07 julho, 2017

AMEAL, João - SETÚBAL : sete séculos de história. [Setúbal], Edição da Câmara Municipal de Setúbal, 1950. In-4.º (24cm) de 59, [5] p. ; B.
1.ª edição.
Conferência pronunciada no salão nobre da Câmara Municipal de Setúbal durante a sessão solene de 27 de Março de 1949, que abriu o ciclo comemorativo do 7.º centenário da concessão do primeiro foral áquela cidade, no reinado de D. Afonso III.
"São os Freires de Palmela que concedem foral a Setúbal. O foral é, como se sabe, o diploma que define e pormenoriza os direitos, as regalias e os deveres dos habitantes de cada concelho. Emana dos Reis ou dos Prelados, dos Senhores, dos Mestres e Graduados das várias ordens - geralmente autorizados ou confirmados por decisão régia. Pròpriamente o foral nem sempre cria o concelho. Muitas vezes apenas lhe reconhece a existência legal e lhe organiza as relações e obrigações fiscais, jurídicas, agrícolas, militares.
O facto de ser dado foral a Setúbal em 1249 faz presumir que se trate já de núcleo de certa importância, e com nítidas probabilidades de desenvolvimento. E a adopção do modelo do foral de Palmela só reforça a presunção - já que Palmela é como que a capital da região dirigida pelos espadários.
Eis como surge Setúbal - no limiar da História. Só pode orgulhar-se desse primeiro passo, em que a apadrinha uma das Ordens mais beneméritas do período da fundação e consolidação de Portugal. Sob os sinais conjugados da Cruz e da Espada (a Espada ao serviço da Cruz), é que Setúbal nasce. Nasce, portanto, tal como a própria Nação!"
(excerto do Cap. I, Setúbal nasce para a História)
Índice:
1 - Setúbal nasce para a História. 2 - Entre os séculos XIII e XV. 3 - Do Renascimento a D. Pedro V. 4 - Expoentes da Fé, da Guerra, do Descobrimento e da Cultura. 5 - Ao encontro do Futuro.
João Ameal (1902-1982). João Francisco de Barbosa Azevedo de Sande Aires de Campos, foi um jornalista e escritor politico, e historiador português. Foi 2.º visconde e 3.º conde do Ameal e adoptou como escritor e jornalista o pseudónimo literário 'João Ameal'. Licenciou-se em Direito pela Universidade Clássica de Lisboa. Monárquico, foi deputado à Assembleia Nacional (de 1942 a 1957) e procurador à Câmara Corporativa como representante dos escritores portugueses, pertenceu ao directório da Acção Realista Portuguesa (muito próximo da orientação do Integralismo Lusitano) e foi membro da Junta Central da Legião Portuguesa. Foi sócio correspondente da Academia Portuguesa da História, membro do Instituto de Coimbra e da direcção da Associação dos Escritores Católicos Portugueses. Colaborou em inúmeros jornais e revistas, entre os quais se podem citar o Diário da Manhã, Noite, Diário de Notícias, bem como na Emissora Nacional e na Rádio Televisão Portuguesa. Dirigiu as publicações Ilustração Portuguesa e Acção Realista. Em 1934 obteve o "Prémio Ramalho Ortigão", com o volume de ensaios No Limiar da Idade Nova e, em 1941, o "Prémio Alexandre Herculano", com a sua História de Portugal. Tanto nos seus ensaios como nas suas obras de história, revelou-se um pensador próximo dos ideais conservadores, fiel aos valores considerados tradicionais, a que não faltava porém uma dialéctica esclarecedora e uma argumentação forte. Escreveu também novelas e crónicas.
(fonte: metapedia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€

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