1.ª edição.
Na capa: desenho de Roberto Silva - (Museu de Angola).
Homenagem ao ilustre flaviense Monsenhor Alves da Cunha por ocasião do seu centenário natalício.
Publicação muitíssimo ilustrada com reproduções fotográficas a duas cores.
Colaboração: Abertura - Padre José Maria Pereira. A sua memória permanecerá como uma bênção - D. Moysés Alves de Pinho. Homem de Deus e da Pátria - Vasco Lopes Alves. O meu testemunho - Padre Silva Rego. Um Centenário - Nuno Simões. Mons. Alves da Cunha e os Missionários do Espírito Santo - Padre Rocha Ferreira. Uma carta do Contra-Almirante Sarmento Rodrigues. Em memória de Monsenhor Alves da Cunha - Alberto de Lemos. Uma carta de Óscar Ribas. Presença edificante - A. Maio. Humildemente grande - F. Araújo Rodrigues. Luanda e o «Dr. Cunha» - Mário Milheiros. Um dos maiores homens de Angola - Reis Ventura. Um homem, uma época - J. F. Martins dos Santos. A lição dum transmontano - Dialino Esteves. Grande Monsenhor Alves da Cunha - notável figura de Angola - José Redinha. Memorável ciclo comemorativo. Perfeitamente bom... - Artur de Lemos Pereira. Obreiro do Ensino Liceal - Antero Simões. Grande figura da História de Angola da primeira metade do século XX - D. Manuel Nunes Gabriel.
Monsenhor Manuel Alves da Cunha (1872-1947). "Nasceu em Chaves, em 8.6.1872 e faleceu em Luanda, em 4.6.1947. Concluiu o bacharelato em Teologia na Universidade de Coimbra (1894). Foi professor do ensino particular na sua Terra (1897) e em 22.9.1900, é ordenado sacerdote. Em 31.10.1901 é nomeado Cónego de Luanda e nos anos seguintes, passa a provisor, e vigário geral, deão da Sé, vice reitor do Seminário Liceu vigário capitular, prelado doméstico, governador do bispado, protonotário apostólico e director das missões católicas. Foi ele que criou o liceu de Salvador Correia e aí foi professor e reitor. Também foi vereador da Câmara de Luanda e provedor da Misericórdia da mesma cidade. Em 1926 o Ministro João Bello chamou-o a Lisboa para com ele estudar o estatuto das Missões e a reorganização do Ministério do Ultramar. Regressou a Angola e prosseguiu a sua brilhante carreira polivalente, ao nível religioso, académico e político. Em tudo o que fez se mostrou um patriota impoluto, um intelectual de fino recorte, um amigo de Angola, um Transmontano inconfundível. Em 1933 foi alvo de uma homenagem pública que envolveu todos os sectores da vida angolana, a coroar uma simpatia invulgar, um trato social incomum, uma cultura fora de série. Em 1.11.1941 embarca compulsivamente no Cubango e desembarca em Lisboa, em 27 do mesmo mês. Só regressa a Angola em 2.1.1943. Nesse lapso de tempo publica e anota o III Vol. da História das Guerras Angolanas de Cadornega (1942). Alberto de Lemos, seu biógrafo e seu aluno, escreveu: "é um dos maiores vultos da História de Angola. Durante 15 anos da vacância episcopal foi sustentáculo válido duma Igreja batida pelo abandono e pelas agressões duma política que não tinha a compreensão das melhores conveniências do Ultramar Português e também atormentada pelas agressões de potências estrangeiras que ambicionavam deslocar nos dos territórios e das posições das influências em África. Dotado de inteligência superior e muito culto, modelo de virtudes cristãs, foi sempre colaborador indispensável e amado pela hierarquia que com ele privou. Polígrafo de muitos méritos, foi historiador, etnólogo, ensaísta de muito saber, mestre incomparável de todos os contemporâneos do seu convívio: Foi conselheiro prudente e auxiliar devotado de muitos governadores gerais. "A sua obra literária foi vastíssima, passando pelo jornal O Apostolado, Boletim da Diocese, Revista "Arquivos de Angola"."
(Fonte: https://de_svo.blogs.sapo.pt/30766.html)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa apresenta falha de papel no canto superior esquerdo.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível