1.ª edição.
Compilação de discursos produzidos por Eduardo de Almeida, insigne figura vimaranense, em diversas ocasiões do seu percurso político.
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
"Para que alguem não suponha malévolamente que, afastado e aborrecido da política, me intrometo na furia nacionalissima da desencandela, á cajadada de escacha - não lance ponto sem a seguir duma outra sôbre o livro, não quero se tome por estultícia de vaidade pecaminosa o que mais não é que fraca acedência a instância amigas e até mesmo, sôb restricto aspecto, escrupulo de consciência em demonstrar quais as ideias que apregoei e palavras que disse quando, em má hora, intendi do meu dever contribuir para o regime pelo qual havia lutado, justificando assim o retraimento e tristeza com que assisto aos desgraçados dias que passam."
(excerto do preâmbulo)
Eduardo Manuel de Almeida Júnior (1884-1958). “Nasceu em
Guimarães, no dia 3 de Fevereiro de 1884. Estudou no Colégio de S. Dâmaso
(actual Convento da Costa) e licenciou-se em Direito pela Universidade de
Coimbra. Eduardo de Almeida foi sempre um inconformado, o que o levou a
escrever, ainda em Coimbra e em parceria com Alfredo Pimenta, um polémico
folheto intitulado “Burgo Podre” (1902). Por esta altura, Eduardo de Almeida
era já um republicano convicto. Foi-o sempre. Depois de regressar a Guimarães,
veio a revelar-se um causídico extremamente competente. Um dos casos mais
famosos que defendeu, e venceu, foi o de Antónia de Macedo. “Tiça” (como era
mais popularmente conhecida) era acusada de triplo infanticídio, mas a
brilhante defesa de Eduardo de Almeida foi tão eloquente que acabou por ser
absolvida de todos os crimes de que era acusada. Em 1909 foi para o Porto, onde
abriu um escritório de advocacia com Alfredo Pimenta. Com a instauração da
República, regressou a Guimarães, onde veio a ser o primeiro Administrador do
Concelho, do novo regime. Foi Deputado por Guimarães e, mais tarde, Chefe de Gabinete do Ministro das Finanças do Governo de Bernardino Machado. Após se ter retirado da política activa, em 1915, foi redactor-principal do jornal O Republicano e Director d’O Povo de Guimarães (1931). Eduardo de Almeida foi também um escritor, tendo sido autor de algumas obras de ficção (entre elas, “A Lama”, em 1905). Colaborou com várias publicações periódicas e escreveu o seu primeiro artigo na Revista de Guimarães, em 1906. Dedicou-se aos estudos jurídicos e sociológicos. Fez investigação histórica, e publicou uma notável série de estudos dedicados à história de Guimarães. Eduardo de Almeida morreu em 1958, estando sepultado no cemitério da Atouguia, ao lado de dois outros grandes escritores portugueses – Carlos Malheiro Dias e Raul Brandão.”(RINADA, Fernão in miguelsalazar.blogs.sapo.pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Selo de biblioteca na parte inferior da lombada.
Carimbo de biblioteca nas cinco primeiras páginas, incluindo f. rosto e anterrosto.
Raro.
20€
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