09 abril, 2025

COSTA, General Gomes da -
SOLDADOS DE PORTUGAL! Alocução proferida na revista passada pelo General Gomes da Costa, a todas as fôrças da Província de Macau, em 9 de Abril de 1923, 5.º aniversário da Batalha de La Lys. Publicação ordenada pelo Governo da Colónia para distribuir pelos quartéis. Macau, Imprensa Nacional, 1923. In-8.º (18,5x13 cm) de [2], 14, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Narrativa proferida em forma de discurso às tropas da colónia - por um dos principais protagonistas  das forças portugueses em França - do que foi a Batalha do Lys e o esforço português para suster o avanço do exército alemão. Peça rara, com indubitável interesse para a bibliografia WW1.
A propósito da presença do general em Macau: "Devido (ou a pretexto de) aos tumultos de 1922 o governo português decidiu enviar de Lisboa o general Manuel Gomes da Costa (1863-1929) ao Oriente para realizar uma inspecção às tropas. Nesse périplo de dois anos passou pela Índia, Macau (Abril) e Xangai.
De regresso a Portugal, Gomes da Costa aceita chefiar o golpe militar em 28 de Maio de 1926 pondo fim à Primeira República."
(Fonte: http://macauantigo.blogspot.com/2014/04/soldados-de-portugal-9-abril-1923.html)
Exemplar muitíssimo valorizado pela dedicatória autógrafa do General Gomes da Costa.
"Soldados de Portugal!
Desde 30 de Janeiro de 1917, em que saí do Tejo à frente da 1.ª Brigada Portuguesa, nos achámos, pràticamente, em guerra contra a Alemanha. Pouco mais de um ano depois - a 9 de Abril de 1918 - tinha lugar o grande ataque alemão às tropas portuguesas, ao sul de Armentières, no vasto campo de batalha de Messines.
Mais de um ano havia que o inimigo se achava paralizado em frente do sector português, travando connosco repetidos combates; havia mais de um ano que nos mantínhamos no mesmo terreno apesar dos esforços do adversário para dêle nos desalojar. Os alemães, desesperados com a longa resistência de toda a linha dos Aliados, desesperados pela longa duração desta guerra que tinham suposto fácil e rápida, desesperados pela crise interna, resolveram-se a empreender uma acção de grande envergadura, que lhes permitisse abrir caminho até ao mar, cortando em dois o Exército dos Aliados, e, com êste objectivo, concentram enormes massas de artelharia - centros de baterias - com as quais, a partir de Janeiro de 1918, começam a bater toda a zona à rectaguarda do nosso sector, por êles escolhido como objectivo imediato do seu ataque principal.
Em meados de Janeiro começam executando uma série de raids, com o fim de reconhecer e apalpar a nossa linha, procurando-lhe os pontos fracos. A partir de 19 de Janeiro, a actividade da sua artelharia cresce, já em trabalhos de contra-bateria, já na destruìção das defezas acessórias e pontos fortes do terreno.
Dois prisioneiros que as nossas patrulhas fizeram a 18 de Fevereiro, informavam-nos da chegada de mais 30 novas baterias; outros dois prisioneiros feitos a 1 de Março diziam-nos que brevemente se realizaria um ataque, com o objectivo de melhorarem as suas posições."
(Excerto da Alocução - A Batalha do Lys)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas manchadas. Contracapa apresenta rasgão à cabeça (sem perda de suporte) e falha de papel no pé.
Raro.
Com interesse histórico.
Peça de colecção.
45€
Reservado

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