LOZANO, Fernando – NÃO SE PÓDE SER LIBERAL E SER
GERMANOFILO. Com uma carta do autor para a edição portuguesa. Tradução de
Carlos Trilho. Lisboa, Guimarães & C.ª, 1916. In-8º (20,5cm) de 131, [1] p.
; il. ; B.
Ilustrado com um retrato do autor.
A Grande Guerra vista por um republicano espanhol. Conjunto de
crónicas publicadas no jornal El País,
de Madrid, a favor dos Aliados.
“A alma portuguesa levanta-se neste momento historico, bela
e luminosa, brilhando sobre todas como um astro. Portugal vai para a guerra não
por qualquer motivo de interesse fisico, mas por um motivo metafisico: para
cumprir o seu dever. Não tem révanches
a realizar como a França, alargar e completar o seu territorio como a Italia,
defender a honra da sua assinatura como a Inglaterra, ou responder a uma
agressão como a triste e infortunada Belgica. Não! Não ha nenhum interesse
mundial que arraste o povo português para a guerra, nenhum compromisso que o
leve ao combate, para o qual se dirige expontaneamente, movido pelo mais nobre
dos sentimentos que embelezam a vida humana, tornando-a resplandecente: a
gratidão. […]
Este livro é contra os dois inimigos de Portugal: o
clericalismo e o imperio alemão. Não é um livro de literatura amena mas de
combate e guerra. É um explosivo lançado no campo inimigo.”
(excerto da carta do autor, Alma Portuguesa)
Fernando Lozano Montes (1844-1935). Militar e jornalista
espanhol. Republicano anticlerical, maçom, activista do «livre-pensamento».
Fundou com Ramón Chíes o jornal Las Dominicales
del Libre Pensamiento (1883-1909).
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação.
Apresenta vestígios antigos de humidade transversal a toda a obra. Assinatura de posse nas f. rosto e anterrosto.
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