FOLQUE, Filippe - INSTRUCÇÕES PARA OS TRABALHOS HYDROGRAPHICOS DOS RIOS, PORTOS E BARRAS E OBSERVAÇÕES DE MARÉS, SONDAS E NIVELAMENTOS COM A DESCRIPÇÃO E RECTIFICAÇÕES DO THEODOLITO. Por... do Conselho de Sua Magestade Fidelissima, Brigadeiro Director Geral dos referidos trabalhos. Lisboa, Imprensa Nacional, 1864. In-4.º (24cm) de [2], 28 p. ; [4] f. desdob. ; E.
1.ª edição.
Ilustrado com 4 desdobráveis no final da obra.
"Os trabalhos das plantas hydro-topographicas devem ter sempre por base pontos trigonometricos ligados com e triangulação geral do paiz, formando-se, na falta d'esta, uma triangulação especial sobre uma base medida.
A planta de qualquer rio será levantada de um determinado ponto a montante até á sua foz na escala de 1/2500, abrangendo as margens até 200 metros proximamente de distancia da linha da maior cheia; e bem assim a parte da costa na extensão de 1:250 metros para a direita e esquerda da barra, e o terreno para o interior da costa a uma distancia não menor de 200 metros, alem do preamar das maiores aguas.
Como estas plantas têem geralmente de ser reduzidas para os usos da navegação, será conveniente levantar então na escala de 1/10000 todo o terreno das margens e costa que tiver de fazer parte dos planos hydrographicos, até 500 metros, alem dos limites acima para a escala de 1/2500."
(excerto do texto)
Filipe de Sousa Folque (1800-1874). "General de Divisão, nascido em Portalegre, a 28 de novembro de 1800. Filho do General Pedro Folque, em 1817 assentou praça voluntariamente na Armada como Aspirante de Piloto, sendo mais tarde sido promovido a Oficial. Ingressou na Universidade de Coimbra onde, em 1826, se doutorou em Matemática. Foi nomeado Director das Obras do Rio Mondego e, em 1827, Ajudante do Observatório da Universidade de Coimbra. Em 1833, o Doutor Filipe Folque, 2.º Tenente da Armada Real da Marinha, Opositor na Faculdade de Matemática na Universidade de Coimbra, foi transferido para o Exército, sendo promovido a 1.º Tenente adido ao Real Corpo de Engenheiros, onde fez toda a sua carreira militar.
1.ª edição.
Ilustrado com 4 desdobráveis no final da obra.
"Os trabalhos das plantas hydro-topographicas devem ter sempre por base pontos trigonometricos ligados com e triangulação geral do paiz, formando-se, na falta d'esta, uma triangulação especial sobre uma base medida.
A planta de qualquer rio será levantada de um determinado ponto a montante até á sua foz na escala de 1/2500, abrangendo as margens até 200 metros proximamente de distancia da linha da maior cheia; e bem assim a parte da costa na extensão de 1:250 metros para a direita e esquerda da barra, e o terreno para o interior da costa a uma distancia não menor de 200 metros, alem do preamar das maiores aguas.
Como estas plantas têem geralmente de ser reduzidas para os usos da navegação, será conveniente levantar então na escala de 1/10000 todo o terreno das margens e costa que tiver de fazer parte dos planos hydrographicos, até 500 metros, alem dos limites acima para a escala de 1/2500."
(excerto do texto)
Filipe de Sousa Folque (1800-1874). "General de Divisão, nascido em Portalegre, a 28 de novembro de 1800. Filho do General Pedro Folque, em 1817 assentou praça voluntariamente na Armada como Aspirante de Piloto, sendo mais tarde sido promovido a Oficial. Ingressou na Universidade de Coimbra onde, em 1826, se doutorou em Matemática. Foi nomeado Director das Obras do Rio Mondego e, em 1827, Ajudante do Observatório da Universidade de Coimbra. Em 1833, o Doutor Filipe Folque, 2.º Tenente da Armada Real da Marinha, Opositor na Faculdade de Matemática na Universidade de Coimbra, foi transferido para o Exército, sendo promovido a 1.º Tenente adido ao Real Corpo de Engenheiros, onde fez toda a sua carreira militar.
Ainda decorria a Guerra Civil entre Liberais e Absolutistas, quando em 1833, começou a trabalhar com o seu pai, Pedro Folque que dirigia superiormente a Comissão para os Trabalhos de Triangulação Geral e Levantamento da Carta Corográfica do Reino (Ministério da Guerra). Em 1849, após a morte de seu pai, foi encarregado de dar continuidade aos trabalhos, e em 1852, em pleno período da Regeneração, com a criação do novo Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria, passa a chefiar a Comissão Geodésica e Topográfica do Reino. Mais tarde, esta grande estrutura administrativa e científica cresce, denominando-se Direcção-Geral. As suas competências e designações foram-se alterando ao longo dos anos e, no final da sua vida Filipe Folque era Director-Geral dos Trabalhos Geodésicos, Topográficos, Hidrográficos e Geológicos do Reino.
Além de grande impulsionador da Cartografia em Portugal, colocando-a ao nível do que de melhor se fazia na Europa (como foi pública e internacionalmente reconhecido por sucessivos prémios), foi responsável pela adoção dos novos métodos de reprodução e divulgação da mesma, quer seja com a contratação do Mestre polaco Jan Lewicki para introdução da Litografia na Cartografia portuguesa; quer, já na década de 70, na criação dentro da estrutura orgânica da Direcção-Geral, da nova Secção Fotográfica (chefiada pelo Lente de Química José Júlio Rodrigues, e que atuava no edifício da Real Academia das Ciências de Lisboa), que se impõe como primeiro organismo oficial de fotografia em Portugal. Apadrinhou, ainda, o desenvolvimento dos estudos geológicos (Presidente da Comissão Directora dos Trabalhos Geológicos do Reino) e hidrográficos, tendo sido o responsável pela criação da classe de Oficiais Engenheiros Hidrográficos, na Marinha.
Além de grande impulsionador da Cartografia em Portugal, colocando-a ao nível do que de melhor se fazia na Europa (como foi pública e internacionalmente reconhecido por sucessivos prémios), foi responsável pela adoção dos novos métodos de reprodução e divulgação da mesma, quer seja com a contratação do Mestre polaco Jan Lewicki para introdução da Litografia na Cartografia portuguesa; quer, já na década de 70, na criação dentro da estrutura orgânica da Direcção-Geral, da nova Secção Fotográfica (chefiada pelo Lente de Química José Júlio Rodrigues, e que atuava no edifício da Real Academia das Ciências de Lisboa), que se impõe como primeiro organismo oficial de fotografia em Portugal. Apadrinhou, ainda, o desenvolvimento dos estudos geológicos (Presidente da Comissão Directora dos Trabalhos Geológicos do Reino) e hidrográficos, tendo sido o responsável pela criação da classe de Oficiais Engenheiros Hidrográficos, na Marinha.
Em termos de grandes marcos da cartografia nacional, é responsável pelo levantamento da Carta Geral do Reino ou Carta Corográfica de Portugal na escala 1: 100.000 (não obstante não ter tido tempo para assistir à sua conclusão, com a publicação das últimas folhas); pela Carta Topográfica da Cidade de Lisboa, na escala 1: 1.000, em 65 folhas manuscritas e coloridas, que permitiram a elaboração da excelente Carta de Lisboa, litografada, na escala 1: 5.000; do Plano Hidrográfico da barra do Porto de Lisboa, na escala 1: 10.000, entre muitos outros trabalhos.
Com a criação da Escola Politécnica de Lisboa foi nomeado Lente de Astronomia. Foi mestre de Matemática dos filhos da Rainha D. Maria II e acompanhou estes, D. Pedro V e seu irmão Luiz, Duque do Porto (mais tarde Rei D. Luiz I) nas duas viagens que estes efetuaram à Europa em 1854 e 1855, já com a patente de Brigadeiro.
Social e politicamente muito ativo, foi Deputado da Nação pelo ciclo de Portalegre, sua terra natal, e pelo ciclo de Lisboa.
Com a criação da Escola Politécnica de Lisboa foi nomeado Lente de Astronomia. Foi mestre de Matemática dos filhos da Rainha D. Maria II e acompanhou estes, D. Pedro V e seu irmão Luiz, Duque do Porto (mais tarde Rei D. Luiz I) nas duas viagens que estes efetuaram à Europa em 1854 e 1855, já com a patente de Brigadeiro.
Social e politicamente muito ativo, foi Deputado da Nação pelo ciclo de Portalegre, sua terra natal, e pelo ciclo de Lisboa.
Ainda em 1834, foi feito Sócio efetivo da Academia Real das Ciências de Lisboa, de que veio a ser Director de classe, em 1850. Lente jubilado da Escola Politécnica de Lisboa e da Escola do Exército, e devido aos seus grandes conhecimentos musicais (exímio flautista), colaborou ativamente com Almeida Garrett na fundação do Conservatório Nacional, chegando a ser Director da Secção de Música. Foi ainda colaborador assíduo da altamente prestigiada Revista Militar e escreveu várias obras científicas, que serviram de base a muitos estudiosos da matéria.
Recebeu a mercê régia de ser nomeado Fidalgo da Casa Real e Par do Reino. Foi agraciado com a Ordem Militar de Santiago da Espada, grau de Grã-Cruz; e com o grau de Comendador das seguintes Ordens: Real Ordem de S. Bento de Aviz, Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, Ordem de Leopoldo (da Bélgica), Ordem da Coroa de Carvalho e Ordem do Leão (ambas dos Países-Baixos), Legião de Honra (de França) e da Ordem de S. Jorge (do Reino das Duas Sicílias)."
(fonte: ftp.igeo.pt)
Encadernação cartonada revestida de tecido. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
(fonte: ftp.igeo.pt)
Encadernação cartonada revestida de tecido. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
40€
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