1.ª edição.
Ilustrada em separado com fotogravura da Capela de Nossa Senhora do Pópulo, em Chaves, onde os conjurados de 1808 receberam as insígnias revolucionárias.
Tiraram-se quinhentos exemplares, todos numerados e rubricados pelo autor [n.º 344].
Obra dedicada pelo autor Aos heroicos flavienses que em 1808 bem mereceram da Pátria, e a seu irmão, António de Barros Teixeira Homem, tenente de artilharia pesada, combatente da Grande Guerra.
"Durante todo o mez de maio de 1808 portugueses e hespanhóes ocultamente conspiraram com o fim de mutuamente se libertarem fo jugo francez, e restaureram a sua independencia.
Situada cerca de 20 k. ao norte de Chaves, a nobre praça galega de Monte-Rey fazia despertar nos corações dos portugueses o mais heroico patriotismo.
O chefe da revolta era em Chaves Antonio Vicente Teixeira Sampaio, administrador dos assentos e provisões de boca para o exercito de Traz-os-Montes, e seu colaborador o juiz de fóra, Domingos Alvares Lobo.
O principio da revolta foi marcado para o dia 6 de dezembro, e n'essa hora á data combinada, 11.12 da noite, e em frente á casa do Senado [o largo que enfrenta a porta lateral norte da Egreja de Santa Maria Maior] o administrador rompeu a voz de - Viva o principe regente nosso senhor! - Viva a casa de Bragança! - Viva Chaves! - e morra o imperador dos francezes, Napoleão!"
(excerto do texto)
Francisco de Barros Ferreira Cabral Teixeira Homem (1889-1966). "Nasceu na Casa de Samaiões, concelho de Chaves, em 27 de Julho de 1889. Em 1912 concluiu na Universidade de Coimbra, o curso de Bacharel em Direito. Teve oito filhos que brilharam nas mais diversas actividades, da vida cultural, social e po5tica. Era conhecido peo do Chapéu Grande. Era um homem forte. brioso, respeitado e respeitador, vestia com elegância, era afável, comunicativo e ilustrado. Possuía uma importante biblioteca, símbolo de uma invulgar erudição. Colaborou regularmente em Era Nova, semanário Flaviense e foi daqueles que pôde conhecer, bem de perto, o nascimento da Chaves Antiga, do seu conterrâneio e coetâneo, General Ribeiro de Carvalho, de quem era adversário político. A crítica da época dizia que para compreender globalmente o alcance daquela monografia Flaviense, era indispensável, ler as apreciações e comentários do Dr. Francisco de Barros. Praticamente sempre se dedicou à agricultura. A Biblioteca Municipal de Chaves, bem como o Museu Regional Flaviense, foram resultado, em grande parte, do seu empenhamento e saber. Faleceu na terra e casa em que nascera, em 2 de Junho de 1966."
(In I volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
15€
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