17 setembro, 2018

PERDIGÃO, Álvaro Gaspar - SENHORES D"O SETUBALENSE": EU NÃO SOU VANGUARDISTA, SOU ÁLVARO GASPAR PERDIGÃO! Visado pela Comissão de Censura. [S.l.], [s.n. - Composto e impresso na Tipografia "Sado", Setúbal], [1933]. In-8.º (21cm) de 8 p. ; B.
1.ª edição.
Curioso opúsculo. Trata-se de uma polémica entre o autor e o jornal O Setubalense sobre a prática do nudismo e a repressão policial à mesma. O presente folheto reproduz a troca de correspondência e os comentários do autor sobre o assunto.
Em termos bibliográficos, esta será porventura uma das primeiras obras que sobre esta temática se publicaram entre nós.
 "O primeiro registo histórico da prática do naturismo em Portugal terá ocorrido na década de 1920, estando associado à Sociedade Naturista Portuguesa. Nessa altura praticava-se já em Portugal a nudez em certas praias fluviais do interior (sem estruturas de apoio) e nas praias da Costa da Caparica. Com a implantação do regime ditatorial do Estado Novo [1933], os movimentos naturistas foram impedidos da prática da nudez coletiva. A nudez pública era proibida e associada ao crime de "atentado ao pudor". Só depois do 25 de Abril foram retomadas ou reinstituídas as instituições ligadas ao naturismo."
(Fonte: wikipédia)
"Já todos mais ou menos teem conhecimento de que pela autoridade foram adotadas medidas severas para reprimir o abuso do semi-nudismo nas praias de banho, e do nudismo nos recintos fechados.
Tão a propósito veio esta lembrança das autoridades quanto é certo as praias portuguêsas estarem infestadas ou infectadas, por uma praga de individuos dos mais diferentes sexos, que, a pretexto da saúde e não sei que mais, não se envergonhavam de trazer para um lugar, que neste caso os outros animais respeitam melhor, todo o género de devassidão, de baixeza e e de infamia que praticam no caixote do lixo onde vivem - a cidade."
(Início do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas vincadas, sendo visível na capa frontal um corte sem importância, e uma pequena falha de papel no canto inferior direito.
Raro.
Sem registo na BNP.
20€

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