1.ª edição.
Muito ilustrada com retratos de personalidades, desenhos, reprodução de pinturas e fotogravuras nas páginas do texto.
Obra sobre a Grande Guerra. O autor explica as causas que conduziram ao conflito mundial, e faz o balanço dos dois primeiros anos de guerra.
"Praticos os allemães, em tudo quanto se refere á sciencia militar, trataram de attenuar na medida do possivel os perniciosos effeitos d'aquillo contra que escreveu um dos seus criticos de maior auctoridade: «Toda a Europa é arrastada por uma corrente irresistivel que a impelle a armar todos os cidadãos validos e até não validos para poder resistir a uma ameaça de agressão subita. Precisa-se de numero a todo o preço. Parece esquecer-se que uma nação em armas não pode ser e não será nunca um exercito. A historia de todos os povos, das potencias militares que brilharam e desappareceram, revelam-nos que não é impossivel a um novo Alexandre levar deante de si as massas enervadas, que, na sua tendencia para augmentar sempre, hão-de acabar por transpôr os limites prescriptos pela logica.»
Então toda a Allemanha se transformou, como alguem a definiu, n'um vasto quartel, não perdendo nunca de vista estas quatro maximas de Frederico o Grande: «Os melhores alliados que nós temos são as nossas proprias tropas.» «Se não se cuida do exercito, o nosso paiz está perdido.» «Por grande que seja o amor á paz, não se deve nunca sacrificar-lhe a sua segurança e a sua honra.» «Uma espada obriga outra a ficar na baínha.»"
(excerto de Cap. II, O militarismo prussiano)
Matérias:
I. Desastre proveitoso. II. O militarismo prussiano. III. O attentado de Serajevo. IV. O «Livro Branco» allemão. V. A attitude da Inglaterra. VI. A invasão da Belgica. VII. Historias da Historia. VIII. Horrores da batalha. IX. O collosso do Norte. X. Eduardo VII e Jorge V. XI. O exercito inglez. XII. O Japão na China. XIII. No mar. XIV. No ar. XV. No imperio ottomano. XVI. Em volta do canal do Suez. XVII. Drama e tragedias. XVIII. O fim do anno sangrento.
Eduardo de Noronha (1859-1948). “Nasceu em Lisboa, a 26 de
Outubro de 1859, e morreu a 26 de Setembro de 1948, na mesma cidade. Apesar de
ter seguido a carreira militar, participando, por exemplo, nas campanhas de
pacificação em África, teve uma fecundíssima actividade literária, quer como
escritor quer como jornalista.
Como jornalista colaborou nos jornais A Actualidade,
do Porto, A África Oriental, O Quelimane e O Futuro, de Lourenço
Marques, O Economista, de Lisboa, no Diário de Notícias, no
Tiro e Sport, na Mala da Europa, e noutros títulos. Desta colaboração
destaca-se sobretudo a que deu às Novidades, exercendo neste jornal, sob a
direcção de Emídio Navarro, o cargo de secretário da redacção. Dirigiu ainda a
revista Serões e os onze volumes do Dicionário Popular.
Como escritor destacou-se sobretudo como romancista histórico. Foi autor de uma vasta obra (mais de uma centena de livros), publicando, entre muitas outras, O Herói de Chaimite, No Brasil, A Guerra Russo-Japonesa, A Sociedade do Delírio, O Agonizar de uma Dinastia, À Porta da Havanesa, A Inglaterra e as suas Colónias, Filhos de Portugal, Os Marechais de D. Maria II, As Mulheres de Pernambuco, “obras de intensa vibração que se tornaram popularíssimas”. Traduziu ainda várias peças para o teatro e obras famosas na época, como Quo Vadis? ou Ben-Hur, de Wallace."(fonte: blx.cm-lisboa.pt)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas sujas com defeitos. Assinatura de posse na capa frontal.
Invulgar.
Indisponível
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