31 outubro, 2014

TELO, António José - O SIDONISMO E O MOVIMENTO OPERÁRIO PORTUGUÊS. Luta de classes em Portugal, 1917-1919. Lisboa, António José Telo [e Ulmeiro], [1977]. In-8º (21cm) de 326, [6] p. ; B. Colecção Ulmeiro, n.º 12
1.ª edição.
"É inútil realçar a importância dos anos de 1917-1919 a nível da história mundial. Já na história portuguesa, contudo, a sua importância é geralmente desprezada, apesar de os acontecimentos então vividos terem então marcado profundamente todo o século XX português.
Em Dezembro de 1917, Sidónio Pais, oficial do exército praticamente desconhecido, é levado por um golpe militar vitorioso ao lugar cimeiro da política portuguesa, apoiado num amplo bloco de classes possuidoras, e mesmo no proletariado durante os primeiros meses. O que parecia ser mais um vulgar golpe militar não tarda muito em transformar-se numa experiência política única e insólita em Portugal e mesmo no mundo, cujo total alcance só poderia ser compreendido a posteriori..."
(excerto da introdução)
Matérias:
I - O Proletariado Português em 1910-1920. II - Portugal e a Guerra. III - O 3.º Governo Afonso Costa. IV - A Primeira Fase do Sidonismo. V -O Sidonismo. VI - A Greve Geral de Novembro de 1918. VII - O Fim do Sidonismo. VIII - Anexos de Textos do Movimento Operário.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

30 outubro, 2014

FERREIRA, José Medeiros - O COMPORTAMENTO POLÍTICO DOS MILITARES : forças armadas e regimes políticos em Portugal no século XX. Lisboa, Editorial Estampa, 1992. In-8.º (20 cm) de 350 p. ; B. Col. Imprensa Universitária, n.º 93
Capa de: Soares Rocha.
Ilustração da capa: António de Oliveira Salazar, Ministro da Guerra, acompanhado do Capitão Santos Costa, Subsecretário de Estado da Guerra, passa revista ao Regimento que, em 6/4/41, embarca para os Açores.
1.ª edição.
"Este livro versa temas de História institucional e política. Nele se procura narrar o comportamento da instituição militar face aos diferentes regimes políticos em Portugal durante o século XX: Monarquia Constitucional, República Parlamentar (1910-1917), República Nova ou Sidonismo (1918), Monarquia do Norte, República Parlamentar (1919-1926), Ditadura Militar (1926-1933), Estado Novo (vigência da Constituição de 1933), ruptura de 25 de Abril de 1974 e estabelecimento do regime democrático constitucionalizado em 1976.
Não se analisam, porém, apenas, os momentos fortes do estabelecimento ou derrube dos regimes políticos que sempre tiveram maior ou menor participação militar, mas antes se seguem as relações mútuas, entre o poder político e o poder militar, capazes de nos fazerem entender a criação e o desfecho dessas situações."
(Excerto da introdução)
Matérias:
I - O trânsito da Monarquia para a República. Características da Instituição Militar nos finais da Monarquia. II - As Forças Armadas e a República. Antes, durante e depois da I Guerra Mundial. III - O Sidonismo e os Militares. Afirmação e desagregação das Forças Armadas no último ano de guerra. IV - A formação da unidade de intervenção militar no campo político (1919-1926). V - Os Intelectuais e a Instituição Militar. No contexto do 28 de Maio. VI - A transição entre a Ditadura Militar e a Ditadura Civil (1926-1933). VII - A subordinação das Forças Armadas ao regime do Estado Novo. VIII - Guerra e neutralidade. A cumplicidade entre o Estado Novo e as Forças Armadas. IX - As insubordinações falhadas (1945-1961). X - Uma autonomia crescente. Os chefes militares contra Salazar (Abril de 1961). XI - A guerra em África como factor de subordinação e de insubordinação (1961-1974). XII - Da Ditadura à Democracia. O Movimento das Forças Armadas como metamorfose da instituição militar (1974-1976).
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

29 outubro, 2014

DAUDET, Alphonse - ROSE ET NINETTE : moeurs du jour. Avec un frontispice de Marold. Paris, Librairie E. Flammarion, [1892]. In-8º (19,5cm) de [8], 264 p. ; il. ; E. "Collection Guillaume"
1.ª edição.
Edição original de uma das mais apreciadas obras do autor. O tema do livro é o divórcio. Em 1884, a "Lei Naquet" restabeleceu a possibilidade do divórcio em França. Daudet reflete sobre o seu impacto na vida familiar, incluindo as crianças, aproveitando este seu trabalho para avisar o filho, Léon, cujo casamento com a filha de Vítor Hugo, conhecia tempos difíceis (viriam a divorciar-se em 1895).
"Divorcé depuis quinze jours, et tout à l'ivresse de la fin de sa peine, Régis de Fagan, ce matin-lá, par des fenétres large ouvertes de son nouvel appartement de garçon, guettait l'apparition de ses fillettes que le tribunal lui accordait deux dimanches par mois. C'était leur premier dimanche..."
(excerto do Cap. I)
Alphonse Daudet (1840-1897). "Nasceu em Nimes a 12 de Maio de 1840 e faleceu em Paris a 17 de Dezembro de 1897. Foi um romancista, poeta e dramaturgo francês. Estreou-se com uma colectânea de versos, «Les Amoureuses», em 1858. Trata-se de um autor da escola naturalista, que produziu uma obra variada, satírica, tirando as personagens da vida parisiense. O seu estilo é cristalino, brilhante, deixando transparecer, com frequência, os sentimentos de paixões recalcadas."
Belíssima meia encadernação em pele com cantos, e ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

27 outubro, 2014

MARQUES, A. H. de Oliveira - BERNARDINO MACHADO. Com a colaboração de Fernando Marques da Costa. Lisboa, Edições Montanha, 1978. In-8.º (22cm) de LXIX, [1], 289, [17] p. ; [14] p. il. ; B.
1.ª edição.
Com fotografias a p.b. impressas sobre papel couché em folhas separadas do texto, reproduzindo fotos e desenhos, adornando diversos momentos da vida pública e privada do estadista.
Obra bio-bibliográfica sobre o Bernardino Machado, figura cimeira da República.
"Bernardino Luís Machado Guimarães nasceu em 1851. Em 1871, no período das Conferências do Casino, fazia vinte anos. Pouco importa que não tivesse participado activamente no movimento contestatário, anterior, de resto, alguns anos à sua maturidade plena como estudante de Coimbra. [...]
Foi Bernardino Machado menos revolucionário, menos crítico do que eles, na sociedade do seu tempo? Sim e não. Bernardino Machado começou, sem dúvida, a contestar mais tarde do que os seus parceiros. Não o fez tão jovem. [...] É mais tarde que ele vai atacar. É na plena maturidade e - facto assombroso - na plena velhice que a sua contestação se levanta. Mas levanta-se sem tibieza, sem compromisso, sem limite."
(excerto da introdução)
Matérias: Introdução. Tábua cronológica fundamental. Tábua bibliográfica. 1 - Infância e Adolescência. 2 - O Professor. 2.1 - O Cientista. 2.2 - O Pedagogo. 3 - O Político Monárquico. 3.1 - O Parlamentar. 3.1.1 - Na Junta Geral do Distrito de Coimbra. 3.1.2 - Deputado Regenerador. 3.1.3 - Par do Reino. 3.2 - Ministro das Obras Públicas. 3.3 - Período de Evolução e Crítica. 3.4 - Grão-Mestre da Maçonaria. 4 - O Propagandista da República. 5 - O Homem Público Republicano - 1.ª Período.
5.1 - Ministro dos Negócios Estrangeiros. 5.2 - Senador e Publicista. 5.3 - Diplomata no Brasil. 5.4 - Chefe do Governo. 5.5 - Presidente da República. 6 - O Primeiro Exílio. 7 - O Homem Público Republicano - 2.º Período. 7.1 - Senador. 7.2 - Chefe do Governo. 7.3 - Presidente da República. 8 - O Segundo Exílio. 9 - Os últimos Anos. Bibliografia mais importante sobre Bernardino Machado. Índice Analítico.
António Henrique Rodrigo de Oliveira Marques (1933-2007). “Foi um destacado professor universitário e historiador português. Considerado um dos grandes historiadores portugueses contemporâneos, as suas obras, são instrumentos de grande importância para os estudiosos da História de Portugal. A sua participação na crise académica de 1962 resultante da luta promovida pelos estudantes contra a ditadura do Estado Novo, esteve na origem do seu afastamento da universidade portuguesa. Entre 1965 e 1970 esteve nos Estados Unidos, onde leccionou em várias instituições, como a Universidade do Alabama, da Flórida, Columbia e Minnesota, entre outras. Em 1970, durante a «Primavera Marcelista», regressou a Portugal, reingressando na universidade portuguesa depois da Revolução do 25 de Abril, em 1974. Foi director da Biblioteca Nacional de Lisboa entre 1974 e 1976. Em 1980 fundou o Centro de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa. O seu trabalho como historiador incidiu especialmente sobre a Idade Média, a Primeira República e a maçonaria.”
Exemplar brochado, manuseado, em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

26 outubro, 2014

OLIVEIRA, Major J. Braz de - O EXÉRCITO PORTUGUES EM A GRANDE GUERRA : scenas e factos. Lisboa, Tipografia da Emprêsa Diário de Notícias, 1924. In-4º (24,5cm) de 74 p. ; B.
Com uma carta-prólogo do General João Jalles.
1.ª edição.
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
Episódios da Grande Guerra. Relato do autor, combatente em França. Preso a 9 de Abril de 1918, durante a Batalha de La Lys, foi enviado para Mecklemburgo donde tentou escapar. Estes são os apontamentos das suas memórias e das suas reflexões.
"Só, muito instantemente, rogado por camaradas e amigos, faço hoje sair à publicidade êstes apontamentos, tomados no pr´prio logar e logo em seguida aos factos, não por se ligarem à minha pessoa, mas porque, envolvendo outras, eu não tenho, na verdade, o direito de os deixar no olvido, a que eu próprio os condenara, por uma especial modalidade do meu espírito.
Aí vão, pois, desalinhados, quási como figuram no meu canhenho.
A vida do prisioneiro em terras da Alemanha, foi uma vida de horror! Brevemente tratarei dêsse assunto, tratando agora só das causas, execução e consequências desta fuga."
(excerto do texto, Fuga de um campo de prisioneiros na Alemanha)
Matérias:
- Fuga de um campo de prisioneiros na Alemanha.
- Livres... pela fuga, apesar do armistício.
- Episódios de Guerra.
- De 9 de abril a 11 de novembro de 1918.
- 9 de Abril.
- Em África e na França.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas manchadas.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível

24 outubro, 2014

SEMANA MILITAR DAS COLÓNIAS : Maio, MCMXLII - REVISTA MILITAR. N.º 5. Maio de 1942. Ano XCIV. Lisboa, Revista Militar [Comp. e imp. na Tipografia da Liga dos Combatentes da Grande Guerra], 1942. In-4.º (23,5cm) de 56 p. (261-316 p. ) ; B.
Conjunto de artigos, produzidos por ilustres militares, com grande interesse para a História colonial portuguesa.
"Como foi fixado no programa de acção do corrente, êste fascículo, correspondente ao mês em que a benemérita «Sociedade de Geografia de Lisboa» dá realização à sua já tradicional «Semana das Colónias», é destinado a reunir uma serie de artigos relativos à notável e secular acção colonizadora dos portugueses em terras do Ultramar, acção civilizadora para a qual tanto e tanto contribuíram a Armada e o Exército, e onde se assinalaram notávelmente os mais ilustres Servidores do Império Colonial Português"
(excerto da introdução)
Matérias:
- Os imperativos nacionais na transformação de Angola - General Norton de Matos.
- A nossa história colonial contemporânea na educação militar da juventude - General Ferreira Martins.
- Organização militar do ultramar - Coronel Eduardo Barbosa.
- As antigas estações coloniais - Cap. Mar e Guerra A. N. Tancredo de Morais.
- A função do cronista colonial na propaganda e na educação do espírito colonial militar - Coronel Azambuja Martins.
- A Administração Militar nas campanhas de ocupação das nossas colónias -  Coronel J. R. da Costa Júnior.
- A Marinha na Colonização Portuguesa - Comandante C. A. Moura Braz.
- Rotas aéreas imperiais - Tenente Coronel Carlos Beja.
- Nos Dembos - Major David Magno.
- Caldas Xavier - Capitão Mário Costa.
- Louvor do Soldado Africano - Capitão Augusto Casimiro.
Crónica da Guerra - Brigadeiro Barreto de Oliveira, Coronel Pires Monteiro e  Coronel-Aviador Craveiro Lopes.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€

22 outubro, 2014

CORREIA, Sabino - UM JULGAMENTO NO SAMOUCO : disparate em 1 acto. Original. Representado em diversos teatros com gerais aplausos. 4.ª Edição. Lisboa, Livraria Popular de Francisco Franco, [s.d.]. In-8º (20,5cm) de 16 p. ; B. Biblioteca Dramática Popular, n.º 130
Curiosa paródia teatral. A cena representa uma sala de tribunal judicial preparada para julgamento.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€

21 outubro, 2014

EÇA, Vicente Almeida d' - O MARINHEIRO PORTUGUEZ ATRAVEZ DA HISTORIA. Conferencia na Academia de Estudos Livres em 12 de abril de 1898 por... Capitão-tenente da Armada, Lente da Escola Naval, socio da Sociedade de Geographia de Lisboa, do Instituto de Coimbra, e socio protector da Academia de Estudos Livres. (Resumo da Conferencia). Lisboa, Academia de Estudos Livres, 1898. In-4º (23cm) de 21, [3] p. ; B. Annaes da Academia de Estudos Livres
1.ª edição.
Conferência pronunciada pelo autor no âmbito das comemorações do 4.º Centenário do Descobrimento do caminho marítimo para a Índia.
"Pode-se agora determinar a psychologia do marinheiro portuguez; traços communs aos outros, de certo os ha, mas ha tambem alguns especiaes, muito seus.
E para melhor o fazer, recorde-se o que ficou dicto sobre os elementos ethnicos: encontrar-se-ha no sangue arabe a poesia, a tendencia para o idealismo, o amor. O Portuguez é altamente amoroso, mais que nenhum outro povo; o marinheiro muito mais.
D'ahi as feições caracteristicas:
a) indiferença ao perigo.
b) tenacidade.
c) modestia desaffectada - pouco amigos de fallar.
d) tristeza, saudade, o fado. [...]
e) espirito religioso. [...]
f) a obediencia - não a disciplina automatica do prussiano - mas a obediencia consciente da necessidade de cumprir e confiada no valor de quem manda."
(excerto do texto)
Vicente de Moura Coutinho Almeida d'Eça (1852-1929). “Vice-almirante. Em 1885 foi nomeado lente da cadeira da Escola Naval – Direito Internacional Público Marítimo e História Marítima, cargo que ocupou mesmo depois de atingir o limite de idade. Antes de 1896 foi vogal da Comissão Central de Pescarias, que realizou estudos oceanográficos. Presidente da Sociedade de Geografia e Director da Escola Superior Colonial. Foi parlamentar da Monarquia e Sócio de 1.ª classe da Academia das Ciências de Lisboa. Representou Portugal em diversos congressos científicos no estrangeiro, tendo tido uma acção importante nos trabalhos para um tratado com a Espanha, sobre assuntos de pesca. É vastíssima a sua bibliografia: "O Infante D. Henrique e a Arte de Navegar dos Portugueses"; "Luís de Camões Marinheiro"; "O Oficial de Marinha", etc.“
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
10€

20 outubro, 2014

REISS, R. A. - COMMENT LES AUSTRO-HONGROIS ONT FAIT LA GUERRE EN SERBIE : observations directes d'un neutre. Par... Professeur à l'Université de Lausanne. Paris, Librairie Armand Colin, 1915. In-4º (22cm) de 48 p. ; il.; B. Études et Documents sur la Guerre
Publicação redigida em francês, denuncia a barbárie do exército Austro-Húngaro na Sérvia, entre 1914 e 1915.
Ilustrado nas folhas do texto com gráficos das atrocidades perpetradas na Sérvia.
Contém fotografias de armamento bélico - as balas explosivas e o seu efeito destruidor no corpo humano, com recurso a fotografias exemplificativas.
Contém ainda imagens chocantes de pessoas, individualmente e em grupo, vítimas de massacres.
"Une des caractéristiques de la présente guerre est qu'on a dù mobiliser non seulement les armées et les services sanitaires, mais aussi les criminalistes. C'est ainsi que, criminaliste praticien, je fus invité par le Gouvernement serbe à me rendre en Serbie, pour aller juger, après avoir vu de mes propes yeux, de la conduit des troupes austro-hongroises dans ce malheureux pays."
(excerto da introdução)
Matérias:
- Balles explosibles.
- Bombardement de villes ouvertes et destruction de maisons.
- Massacres de soldats prisonniers ou blessés. - Massacres de civils. Quelques dépositions de prisonniers austro-hongrois.
- Quelques rapports officiels d'officiers serbes.
- Quelques témoignages de civils.
- Quelques résultats de mon enquête personnelle.
- Pillage et destruction de la fortune mobilière.
- Les causes des cruautés Austro-Hongroises.
Appendice: le procès d'Agram.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa apresenta falha de papel na margem superior.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

19 outubro, 2014

ANTÓNIO, Lauro - O CINEMA ENTRE NÓS. [Lisboa], Publicações Dom Quixote, [1970]. In-8º (18cm) de 269, [3] p. ; [6] p. il. ; B. Cadernos de Cinema, 8
Recolha de artigos do autor publicados em diversos periódicos portugueses.
Ilustrado com fotografias a p.b. em folhas separadas do texto.
Matérias:
- Introdução. - Estreias. - Algumas reposições. - Actividade da Cinemateca Nacional durante 1968. - V Ciclo Cinematográfico da Casa da Imprensa. - Prémios do cinema nacional - 1967. Oscars - 1967. - Fichas técnicas.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Contracapa apresenta pequeno defeito na margem inferior. 
Invulgar.
Indisponível

18 outubro, 2014

QUEIROZ, Teixeira de (Bento Moreno) - AS MINHAS OPINIÕES (estudos psychologicos e sociaes). Lisboa, Edição do «Dia» : Deposito - Livraria M. Gomes, 1896. In-8.º (18cm) de X, [2], 311, [3] p. ; E.
1.ª edição.
Curioso e pouco conhecido livro de crónicas do autor sobre personalidades e assuntos da sua época. Trata-se de uma obra, em tudo diferente daquilo que Teixeira de Queiroz publicou, ou viria a publicar.
"Este livro não encerra todas as minhas opiniões ácerca dos aspectos da vida moral e material da hora presente, nem isso era possivel em notas escriptas ao acaso dos acontecimentos. São meras reflexões provocadas por incidentes sociaes, não constituem corpo de doutrina em nenhuma dos interesse do meu espirito, posto que a esmo se encontrem espalhadas as idéas que professo ácerca da épocha em que me encontro. [...]
Ao offerecer á estampa estas paginas consagrei-lhes cuidadoso trabalho de remodelação litteraria, dando-lhes n'esta ultima forma todo o esmero que o exercicio de escrever me tem ensinado. É um acto de probidade artistica, que sinto grande satisfação em cumprir quando encontro alguma investidura que melhor me quadre, para apresentar o pensamento. [...]
Encontrar-se-ha n'estas paginas, um pouco de tudo: litteratura, sciencia, politica, psychologia, paisagem, observação de costumes e, por ventura, um pulvilhado d'essa dolente ironia philosophica que a experiencia do viver nos trouxe."
(excerto do prólogo)
Francisco Teixeira de Queiroz (Arcos de Valdevez, 1848 - Sintra, 1919). “Romancista e contista, Francisco Teixeira de Queirós licenciou-se em Medicina, tendo ocupado diversos cargos públicos, entre os quais o de deputado, de vereador da Câmara Municipal de Lisboa e de ministro dos Negócios Estrangeiros, neste caso em 1915. Chegou a ser presidente da Academia das Ciências de Lisboa. Fundou em 1880, com Magalhães Lima, Gomes Leal e outros, o jornal «O Século», tendo também colaborado nos periódicos «O Ocidente», «Revista de Portugal», «Revista Literária», «Arte & Vida», «Ilustração Portuguesa», «A Vanguarda» e «A Luta», entre outros. Em 1876, publicou o seu primeiro romance, «Amor Divino», com o pseudónimo de Bento Moreno, que viria a usar em outros livros. A sua vasta obra está repartida em dois grupos: «Comédia de Campo» e «Comédia Burguesa», imitando assim a «Comédie Humaine», de Balzac, um dos seus mentores. Durante cerca de 40 anos, reformulou o seu plano e a sua doutrinação literária sobre o romance, procurando incansavelmente aplicar o seu programa realista-naturalista de base científica. Cultivou uma escrita de feição realista, fazendo uma crítica constante à alta sociedade lisboeta, evidenciando os seus costumes, os seus modos de agir e de estar perante a sociedade portuguesa em geral. Em algumas das suas obras, por outro lado, retrata de uma forma carinhosa e saudosa os seus tempos de infância, vividos na quietude da sua terra natal.”
Encadernação em meia de pele com nervuras, rótulos carmim e ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Trabalho de xilófago nas pastas e na lombada. Assinatura de posse na f. rosto.
Raro.
Indisponível

17 outubro, 2014

CAMPOS, Ezequiel de - A GREI. Subsidios para a Demografia Portuguesa. Lições efectuadas na Universidade Popular do Porto em novembro de 1913. Porto, Edição da Renascença Portuguesa, [1915]. In-8º (19cm) de 273, [7] p. ; B.
1.ª edição. Muito valorizada pela curiosa dedicatória manuscrita do Prof. Ezequiel de Campos: - Se leio o "Janeiro", não deixo de ler "A Tribuna Livre". E gosto. Por isso lhe of. o Autor estas páginas amargas.
Importante trabalho sobre a demografia portuguesa. Ilustrado nas folhas do texto com mapas de Portugal continental.
Matérias:
I - Evolução numerica da População portugueza metropolitana atravez da vida nacional. A Evolução demografica de 1864 a 1911. II - A crise demografica actual: 1911, 1912 e 1913. III - Terras Estacionarias e em Despovoamento. Desproporção do numero de fêmeas para o dos varões. IV - Terras em povoamento progressivo. V - O Povoamento e o Clima. VI - A Concentração da População. VII - As causas da Emigração. VIII - A Economia Nacional e o Povoamento do Paiz. IX - A Emigração e o Futuro Nacional. 
Ezequiel de Campos (1874-1965). Engenheiro e professor português. “No ano lectivo de 1892/93 ingressou na Academia Politécnica do Porto, no curso de Engenharia Civil, que viria a concluir em 1898. Em 1899, por falta de oportunidades de trabalho em Portugal, aceitou um contrato para as obras públicas em São Tomé e Príncipe, iniciando, assim, a sua vida profissional como engenheiro. Aí desenvolveu um trabalho meritório, em prol dessas Ilhas, projectando reformas agrícolas e de viação ferroviária, bem como um programa de educação destinado às populações locais. Em 1911, após a proclamação da República, foi eleito deputado à Assembleia Constituinte pelo Círculo de Santo Tirso. Em 1918 foi nomeado pelo ministro Francisco Xavier Esteves para dirigir os Estudos Hidráulicos do Douro, Cávado e Tejo. Entre 1922 e 1939 desempenhou o cargo de director dos Serviços Municipalizados de Gás e Electricidade do Porto. Foi Ministro da Agricultura durante alguns meses do ano de 1924, no breve governo de José Domingues dos Santos. Durante o Estado Novo, foi Procurador à Câmara Corporativa. Entre 1957 e 1964 pertenceu ao Conselho da Presidência. Ezequiel de Campos exerceu, ainda, funções docentes no Ensino Superior: no Instituto Superior do Comércio do Porto, entre 1925 e 1927; na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, entre 1928 e 1944. Proferiu a sua última lição em 12 de Dezembro de 1944, intitulada "A Ideia, a Produção mais Valiosa do Mundo”. Ezequiel de Campos pertenceu ao grupo da Renascença Portuguesa e, em 1921, foi um dos fundadores do Grupo Seara Nova, cujo primeiro número data de 16 de Outubro de 1921. Ezequiel de Campos deixou uma vasta obra. Para além dos seus estudos sobre os recursos naturais de Portugal - o aproveitamento hidroeléctrico (Carrapatelo foi projecto da sua autoria) e vários projectos na área da agricultura, o Engenheiro Ezequiel de Campos apresentou soluções para diversos problemas do país. A sua produção bibliográfica é extensa, assim como a sua colaboração na imprensa da época, nomeadamente no jornal "O Comércio do Porto" e no "Jornal de Notícias".
(in http://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?P_pagina=1000761)

Exemplar brochado em bom estado de conservação. Pequena falha de papel na base da lombada; falha de papel no canto superior esq. da capa posterior.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
20€

16 outubro, 2014

QUEIROZ, Eça de - O MANDARIM. Terceira edição. Porto, Livraria Internacional de Ernesto Chardron, Casa Editora : Lugan & Genelioux, Successores, 1889. In-8º (18cm) de 183, [1] p. ; E.
O Mandarim é um romance fantástico, e uma das mais apreciadas obras de Eça de Queiroz. Esta 3.ª edição, de 1889 (a 1.ª e a 2.ª saíram no mesmo ano, em 1880), foi a derradeira publicada em vida de Eça.
"Um ser misterioso, que é obviamente o Diabo, propõe a Teodoro um dilema terrível: tocar uma campainha mágica e matar, à distância e de imediato, o riquíssimo Mandarim Ti Chin-Fu, que vivia nos confins da China. Este simples gesto faria dele o herdeiro e senhor de uma imensa fortuna! Teodoro cede à tentação e torna-se um nababo. Mas o crime, mesmo executado telepaticamente, não compensa..."
(sinopse)
"1.º Amigo (bebendo cognac e soda, debaixo d'arvores, n'um terrraço, á beira d'agua)
Camarada, por estes calores do estio, que embotam a ponta da sagacidade, repousemos do aspero estudo da Realidade humana... Partamos para os campos do Sonho, vaguear por essas azuladas collinas romanticas onde se ergue a torre abandonada do Sobrenatural, e musgos frescos recobrem as ruinas do Idealismo...
Façamos phantasia!...
2.º Amigo
Mas sobriamente, camarada, parcamente!... E como nas sabias e amaveis Allegorias da Renascença, misturando-lhe sempre uma Moralidade discreta...
(Comedia inedita)"
(prólogo)
Encadernação coeva em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Lombada apresenta falha de pele na extremidade superior; falha de papel no revestimento na pasta posterior. Páginas algo oxidadas, devido à qualidade do papel utilizado na impressão.
Invulgar.
Indisponível

15 outubro, 2014

SOARES, Fernando Luso - OS CAVALOS MARINHOS : drama. Lisboa, Guimarães Editores, [1963]. In-8º (18cm) de 103, [1] p. ; B. Colecção de Teatro.
Peça de estreia do autor.
Valorizada pela sua dedicatória autógrafa.
Fernando Luso Soares (1924-2004). “Foi um advogado, ficcionista, ensaísta e dramaturgo português.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa apresenta pequenas imperfeições. 
Invulgar.
Indisponível

14 outubro, 2014

SOUSA, Abreu e - MANUAL DO PERFEITO CINÉFILO. Porto, Livraria Progredior, [1946]. In-8º (19,5cm) de 86, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Curiosa paródia cinéfila.
"O cinema é o único género de espectáculo que só se pode ver estando tudo às escuras. É por isso que é o mais concorrido.
No cinema temos a considerar: o átrio, os salões e a sala de espectáculo.
O átrio é habitado por um espécime zoológico, mais perigoso que qualquer das sete pragas do Egipto, o contratador «vulgaris de Lineu». A fera esconde-se muito bem escondida. E quando vê entrar um cinéfilo, cai-lhe em cima com promessas de uma coxia no meio da sala e chupa-lhe dez por cento em cada bilhete. Estes exemplares da classe dos madraços são migradores. Emigram de cinema para cinema, conforme os êxitos.
No átrio estão as bilheteiras. E dentro delas uns senhores mal encarados que dizem sempre que não: quando os filmes são maus que não têm troco, quando são bons que não há bilhetes..."
(excerto do Cap. I, Generalidades)
Matérias:
I - Generalidades.
II - Como se faz um filme.
- O capitalista. - O argumento. - A planificação. - O pessoal. - Os artistas. - Vedeta, precisa-se! - A primeira volta da manivela.
III - Classificação e estudo dos filmes.
- Classificação dos filmes. - Estudo dos filmes.
IV - Como devem ser vistos os filmes.
- Género cómico. - Género dramático. - Género semi-dramático. - Filmes musicais. - Género documentário.
V - Deveres do bom cinéfilo.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
15€

13 outubro, 2014

CASTILHO, Jorge de - A NAVEGAÇÃO DO «ARGOS». Por... capitão de infantaria. Lisboa, Imprensa Nacional de Lisboa, 1927. In-4.º (28,5cm) de 48, [2] p. ; [1] carta desd. ; B.
1.ª edição.
Ilustrada com fotografias a p.b., tabelas e uma carta de navegação desdobrável (28x68cm).
Curioso relatório de navegação do «Argos». Trata da orientação, tarefa distribuída exclusivamente ao capitão Jorge de Castilho.
"No dia 3 de Março de 1927, o “Argos”, descolou de Alverca tripulado pelo major Sarmento de Beires, capitão Duvalle Portugal, tenente Manuel Gouveia e capitão Jorge Castilho, este último responsável pela navegação. No dia 11 de Março chegaram à Ilha de Sogá nos Bijagós, após terem escalado Casablanca, Vila Cisneros (actual Sara Ocidental) e Bolama. Os dias passados na Guiné foram repartidos entre pequenas reparações e os preparativos finais da Grande Aventura. Ficou decidido que o capitão Portugal, não efectuaria o voo transatlântico para permitir uma descolagem com mais combustível. Pela primeira vez na história da aviação o Atlântico Sul iria ser cruzado de noite, com êxito, cinco anos após o voo de Sacadura Cabral e Coutinho: O “Argos” confirmou a eficácia da navegação astronómica, em que os aviadores da aviação naval confiaram em 1922. O Atlântico Sul, depois do voo do “Argos” tornou-se mítico para as Asas Portuguesas."
(in  www.emfa.pt/.../travessia-nocturna-do-atl-ntico-sul-1927_1469.pdf)
"Tendo saído de Alverca como encarregado de navegação do Argos, as minhas funções durante a viagem foram principalmente as de lançador de hélice, ajudante de mecânico, moço de proa e só acidentalmente, quando mais nada tinha em que empregar a minha actividade, recorria, para me distrair, às observações astronómicas ou aproveitava a vista de costa para a ir seguindo na carta, se perto dela voávamos.
Nestes momentos de ócio, ganhos à custa de longos esforços e canseiras, quando depois da descolagem eram dispensados os meus serviços até a próxima amaragem, era com verdadeiro prazer que sentia junto de mim os cronómetros e o sextante, bons amigos em cuja companhia me passaram rápidas as monótonas horas de vôo."
(excerto da introdução)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas apresentam mancha junto à lombada que não tem consequência nas páginas interiores.
Invulgar.
Indisponível

12 outubro, 2014

FIGUEIREDO, Fidelino de - UM COLECCIONADOR DE ANGÚSTIAS. Lisboa, Guimarães & C.ª Editores,[1953]. In-8º (19,5cm) de 321, [7] p. ; E. Colecção Filosofia e Ensaios
Conjunto de interessantes crónicas e reflexões filosóficas.
"Quem primeiro juntou ao seu ofício de ganhar o pão o gosto de coleccionar alguma coisa - copos, relógios, caixas de fósforos, selos de correio, ingratidões - fez dois achados preciosos: um motivo de interesse para a existência pardacenta de cada dia e um expediente para apressar o correr da máquina do tempo. [...]
Através das sinuosidades temáticas destas pobres notas, ou deste rosário de angústias e anedotas, há uma unidade. Sem algum critério unificador não se colecciona, reúne-se um confuso «bric-à-brac», ferro velho, sucata das experiências mortas. Essa unidade ou o critério coleccionista poderia ser a composição de um esboço de retrato, que se vai delineando descontínuamente, mas com firmeza em cada traço, de alguma consciência que transpusesse para problemas pessoais seus as grandes dores colectivas, que visse a existência toda como Stendhal viu a batalha de Waterloo."
(excerto do prólogo, O gosto de coleccionar)
Índice:
Prólogo: O gosto de coleccionar. I - A rua. II - O mestre desconhecido. III - Mortos e vivos na Academia. IV - Biografia de uma escola. V - «Juventud, divino tesoro». VI - O doente de Alpedrinha. VII - O homem e a bengala. VIII - Falsificação da cultura. IX - A sombra de Fradique. X - Catálise psicológica. XI - A linhagem dos Zagalos. XII - A angústia política. XIII - Lisboa e Madrid através de Angola. XIV - Saloios. XV - A angústia da ventura. XVI - O espírito foi antes carne. XVII - A angústia do irracional. XVIII - Um retrato da Morte. XIX - O túnel. XX - Música e vida. Epílogo: D. Quixote partiu ao anoitecer.
Fidelino de Figueiredo (1889-1967). "Notabilizou-se como professor, historiador e crítico literário, tal como na faceta de ensaísta e de intelectual cosmopolita (Lisboa, 20.VII.1889 – 20.III.1967). Licenciou-se em Ciências Histórico-Geográficas na Faculdade de Letras, em 1910, iniciando a sua vida profissional por se dedicar ao ensino e à vida política nos conturbados tempos que se seguiram à implantação da República. Exerceu vários cargos públicos: funções no Ministério da Educação, director da Biblioteca Nacional e deputado. Fundou e dirigiu a Sociedade Portuguesa de Estudos Históricos e a Revista de História (1912-1928). Exilando-se em Madrid em finais da década de 20, por razões políticas, é contratado como professor de Literatura pela Universidade Central. Já na década de 30, depois de regressado a Portugal, celebrizou-se nas actividades de conferencista e professor convidado de Literatura em várias universidades europeias e americanas. Contratado pela recém-criada Universidade de S. Paulo (1938-1951), funda aí e, lodo de seguida, também na Faculdade Nacional de Filosofia do Rio de Janeiro, os Estudos de Literatura Portuguesa, de cujo magistério nasce um dinâmico grupo de discípulos, de entre os quais se contam prestigiados docentes e investigadores (António Soares Amora, Cleonice Berardinelli, Segismundo Spina, Carlos de Assis Pereira, Massaud Moisés, etc.). Além dos vários cursos de graduação e pós-gradução, dirigiu e colaborou activamente na revista de Letras (1938-1954), publicação da referida Univ. de São Paulo. Atingido por incurável e progressiva doença, deixou as funções docentes em S. Paulo, regressando definitivamente a Portugal, à sua casa de Alvalade. Na área dos Estudos Literários, deixou uma vasta, fecunda e influente obra, nos campos da Crítica Literária e do Ensaio, da História e da Literatura Comparada, bem como da Teoría Literária. O seu grande contributo reside no propósito de contribuir para a profunda modernização teórico-metodológica das disciplinas que integram esta área de conhecimento. Foi ainda pioneiro na nova área da Literatura Comparada em Portugal, quer no domínio da sua conceptualização teórica, quer na elaboração de sugestivos estudos de crítica comparativista. Ao mesmo tempo, patenteando um agudo sentido cívico e manifestas preocupações existenciais, dedicou-se a uma contínua reflexão ensaística, de natureza cultural e filosófica, mais acentuada no final da sua vida."
Belíssima encadernação em meia de pele com nervuras e ferros gravados a ouro na lombada. Conserva a capa frontal.
Exemplar em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. seguinte ao rosto. Contém sublinhados e anotações em rodapé.
Invulgar.
15€

10 outubro, 2014

CASTELO BRANCO, Camillo – NAS TREVAS. Sonetos sentimentais e humoristicos. Lisboa, Livraria Editora, Tavares Cardoso & Irmão, 1890. In-8º (17cm) de 87, [3] p. ; B.
1ª edição. 
Impressa em papel de qualidade superior, ilustrada com bonitas vinhetas de elevado apuro gráfico.
Edição original da última obra de Camilo publicada em vida.
O título escolhido por Camilo – Nas Trevas –, seria já uma alusão à cegueira que o vinha atormentando nos últimos anos e que o levaria ao suicídio.

Paroxismos da luz! tristes cantares!
Sahis da treva, em treva esquecereis!
Romanticos leitores não choreis;
Poupai-vos para os vossos máos azares.
 
Se navegaes por bonançosos mares,
De subito, no azul do ceu vereis
A nuvem que se rompe nos parceis
De imprevistas borrascas de pezares.

Disse Henry Heine, o cego: «Não lastimem
«As lancinantes magoas que me opprimem…
«Espere cada qual chorar por fim.»

E eu, que tanto carpi os condemnados,
Os cegos – os supremos desgraçados! –
Já lagrimas não tenho para mim!
"


(Epílogo)

Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas ligeiramente empoeiradas. Pequena falha de papel no canto inferior dto da capa. Mancha antiga de humidade, à cabeça, que se vai desvanecendo a partir das primeiras páginas, sendo visível apenas nas primeiras 10 folhas do livro.
Invulgar e muito apreciado.
Indisponível

09 outubro, 2014

BASTOS, Francisco Antonio Martins - MEMORIAS PARA A HISTORIA DE EL-REY FIDELISSIMO O SENHOR DOM PEDRO V E DE SEUS AUGUSTOS IRMÃOS DEDICADA A SUA MAGESTADE FIDELISSIMA EL-REY O SENHOR DOM LUIZ I. Por... Cavalleiro da Ordem de Christo, Mestre de Suas Magestades e Altezas Reaes, etc., etc. Lisboa, Typographia Universal, 1863. In-4º (22,5cm) de [4], 232, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Estudo histórico importante, fornece informação relevante. Trata-se de uma das mais apreciadas obras biográficas sobre o Rei D. Pedro V, O Esperançoso.
"No dia 16 de Setembro do anno de 1837, pelas onze horas e meia da noite, veio á luz Sua Magestade Fidelissima El Rey, O Senhor Dom Pedro V., fructo do legitimo consorcio de Sua Magestade Fidelissima, A Senhora Rainha Dona Maria II., e do Senhor Rey Dom Fernando II., e isto do Real Paço de Nossa Senhora das Necessidades. Huma salva de cento e hum tiros no Castello de São Jorge da Cidade de Lisboa, correspondida pelas embarcações de guerra, e fortalezas do Tejo: os repiques geraes dos sinos das Igrejas, as copiosas girandolas de foguetes, e a mais viva alegria annunciarão este fausto successo."
(excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Miolo em bom estado; capas frágeis, com defeitos, apresentam falhas nos cantos; restauro tosco com fita na lombada. Dedicatória manuscrita (não do autor) no verso da f. anterrosto.
Raro.
Indisponível

08 outubro, 2014

VILHENA, Firmino de – MULHERES DA CRUZ VERMELHA. Episodio da conflagração europeia. Aveiro, Of. Tip. Do «Campeão das Províncias», 1916. In-8º (20,5cm) de 7, [1] p. ; il. ; B.
1.ª (e única) edição.
Capa e desenhos de José Pinho, “distinto pintor aveirense”.
Opúsculo dedicado “á ilustre Presidente da «Cruzada das Mulheres Portuguezas», a Ex.ma Senhora D. Alzira Dantas Machado” (refere-se a D. Elzira Machado, mulher do então Presidente da República, Dr. Bernardino Machado)
Peça de teatro representada em Lisboa, Aveiro e Viseu por “distintas senhoras da Cruzada”.
Publicação que “tem por fim exclusivo contribuir, pelo produto da sua venda, para a obra humanitária da simpática instituição que é a Cruzada das Mulheres Portuguezas.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Peça de colecção.

Indisponível

07 outubro, 2014

MÜHLON, Dr. W.  - REVELAÇÕES DE UM EX-DIRECTOR DA FABRICA KRUPP : a evidencia do Dr. Mühlon. Londres, [s.n. - imp. Alabaster, Passmore & Sons, Ltd.], 1918. In-8º (18,5cm) de 12 p. ; B.
1.ª edição portuguesa.
Testemunho de um industrial alemão - director da famosa fábrica de armamentos Krupp -, com interesse para a história da Grande Guerra.
"Já vai para quatro annos que o mundo se achava aguardando a ulterior informação que sabiamos eventualmente viria a apparecer e fazer luz sobre os pormenores da conspiração devido á qual se engendrou a presente guerra. [...]
Finalmente, porém, começa a erguer-se o veu. As revelações que aqui damos proveem de um homem que teve todas as opportunidades de apurar a verdade. O Dr. Mühlon, que ao principio havia apparentemente tido alguma ligação com o Ministerio allemão dos Negocios Estrangeiros, tinha sido nomeado um dos directores da Krupp, a grande firma allemã de armamentos de Essen... [...]
Ao que parece foi em 1917 que elle finalmente se decidiu a abandonar todo o emprego que o tornasse cumplice do governo allemão e sahindo do paiz passou a fixar residencia na Suissa.
Os documentos aqui reproduzidos estão destinados a figurarem entre as fontes primarias relativamente á responsabilidade pela guerra."
(excerto da introdução)
Matérias:
I - A responsabilidade do governo allemão pela guerra. Exposição do Dr. Mühlon.
II - A culpabilidade da Allemanha. Carta enviada pelo Dr. Mühlon em 7 de Maio de 1917 a Herr von Bethmann Hollweg.
Johann Wilhelm Mühlon (1878-1944). "Foi um industrial de armamento e diplomata alemão. Estudou Direito e Ciências Políticas em Munique, Berlim e Würzburg. Formou-se em 1904, exercendo advocacia. Em 1907 ingressou no Serviço Exterior. Em 1908 tinha o posto de assistente da Direcção da Friedrich Krupp AG. A partir de 1913, chefiou o departamento de material de guerra. No final de 1914, a seu pedido, deixou a Krupp. Em 1915 foi contratado pelo Ministério das Relações Exteriores como "Comissário Especial de administração imperial para os Balcãs" em Bucareste, Sófia, Viena e Budapeste para negociar cereais e fornecimento de petróleo. Mühlon representava a visão liberal-democrática, politicamente independentes. Rejeitou os objetivos da guerra de anexação de Wilhelm II. Viu na política do presidente americano, Woodrow Wilson, esforços sérios de mediação. No outono de 1916, exilou-se na Suíça e trabalhou sem credenciação nem passaporte diplomático para a legação alemã em Berna. Após o anúncio da guerra sem restrições pelos U-boat, Mühlon interrompe o contrato com as autoridades do Império Alemão. Em agosto de 1917 escreve um memorando sobre a crise de Julho de 1914, endereçado aos parlamentares no Reich alemão, vindo a ser publicado nesse mesmo ano, como uma carta para Theobald von Bethmann. Nele, Mühlon relata conversas tidas com Karl Helfferich e Gustav Krupp von Bohlen e Halbach em julho de 1914, que comprovam a intervenção voluntária do Governo do Reich alemão antes do ultimato à Sérvia." 
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
A Biblioteca Nacional dispõe de apenas 1 exemplar.
Indisponível

06 outubro, 2014

MAIA, Samuel - TRATAMENTO DA PRISÃO DE VENTRE. Lisboa, Ofic. Ilustração Portugueza, 1915. In-8º (20cm) de 195, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor incluída na f. rosto.
"O assumpto d'este livro poderia ter sido reservado aos profissionaes da medicina, se a publicação de um trabalho n'essas condições em Portugal, não representasse um sacrificio demasiado para o seu auctor. Quando a obra literaria se destina a todo o publico letrado, o numero de leitores é bastantes escasso, para não estimular a sua produção. [...]
Não existindo a pretensão de fazer um tratado, ou de esgotar o assumpto em vista, mas tão sómente o desejo de apresentar um certo numero de casos, distinguindo-os pela fórma e aspectos que apresentaram, bem como os tratamentos a que foram sujeitos e resultados obtidos, as longas divagações, com a historia e enumeração de estudos efectuados sobre a materia, não seriam mais que um pedantismo descabido."
(excerto da nota prévia)
Matérias:
I - Definição da prisão de ventre. II - Importancia do cecum nos estados da atonia intestinal. III - A emotividade como causa de prisão de ventre. IV - Profilaxia e tratamento de nervosismo. V - Prisão de ventre por insuficiencia muscular. VI - Atonia de causa alimentar. VII - A alimentação dos presos de ventre. VIII - A prisão de ventre nos anemicos e arterio-esclerosos. IX - A entero-colite muco-membranosa. X - A cirurgia no tratamento da prisão de ventre.
Samuel Maia (1874-1951). "Médico, romancista, poeta e dramaturgo português, de nome completo Samuel Domingos Maia de Loureiro, nascido em 1874, em Ribafeira, Viseu, e falecido em 1951, em Lisboa. A ficção de Samuel Maia reflete uma evolução da tradição naturalista para a narrativa regionalista, centrada no contexto social e geográfico beirão. Colaborou em publicações periódicas como O Século, Jornal de Notícias, Diário Populare Ilustração.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

05 outubro, 2014

VALLE, Eurico Valadão do - BACALHAU : tradições históricas e económicas. Lisboa, Edição do Autor, 1991. In-8.º (21 cm) de [4], 25, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Estudo sobre a pesca do bacalhau. Ilustrado com tabelas nas páginas do texto.
"Mais uma vez a história do bacalhau nos atraiu para uma investigação e, se por um lado procurámos que fosse o mais exaustiva possível, por outro reconhecemos ter ficado aquém do muito mais que se poderia dizer acerca de um produto que, por muitas razões, foi chamado "amigo" e, por algum motivo maior, adjectivado de "fiel".
(Excerto da introdução)
Índice
:
- Introdução. - O bacalhau comida dos pobres. - Estudos estatísticos. - O bacalhau visto por estrangeiros. - O bacalhau na alimentação portuguesa actual. - Nota final.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Acompanha o livro alguns recortes de revistas e jornais (e uma cautela da Lotaria Popular) relacionados com o tema do livro - a pesca do bacalhau.
Invulgar e muito apreciado.
Indisponível

04 outubro, 2014

VASCONCELLOS, Henrique de - FLIRTS. Lisboa, Ferreira & Oliveira, L.da, 1905. In-8º (19cm) de 240, [2] p. ; E.
1.ª edição.
Colecção de contos, alguns de índole histórica.
"Balkis esperava. Entre as sumptuosidades do seu palacio de Mareb, a Rainha vivia, solitaria, escondida, só com a sua belleza.
Em vão os povos e os senhores, ouvindo fallar da immaculada formosura acorriam dos remotos reinos onde a sua lei governava, Sabá, Mareb e Yemen, e, defronte do palacio immenso e fechado, pediam para vêr a deslumbrante adolescente. Em vão os sacerdotes quizeram  vêr os olhos puros. Ninguem o conseguiu."
(excerto do conto, A Rainha de Sabá)
Contos:
- A escola de Flirt. - Flirts. - Logica. - A Bisantina. - Má lingua. - A Rainha de Sabá. - Chiara Liliam. - A Marcia. - O cego. - A gloria. - A festa de maio. - Tibidado. - A princeza perdida. - Noite de festa. - Clara. - Idilio triste. - Perfil d'aventureiro. - Fumo.
Henrique de Vasconcelos (1876-1924). Político e poeta decadentista português, autor da Missa negra (Revista Nova, Coimbra, 1893). "Foi Director Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros e um importante bibliófilo, detentor de uma vasta biblioteca. Cabo-verdiano de nascimento, radicou-se cedo em Lisboa, desfrutando de prestígio literário em Portugal. Com uma obra de temática europeia, foi autor, entre outras, das seguintes obras: Flores cinzentas, poesia (Coimbra, 1893); Os esotéricos, poesia (Lisboa, 1894); A Harpa de Vanádio, poesia (Coimbra, 1894); Amor Perfeito, poesia (Lisboa, 1895); A mentira vital, conto (Coimbra, 1897); Contos novos, contos (Lisboa, 1903); Flirts, contos (Lisboa, 1905); Circe, poesia (Coimbra, 1908); e Sangue das rosas, poesia (Lisboa, 1912). Também se encontra colaboração da sua autoria nas revistas O Branco e Negro (1899), Ave Azul (1899-1900), Brasil-Portugal (1899-1914), Serões (1901-1911) e Atlântida (1915-1920)."
Encadernação interira de percalina com ferros gravados a ouro na lombada. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Ex-libris dos Condes do Bonfim no verso da capa frontal.
Invulgar e muito curioso.
25€