1.ª edição.
Apreciada monografia sobre a Serra do Gerês, a primeira que nestes moldes se publicou entre nós.
Ilustrada com 20 fotogravuras distribuídas por 15 folhas separadas do texto, representando paisagens e locais emblemáticos da Serra e um mapa desdobrável representando o perímetro florestal do Gerês.
"Áparte as suas aguas mineraes, que mais acarretavam a curiosidade em desvendar os agentes que a tornavam uma potencia therapeutica de valor velhamente comprovado, tudo o mais pouco ou nada se tinha publicado.
E todavia, a dentro das montanhas do Gerez estavam ainda quasi virgens de explorações de sciencia e de tourismo os mais ricos e attrahentes retalhos de paizagem alpestre, que é dado gosar em Portugal, e abrigados pelos seus contrafortes e alimentados pelas suas chãs viviam povos que, pelas suas tradições, pelos seus habitos e pelo seu modo de viver, constituiam especimens dos mais dignos de estudo ethnographico e social."
(excerto do prefácio)
Matérias:
I. Topographia - Povos antigos do Gerez. II. Braga ao Gerez. III. Caracteristicas das povoações serranas. IV. Regimen pastoril. V. Lendas diversas e tradicções religiosas. VI. Caldas do Gerez. VII. O Gerez florestal. VIII. Fauna gereziana. IX. A Serra - Excursionismo - Clima. X. Rios e ravinas - Povoações serranas - Bibliographia.
Tude Martins de Sousa (1874-1951). “Nasceu na Amieira do
Tejo, Nisa, a 17 de janeiro de 1874, e morreu na Amadora a 16 de julho de 1951.
Formou-se em 1893 pela Escola Agrícola de Coimbra, obtendo o diploma de Regente
Agrícola. Desenvolveu atividade como ecónomo para a Colónia Agrícola
Correcional de Vila Fernando (1895), Regente Florestal na Serra do Gerês
(1904), diretor da Colónia Penal Agrícola de Sintra (1915) e chefe de Serviços
Agrícolas da Administração e Inspeção-geral das Prisões (1919), foi ainda
diretor da revista O Lavrador, boletim da antiga Associação dos
Regentes-Agrícolas. Em 1932 integrou a comissão responsável pela instalação de
uma Colónia Penitenciária em Alcoentre e para uma prisão para mulheres, na
antiga Quinta da Mitra, em Santo Antão do Tojal (Loures). Em 1939 foi
encarregado pelo Governo para proceder à remodelação da Escola Agrícola de
Paiã, da Junta Distrital de Lisboa. Presidiu à Associação dos Arqueólogos
Portugueses e foi Diretor do Instituto de Sintra. Os interesses de Tude de
Sousa pautaram-se, simultaneamente, por outros domínios de conhecimento,
designadamente, por aspetos de Etnografia Portuguesa, tendo desenvolvido
estudos pioneiros sobre o comunitarismo agro-pastoril da região do Gerês,
contribuindo significativamente para a crescente expressão regionalista da
Etnografia do século XX. Os seus estudos etnográficos sobre as comunidades
serranas do Gerês versaram as temáticas relativas às práticas sociais
comunitárias relacionadas com o regime pastoril e a atividade agrícola,
destacando-se os estudos sobre a divisão e distribuição de águas de rega e o
pastoreio. As suas temáticas contemplaram também uma análise da alimentação
serrana, do vestuário e das tradições populares associadas a festividades
religiosas como o Natal, Nascimento e Quaresma, bem como, às cerimónias dos
Cercos e Clamores na Serra do Gerês.”
(fonte: www.matrizpci.dgpc.pt)
Encadernação do editor inteira de percalina com ferros gravados a seco e a negro e ouro nas pastas e na lombada.
Exemplar
em bom estado de conservação. Pastas com defeitos. Páginas com manchas de
acidez. Assinatura de posse nas guardas,
f. rosto e pág. dedicatória.
Muito invulgar.
Indisponível
Indisponível
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