Colecção completa.
Ilustrado com dois sugestivos desenhos de Francisco Valença
em dupla página - a "A Situação Política" e "A Missa Negra".
“A revista republicana Alma Nacional surge em Fevereiro de
1910, sob a direcção de António José de Almeida. Teve 34 números e foi editada
semanalmente até 29 de Setembro de 1910, a 7 dias da revolução de Outubro.
Propunha o director que a revista fosse a “crónica severa, e ao mesmo tempo
agitada, da nossa vida e a precursora da pátria nova; (…) uma revista
patriótica e um órgão de solidariedade universal, (…) arma de combate contra a
monarquia, elemento de educação para o povo e instrumento de propaganda
nacional, (…) Não será uma obra truculenta, mas um grito de indignação e de
revolta (…) será a revista de todos, da plebe, dos trabalhadores, dos oprimidos
de hoje.”»; (…) «urge uma nova religião e um novo altar, um credo e uma fé
republicana, um grande credo humanista que possa secularizar o cristianismo.
Assim, o partido republicano tem de abalar o arcaboiço da sociedade
velha…destruir o regime, deitar abaixo a monarquia, o Portugal brigantino,
afastar o entulho monárquico, o guano clerical, os quatro séculos de
jesuitismo.»”
“Periódico republicano de referência, cultural e
doutrinário, indispensável ao estudo e compreensão históricos da primeira
década do século XX português, e nomeadamente a génese e a implantação da
República. Colaboração, entre outros, de Guerra Junqueiro, Basílio Teles,
Teófilo Braga, Agostinho Lemos, Miguel Bombarda, Teixeira de Queirós, Tomás da
Fonseca, Raul Proença, Manuel de Sousa Pinto, Aquilino Ribeiro, etc., para além
de vastíssima intervenção escrita do próprio António José de Almeida.”
António José de Almeida (1866-1929). “Único Chefe de Estado
da I República que cumpre os quatro anos de mandato [1919-1923] que a
Constituição definia. Ainda no período da Monarquia Constitucional, já era um
elemento marcante do republicanismo português. Após a proclamação da República,
foi um dos líderes políticos mais influentes. Com poderes de dissolução do Parlamento,
que utiliza por duas vezes, o seu mandato foi extremamente agitado, com
sucessivas e graves crises governativas.”
Encadernação em meia de percalina com dourados na lombada.
Sem as capilhas de protecção dos fascículos.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Dedicatória
autógrafa (ilegível) de oferta à “Biblioteca do Sporting C. Portugal”. Selo na lombada. Carimbo
de posse da Biblioteca do Sporting Club de Portugal na 1.ª p. do 1.º número.
Invulgar e muito procurado.
Com interesse histórico.
Indisponível
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