CAMPOS, Agostinho de - EDUCAR : na família, na escola e na vida. Lisboa, Aillaud , Bertrand : Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1918. In-8.º (19cm) de 355, [1] p. ; B.
Capa de Alfredo de Moraes.
1.ª edição.
Interessante estudo sobre a educação em Portugal durante a I República, publicado no último ano da guerra mundial.
"Portugal é ainda hoje um dos países onde o povo mais canta, e melhor canta, a trabalhar. Mas é talvez, em tôda a Europa, aquele em que menos se aproveita e se educa, com um pouco de sciência e de escola. E isto é ainda uma triste resultante de dois antigos vícios nacionais: a falsa idea de que a educação do povo possa conter-se nos mesquinhos limites da escrita e da leitura; a falta quási absoluta de solidariedade construtiva e útil, que caracteriza a nossa vida social.
Cantar é útil, porque é agradável e belo; porque desafoga o sentimento, suaviza o trabalho, distrai da tristeza. E se o povo gosta de cantar, como se compreende que a escola do povo não tenha ainda adoptado o canto como um dos seus mais eficazes meios de educar?"
(excerto do Cap. I, As crianças, O que lêem e cantam as crianças?)
"Portugal é ainda hoje um dos países onde o povo mais canta, e melhor canta, a trabalhar. Mas é talvez, em tôda a Europa, aquele em que menos se aproveita e se educa, com um pouco de sciência e de escola. E isto é ainda uma triste resultante de dois antigos vícios nacionais: a falsa idea de que a educação do povo possa conter-se nos mesquinhos limites da escrita e da leitura; a falta quási absoluta de solidariedade construtiva e útil, que caracteriza a nossa vida social.
Cantar é útil, porque é agradável e belo; porque desafoga o sentimento, suaviza o trabalho, distrai da tristeza. E se o povo gosta de cantar, como se compreende que a escola do povo não tenha ainda adoptado o canto como um dos seus mais eficazes meios de educar?"
(excerto do Cap. I, As crianças, O que lêem e cantam as crianças?)
Matérias:
I.
- As crianças. II. - A instrução primária. III. - Educação feminina.
IV. - Liceus. V. - Educação física. VI. - Educação fora da escola. VII. -
Civismo. VIII. - A universidade e a nação.
Agostinho
Celso Azevedo de Campos (1870-1944). “Escritor, jornalista, pedagogo e político
português. Formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1892,
exercendo advocacia por pouco tempo. Entre 1893 e 1894, ensinou língua e
cultura portuguesas em Hamburgo (Alemanha), altura em que iniciou a sua
colaboração jornalística nos jornais O Primeiro de Janeiro e Novidades. Em
1895, quando regressou a Portugal, continuou a publicar artigos sobre literatura,
política, pedagogia e linguística em diversos órgãos de imprensa, como n'O
Comércio do Porto, no Diário de Notícias e n'O Diário Ilustrado, órgão oficioso
do Partido Regenerador Liberal, nos Cadernos de Pedagogia, no Boletim do
Instituto de Orientação Profissional, entre outros e também em jornais e
revistas estrangeiras. A par com a carreira de jornalista, exerceu
simultaneamente o cargo de professor de Alemão no Liceu Central de Lisboa, na
Casa Pia, no Liceu Pedro Nunes, no Instituto Superior do Comércio e nas
Faculdades de Letras das Universidades de Coimbra (1933-1938) e de Lisboa
(1938-1941), jubilando-se nesta última, em 1940. Entre 1906 e 1910, Agostinho
de Campos foi diretor-geral da Instrução Pública.”
Exemplar
brochado em bom estado de conservação. Capa com picos de acidez.
Invulgar.
10€
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