1ª edição portuguesa.
Inclui a dedicatória e o novo prefácio
da edição portuguesa.
“Uma curiosa perspectiva do Portugal do final do século XIX,
apresentada pela pena de Maria Rattazzi (1831-1902), resultado da sua
permanência e viagens pelo país. Uma obra que aquando da sua publicação foi
responsável por uma verdadeira tempestade em Portugal, na qual se envolveram,
entre outros, Camilo Castelo Branco, Antero de Quental e Ramalho Ortigão.”
“Em 1879, há portanto 133 anos, a editora Dgorcet-Cadot de
Paris publicou um livro da autoria da Princesse Ratazzi com o título Le
Portugal à vol d’oiseau e o subtítulo Portugais et Portugaises.
Maria Rattazzi, cujo nome de família era Maria Letizia Studolmire Wyse nasceu
na Irlanda e era sobrinha-neta de Napoleão. Durante algum tempo adoptou o apelido
do segundo marido, Urbano Rattazzi. Esteve em Portugal em 1876 e em 1879, onde
conviveu com muitas figuras da política e da cultura. Logo em 1881 foi o
seu texto publicado em Portugal, com o título Portugal de Relance, mas
ainda em 1880, Antero se referiu ao texto publicado em França, em carta para
João Lobo de Moura: “A Rattazzi, que
passou dois Invernos a desfrutar os literatos de Lisboa, publicou agora um
livro sobre Portugal, delicioso. Imagine uma parisiense descrevendo ao vivo,
estes mirmidões. Não se fala noutra coisa e está tudo furioso”.
Trata-se de um magnífico retrato de Portugal e, em especial, da Lisboa deste tempo.”
Trata-se de um magnífico retrato de Portugal e, em especial, da Lisboa deste tempo.”
“De todos os livros e relatos que
se escreveram sobre o nosso país, o texto de Maria Rattazzi - Portugal de
Relance - é o principal candidato ao estatuto de mais polémico. "prémio"
a que não será alheio o tom, a displicência, o à-vontade e a irreverência com
que a princesa tratou um tema tão caro aos portugueses, a sua própria pátria.
Não é que o volume fosse apenas pródigo em falsidades - como o próprio título
original parecia indiciar, um vol
d'oiseau sobre Portugal - mas o que lá estava impresso provocou uma
verdadeira fogueira de vaidades, com repercussão raramente vista no nosso meio
cultural. A reacção negativa com que foi recebida a prosa da visitante
ultrapassou em muito a habitual hospitalidade que é costume verificar-se no
confronto com os regulares contributos dos estrangeiros que nos visitam. Neste
caso, não existiram opiniões favoráveis, nem defensores para uma dama cujo
comportamento era tido como bem leviano.”
Encadernação meia-francesa com ferros a ouro na lombada. Sem
capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de
conservação. Apresenta manchas de humidade nas páginas do 1.º vol., algumas
delas alvo de restauro, sem no entanto afectarem o texto.
Raro na sua edição original, e
muito procurado.
Com interesse olisiponense e
camiliano.
Indisponível
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