05 dezembro, 2016

CORPS D'ARTILLERIE LOURDE PORTUGAIS : C. A. L. P. - Materiaes de escorregamento sobre o reparo. Plataformas, pontarias e tiro. 1917. [S.l.], [s.n.], 1917. In-8.º (17,5cm) de [4], 181, [3] p. ; il. ; B.
Manual de instruções manuscrito elaborado pelo C. A. L. P., policopiado, e distribuído ao Corpo de Artilharia portuguesa estacionado em França.
O presente exemplar ostenta o carimbo de posse  do «3.º GROUPE : 9.ª BATTERIE * C. A. L. P.», com a indicação manuscrita na parte superior da capa 'Archivo da 9ª bateria'.
Muito ilustrado com fórmulas matemáticas, quadros e desenhos esquemáticos nas páginas de texto.
"O Corpo de Artilharia encontrava-se organizado de forma independente ao Corpo Expedicionário Português (CEP) e esteve estabelecida em diversos locais, incluindo outras frentes de combate. Cooperaram directamente com os aliados, tendo recebido com frequência referências elogiosas relativamente à capacidade de acção e ao valor técnico dos oficiais e praças de artilharia.

Foi a França que solicitou a Portugal, em 26 de Dezembro de 1916, a cedência de artilharia portuguesa para o "front", como auxílio directo de Portugal à França. Não existindo a vontade de ceder o nosso material de artilharia pesada, após conversações, foi contraposto à França a cedência de "pessoal de artilharia para constituir no front francês, 25 batarias de artilharia pesada" que ficariam sob as ordens do Exército Francês e independentes das Divisões Portuguesas que cooperavam com o Exército Britânico. Para tal o Governo Português recrutou pessoal do exército e algum da marinha de guerra, e colocou no comando do Corpo de Artilharia o Coronel João Clímaco Homem Teles. A 10 de Maio partiram os primeiros oficiais e praças para França, para preparar o aquartelamento e administrativamente a chegada dos artilheiros.
O acordo entre o Governo Português e o Governo Francês, "Convenção Militar para o Emprego de forças Portuguesas de Artilharia Pesada na Linha Francesa de Operações em França" foi assinada pelo Ministro da Guerra Português Norton de Matos e o Ministro da Guerra Francês Paul Painlevé, em 17 de Maio de 1917.
Este acordo deu origem ao Corpo de Artilharia Pesada Independente (C.A.P.I.), que foi inicialmente organizado com 10 batarias. A composição inicial compunha-se de 1 coronel, 4 majores (para comandar os grupos de batarias), 8 capitães, 5 tenentes e alferes e 10 sargentos. Três dos majores ficaram a comandar 3 grupos tácticos a três batarias e um major a comandar o depósito.
A 15 de Janeiro de 1918, o efectivo do Corpo de Artilharia portuguesa passou a ser de 70 oficiais e 1.569 praças.
Em 4 de Novembro de 1917, o Corpo de Artilharia já estava dotado do material ferroviário de combate, abastecimento e de alojamento e a área de aquartelamento concluídos. Pronto para combate, o Corpo de Artilharia Pesada Independente, passou a ser denominado pelo exército francês como: "Corps Artillerie Lourde Portugais", (C.A.L.P.).
Em Abril de 1918, após a redução orgânica do C.A.P.I., para um grupo misto e uma bataria de depósito, passou a contar com um efectivo de 38 oficiais e 553 praças ao serviço da França.
Em Ordem de Serviço do CEP, de 10 de Novembro de 1918, foi publicado que o C.A.P.I. seria extinto em 30 de Novembro do mesmo mês e que as suas batarias seriam deixadas em França. O pessoal do Corpo ficou acantonado em Crecques, onde trabalhou no arrasamento de trincheiras e remoção de arame farpado até Março de 1919. A 3 de Abril de 1919 o Corpo de Artilharia foi para Cherbuourg, onde embarcou no vapor inglês "N.W. Miller", que o repatriou."

(Fonte: http://www.momentosdehistoria.com/MH_05_03_02_Exercito.htm)
Matérias:
Primeira Parte - Generalidades sobre a construção dos ramaes de tiro
- Operações topograficas relativas ao levantamento dos ramaes de tiro: I. Estação no centro: a) Determinação do raio e da posição do centro; b) Graduação do rail exterior; c) Coordenadas do centro; d) Orientação d'uma direcção referencia e do levantamento dos ramal de tiro; e) Construção grafica. II. Estação fora do centro: a) Coordenadas do ponto de estação; b) Determinação do raio; c) Graduação do rail exterior; d) Orientação d'uma direção referencia e do levantamento dos ramaes de tiro; e) Construção grafica e determinação das coordenadas do centro. - Emprego d'uma fração de jogo de vigotas. - Mudança de objectivo.
Segunda Parte - Pontarias e correções de tiro
- Regras para a execução da pontaria em direcção. - Methodos para a execução da pontaria em direcção. - Pontaria em direção: Pratica das reguas. Pratica dos diversos methodos de pontaria.- Correções a considerar para a execução de tiro: 1.º Correção do vento; 2.º Correção da inclinação do eixo dos munhões; 3.º Correção do movimento de rotação da terra (1.ª Correcção do angulo de sitio; 2.ª Correcção do vento; 3.ª Correção devida á variação de densidade do ar; 4.ª Correção devida á variação po peso de projectil; 5.ª Correção devida á variação da velocidade inicial; 6.ª Correção devida á falta de paralelismo entre a meza do quadrante e o eixo da boca de fogo; 7.ª Correção devida ao regimen da boca de fogo; 8.ª Correção devida ao deslocamento da peça sobre o ramal de tiro; 9.ª Correção devida á curvatura da terra; 10.ª Correção devida ao movimento de rotação da terra.).
Terceira Parte - Regras, mecanismo e regulação de tiro
- Regras para a execução do tiro. - Tiro por salvas. - Tiro de rajadas. - Repartição do tiro e mudança d'objectivo. - Regulação do tiro. Tiro sobre alvo auxiliar. - Transporte de tiro. - Tiro de noute. - Folha rectificativa á 2.ª Parte.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Sem registo na BNP.
Peça de colecção.
Indisponível

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