COSTA, José Manuel - DAVID WARK GRIFFITH. Ciclo apresentado pela Cinemateca Portuguesa em colaboração com o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Outubro de 1980. [Introdução de M. Felix Ribeiro]. [Lisboa], Cinemateca Portuguesa, 1980. In-8º (21cm) de 131, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Monografia publicada por ocasião do ciclo dedicado ao conhecido cineasta americano, David W. Griffith.
Ilustrações no texto, com fotografias a p.b., algumas em página inteira.
"A Cinemateca ao reiniciar a sua actividade normal agora sob a designação mais expressiva de Cinemateca Portuguesa e após, recentemente, ter projectado na sua nova sala um importante e representativo ciclo a que se deu o título Panorama do Cinema Português, por ventura a mais extensa «mostra» do filme português, desde os seus primórdios até à actualidade tem, a partir de agora, o privilégio de apresentar uma ampla retrospectiva da obra de David W. Griffith, sem alguma dúvida uma das mais marcantes e incontroversas personalidades que a história do cinema universal aponta, o homem que viria a revolucionar a linguagem do cinema e que deu às imagens animadas o seu primeiro estatuto como forma de arte, portador de verdadeiras inovações no âmbito de uma expressividade própria das imagens em movimento.
De facto já ele poderá dizer ser o primeiro a utilizar como elemento expressivo, o grande plano para uma maior valorização psicológica e dramática; o primeiro a servir-se da luz e das sombras; o primeiro a empregar os efeitos de contra-luz, utilizando ainda, sabiamente, a planificação e a montagem. São também inovações suas as cenas alternadas, as acções paralelas, e tantos outros efeitos que lhe permitiram criar uma verdadeira sintaxe de linguagem cinematográfica."
(excerto da introdução)
David Wark Griffith (1875-1948). Realizador americano. Inovador, foi considerado o criador da linguagem cinematográfica. "Impossível dizer o que seria o cinema sem Griffith. Na descrição heróica do escritor americano James Agee, ele "atingiu a indústria do cinema como um tornado. Antes de ter entrado num estúdio, os filmes eram, de facto, estáticos". Mas é possível dizer como era antes dele: um cinema menos interessado em contar uma história do que em montar um espectáculo, demasiado próximo do "vaudeville". Com Griffith, a narrativa cinematográfica aburguesou-se. Somos todos "griffithianos". Até os filhos de "Matrix".
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Pouco vulgar.
15€
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