24 junho, 2017

AZEVEDO, Pinheiro de - OLIVENÇA ESTÁ CATIVA PELA ESPANHA. Por culpa de quem? Olivença! Gibraltar! Malvinas! [S.l.], [s.n. - Tipave, Aveiro], 1982. In-8.º (21cm) de [4], 211, [5] p. ; [2] f. il. ; E.
1.ª edição.
Trabalho sobre a Questão de Olivença - publicado pouco tempo antes da morte do autor - que opõe(?) Portugal ao seu vizinho ibérico, e sobre a Questão de Gibraltar, que separa a Espanha da Inglaterra.
"Sou um home do 25 de Abril, mas que se criou e desenvolveu no regime Salazarista e, como tal, sofri as consequências da ignorância sobre Olivença como terra portuguesa, porque os mapas antipatrioticamente haviam deixado de trazer, sequer como terra irredente aquela antiquíssima vila alentejana, e os livros, não menos criminosamente eram de igual modo omissos a seu respeito. [...]
E nessa ignorância me fui criando até que, muito mais tarde, já depois da celebrada Revolução do 25 de Abril de 1974, sendo, então primeiro-ministro do VI Governo Provisório, encontrei nos arquivos de S. Bento, matéria suficiente para me informar sobre a Questão de Olivença."
(excerto da introdução, Razões desta publicação)
"Mais um livro sobre as questões de Olivença e Gibraltar. Porquê? Porque a Espanha pretende entrar na NATO e não nos parece curial que os pretendentes se apresentem, logo à partida, com sequelas de fronteiras entre eles. [...]
Os portugueses consideram o diferendo de Olivença uma questão ridícula, sem importância, quixotesca.
Os espanhóis pelo contrário, consideram o diferendo de Gibraltar com um admirável entusiasmo, com veemente paixão e com persistente ardor e louvável patriotismo, os espanhóis reclamam, em altissonante brado que ecoa pelo mundo inteiro, a devolução daquela praça militar."
(excerto da nota explicativa)
José Pinheiro de Azevedo (1917-1983). "Militar e Primeiro-ministro do VI Governo Provisório, ficou conhecido como o Almirante sem medo. Oficial da marinha e político português, José Baptista Pinheiro de Azevedo nasce em Luanda, Angola, a 5 de Junho de 1917, tendo falecido em Lisboa, a 10 de Agosto de 1983. Iniciou em 1934 a sua formação militar na Escola Naval em 1934, onde veio a leccionar. Fez parte do Movimento de Unidade Democrática (MUD), tendo apoiado as candidaturas de Norte do Matos e de Humberto Delgado. Entre 1968 e 1972 foi adido naval na Embaixada de Portugal em Londres. Foi figura de destaque durante o PREC, tendo ficado conhecido como o Almirante sem medo. Membro da Junta de Salvação Nacional desde o seu início, foi promovido a Almirante e escolhido para Chefe de Estado-Maior da Armada. Integrou o Conselho da Revolução e foi Primeiro-ministro e ministro da Defesa do VI Governo Provisório entre 19 de Setembro de 1975 e 23 de Junho de 1976, no período sequente à derrota do Gonçalvismo. Foi durante este cargo que proferiu algumas das mais célebres frases do processo revolucionário: “o povo é sereno”; “é só fumaça”; “bardamerda para o fascista”. Decretou, numa medida inédita na política portuguesa, a auto-suspensão do governo. Pinheiro de Azevedo candidatou-se a Presidente da República nas eleições presidenciais de 1976, tendo saído derrotado por Ramalho Eanes. Presidiu o Partido da Democracia Cristã no ano de 1977."
(fonte: memoriasdarevolucao.pt)
Encadernação (de ocasião) cartonada com letras gravadas a ouro na pasta frontal e na lombada (inscrito «Ficção Universal»). Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

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