OLAVO, Americo - NA GRANDE GUERRA. Lisboa, Guimarães C.ª, 1919. In-8.º (19 cm) de 277, [3] p. ; B.
1.ª edição.
1.ª edição.
Livro de memórias de Américo Olavo, oficial do C.E.P., combatente em França, na Grande Guerra.
“Nos começos de maio de 1917, foi anunciada a convocação dos
elementos da minha unidade cuja partida foi marcada para meiados do mesmo.. Não
ha quem não tenha sentido apertar-se-lhe o coração ao receber a nova te der que
deixar por tempo indeterminado, ou talvez para sempre, familia, casa, amigos,
as mais fundas e mais queridas afeições. Ha apenas quem o tenha sabido
disfarçar.
Chegou o dia da partida. Imaginei sempre que alguns dos meus
homens tivessem relutancia em embarcar, e preparei-me para qualquer surpresa que
surgisse. Todos eles apareceram porem, tristes uns, é certo, mas dispostos a
cumprirem o serviço que a Patria d’eles reclamava.
As perturbações especialmente provocadas para trazerem
impedimento ou ao menos embaraço ao embarque, não surtiram o efeito desejado. E
na manhã de 24, tendo tomado o comando dos meus soldados, com eles me dirigi
para o caes, entrando para o transporte D, que nos deveria conduzir ao porto de
Brest…”
(Excerto da primeira parte, A declaração)
(Excerto da primeira parte, A declaração)
Matérias:
- A declaração. - A viagem. - Em Avroult. - Os amores. - Aprendisagem. - Messe. - Em tirocinio. - Miserias. - Enguinegattes. - Le Thouret. - Fósse. - A caminho de Fauquissart. - De Fauquissart a Paradis e de Paradis a Neuve Chapelle. - Combatentes e cachapins. - Fracos e Valentes. - Visitas. - O Artista. - Dia de perseguição. - Paradis. - Champigny – Neuve Chapelle. - Na reserva. - Semana de sangue. - Um raid. - A ofensiva de 9 d’abril.
Américo Olavo Correia de Azevedo (1882-1927). “Nasceu no
Funchal a 15 de Dezembro de 1882 e morreu em Lisboa a 8 de Fevereiro de 1927.
Ingressou no Exército e já depois de concluído o curso de Infantaria na Escola
do Exército formou-se também em Direito. O seu envolvimento em todas as
conspirações republicanas, que se seguiram à ditadura franquista e até à
implantação da República, valeram-lhe um lugar no gabinete do ministro da
Guerra no governo provisório e a eleição, em 1911, como deputado, cargo para o
qual foi sendo eleito de forma sucessiva até 1925. Fez parte do CEP enviado
para França, onde por feitos de guerra foi o primeiro oficial a receber a
Torre-e-Espada e esteve prisioneiro dos alemães, experiência da qual resultou
um livro que chamou Na Grande Guerra. Entre 8 de Março e 6 de Julho de 1924 foi
ministro da Guerra. A sua passagem por esta pasta ficou marcada pela revolta
dos oficiais aviadores, ocorrida em Junho.”
(Fonte: primeirarepublica.org)
(Fonte: primeirarepublica.org)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos.
Raro.
Com interesse histórico.
45€
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