MACHADO, António de Sousa - A FORÇA SOCIOLÓGICA DA SAUDADE. Braga, [s.n. - Tip. Editorial Franciscana, Braga], 1970. In-8.º (21cm) de 37, [3] p. ; B. Separata dos n.os 53, 54 e 55 do «Boletim da Academia Portuguesa de Ex-Libris»
1.ª edição.
Na capa: O Desterrado, de Soares dos Reis.1.ª edição.
Tiragem: 250 exemplares (informação BNP).
Interessante estudo sociológico sobre a "Saudade", sentimento abstracto tão português.
"É sabido que a arte de lidar com os homens é uma arte difícil; sendo a política a arte de organizar, manter e administrar a sociedade humana, é, lògicamente, ofício ingrato.
Mas não é só a arte de lidar com os homens que é difícil porque as próprias ciências que se originam no intercâmbio humano encontram por vezes graves dificuldades em precisar os seus conceitos. Vamos hoje considerar um deles qual seja o que está na base do aglomerando nacional fazendo algumas considerações sobre o vínculo que se estabelece entre os homens dando origem ao que se chama Nação. [...]
É um facto que a vida comum feita no passado, garante a coesão no presente e projecta-se no futuro, pelo que os homens conviventes sentem iguais necessidades que melhor se satisfazem pela solidariedade estabelecida. E, para nação, nenhuma outra definição se pode encontrar com melhor precisão que qualquer que se baseie na existência desse vínculo estabelecido por uma história comum. [...]
O conceito de nação está pois desligado da vinculação a uma terra, pelo que à nação portuguesa pertencem todos aqueles que deixaram a sua pátria e em terras estranhas trabalham, como os milhares de portugueses que povoam o Rio de Janeiro, S. Paulo ou outros núcleos de qualquer parte do mundo.
Acima de tudo, parece, pois, que uma base sentimental está na formação e manutenção dos agregados nacionais.
Qual ou quais serão esses sentimentos?
Estarão ainda por traduzir ou serem revelados?"
(Excerto do Estudo)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
20€
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