GALVÃO, J. Mira - O SEAREIRO. Sua Função Económica e Social na Cultura do Trigo e a Crise Agrária. [Por]... Eng. Agrónomo. Beja, Minerva Comercial : Carlos Marques & C.ª, L.da, 1949. In-8.º (22,5 cm) de 48 p. (inc. capas) : il. ; B.
1.ª edição.
Interessante trabalho sobre o "seareiro", e a sua importância para a cultura do trigo. Monografia com interesse agrícola, etnográfico e sociológico.
Ilustrado com quadros, tabelas, e fotogravuras a p.b. ao longo das páginas de texto.
"O seareiro é um elemento de elevada função económica na cultura do trigo. Sem ele não teria sido possível a arroteia das antigas e imensas charnecas alentejanas nem seria ainda hoje possível cultivar trigo numa grande parte das terras que o produzem. Daí também a sua grande importância social, na maior parte das explorações agrícolas, dominantemente trigueiras.
Uma grande percentagem das terras que constituem a área que produz a maior parte do trigo do país, (cerca de 55%), o Baixo Alentejo é formado por terrenos estruturalmente pobres, e alguns mesmo muito pobres, provenientes dos xistos, as chamadas «terras galegas» tanto do devónico como do cabónico, principalmente ao Sul do distrito de Beja, e de detritos do miocénico e do pilocénico, ao Norte e ocidente. [...]
Muitos destes terrenos estão mais ou menos cobertos de montados de azinho e sobro, o que somado à pobreza e magreza do terreno, mais concorre para as fracas produções e daí a existência de uma agricultura pobre e pouco remunerada principalmente para o empresário que a exerce em grande escala, isto é, com mão de obra paga a dinheiro, por vezes cara (ceifas) e pouco produtiva. Daí a necessidade de associar a mão de obra à produção e a existência do seareiro, tanto na época das arroteias, como agora depois das terras limpas e esgotadas em matéria orgânica."
(Excerto do Cap. I - O meio em que o seareiro desenvolve a sua acção)
Matérias:
I - O meio em que o seareiro desenvolve a sua acção. II - Como surgiu o seareiro. III - O seareiro sob o ponto de vista económico e social. IV - Causas remotas e recentes do depauperamento e desaparecimento do seareiro. V - Modalidades e condições actuais da parceria. VI - Determinação da quota justa da ração. VII - Situação económica do seareiro e do pequeno agricultor. VIII - Medidas sugeridas para atenuar ou debelar a crise.
Exemplar em brochura, por abrir, bem conservado.
Muito invulgar.
Indisponível
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