02 agosto, 2017

VASCONCELLOS, A. Osorio de – BATALHAS DOS PORTUGUEZES. [Por]... Tenente de engenheiros. Lisboa, Editores C. S. Afra & Comp.ͣ , 1873. In-8.º (18,5cm) de 244, [4] p. ; E.
1.ª edição.
Conjunto de narrativas sobre os mais importantes combates travados pelos portugueses ao longo da sua história pátria.

“Este livro não é tão sómente uma commemoração de feitos heroicos, é um estimulo e um incentivo.
São os epitaphios para as nações mortas. Os povos que tem condições de força e vida possuem na sua historia um pantheon, que cada vez se vae enriquecendo mais e mais. Não assim as nações extinctas. Para essas é a historia um mausoleu. [...]
Outro e mui diverso é, pois, o fim d'este livrinho. E não se admirem os leitores se dizemos que estas magras paginas tem um fim e dos mais philosophicos e dos mais logicos e sobre tudo dos mais conscientes.
Mostrar, pelo grande facto social - a guerra - como se formou e robusteceu esta nacionalidade; como venceu os perigos enormes, que lhe hão cortado a longa existencia; como sempre reagiu contra a conquista e a absorpção; como, atravez do todos os baldões, soube cumprir, muitas vezes com gloria, sempre com dignidade, a sua missão;  como alcançou manter a independencia e a liberdade durante sete secilos, saindo incolume de revoluções enormes que mudaram a face da Europa."
(excerto do prólogo)
"Corria o anno de 1128.

Do castro forte de Guimarães saia a hoste guerreira de D. Tareja, com as bandeiras desfraldadas ao vento em som de guerra.
As armaduras brilhantes reluziam ao sol, e o balsão do conde de Trava tremulava na dianteira.
Todo o castello parecia estar prenhe de guerreiros, tantos eram os que saiam da alcácova, e atravessavam a cárcova que circumdava o enorme vulto do castro.

Os homens d'armas cobriam o teso desde as muralhas torreadas e barbacans até ao humilde burgo, que se encolhia e agachava á sombra projectada pela sombra pela torre alvarrã ou de menagem.
O que iam fazer tantos cavalleiros com os seus peões e homens d'armas?
Qual a rasão por que, entre as bandeiras, que se desfraldavam galhardas, não se divisava quasi nenhum pendão portuguez?
É que aquella hoste guerreira, em cuja frente campeava o conde de Trava, ia combater os fidalgos e peões portuguezes, que queriam ser portuguezes, vassallos d'um principe portuguez e fruir todas as liberdades e fôros de portuguezes."
(excerto de A Batalha de S. Mamede)
Índice:

Prologo. A Batalha de S. Mamede; A Batalha das Navas de Tolosa; Batalha do Salado; Combate dos Atoleiros; Combate de Trancoso; Aljubarrota; Combate de Valverde; Ceuta; Arzilla e Tanger; A Batalha de Toro; O Descobrimento da India; Duarte Pacheco; D. Francisco d’Almeida; Affonso de Albuquerque.
Alberto Osório de Vasconcelos (1842 - 1881). Oficial do exército. Maçon. Ajudante de campo de Sá da Bandeira. "Estudou na Escola Politécnica de Lisboa e, desde 1861, seguiu a carreira militar como oficial da arma de engenharia. Acompanhou Elias Garcia na fundação e na redacção de A Democracia. Colaborou na Gazeta de Portugal, Revolução de Setembro, Jornal do Comércio, Revista Contemporânea, Arquivo Pitoresco, entre outras. A partir de 1870 abandonou o jornalismo para se dedicar à política como deputado. Publicou ainda vários livros dedicados a escritores da época e de outra índole."

(fonte: abaciente.wordpress.com)
Encadernação recente, inteira de pele, com nervuras e ferros gravados a ouro na lombada, e cercadura dourada nas pastas. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Carimbo de biblioteca e assinatura de posse na f. anterrosto.
Raro.

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