09 março, 2014

A D. PEDRO IV OS PORTUGUEZES. Memoria historica e artistica do monumento inaugurado em Lisboa a 29 de Abril de 1870 na praça já denominada de D. Pedro IV, seguida do programma e auto da inauguração, descripção dos festejos publicos e noticias do dia, dignas de menção, que a imprensa registou. Lisboa, Livraria de A. M. Pereira, 1870. In-4º (22,5cm) de 40 p. ; [1] f. il. ; B.
Publicação anónima; sabe-se que o seu autor foi o Marquês de Sousa Holstein. Ilustrada com uma bonita gravura da estátua em extratexto.
Em Lisboa, no centro da praça D. Pedro IV, mais conhecida por Rossio, “ergue-se a estátua de D. Pedro IV, vigésimo-oitavo rei de Portugal e primeiro imperador do Brasil independente, inaugurada em 1870, sendo a estátua de bronze de Elias Robert, o pedestal executado por Germano José Salles, e o risco arquitectónico de Jean Davioud. O monumento tem 27,5 metros de altura e é composto de envasamento, pedestal, coluna e estátua, sendo o pedestal de mármore de Montes Claros, a coluna de pedra lioz de Pêro Pinheiro e a estátua de bronze. Na base do pedestal, as quatro figuras femininas são alegorias à Justiça, Prudência, Fortaleza e Moderação, qualidades atribuídas ao Rei-Soldado, entrelaçadas por festões e os escudos das 16 principais cidades do país. A parte inferior da coluna adorna-se com quatro figuras da Fama em baixo-relevo. A coluna coríntia, canelada e a estátua representa D. Pedro IV em uniforme de general, coberto com o manto da realeza, a cabeça coroada de louros, ostentando na mão direita a Carta Constitucional que ele outorgara.”
“A concorrencia de povo foi indizivel. A cidade despovoou-se para se agglomerar na praça de D. Pedro e suas immediações.
No espaço que na praça não estava vedado, nas ruas lateraes, no primeiro lanço da calçada do Duque, no largo de S. Domingos, tudo estava apinhado de povo.
Nas janellas dos predios que circundam a praça, e nas de todas as casas, onde se chegava a descobrir o monumento ou parte d’elle, sobre os telhados, nas ruinas do Carmo, em todos os pontos enfim d’onde pelo menos se visse mover as bandeiras que cobriam a estatua, nada estava desaproveitado. Havia gente por toda a parte, e innumeravel.
Calculava-se em vinte mil o numero de pessoas de fóra de Lisboa que vieram, quer pela via ferrea, quer por outros meios de conducção, assistir á inauguração do monumento.”
(excerto do Cap. V, Noticias e episodios diversos)
Matérias:
I. Descripção do monumento. II. Programma da inauguração. III. Auto solemne da inauguração. IV. Discripção dos festejos. V. Noticias e episodios diversos.
D. Francisco de Borja Pedro Maria António de Sousa Holstein (Paris, 1838 – Lisboa, Carnide, 1878). “1.º Marquês de Sousa Holstein, foi um diplomata, político, jurista, académico, publicista e historiador de arte português.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

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