1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
"Não é um documento oficial o que agora se publica. Embora provenha de um membro do Governo, não foi proferido no desempenho de funções oficiais, mas apresentado a um congresso, como comunicação de natureza particular. Trata-se porém de um depoimento de extraordinário valor sob muitos aspectos. Toda a problemática da educação popular é aí passada em revista, com um vigor e originalidade notáveis. A justificação moral do direito à cultura, a evolução das condições económico-sociais que estão na base da acção educativa, a enunciação de «novos objectivos, de uma amplidão imprevista», que importa realizar, a definição rigorosa dos novos conceitos que, mercê das novas realidades, surgiram neste domínio das actividades, um conceito exacto e rico de aspectos do que constitui a cultura popular, e as directrizes que devem orientar a acção estadual a desencadear nesse sentido - são desenvolvidos ao londo das páginas que se vão ler com uma profundeza crítica que fazem deste depoimento um texto de valor fundamental para a compreensão e valorização da obra de renovação educativa em curso."
(excerto da nota explicativa)
Baltazar Rebelo de Sousa (1921-2002). Médico, professor e
político português. “Foi uma das figuras mais destacadas do Estado Novo,
assumindo-se como um reformista do regime fundado por Oliveira Salazar. Governador
de Moçambique entre 1968 e 1970, impulsionou a "africanização" do
regime na ex-colónia portuguesa, evidenciando uma visão estratégica que viria
mais tarde a ser elogiada pela própria Frelimo. Regressado a Portugal, acumula
os Ministérios das Corporações e Assistência Social e da Saúde e Assistência,
seguindo uma política de alargamento da rede de cuidados médicos e melhoria das
estruturas hospitalares. Um conjunto de medidas que o situaram na
"esquerda" do regime. Em 1973, Marcelo Caetano, incontornável
referência no percurso político de Baltazar Rebelo de Sousa, nomeia-o ministro
do Ultramar, cargo que desempenhava aquando do 25 de Abril de 1974. Após a
"Revolução dos Cravos" exilou-se no Brasil em Junho de 1974, onde
permaneceu durante 17 anos. Foi igualmente comissário da Mocidade Portuguesa e
deputado em várias legislaturas do antigo regime. Por escolha de Caetano,
assume a vice-presidência da Acção Nacional Popular, o partido único no final
do regime. Antes da vida política já este médico, natural de Lisboa e
licenciado em Medicina e Cirurgia, havia desenvolvido um vasto currículo. Especialista
em Medicina Sanitária e Tropical, destaca-se a sua actividade como professor do
Instituto do Serviço Social de Lisboa, inspector-médico dos serviços
Médico-Sociais e membro da direcção da Associação do Serviço Social de Lisboa.”
(fonte: www.publico.pt)Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€
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