05 agosto, 2017

PALMA, Coronel Velho da - ALOCUÇÃO. Dirigida pelo professor... Aos alunos da Casa Pia de Lisboa pelo Aniversário do Armisticio da Grande Guerra : II=XI=930. Lisboa, Papelaria Assis, 1931. In-8.º (22cm) de 23, [1] p.
1.ª edição.
Prelecção do autor, combatente na Grande Guerra, aos alunos da Casa Pia por ocasião do aniversário da suspensão das hostilidades. Trata-se de um breve resumo da conflagração, desde os preliminares até à entrada de Portugal na guerra (amplamente justificada para conservação das colónias africanas, de acordo com o autor), bem como as lições a retirar dos conflitos bélicos. No final reproduz um artigo do jornal inglês "Spectator", datado de 2 de Junho de 1913, que sugere a repartição das colónias portuguesas, sobretudo pela Alemanha, seguido pela carta-resposta de Velho da Costa, contestando o argumentário do jornal, acusando-o de campanha sistemática contra Portugal.
"Entretanto a Alemanha atacava-nos na Africa: em Mazina, Kuanggar e Naulila, sem provocação alguma da nossa parte.
Desta maneira a intervenção de Portugal na guerra tinha de ser um facto e todo o paiz reconhecia e sentia essa necessidade.
Por estas razões, nos principios de 1917 partiram para França os primeiros contingentes das nossas tropas que mais tarde se cobriram de gloria na resistencia oposta a esse formidavel ataque alemão no dia 9 de Abril de 1918..." [...]
Imaginai vós, milhares de canhões a vomitarem incessantemente metralha sobre as trincheiras e sobre toda a area do sector ocupado pelos nossos valorosos soldados e juntai-lhe ainda o ensurdecedor troar dos canhões, as crepitações mortiferas das metralhadoras activamente manejadas pelas tropas atacantes, as lugubres e formidaveis detonações dos morteiros, das granadas de mão, de milhares de granadas de gazes toxicos e asfixiantes tornando a atmosfera irrespiravel e mortifera e tudo isto realisado sob um denso nevoeiro que nada deixava distinguir a pouca distancia."
(excerto da Alocução)
Exemplar em bom estado geral de conservação. Sem capas. Mancha de humidade antiga, à cabeça, transversal toda a obra. Pelo simbolismo, interesse e raridade a justificar encadernar.
Raro.
Indisponível

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