CORREIA, J. Alves - A LARGUEZA DO REINO DE DEUS. [Por]... (Das Missões do Espirito Santo). Lisboa, Composto e Impresso na Imprensa Portugal-Brasil, 1931. In-8.º (18,5cm) de 186, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Obra maior do autor na sua edição original, que viria a conhecer pelo menos mais três edições.
"Será útil repetir o que disse e repisei em artigos, em conversa, de tôdas as maneiras que soube, e que o Evangelho tinha já dito antes, para quem quisesse ouvir?...
Talvez até nisto haja actualidade, num país em que as almas, que se dizem ou crêem piedosas, lêem tudo em sofreguidão, menos o Evangelho, porque certa aberração devocional moderna leva por vezes muitos espíritos a matarem sêdes em fios de água tortuosos, encharcados alguns, e a esquecerem a fonte divinal, que a Revelação ofereceu à Humanidade.
L'oeil ne voit pas ce qui le touche... O que os olhos vêem menos, é o que neles embarra! E o Evangelho, o espelho da alma de Cristo, passa despercebido, o mais das vezes, aos próprios fervorosos!..."
(Excerto de Realeza peculiar de Cristo)
Pe. Joaquim Alves Correia (1886-1951). "Nascido em Aguiar de Sousa (Paredes), a 5 de
Maio de 1886, e sacerdote da Congregação dos Missionários do Espírito
Santo (Espiritanos). Filho de modestos lavradores, Joaquim Alves Correia
fez o curso secundário em Ermesinde, a Filosofia em Sintra e a Teologia
em Chevilly (França). Quando recebeu a ordenação (em 1910) o seu
destino eram as Missões em Angola mas a revolução republicana trouxe
ventos contrários e acabou por seguir para a Nigéria. Nove anos depois
voltou à Europa para colocar em ordem a sua saúde que estava
profundamente abalada.
Depois de recuperado assumiu a direcção da revista missionária da sua
congregação – «Missões de Angola e Congo» - e, em 1922, o cargo de
Procurador das Missões, lugar em que permaneceu até 1945. Em Lisboa,
contactou com muitas figuras da oposição ao Estado Novo. Chegou mesmo a
participar activamente no Movimento Democrático de Campanha pelas
Eleições Livres, em 1945. A sua faceta de “profeta e homem de Deus
suplanta toda a manipulação política que já se fez ou, quiçá, se venha a
fazer” – (Rocha, Nogueira; In: Revista: «Brotéria» de Maio-Junho de
1986). Estas conotações políticas tiveram impacto devido à recusa de
publicação de artigos seus no jornal «Comércio do Porto» mas que Raul
Rego publicara entretanto no jornal «República». Nestes denunciava “uma
política de vigilância que não dava satisfações a ninguém” e o ser
“muito cómodo, mas muito pouco corajoso, atirar à cara deste povo
irrequieto com a responsabilidade da desordem pública, quando o pobre
povo nem responder sabia”. Devido aos comentários corajosos recebeu como
«presente» o exílio nos Estados Unidos. Entre livros e artigos dispersos em revistas, o Pe. Alves Correia deixou
muitos escritos. O pensamento cristão deste homem ficou expresso em
diversas publicações: «Lúmen», «Estudos», «Seara Nova», jornal
«Novidades», «Jornal do Comércio» e «Comércio do Porto». Os seus livros
deixam uma marca de intemporalidade embora seja necessário situá-los no
tempo. “A largueza do Reino de Deus” (escrito em 1931) e o “Cristianismo
e a Mensagem Evangélica” (de 1941) foram obras saídas da sua pena e que
merecem ser saboreadas. O primeiro teve tanto impacto em Portugal que o
seu autor passou a ser conhecido como «Pe. Larguezas»."
(Fonte: http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/nacional/o-horizonte-longinquo-do-pe-alves-correia/)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa apresenta falha de papel no canto inferior esq.
Invulgar.
Indisponível
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