FANTASMAS E FANTASIAS IMPERIAIS NO IMAGINÁRIO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO. Organização de Margarida Calafate Ribeiro e Ana Paula Ferreira. Porto, Campo das Letras, 2003. In-4.º (24cm) de 307, [5] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Ilustrada em página inteira a p.b. (16 pp.), reproduzindo obras de conhecidos artistas portugueses contemporâneos, entre os quais, Cutileiro, Costa Pinheiro e Paula Rêgo.
"Fantasmas e Fantasias Imperiais no Imaginário Português Contemporâneo"
reúne um conjunto interdisciplinar de textos que reflecte uma tentativa
de pensar o imaginário pós-colonial no contexto português que,
naturalmente, não ignora muitas das ideias lançadas pelos estudos
pós-coloniais, de raiz marcadamente anglo-saxónica, mas que deles se
demarca pela especificidade imperial portuguesa.
Com textos de Eduardo Lourenço, António Sousa Ribeiro, Jo Labanyi,
Francisco Bethencourt, Maria Manuel Lisboa, Luís de Sousa Rebelo, Paulo
de Medeiros, David Brookshaw, Hilary Owen, Phillip Rothwell, Roberto
Vecchi, David Jackson, Cristiana Bastos e AbdoolKarim Vakil, este livro
pretende ser uma contribuição para esta reflexão, a partir da análise de
discursos literários, artísticos, historiográficos e ensaísticos que,
ao longo do século XX e, em particular, no período do pós-25 de Abril,
se fazem enformar por fantasias e fantasmas insepultos do império."
(Sinopse)
"Todos os impérios, políticos, espirituais ou poéticos, são em grande parte ficções de uma nação em busca de universalidade. No caso português, a titulação régia de D. Manuel e dos reis subsequentes, o império cantado por Camões em Os Lusíadas, a China imaginada por Fernão Mendes Pinto, o império espiritual de Padre António Vieira ou o imperialismo poético sonhado por Fernando Pessoa são, em diferentes dimensões, expressões desse desejo de extravasar os limites impostos pela apertada faixa costeira chamada Portugal, rumo à universalidade.
Como aconteceu com outras nações expansionistas, narrativas estiveram na base da construção destes impérios, revelando as novas terras onde, parafraseando Camões, existiam coisas que não eram cridas e as coisas cridas não existiam, e contando a história, da perspectiva da nação imperial. Dava-se assim lugar às fantasias que traziam o império até casa e ao sentimento de pretença a uma grande nação."
(excerto da Apresentação)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
20€
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