1.ª edição.
Exemplar n.º 245 de uma tiragem não declarada.
Reflexões de António Pinto acerca da guerra colonial em Angola, o processo de transição para a independência e o futuro do país.
"O autor faz uma abordagem histórica da situação socioeconómica de Angola entre 1961 e 1974, na fase de “libertação nacional”. Nesse período, marcado pela luta pela independência, António Pinto alude aos erros de interpretação histórica do regime colonial, que, contra os ventos da história, persistiu em “continuar em África”, ignorando as aspirações dos povos das colónias refletidas nas reivindicações de nacionalistas como Agostinho Neto, Mário Pinto de Andrade, Amílcar Cabral e Eduardo Mondlane.
Num dos Capítulos, o autor aborda as classes sociais nas ex-colónias portuguesas, destacando o fenómeno que designa por “revolução social”, operada, sobretudo, nos serviços públicos, resultado de uma política de maior tolerância racial, de uma explosão escolar na década 1963-1974 e de um aumento de quadros negros no funcionalismo público. No entanto, precisa que essa “revolução” se limitou ao universo dos quadros e funcionários. As camadas mais pobres das populações negras continuaram a ser as mais atingidas pela discriminação social. António Pinto aborda ainda no Capítulo III “A Burguesia Colonial e o Desenvolvimento de Angola”, no Capítulo IV “Discriminação Racial e Injustiças Sociais”, no Capítulo V “Erros da Política Colonial até 1974” e no Capítulo VI “Resenha Histórico-Política de Angola (1482 –1975)”.
Apesar da pesada herança colonial, o autor alude a algumas reformas legislativas no domínio da educação, que, na sua opinião, terão contribuído para reforçar a presença e importância da língua portuguesa em Angola.
António Pinto (n. 1937). "Natural da Gabela (Kwanza Sul). Concluiu a instrução primária em Porto Amboím e ingressou no Seminário em 1951. Em 1955, deslocou-se para Portugal onde frequentou o ensino secundário no Liceu da Guarda. Em 1958, regressou a Angola, onde prestou serviço militar no exército português, no período de 1959 a 1963. Em 1963, ingressou no funcionalismo público ultramarino. Em 1967 concluiu o ensino secundário no Liceu Salvador Correia. Considera-se um “espírito apaixonado” pelos problemas da sua Terra (Angola), sobretudo de natureza económica e social. Em 1975, [na capa, 1974], publicou em Luanda, com 38 anos de idade, a 1ª edição da obra “13 Anos de Luta Armada. Porquê?”. Nesse exercício pôde exteriorizar as angústias e preocupações que marcaram o período histórico da conturbada transição da colónia de Angola para a independência, a 11 de Novembro de 1975.
Em 2010, licenciou-se em Direito na Universidade Independente de Angola. Como jornalista, entre 1998 e 2012 publicou mais de 500 trabalhos na imprensa local. É docente universitário e consultor jurídico inscrito na Ordem dos Advogados de Angola."
(fonte: www.instituto-camoes.pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas algo sujas.
Invulgar.
15€
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