SANTANA, Emídio – HISTÓRIA DE UM ATENTADO : o atentado a
Salazar. [S.l.], Forum, 1976. In-8º (21cm) de 225, [3] p. ; il. ; B.
Ilustrado com fotografias a p.b., plantas e desenhos esquemáticos
do atentado a Salazar.
“A história do atentado a Salazar, ocorrido a 4 de Julho de
1937, nunca foi totalmente revelada ao público. A imprensa da época, embora
desse o necessário relevo ao atentado, veiculou informações falsas.
Os factos, os autores do atentado e as fotografias então
apresentadas estão longe de corresponder à verdade. O regime de Salazar queria
fazer crer que o atentado tivera origem numa bem estruturada organização
política.
A realidade era muito diferente. […]
Este livro revela o que efectivamente foi o atentado a
Salazar. Quem o escreve é Emídio Santana, um dos autores do atentado.
A História de Um
Atentado não é só um relato factual. O leitor compreenderá os verdadeiros
motivos que levaram um punhado de homens resolutos e quase sem meios a
lançarem-se num empreendimentos que, se bem sucedido, poderia ter alterado
completamente o curso da história em Portugal.”
(excerto da apresentação)
Emídio Santana (1906-1988). Natural de Lisboa. “Foi um dos
mais importantes militantes portugueses do anarcossindicalismo e anarquista.
Foi autor de diversos artigos e ensaios sobre o anarcossindicalismo e o
mutualismo. Militou nas Juventudes Sindicalistas e foi membro do Sindicato
Nacional dos Metalúrgicos, filiado na antiga Confederação Geral do Trabalho (CGT)
portuguesa. No seguimento do golpe militar fascista de 28 de Maio de
1926, desenvolveu uma actividade de resistência contra a ditadura e
actividade sindical clandestina. Em 1936, representou a CGT portuguesa no
congresso da Confederatión Nacional del Trabajo de Espanha. Em 4 de Julho de
1937 foi um dos autores do atentado a Salazar quando este se
deslocava à capela particular do seu amigo Josué Trocado, na Avenida Barbosa du
Bocage, n.º 96, em Lisboa, para assistir à missa. Na sequência do
atentado, Emídio Santana é procurado pela PIDE e foge para o Reino Unido,
onde a polícia inglesa o prende e envia para Portugal onde é condenado a 16
anos de prisão. A partir do fim da ditadura (1974), Emídio Santana retoma a
vida militante activa, nomeadamente como director do jornal A Batalha. Em 1985, Emídio Santana
escreveu Memórias de um militante
anarcossindicalista, livro onde recorda momentos importantes da sua vida de
militância política.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico.
15€
Sem comentários:
Enviar um comentário