30 abril, 2018

O ESCRIPTOR DA GRAÇA E DA BELLEZA. Camillo Homenageado. Comissão de homenagem posthuma ao fecundo romancista: José de Azevedo e Menezes, Presidente, Daniel Augusto dos Santos, Francisco Maria de Oliveira e Silva, José Roballo, Francisco Correia de Mesquita Guimarães, Thesoureiro, Dr. Nuno Simões, Secretario. Famalicão, Tipografia «Minerva» de Cruz, Sousa & Barbosa, L.ᵈᵃ, 1920 [capa, 1921]. In-8.º grd. (22,5cm) de LXIII, [1], 398, [2] p. ; [21] f. il. ; [2] f. desd. ; il. ; B.
1.ª edição.
Importante peça da bibliografia camiliana. Ilustrada no texto (em página inteira), e em separado com retratos (individuais e colectivos), desenhos, fotogravuras e plantas da casa de S. Miguel de Seide, fac-símiles de Camilo, etc.
Contém ainda reproduzido em fac-símile o Catalogo da preciosa livraria do eminente escriptor Camillo Castello Branco, incluindo a portada da obra.
Exemplar da tiragem não declarada de 100 exemplares, totalmente impressa sobre papel couché.
Indice: Summario; Relatorio; Grata Lembrança de Camillo; Carta de D. Pedro de Alcantara; Soneto de D. Pedro de Alcantara; Étude Graphologique; Minuta do Dr. Francisco Joaquim Fernandes; Autographos de Camillo e de D. Ana Placido, sob a rubrica «Via Dolosa», e titulos academicos e honorificos do grande escriptor; Autographos de Camillo: - 15 cartas e 2 bilhetes offerecidos pelo destinatario José de Azevedo e Menezes ao Museu-Camillo; Supplemento ao Catalogo; Catalogo das obras compradas á familia de Camillo Castello Branco, pela Commissão promotora da Homenagem; Supplemento ao Catalogo dos Livros comprados pela Commissão; Catalogo dos livros que o eminente escriptor vendeu em 1883; Relação dos Subscritores de Portugal e Brazil; Ao grande Mestre das Lettras Patrias; Homenagem do Seguro Nacional ao Grande Mestre das Lettras Patrias, Camillo Castello Branco;O Seguro da Casa de Camillo - A Acacia de Jorge, artigo de Severo Portella; Premio Fernando Brederode; Extracto da Acta da Commissão Executiva da Camara Municipal de Villa Nova de Famalicão, e nota final.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa apresenta desgaste no canto superior direito.
Raro.
Peça de colecção.
Indisponível

29 abril, 2018

REBELO, Luís - PADRES EXORCISTAS. Lisboa, Editorial Notícias, 1998. In-8.º (21cm) de 143, [1] p. ; [8] f. il. ; B.
1.ª edição.
Ilustrada em extratexto com fotografias a cores de exorcistas e exorcizados.
"Expulsar o Demónio do corpo de pessoas que se dizem possessas, com ladainhas em latim e água benta à mistura, continua a ser prática de alguns padres, frequentemente ao arrepio das orientações da hierarquia da Igreja Católica que, para tal, exige autorização expressa do bispo da Diocese. Trata-se, no fundo, da outra face de um país habitado por gente que diz falar com espíritos, de possessos que acreditam na força dos impropérios, de demónios que povoam as noites, de exorcistas com fama de santos, de padres que preferem a força física à oração, mas onde também, por vezes e como escreve, no prefácio, o bispo auxiliar da diocese de Lisboa, D. Januário Torgal Ferreira, «se assiste ao arrivismo de agitadores de emoções ou doutras fragilidades emocionais, como sucede em tantas instâncias no tocante à prestidigitação religiosa. São, de facto, histórias onde o real e o imaginário se cruzam em simbiose estranha, arrastando credulidades e mistérios, sonhos e medos."
(Apresentação)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar e muito curioso.
15€

28 abril, 2018

MELLO, Joaquim Lopes Carreira de - A LEGITIMIDADE OU A SOBERANIA NACIONAL EXERCENDO A SUA ACÇÃO NA CONSTITUIÇÃO DAS DYNASTIAS E FORMAÇÃO DOS GOVERNOS EM PORTUGAL DESDE A FUNDAÇÃO DA MONARCHIA ATÉ OS NOSSOS DIAS. Por... Lisboa, Typographia Universal de Thomaz Quintino Antunes, impressor da Casa Real, 1871. In-8.º (22cm) de [2], XII, 127, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Importante contributo para a história da monarquia e da legitimidade dos governantes ao longo da gesta nacional, com particular incidência para o período das Guerras Liberais. O autor utiliza a "introdução" da obra para zurzir na classe política - ministros e conselheiros de estado - que acusa de se aproveitarem da coisa pública para seu benefício.
"Não somos homem da politica militante, nem o queremos ser, mas nem por isso queremos deixar passar sem protesto nosso esses escandalos publicos, que fazem ferver o sangue aos homens de coração patriotico, e que detestam os especuladores politicos.
Concluindo esta, como synopse dos factos politicos do nosso paiz, diremos ainda, que na ordem dos mesmos factos se tem dado bastantes, com analogia intima com outros praticados no estrangeiro, donde muito mal tem sido importados, e que em presença d'elles, não ha governos e dynastias, que possam contar com uma estabilidade garantida em qualquer legitimidade, porque o que é hoje legitimo, amanhã é illegitimo. Isto não é d'agora, tem sido de todos os tempos, como vamos mostrar, com a exposição verdadeira dos factos historico-politicos, e como a soberania nacional tem exercido sempre sua acção sobre a legitimidade das dynastias e dos governos em Portugal, e d'aquelles, que tenham relação com os nossos."
(Excerto da introdução)
"O paganismo havia dado o ultimo suspiro na Hespanha, e o christianismo dominava em toda ella. Os sarracenos, auxiliados pela traição do Conde Julião, invadiram o nosso territorio, e victoriosos na batalha de Guadalete, em dois annos se assenhoream do paiz. Os povos opprimidos viam com mágoa intima a maior parte dos templos de Deus vivo transformados em mesquitas de Mafoma, dando culto á mais nefanda religião, e as meias luas ottomanas orgulhosas tremular nos castetellos dos principes christãos.
Á batalha de Guadalete sobreveio o infante D. Pelayo, da antiquissima familia dos hespanhoes cantabros. Este illustre principe se retira com as reliquias dos christãos ás montanhas das Asturias. Passado algum tempo, o principe famoso, o primeiro heroe da Hespanha do seculo VIII, projecta sacudir o jugo dos barbaros. Communica o seu intuito, e logo muitas e valerosas gentes se lhe reunem. No valle das Cangas é acclamado rei, pelo povo christão, e seu exercito, se exercito se póde chamar ás gentes de D. Pelayo. Aqui se estabeleceu uma legitimidade."
(Excerto do início do texto)
Exemplar brochado, por aparar, e por abrir, em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
20€

27 abril, 2018

MONIZ, Egas – GUERRA JUNQUEIRO : conferência. [Apresentação do Prof. Dr. Alfredo de Magalhães]. [S.l.], Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, [1949]. In-8.º (22,5cm) de 37, [3] p. ; [3] f. il. ; B.
1.ª edição.
Obra ilustrada em separado com o retrato de Guerra Junqueiro, que inclui dedicatória fac-similada a Egas Moniz, com o retrato do próprio Egas Moniz, e uma foto do aspecto do Salão de Festas do Coliseu na noite em que se realizou a conferência.
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa do Prof. Egas Moniz.
“Guerra Junqueiro que, no Porto, alcançou merecido prestígio e foi dos Grandes de Portugal: combatente audacioso e intemerato, porta-bandeira de doutrinas iconoclastas e cantor de preciosas suavidades líricas.
Recordar um poeta desta estatura, pôr em relevo uma obra que desafia séculos, é trabalho árduo e difícil para quem só episodicamente é crítico de arte, a quem faltam sólidos alicerces para poder construir obra perfeita.
Transmontano de origem, de figura decorativa, janota nos primeiros anos, desleixado depois na indumentária, foi intelectual marcante e poeta consagrado que todos veneram e apreciam. Já aos 16 anos o espicaçava a musa, dando à publicidade as suas primeiras produções «Mysticae Nuptiae» e «Vozes sem Eco».
Em Coimbra, onde cursou direito, publicou novo volume, já de melhor categoria, «Baptismo de Amor», com um prefácio de Camilo Castelo Branco. Iniciava-se o sucesso.”
(excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas manchadas; páginas algo oxidadas.
Invulgar.
Indisponível

26 abril, 2018

HASSEL, Sven - O REGIMENTO DA MORTE : romance. [Tradução de Maria Isabel Braga e Mário Braga]. Lisboa, Publicações Europa-América, 1963.
Capa de Joaquim Esteves.
1.ª edição portuguesa.
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
Acompanham o exemplar dois folhetos de propaganda: um bilhete-postal com remetente do antigo proprietário, que comunica o lançamento do livro e a presença do autor em Portugal para uma sessão de autógrafos; uma folha A4 dactilografada, reproduzida em stencil, com a apresentação pormenorizada da obra.
"Noventa por cento da presente história apoia-se em factos reais. Esta declaração de Sven Hassel a respeito do seu impressionante O Regimento da Morte sugere o que de intensamente vivido, de verdade arrancada à experiência sentida na própria carne, existe nesta obra esmagadora. [...] Na verdade, difícilmente se poderá encontrar, na bibliografia do género, um tão vibrante libelo contra a guerra. [...] De ascendência dinamarquesa e austríaca, Hassel, arrastado na engrenagem da guerra hitleriana, viu-se constrangido a servir no exército alemão e, após uma tentativa de evasão, foi enquadrado num regimento disciplinar que actuou na frente leste."
(excerto da apresentação)
Sven Hassel (1917-2012). Escritor dinamarquês. Autor de culto, assinou diversos best-sellers, sempre baseados nas suas experiências de combatente na Segunda Guerra Mundial.
O Regimento da Morte (1953) é o seu primeiro romance. Aclamado pela crítica na Europa e Estados Unidos, foi traduzido para 15 línguas. Serviu também de base para um argumento cinematográfico.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Capa desgastada, com defeitos.
Invulgar e apreciado.
25€

25 abril, 2018

TEIXEIRA, J. S. - PAUL RICOEUR E A PROBLEMÁTICA DO MAL. Separata de Didaskalia : Vol. VII (1977). [S.l.], [s.n. - Composto e impresso nas oficinas da Gráfica de Coimbra, Coimbra], [1977]. In-4.º (24cm) de 87 p. (43-129 pp) ; B.
1.ª edição independente.
"Embora com as inevitáveis dificuldades - provenientes quer da complexidade do assunto, quer do tratamento envolvente que o Autor lhe confere, quer do carácter esparso e incompleto dos escritos sobre o tema em questão -, pretende este artigo apresentar dum modo bastante fiel o pensamento de Paul Ricoeur sobre o mal, que julgamos ser pouco conhecido do público de expressão portuguesa. O tema do mal, que se centra sobretudo nos dois volumes da «Filosofia da Vontade», de título genérico «Finitude et Culpabilité», é um tem privilegiado pera nele e a partir dele se tentar compreender e articular o projecto ainda não acabado de Riscoeur. Depois de algumas questões necessárias de carácter geral e metodológico, analisaremos em primeiro lugar o problema da falibilidade antropológica (a «porta» por onde o «mal entra no mundo») e, em segundo lugar, as questões suscitadas pelos símbolos e mitos do mal («lugar» da sua revelação enigmática). Aparecerão aqui e ali alguns acenos à esperança, à «saída do mal do mundo», aos contra-símbolos e anti-tipos do mal, problema este que, sem totalmente se poder desligar da Simbólica - e portanto da Empírica -, é remetido mais precisamente para uma Poética da Vontade."
(Preâmbulo)
Paul Ricœur (1913-2005). “Foi um dos grandes filósofos e pensadores franceses do período que se seguiu à Segunda Guerra Mundial. As suas obras mais importantes são: A filosofia da vontade (primeira parte: O voluntário e o involuntário, 1950; segunda parte: Finitude e culpa, 1960, em dois volumes: O homem falível e A simbólica do mal). O conflito das interpretações (1969); A metáfora viva (1975). Ricœur vê que o homem concreto é vontade falível e, portanto, capaz do mal. A antropologia de Ricœur delineia um homem frágil, "desproporcionado", sempre à beira do abismo entre o bem e o mal. A problemática da simbólica do mal leva Ricœur ao tema da linguagem, ou melhor, ao projeto da construção de uma grande filosofia da linguagem - projeto que assenta num trabalho sobre Freud: Da interpretação. Ensaio sobre Freud (1965)."
(Fonte: wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
A BNP possui apenas um exemplar.
10€

24 abril, 2018

GRANDE PRÉMIO DE PORTUGAL. Categoria corrida (Fórmula 1) - CAMPEONATO DO MUNDO DE CONDUTORES : 22-23 Agosto [de 1959]. PROGRAMA. Preço 5.00. Organização do Automóvel Club de Portugal. [S.l.], [s.n.], [1959]. In-4.º (23 cm) de 45, [4] p. ; mto il. ; B.
1.ª edição.
Programa do II Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1, o 1.º realizado em Lisboa, no Circuito de Monsanto, que não mais seria utilizado. A prova viria a ser ganha por Stirling Moss. O I Grande Prémio de Portugal foi realizado no Porto, um ano antes, em 1958, no circuito da Boavista, igualmente com vitória de Moss.
Livro  muito ilustrado com publicidade automobilística, e com uma vista aérea do Circuito de Monsanto (foto em 2 páginas).
"O Circuito de Monsanto era um circuito automóvel urbano com 5,440 km de extensão, localizado no Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa, Portugal. Tinha início na estrada de Queluz, passava pela auto-estrada do Estádio Nacional (actual A5), estrada do Alvito, estrada de Montes Claros (Alameda Keil do Amaral), estrada do Penedo e terminava na estrada dos Marcos. Anos disputados 3 - 1954; 1957; 1959 (1 oficial - 1959)"
(Fonte: Wikipédia)
"No magnífico Circuito de Monsanto - um dos mais belos no dizer dos corredores estrangeiros que nos têm visitado - Lisboa vai assistir, pela primeira vez, a uma corrida da Fórmula 1, que conta para o Campeonato Mundial de Condutores, e na qual tomarão parte os mais famosos volantes da actualidade. Grande acontecimento desportivo, de repercussão mundial - é organizado pelo Automóvel Club de Portugal que desde há muito vem realizando regularmente, em Lisboa, e no Porto, provas automobilísticas de excepcional interesse, e que proporcionam ao público do país o ensejo de ver em acção os mais categorizados volantes mundiais."
(Excerto da apresentação, Antes do sinal da partida...)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Em falta o quadro com a lista dos pilotos de F1 inscritos.
Raro.
Com interesse histórico para o automobilismo de competição nacional.
Peça de colecção.
Indisponível

23 abril, 2018

PINA, José Pereira de - A RAIVA NO HOMEM. (Tése de Doutoramento). Coimbra, Tipografia Bizarro, 1925. In-8.º (22,5cm) de 47, [1] p. ; B.
1.ª edição.
"O número de doentes que tem recebido tratamento anti-rábico em Lisboa e no Pôrto, tem aumentado por uma forma tão assustadora, que os jornais se enchem de clamores diários pedindo providências.
Em 1912 são tratadas em Lisboa 1:664 pessoas. Em 1919 o número elevou-se a 3:879.
No Pôrto em 1912, 432 pessoas sofrem tratamento; em 1924, 2:009. [...]
Tão abundante número de casos de agressão por animais raivosos leva-nos a crer que na vida prática deparemos com indivíduos que, não tratados a tempo, sejam atacados de raiva, e por isso pensamos de utilidade divulgar a sua sintomatologia e seu diagnóstico."
(Excerto da introdução)
Matérias:
I . Sintomatologia da raiva no homem. - Período prodómico. - Período de excitação. a) Hidrofobia; b) Fotofobia e hiperacusía; c) Aerofobia; d) Espasmos; e) Tremores; f) Fúria; g) Modificações da temperatura; h) Modificações nas excreções; i) Modificações na inteligência; j) Período paralítico. - Evolução e duração da doença. - Raiva de forma paralítica. - Raiva de forma tranquila. - Acidentes devidos ao tratamento. - Raiva de laboratório. II. Diagnóstico da raiva no homem. 1) Hidrofobias não rábicas; 2) Delirium tremens; 3) Doença de Landry; 4) Mielites agudas; Acidentes sobrevindo em seguida ao tratamento anti-rábico.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa apresenta mancha de humidade ao longo da lombada e pequeno rasgão sem perda de papel.
Raro e muito curioso.
A BNP dispõe de apenas um exemplar no seu acervo.
15€

22 abril, 2018

CERQUEIRA, Antonio Augusto – O ACASO NO DIREITO PORTUGUÊS. Memoria lida, em 23 de fevereiro de 1916, na conferencia inaugural do anno de 1915-1916 da Associação dos Advogados de Lisboa. Pelo advogado… Lisboa, Typographia Universal, 1916. In-4.º (23cm) de 64 p. ; B.
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
“O que é o acaso?
Os antigos distinguiam os phenomenos que parecem obedecer a leis harmoniosas, estabelecidas de uma vez para sempre, e os que attribuiam ao acaso; estes eram os que não podiam prevêr-se, pelo facto de serem rebeldes a todas as leis.
Nesta concepção, a palavra acaso tinha um sentido preciso, objectivo: o que era acaso para um era acaso para outro e até para os deuses.
Diverso é o modo de pensar actual, a semelhante respeito.
Todo o phenomeno, por mais insignificante que seja, tem uma causa; e um espirito infinitamente bem informado das leis da natureza teria podido prevê-lo desde o começo dos seculos. […]
Para o fim modesto que me proponho – consignar as relações do acaso com o direito português – não é, porém, indispensavel tentar penetrar na essencia dessa entidade, nem embrenhar-me em profundas considerações philosophicas a tal respeito.
Os diccionaristas definem tambem o acaso como «acontecimento de que se não sabe a causa» e dão-no como equivalente dos termos acidente ou caso fortuito, azar, sorte e fortuna (no sentido da eventualidade).
Basta esta sinonymia para que, quem tenha alguns conhecimentos da legislação portuguesa, veja as differentes e intimas relações que prendem o acaso ao direito português.”
(Excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro e muito curioso.
Indisponível

20 abril, 2018

DIAS, Joaquim Prata - O JOGO DA GUERRA NA ALLEMANHA. Conferencia por... Capitão de infanteria da Rainha. Lisboa, Typ. da Cooperativa Militar, 1910. In-4.º (23cm) de 24 p. ; B.
1.ª edição.
"O producto d'esta edição reverte em beneficio da Associação Philantropica dos Alumnos do Real Collegio Militar."
Curiosíssimo opúsculo. Conferência sobre o «Jogo da Guerra», jogo de estratégia militar para instrução da oficialidade, inventado na segunda década do século XIX por um oficial prussiano.
"O jogo da guerra é uma manobra de acção dupla realisada sobre a carta e que tem por fim, figurando-se o melhor possivel as tropas de dois partidos, collocar os officiaes em condições de terem de resolver de prompto os problemas communs que se apresentam na guerra, ignorando os projectos do aniversario.
Terminada a guerra da independencia, designação dada na Allemanha ás suas campanhas de 1813, o exercito d'aquella nação reconhecera a necessidade de olhar attentamente para a questão da instrucção militar. Foi n'essa epoca que o tenente prussiano von Reisswitz implantou o jogo da guerra, como maior succêsso.
Depois de um largo periodo de annos, em que se conservou com as suas primitivas regras minuciosas e complicadas, coarctada a liberdade de acção dos chefes dos partidos, e a sorte d'estes, em grande parte, entregues ao acaso, foi o jogo profundamente modificado em 1873-75 por Meckel, professor da Escola militar do Hannover, e em 1876 por Verdy du Vernois, o eminente general auctor dos Estudos de Guerra e de tantas outras obras militares, hoje classicas.
O jogo da guerra, preconisado tambem no nosso regulamento de campanha, está hoje implantado em differentes exercitos, que o consideram uma verdadeira escola de applicação e não um simples brinquedo theorico, como em França, n'outro tempo, pretenderam ridiculamente classifical-o.
Na Allemanha constitue a parte essencial do programma de instrucção do periodo de inverno, para os officiaes de todas as armas."
(Excerto da conferência)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas manchadas.
Raro.
Com interesse histórico e militar.
Sem registo na BNP.
Peça de colecção.
20€

19 abril, 2018

GUERRE, M.ᵐᵉ Alice - MÉTHODO DE CORTE : ou a maneira de qualquer senhora fazer, por suas mãos, todo o seu vestuário. A modista de si mesma. Por... (Professora de corte em Paris). Lisboa, Emprêsa Literária Universal, [191-]. In-8.º (19cm) de 394, [6] p. ; [2] f. desd. ; mto il. ; E.
1.ª edição.
"O meu systema de corte serve para todas as modas desde a saia de balão até à dos nossos dias".
Curioso manual "faça você mesmo" do princípio do século XX dedicado ao corte e costura.
Livro muito ilustrado com desenhos de moldes e bonitas estampas de modelos femininos no texto (algumas delas em página inteira), e duas folhas desdobráveis.
"Durante muitos anos o estudo do córte foi pouquíssimo conhecido, e foi o apanágio sòmente de algumas pessoas da arte, alfaiates ou costureiras, que se guardaram de revelar o que sabiam, e que tinham adquirido, pela máxima parte, de professores modestos, alfaiates ou costureiras também.
Sob o domínio de necessidades sempre crescentes, graças sobretudo aos hábitos de bem estar e de luxo que se estenderam a todas as classes da sociedade, a arte de bem vestir generalisou-se a pouco e pouco, e tornou-se como um elemento indispensavel da vida moderna. [...]
O methodo que hoje offereço ao publico é o que ensino há mais de quinze annos, e é o resultado da indagações, estudos e observações constantes, laboriosas e pacientes. Elle abraça não só o estudo das conformações, sob o ponto de vista anatomico, coisa absolutamente indispensavel, e de alguma forma a base de todo o ensino, o córte e o conjuncto de todas as partes do corpo, mas ainda a confecção para senhoras, trajos para creanças, e roupas, brancas para estas e para senhoras, etc. Numerosas gravuras, intercalladas no texto, e fora do texto, veem a facilitar a demonstração dos respectivos cortes, e para tornar estas demonstrações mais acessiveis a intelligencias novas e para a maior parte pouco familiarisadas em assumptos de costura."
(Excerto do prefácio)
Encadernação editorial revestida a tecido com letras e desenhos gravados a seco e a negro nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação. Faltam 8 páginas que correspondem, respectivamente ao prefácio do tradutor, e à nota de abertura dos editores.
Raro.
Sem registo na BNP.
Indisponível

18 abril, 2018

CASTELLO BRANCO, Camillo - A DIFFAMAÇÃO DOS LIVREIROS SUCCESSORES DE ERNESTO CHARDRON. Porto, Imprensa Civilisação, 1886. In-8.º (22cm) de 32 p. ; E.
1.ª edição.
O producto liquido d'este opusculo é applicado a auxiliar as despezas do anno lectivo de um estudante pobre que frequenta a Universidade de Coimbra.
Livrinho publicado por Camilo, na sequência da polémica apreensão na tipografia da sua obra Boémia do espírito, por intervenção judicial da casa livreira Lugan & Genelioux.
"O aggravo que o snr. Eduardo da Costa Santos, editor e proprietario da Bohemia do espirito, levou para a 2.ª instancia está pendente da deliberação dos juizes.
Recusei-me algum tempo a escrever sobre semelhante assumpto, receando que a minha defeza fosse interpretada como pretensão estolida de explicar aos juizes a injustiça da apprehensão da obra impressa. Se eu me defendesse com tal intento, duvidaria da intelligencia dos magistrados e da solicitude do illustre advogado do snr. Costa Santos.
Resolvi, porém, escrever logo que li os articulados dos snrs. Lugan & Genelioux para a «acção ordinaria». Ahi sou injuriado, affrontado e calumniado com quanta audacia póde impulsionar a infamia. As aleivoseias são ahi formuladas n'um tom decisivo, sem ambiguidades, sem precauçoens, nem subtergugios; mas o aviltamento de quem as suggeriu e redigiu está na documentada e irrefutavel verdade com que as repulso. Os snrs. Lugan & Genelioux confiaram tão pouco na sua justiça que recorreram á detracção insultuosa, assacando-me antigas fraudes comerciaes com os meus editores para tornarem verosimeis as modernas.
Sordido expediente!"
(Advertencia)
Belíssima encadernação inteira de pele com ferragem gravada a seco e a ouro na pasta anterior. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Sem registo na BNP.
Peça de colecção.
65€

17 abril, 2018

LOPES-VIEIRA, Affonso - CONTO DO NATAL. Lisboa, Livraria Editora Viuva Tavares Cardoso, 1905. In-8.º (20cm) de [2], 21, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Apreciado conto poético do autor, de uma beleza singela. Impresso em papel de linho.

"Vinha um mendigo triste de longada,
Naquella noite, por aquella estrada.

Era um ser de derrota e de cansaço,
Tateando com seu incerto passo

Pela noite tristissima e sombria
Que nem estrela palida alumia.

Arrimado ao cajado, o velho antigo
Veste farrapos tristes de mmendigo:

As suas calças, curtas e franjadas,
Foram de certo já despedaçadas

Pelos dentes dos cães que vão, raivosos,
Perseguindo os pedintes lastimosos.

Os compridos cabelos prateados,
Caem-lhe pelos hombros derreados;

E folhas sêcas de arvores lá vão
Nesta cabeça que dormiu no chão.

Fica perto a Cidade que procura
Esta andante e tremente criatura;

E, como usa a gente desgraçada,
Este mendigo pedirá poisada."

(Excerto do poema)

Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação. Contracapa apresenta ténues vestígios de traça.
Invulgar.
Indisponível

15 abril, 2018

CASTEL-BRANCO, João Bentes - ENSAIOS SOBRE O ESTUDO DA CRISE AGRICOLA E INVESTIGAÇÃO DAS SUAS CAUSAS. Por... Bacharel em Philosophia e Medicina, proprietario rural no concelho de Lagôa. Porto, Typographia da Empreza Litteraria e Typographica, 1889. In-8.º (21cm) de 343, [1] p. ; E.
1.ª edição.
Importante subsídio para o estudo da crise agrícola que assolou o país no final do século XIX, e as consequências sociais daí resultantes.
"Do norte ao sul do paiz se ouvem queixar os lavradores da diminuição no valor dos generos agricolas, do augmento no preços dos salarios e dos encargos tributarios.
Nos ultimos vinte annos, temos assistido ao flagello dos campos, pelo desenvolvimento do oidium, pela morte de valiosos pomares de laranjas e soutos de castanheiros, pelas seccas e inundações, pelo progressivo desenvolvimento da phyloxera, etc.
Presenciamos a depreciação gradual dos principaes generos agricolas, taes como: trigo, azeite, gado, figo e uva, até metade e menos do seu valor; presentemente, estamos ameaçados, não só d'uma baixa mais sensivel dos mesmos generos, mas ainda nos que, até aqui, teem florescido. [...]
Sentindo o que nos vae por caza, desejando do coração o progresso do ppaiz e da classe em que nascemos, onde apesar de tudo nos conservaremos, resolvemos saltar por cima das conveniencias e dizer quanto sentimos sobre a crise e os seus remedios, tal como se nos afigura, dôa a quem doer, sem intuito, mas tambem sem receio de offender ninguem."
(Excerto da Introducção)
Índice:
Introducção. PRIMEIRA PARTE. Investigação da crise agricola: I - Selecção regressiva nas provincias. II - Producção e remuneração do trabalho na provincia. III - Estado das classes sociais. IV - Situação dos agricultores na sociedade. V - Situação actual da agricultura em relação a um periodo anterior. SEGUNDA PARTE. Causas da crise: VI - Leis da producção da terra. VII - Leis da producção humana. VIII - Alguns pontos de economia social. IX - Economia agricola. X - Influencia da vida agricola sobre o homem. XI - Consequencias sociaes. XII - Synthese.
João Bentes Castel-Branco (Lagoa, 21 de Setembro 1850 - 15 de Julho de 1940). “Foi um médico e escritor algarvio. Formou-se em filosofia e medicina e exerceu clínica em várias terras do Algarve. Estudou diversos métodos de cura, entre os quais os de Sebastian Kneipp (que estudou com o próprio). Em 1890 foi nomeado guarda-mor de Saúde em Lisboa, funções que desempenhou até 1918. Foi director do estabelecimento termal e concessionário das Caldas de Monchique, desde 1895 até 1920. Foi um fervoroso adepto do vegetarianismo e dos métodos de cura pela natureza. Escreveu diversos livros e colaborou em revistas como «O Vegetariano e A Saúde» e participou em vários congressos em Portugal e no estrangeiro. Também colaborou na «Revista de Turismo» iniciada em 1916. Obras: Estabelecimento thermal de Monchique (1885); Ensaios sobre o estudo da crise agricola e investigação das suas causas‎ (1889); O ideal portuguez (1890); Guia do colono para a Africa portugueza‎ (1891); A Cultura da Vida: Emprego dos Agentes Físicos em Medicina, Sociedade Vegetariana Editora, (1912)."
(Fonte: Wikipédia)
Encadernação cartonada com a lombada revestida de tecido. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Pastas com sinais de uso.
Raro.
Indisponível

13 abril, 2018

PAIVA, Prof. Almeida - O MITRAÍSMO : notas historicas e criticas sobre o Deus persa e o Deus judeu. Prefaciado pelo Ex.ᵐᵒ Sr. Dr. Teófilo Braga. Lisboa, José dos Santos, 1916. In-8.º (19cm) de 174, [2] p. ; E.
1.ª edição.
Estudo sobre o Mitraísmo - antiga religião de mistérios desenvolvida por volta do século II a.C. na região do Mediterrâneo Oriental -, a sua rivalidade com o Cristianismo e a influência que exerceu sobre este.
Livro valorizado pela dedicatória autógrafa do autor ao Prof. José Rebelo de Melo Cabral.
"Comprehenderá o publico a importancia e opportunidade de um estudo historico sobre este phenomeno tão remoto, que se passou ha millenios na consciencia humana? Este phenomeno ainda hoje se reflecte no mundo moderno e na civilisação europêa assimilado e syncretisado no Christianismo. Ambas essas religiões resultaram de uma granda epoca da cultura humana, que procurou estabelecer o sentido moral dos mytos religiosos liberto do sentido physico do Naturalismo védico e avéstico, elevando-se á expressão universalista da concepção divina.
O Mithraismo surgiu seculos antes do Christianismo, desenvolvendo-se em seitas philosophicas e e associações asceticas, popularisou-se no Occidente degenerando do seu espirito para o sentido physico dos symbolos, das imagens, das cerimonias impostas pela exterioridade cultural. O Christianismo, vindo mais tarde, por meio das vencidos e escravos das guerras romanas, começou logo pela materialisação das ideias religiosas do Mediador e da Encarnação, revocando a mente vlgar á subordinação dos Symbolos e dos Mythos já decahidos das Religiões polytheicas. Por esta regressão a uma inferioridade racional, incrustou-se nos meios culturaes mythracistas, a que se deveu o exito da sua propaganda.
Os Padres da Egreja, não podendo occultar as semelhanças entre o Mithraismo e o Christianismo e apagando a successão historica, proclamavam como um embuste do Diabo essas semelhanças ou contrafacções do Christianismo."
(Excerto do prefácio, O problema christologico)
Encadernação em sintético com ferragem gravada a ouro na lombada. Conserva a capa de brochura frontal.
Exemplar em bom estado de conservação. Sem f. anterrosto.
Invulgar.
Com interesse histórico e religioso.
Indisponível

12 abril, 2018

ESTATUTOS DO CLUB PORTUGUEZ. Lisboa, Typographia da Viuva de Vicente da Silva, 1898. In-8.º (17cm) de 31, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Pouco informação existe sobre este há muito desaparecido clube lisboeta. Com a devida venia a José Leite pelo excelente post publicado em 26.08.13 no blog «Restos de Colecção», deixo um excerto do mesmo.
"O aparecimento de clubes e academias de amadores música inicia-se na década de 1830, com a fundação do Club Lisbonense (1834), da Assembleia Lisbonense (1836), da Academia Filarmónica (1838) e da Assembleia Filarmónica (1839), registando-se a sua proliferação nas décadas seguintes e apogeu nos meados do século XIX.
O Club Portuguez tem a sua origem numa quezília entre sócios da Academia Philarmonica Lusitana, fundada em 1848.
Reza a história que um dos sócios - Cândido Maia - fazia-se sempre acompanhar do seu cão nas visitas à Academia. Certo dia, o cão deverá ter feito algo que não devia e, os sócios zangados, quiseram proibir a entrada a cães. Como o dono do cão não concordou, esses sócios decidiram sair e formar o Club Portuguez, por volta de 1860, tendo-se instalado na Travessa de Santa Justa. [...]
Feitas as pazes entre a Academia e o Club, em 1871, estes fundiram-se tendo prevalecido o nome Club Portuguez. Pouco depois o clube mudava a sua sede para o Palácio Barcelinhos, na Rua Nova do Almada, onde esteve 24 anos. O palácio viria a ser ocupado pelos Grandes Armazéns do Chiado, em 1896. [...]
O Club Portuguez encerraria as portas durante os anos 20 do século XX, já no n.º 26 - 1.º andar, da Avenida da Liberdade, as suas últimas instalações."
(Fonte: http://restosdecoleccao.blogspot.pt/2013/08/club-portuguez.html)
"O Club Portuguez é a reunião de numero indeterminado de individuos de boa reputação, que tenham meios de viver e de apresentar-se decentemente na sociedade, admittidos pela fórma prescripta n'estes estatutos."
(Capitulo I, Artigo 1.º)
Exemplar em bom estado de conservação. Capa apresenta pequeno rasgão no canto inferior esq,, sem perda de papel.
Raro.
10€

10 abril, 2018

O ACORDO ORTOGRÁFICO LUSO-BRASILEIRO de 10 de Agosto de 1945. Com um Índice organizado por Sebastião Pestana e um Pequeno Vocabulário Extraído das 51 Bases. «Não se consentem grafias duplas ou facultativas. Cada palavra de língua portuguesa terá uma grafia única». - PELA UNIDADE DA LÍNGUA PORTUGUESA. Lisboa, Edição da Revista «Ocidente», 1945. In-4.º (25,5 cm) de 57, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Relatório da Conferência Interacadémica de Lisboa. Importante subsídio para a história dos acordos ortográficos entre Portugal e Brasil, questão momentosa e fracturante, sujeita a diferentes análises e interpretações dos mais diversos quadrantes políticos e culturais dos dois países.
Contém o Decreto n.º 35.228 (5 artigos) de 8 de Dezembro de 1945, que aprova o acordo de 10 de Agosto de 1945, resultante do trabalho da Conferência Interacadémica de Lisboa, para a unidade ortográfica da língua portuguesa, subscrito por António Óscar de Fragoso Carmona, António de Oliveira Salazar e José Caeiro da Mata.
"Em cumprimento do que ficou resolvido em 6 de Agosto do corrente, na nona sessão conjunta das duas delegações à Conferência Interacadémica de Lisboa, a comissão de redacção, abaixo assinada, apresenta o seu relatório, em que se define a orientação a que obedeceram os trabalhos e se resumem as conclusões unânimemente aprovadas pelas duas delegações, a fim de se eliminarem, as divergências verificadas entre os vocabulários das respectivas Academias, resultantes do Acordo de 30 de Abril de 1931 e publicados em 1940 e 1943."
(Documento n.º 1)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Ténues vestígios de humidade no pé do livro, visível pelo "ondulado" de algumas da suas folhas.
Invulgar.
Com interesse histórico.
15€

09 abril, 2018

GUIMARÃES, Delfim de - PRÓ-MONUMENTO. Aos Mortos da Grande Guerra de Infantaria 20. Gaia, [Edição do Autor] - Tipografia Castro Silva, 1936. In-8.º (20cm) de 37, [11] p. ; B.
1.ª edição.
Capa do pintor António Piedade.
Obra poética sobre a Grande Guerra. Impressa em papel de superior qualidade.
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
"Fala o coração de Manuel de Guimarães pelo meu coração:
«A todos os que combateram - mortos ou vivos - e sofreram o horrível inferno das trincheiras e, ainda, aos que no cativeiro morreram ou passaram as horas mais cruciantes para a sua alma de portugueses».
Manuel de Guimarães"

"Naquele raid, a ferro e fogo, a luta
Semelha o crepitar de mil geenas!
Por sôbre o 20 cai a força-bruta
Inundando de espuma e sangue as cênas!

O 20 não recua! Audaz, disputa
A trincha, palmo a palmo! Um brado, apenas,
Um grito de comando, em ânsia escuta,
E a luta de leões é contra hienas!

Há mortos! E o sangue espdaneja
 Nas pontas das baionetas! A peleja
É incitada, agora, por feridos:

- Soldados, para a frente, não temais!
E num arranco heróico os alemãis
São pelos portuguezes repelidos!"

(12 de Março de 1918)

Poesias: - 9 de Abril de 1918. - Mortos da Grande Guerra. - A Ronda dos Espectros. - Mortos da Grande Guerra! - Mortos da Grande Guerra. - 12 de Março de 1918. - A Cruz dos Serranos.
A Grande Guerra : 1914-1918: - Verdun. - Aos homens de Portugal. - Às Mãis Portuguezas. - Para os serranos das trincheiras. - Quem parte leva saüdades. - Bemdita dor. - A paixão dum cego. - O Soldado Desconhecido.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Peça de colecção.
A BNP dispõe de apenas um exemplar.
Indisponível