PALHA, J. Antonio Filippe de Moraes - ESBOÇO CRITICO DA CIVILISAÇÃO CHINEZA. Por... Com um prefacio do Exmo Sr. Dr. Camillo Pessanha. Macau, Typ: Mercantil de N. T. Fernandes e Filhos, 1912. In-8.º (20 cm) de [6], LXI, [1], 64, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Obra muitíssimo prestigiada pelo extenso prefácio de Camilo Pessanha que ocupa sensivelmente metade do livro. Inclui no interior a partitura do "Hymno Nacional Chinez".
Exemplar valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
Sobre este assunto, com a devida vénia, reproduzimos um excerto da Revista Macau, cujo link infra indicamos. "O investigador [Daniel Pires] refere que, “em termos de comunidade portuguesa,
Camilo Pessanha era muito incómodo, não era uma pessoa que as pessoas
fizessem força para recordar, a parte conservadora da comunidade não
gostava dele, porque estava fora daqueles parâmetros”. Também o prefácio
que Pessanha preparou para a obra do médico José António Filipe de
Morais Palha, Esboço Crítico da Civilização Chinesa, foi mal
recebido pelo lado chinês. “Há na realidade uma parte da comunidade
chinesa que vê aquilo como um ataque à China, o que não é, é um ataque
ao regime que existia antes da implantação da república”, considera o
estudioso."
(Fonte: http://www.revistamacau.com/2017/04/12/150-anos-do-nascimento-do-poeta-ressuscitar-camilo-pessanha/)
“O pequeno folheto, que venho submetter á apreciação do publico, não é senão um producto de circumstancias fortuitas. Não revela da minha parte nem o prurido de avolumar a literattura portugueza, nem a vaidade de contribuir com um trabalho original para o estudo da complexa civilisação chineza [...]
Foi a primorosa conferencia do sr. Dr. Camillo Pessanha sobre “A Arte chineza” que me orientou o espirito, no mare magnum dos assumptos sobre coisas chinezas.
Era evidente, que, emquanto o formoso genio do poeta descobria na arte d´este povo as mais maravilhosas manifestações do bello, e desvendava nos symbolos, conceitos e máximas chinezas as mais sublimes concepções philosophicas, a mim, obreiro, embora modesto e obscuro, do positivismo, competia-me naturalmente a tarefa de patentear a realidade, na sua nudez singela e austera, pura ou impura, formosa ou hedionda, perfumada ou fetida. [...]
Não se limitou a isto, [a conferência de Pessanha], a valiosa intervenção do meu bom amigo. Accedendo
ao meu tibio pedido, promptificou-se a apadrinhar o trabalho com o seu
magistral prefacio, que, comquanto não exprima da sua parte para commigo
mais do que mera deferencia pessoal, generosa e captivante, de certo, a
mim enche-me de profunda satisfação e intimo orgulho por ter conseguido
assim arrancar á sua obstinada inacção uma das maiores glorias das lettras
nacionais."
(Excerto do preâmbulo)
Matérias:
[Preâmbulo]. Prefacio. I. - Traços da civilisação antiga. II. - Decadencia gradual da civilisação e dos costumes.
José António Filipe de Morais Palha (1872-1935). "Licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina de
Lisboa. Como alferes (desde 22-07-1898) chegou a Macau em 3-03-1900,
sendo nomeado facultativo de 3.ª classe do quadro de saúde da província. Esteve em comissão de serviço em Timor (1902-1905; 1908; 1913-1914). Promovido a capitão-médico em 1915. Foi professor de língua alemã do Liceu (1900-1901); professor interino
do 6.º grupo do liceu (1912- 1914; 1918) professor do 7.º grupo 1917.
Promovido a major-médico em 1918 e a tenente coronel em 1920 e
coronel-médico em 1924. Chefe dos Serviços de Saúde de Macau, em 1922."
(Fonte: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/11/12/leitura-esboco-critico-da-civilizacao-chinesa/)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Lombada apresenta falhas de papel. Levemente amarelecido por acção da humidade junto à lombada, visível no interior apenas nas primeiras e derradeiras páginas.
Raro.
Indisponível
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