo Valadas de Castro, Maria Portas, João Filipe Figueiredo (Graciosa), D. Eurico Dias Nogueira, João Paulo Carneiro Ribeiro.
Bonito livro, concebido com esmero e apuro gráfico, impresso em papel de superior qualidade e ilustrado ao longo do texto com belíssimas fotografias a cores.
Junta-se um folheto da Associação dos Criadores de Equinos de Raça Garrana, com o título "Garrano", referente ao projecto "O Garrano - uma raça em extinção", contendo o Padrão da Raça Garrana (com foto de um exemplar da raça), o Calendário Anual de feiras, exposições e concurso de modelos e andamentos e a Área Geográfica de implantação da raça (mapa).
"A Identidade de Portugal está intimamente ligada ao mundo rural.
Nos alvores da sua origem, a nacionalidade viu as suas raízes reforçadas com o repovoamento dos campos incultos à espera de quem deles tirasse o sustento. E mesmo a gloriosa gesta dos Descobrimentos não pode ser entendida sem o substracto rural que alimentou a nossa vocação marítima.
Desde então, os valores rurais tornaram-se parte integrante do nosso património biológico, económico, sociológico e cultural. [...]
De presença milenar em Portugal, há séculos que o cavalo Garrano constitui um elemento integrante da paisagem humanizada do Minho.
Os vestígios arqueológicos, as referências escritas que remontam aos Romanos, as lendas que empolgam a História - D. Afonso Henriques teria tido um Garrano como montada - testemunham a forte inserção deste cavalo no Norte do nosso território, especialmente a partir do repovoamento da região no reinado de D. Dinis.
O pequeno cavalo Garrano revela-se como o mais adequado à lavoura do sistema agrícola de minifúndio, e ao transporte de pessoas e mercadorias com maior economia e segurança pelas íngremes e sinuosas vias de montanha. De tal modo que, apesar de algumas leis terem pretendido obrigar à criação de cavalos de maior porte, nas Corte de Évora em 1490 os lavradores minhotos obtiveram de D. João II permissão para criarem éguas Garranas."
(Excerto de O Garrano do Minho e a Tradição, D. Duarte Pio)
Encadernação do editor com sobrecapa policromada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Esgotado.
40€

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