JOSEPH, Cathy - OUTDOOR LIGHTING: FASHION & GLAMOUR. Crans-près-Céligny, Ava Publishing SA, 2003. In-4.º (23x26cm) de 159, [1] p. ; todo il. ; B.
1.ª edição.
Edição totalmente ilustrada ao longo das páginas com belíssimas fotografias executadas no exterior, em ambiente descontraído, contrariando a encenação e formalidade dos trabalhos produzidos em estúdio.
"During recent years, fashion and glamour photography has increasingly shifted away from the false and formal setting of the studio towards grater use of real-life locations and outdoor lighting.
This book explores the skills required to get the very best results from daylight - the most versatile and challenging resource at the photographer's disposal.
Using high quality images from around the world, it looks at the whole process of conducting a fashion shoot, from the client's brief to the choice of location, the time of day and techniques employed. With tips and explanations from the photographers and clear diagrams of the set-up, it shows a wealth of different ways in which natural light can be controlled, manipulated and artificially enhanced to create a mood, flatter the subject and catch the eye.
Including a broad range of contemporary styles drawn from editorial, commercial and personal work, this practical and inspirational title will be invaluable for both aspiring and professional photographers."
(apresentação)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível
30 julho, 2016
Etiquetas:
*JOSEPH (Cathy),
1ª E D I Ç Ã O,
Arte,
Fotografia,
Moda
29 julho, 2016
GOMES, Carlos - PORTUGAL COMERCIAL. 1.ª Parte : antes da guerra. Coimbra, Tipografia França Amado, 1919. In-8.º (19cm) de [4], 176 p. ; [4] desdob. ; il. ; B.
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
Retrato comercial do país anterior à Grande Guerra. Esta 1.ª parte é tudo quanto se publicou.
Livro ilustrado no texto com quadros e tabelas, e em separada com 4 mapas contabilísticos.
"Não se sabe o que nos reserva o futuro quanto aos navios ex-alemães mas é de crer que sejamos compensados o nosso sacrifício na guerra, com a requisição da frota que foi o motivo da declaração de guerra pela Alemanha.
Sendo assim poderemos resarcir-nos, em parte, dos inconvenientes surgidos, estabelecendo a necessária carreira de navegação, que já foi foi por várias vezes tentada, que em diferentes ensejos esteve para se realisar, mas que motivos, aliás discutíveis, nos impediram de tornar efectiva."
(excerto do Cap. IX)
Matérias:
I - O valôr económico da nossa posição geográfica. II - Instrução comercial. III - Portos principais e meios de comunicação. IV - Marinha Mercante. V - Nações com que temos relações comerciais. VI - Instituições de comércio. VII - Bancos e seguros. - VIII - Bibliografia. IX - Considerações sôbre o futuro do Comércio Português.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas picadas de oxidação.
Muito invulgar.
15€
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
Retrato comercial do país anterior à Grande Guerra. Esta 1.ª parte é tudo quanto se publicou.
Livro ilustrado no texto com quadros e tabelas, e em separada com 4 mapas contabilísticos.
"Não se sabe o que nos reserva o futuro quanto aos navios ex-alemães mas é de crer que sejamos compensados o nosso sacrifício na guerra, com a requisição da frota que foi o motivo da declaração de guerra pela Alemanha.
Sendo assim poderemos resarcir-nos, em parte, dos inconvenientes surgidos, estabelecendo a necessária carreira de navegação, que já foi foi por várias vezes tentada, que em diferentes ensejos esteve para se realisar, mas que motivos, aliás discutíveis, nos impediram de tornar efectiva."
(excerto do Cap. IX)
Matérias:
I - O valôr económico da nossa posição geográfica. II - Instrução comercial. III - Portos principais e meios de comunicação. IV - Marinha Mercante. V - Nações com que temos relações comerciais. VI - Instituições de comércio. VII - Bancos e seguros. - VIII - Bibliografia. IX - Considerações sôbre o futuro do Comércio Português.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas picadas de oxidação.
Muito invulgar.
15€
Etiquetas:
§ AUTÓGRAFOS,
*GOMES (Carlos),
1ª E D I Ç Ã O,
1ª Guerra Mundial,
Comércio,
Economia,
Indústria
28 julho, 2016
SIENKIEWICZ, Henrik - QUO VADIS. Versão portuguesa de Mayer Garção. Desenhos de Districht, Alfredo de Moraes e Sousa e Silva. Gravuras de Carlos Traver. Lisboa, Bibliotheca Popular : Empresa Editora de Publicações Illustradas, [191-]. In-4.º (25,5cm) de 669, [3] p. ; [1] f. il. ; il. ; E.
Romance histórico, clássico da literatura mundial.
Edição luxuosa, não datada, publicada provavelmente na 1.ª década do século passado. Muitíssimo ilustrada com belíssimas capitulares, desenhos no texto e gravuras em página inteira. Inclui um retrato do autor em separado da autoria de Sousa e Silva.
"Henryk Sienkiewicz (1846-1916) foi um jornalista polaco que recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1905 pelos seus "excelentes méritos enquanto escritor épico".
Em Quo Vadis, o autor ilustra o conflito das ideias morais no seio do Império Romano - um conflito que provocou a queda da imoralidade pagã e permitiu ao Cristianismo tornar-se a força dominante da história. Este romance pungente fala do amor que nasce entre uma jovem cristã, Lígia, e um romano pagão, Marco Vinício. Tem lugar na cidade de Roma sob o regime do brutal imperador Nero.
O conflito descrito em Quo Vadis sempre foi de grande interesse para uma vasta audiência de leitores. Quo Vadis é a obra-prima intemporal de Sienkiewicz e foi traduzida para mais de cinquenta línguas."
(fonte: wook.pt)
"Era perto de meio dia quando Petronio acordou, e, como de costume, extremamente fatigado; assistira na vespera, a um festim no palacio de Nero. Havia algum tempo que a sua saude deixava muito a desejar e que não acordava tão bem disposto como outr'ora. Comtudo, o banho matinal e uma habil massagem conseguiam sempre activar-lhe a circulação preguiçosa do sangue a reanimar-lhe as forças de tal forma, que ao sahir do elœothésium (a ultima sala do banho) parecia remoçado, os olhos brilhavam-lhe e o seu aspecto era tão prestigioso que nem o proprio Othão poderia com elle rivalisar. Merecia então bem justificadamente o seu consagrado cognome de Arbitro das elegancias."
(excerto da Primeira Parte, Cap. I)
Encadernação editorial gravada a seco e policromada nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação. Desgaste do manuseio, na capa posterior, nas extremidades, junto à lombada.
Invulgar.
20€
Romance histórico, clássico da literatura mundial.
Edição luxuosa, não datada, publicada provavelmente na 1.ª década do século passado. Muitíssimo ilustrada com belíssimas capitulares, desenhos no texto e gravuras em página inteira. Inclui um retrato do autor em separado da autoria de Sousa e Silva.
"Henryk Sienkiewicz (1846-1916) foi um jornalista polaco que recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1905 pelos seus "excelentes méritos enquanto escritor épico".
Em Quo Vadis, o autor ilustra o conflito das ideias morais no seio do Império Romano - um conflito que provocou a queda da imoralidade pagã e permitiu ao Cristianismo tornar-se a força dominante da história. Este romance pungente fala do amor que nasce entre uma jovem cristã, Lígia, e um romano pagão, Marco Vinício. Tem lugar na cidade de Roma sob o regime do brutal imperador Nero.
O conflito descrito em Quo Vadis sempre foi de grande interesse para uma vasta audiência de leitores. Quo Vadis é a obra-prima intemporal de Sienkiewicz e foi traduzida para mais de cinquenta línguas."
(fonte: wook.pt)
"Era perto de meio dia quando Petronio acordou, e, como de costume, extremamente fatigado; assistira na vespera, a um festim no palacio de Nero. Havia algum tempo que a sua saude deixava muito a desejar e que não acordava tão bem disposto como outr'ora. Comtudo, o banho matinal e uma habil massagem conseguiam sempre activar-lhe a circulação preguiçosa do sangue a reanimar-lhe as forças de tal forma, que ao sahir do elœothésium (a ultima sala do banho) parecia remoçado, os olhos brilhavam-lhe e o seu aspecto era tão prestigioso que nem o proprio Othão poderia com elle rivalisar. Merecia então bem justificadamente o seu consagrado cognome de Arbitro das elegancias."
(excerto da Primeira Parte, Cap. I)
Encadernação editorial gravada a seco e policromada nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação. Desgaste do manuseio, na capa posterior, nas extremidades, junto à lombada.
Invulgar.
20€
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*GARÇÃO (Mayer),
*MORAIS (Alfredo de),
*SIENKIEWICZ (Henrik),
História,
Polónia,
Romance Histórico
27 julho, 2016
CORRÊA, José Augusto - PHILOSOPHIA DIVINA E HUMANA. Paris; Lisboa, Aillaud, Alves & Cia : Rio de Janeiro; S. Paulo; Belo Horizonte, Francisco Alves & Cia, 1912. In-8.º (19cm) de 342, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
"Quando o espirito soffre das miserias humanas e não encontra lenitivo nas affeições terrenas, o pensamento eleva-se a páramos divinos e haure o balsamo espiritual nas sublimidades do infinito. Eis a origem e a necessidade da philosophia. Todo o philosopho de genio tenta crear um mundo moral differente do que existe e encerra, para elle, profundos defeitos que lhe cumpre remediar. D'ahi a variedade de systemas philosophicos que teem iluminado os periodos historicos."
(excerto da Introdução, Necessidade da Philosophia)
Índice Geral:
Introducção: Evolução Humana e Scientifica. Necessidade da Philosophia.
Primeira Parte - Philosofia Divina
- Formação dos Mundos. - Espirito e Materia. - A Ideia Religiosa. - Existencia de Deus. - Mysticismo e Fanatismo. - O Infinito. - Religião e Militarismo. - O Genio. - A Religião e o Civismo na Educação e na Instrucção. - Critica e Cultos. - Decadencia das Religiões. - A Religião do Futuro.
Segunda Parte - Philosofia Humana
- A Mulher. - O Homem. - O Amôr. - A Liberdade. - Educação e Instrucção. - Direitos e Deveres. - O Bello e o Sublime em a Natureza e na Arte. - Politica. - Fraternisação e Associação dos Povos pela Instrucção. - O Cultivo do Espirito. - A Justiça. - O Espirito Associativo. - Das Leis. - O Duello e o Suicidio. - Depopulação. - A Coragem na Morte. - Immortalidade.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Indisponível
1.ª edição.
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
"Quando o espirito soffre das miserias humanas e não encontra lenitivo nas affeições terrenas, o pensamento eleva-se a páramos divinos e haure o balsamo espiritual nas sublimidades do infinito. Eis a origem e a necessidade da philosophia. Todo o philosopho de genio tenta crear um mundo moral differente do que existe e encerra, para elle, profundos defeitos que lhe cumpre remediar. D'ahi a variedade de systemas philosophicos que teem iluminado os periodos historicos."
(excerto da Introdução, Necessidade da Philosophia)
Índice Geral:
Introducção: Evolução Humana e Scientifica. Necessidade da Philosophia.
Primeira Parte - Philosofia Divina
- Formação dos Mundos. - Espirito e Materia. - A Ideia Religiosa. - Existencia de Deus. - Mysticismo e Fanatismo. - O Infinito. - Religião e Militarismo. - O Genio. - A Religião e o Civismo na Educação e na Instrucção. - Critica e Cultos. - Decadencia das Religiões. - A Religião do Futuro.
Segunda Parte - Philosofia Humana
- A Mulher. - O Homem. - O Amôr. - A Liberdade. - Educação e Instrucção. - Direitos e Deveres. - O Bello e o Sublime em a Natureza e na Arte. - Politica. - Fraternisação e Associação dos Povos pela Instrucção. - O Cultivo do Espirito. - A Justiça. - O Espirito Associativo. - Das Leis. - O Duello e o Suicidio. - Depopulação. - A Coragem na Morte. - Immortalidade.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Indisponível
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§ AUTÓGRAFOS,
*CORREIA (José Augusto),
1ª E D I Ç Ã O,
Filosofia,
História,
Religião
26 julho, 2016
CASTRO, José Constantino Gomes de - HISTORIA RESUMIDA DAS PERSEGUIÇÕES DE JOSÉ CONSTANTINO GOMES DE CASTRO, Presbytero Secular, Conego Prebendado na Igreja Cathedral da Cidade de S. Luiz do Maranhão, Ex Commissario do Santo Officio, Protonotario Apostolico de Sua Santidade com Beneplacito Regio, e Cavalleiro da Ordem de Christo. Por elle escripta, e comprovada com documentos legaes. Lisboa, Na Impressão Regia. Anno de 1823. Com Licença da Real Commisão de Censura. In-8.º (21 cm) de [2], 34, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Defesa do autor na sequência do processo que lhe foi movido no Maranhão, pela Junta Administrativa do Governo, na sequência da Revolução Liberal do Porto, em 1820, e que se estendeu à dita província brasileira. A sua não colaboração com as novas autoridades e a publicação extemporânea do seu Discurso Gratulatorio no dia da aclamação de D. João VI (1818), resultariam na sua expulsão da cidade de S. Luís do Maranhão para S. José de Guimarães, sendo posteriormente conduzido ao exílio em Portugal, e aprisionado no Castelo de S. Jorge, em Lisboa.
Encadernação em brochura coeva.
Exemplar em bom estado de conservação.
Muito raro.
85€
1.ª edição.
Defesa do autor na sequência do processo que lhe foi movido no Maranhão, pela Junta Administrativa do Governo, na sequência da Revolução Liberal do Porto, em 1820, e que se estendeu à dita província brasileira. A sua não colaboração com as novas autoridades e a publicação extemporânea do seu Discurso Gratulatorio no dia da aclamação de D. João VI (1818), resultariam na sua expulsão da cidade de S. Luís do Maranhão para S. José de Guimarães, sendo posteriormente conduzido ao exílio em Portugal, e aprisionado no Castelo de S. Jorge, em Lisboa.
Encadernação em brochura coeva.
Exemplar em bom estado de conservação.
Muito raro.
85€
24 julho, 2016
CEBOLA, Luís - PSIQUIATRIA SOCIAL. Ilustrações de Adolfo de Almeida, J. Ferreira d'Albuquerque e Stuart Carvalhais. Lisboa, Livraria Central de Gomes de Carvalho, 1931. In-4.º (23,5cm) de 204, [4] p. ; [1] f. il. ; il. ; B.
1.ª edição.
Conjunto de crónicas de "vulgarização scientifica", a maior parte delas, publicadas no Diário de Notícias.
Obra ilustrada com o retrato do autor em extratexto. Muito valorizada pelos belíssimos desenhos que acompanham o texto, alguns em página inteira.
"A guerra que a Alemanha desencadeou em 1914, veio aumentar excessivamente, no mundo inteiro, o número de alienados. Caído na engrenagem bélica, por dever de aliança, secularmente pactuada com a Inglaterra, e por legítimo desejo de conservar as nossas províncias Ultramarinas, Portugal havia de colhêr as boas e as más conseqüências que derivariam dêsse acto de patriotismo e argúcia diplomática. Das segundas é que nos proveio, como às demais nações, a sobrecarga de loucos. [...]
Eu tratei, na Casa de Saúde do Telhal, a maior parte dos loucos que vieram do sector da Flandres e da Africa.
Recordando essa época de assustador acréscimo de perturbações psíquicas, cumpre-nos salientar, aqui, uma nota assás honrosa para o nosso povo. No referido estabelecimento psiquiátrico apenas registei um caso de simulação. Todos os oficiais e praças que ali foram internados, estavam afectados na sua mentalidade.
As determinantes haviam sido múltiplas. O cansaço físico, a nostalgia da Pátria e da família, a disposição congénita para as doenças da psique, a sífilis adormecida, o esgotamento de ordem intelectual e moral e, sobretudo, a emoção fulminante, produzida pelos obuses, deram origem a várias loucuras já conhecidas dos alienistas que não descobriram, em suas aturadas observações e pesquisas, nenhum sindroma revelador duma nova entidade vesânica. Todavia, predominou sempre a psicose emocional com o seu onirismo alucinatório e delirante.
O choque houvera sido tão violento, que, longe do pleiro, sentiam-se ainda envolvidos nas scenas apavorantes da guerra: os assaltos imprevistos às trincheiras, os arremêssos de granadas, a luta titânica de corpo a corpo na «Terra de Ninguém», o ruído enervante dos motores das aeronaves, o ribombo da artilharia pesada, as nuvens rastejantes dos gases tóxicos, o estilhaçar das pontes, o naufrágio dos navios torpedeados pelos submarinos traiçoeiros, o desmoronar das aldeias e cidades, os pesadelos dos sonhos regados de sangue, o silêncio inquietante das noites, a cólera dos prisioneiros, os ais dos feridos e a hecatombe dos mortos."
(excerto de Os loucos da Grande Guerra)
"A crença no regresso daqueles que morreram, ganha milhares de adeptos em todo o mundo. Simultâneamente, cresce o número das sociedades espíritas, caem no mercado livros , opúsculos e jornais em catadupas de propaganda e, com afan, se levantam os templos da nova religião.
Os espíritos, sob condições propícias, reaparecem - falando e escrevendo.
Habitantes das esferas luminosas que giram perpètuamente no espaço incomensurável, descem à Terra, na sagrada missão de aconselhar os vivos e procederem sempre com lisura de carácter e amor fraterno.
Quem duvidará dêles? O seu verbo, depurados das mentiras terrenas, traduz sómente a Verdade.
Acaso irá alguém negar a sua existência imaterial, mas constatada por actos insofismáveis, por realizações tangíveis, por documentos que os retratam?
- Ah! sim, os mortos voltam!"
(excerto de Os mortos voltam?)
Matérias:
Explicação prévia. Doidos à solta. Um problema médico-social de flagrante actualidade. Proémio. I - Crianças anormais na Escola Primária. II - Os vagabundos. III - Penitenciárias e colónias criminais. IV - Os suicidas. V - Psicópatas no Exército e na Marinha. VI - Os magos das multidões. VII - Consultas pré-nupciais. VIII - Os loucos da Grande Guerra. IX - A ideia política. X - O culto de Vénus. XI - Assistência aos alienados. XII - Os mortos voltam? XIII - Bobos da rua. XIV - Os desvarios da nossa época. XV - Á roda dos tribunais. XVI - Como evitar a loucura?
Luís Cebola (1876-1967). Médico alienista, natural de Alcochete. "Estudou no Colégio Almeida Garrett, em Aldeia Galega (actual Montijo), onde completou os três primeiros anos do curso liceal, sendo depois transferido para o Liceu Nacional de Évora. De 1895 a 1900, realizou a preparação para os estudos médico-cirúrgicos na Escola Politécnica de Lisboa. Estudou na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa de 1899 a 1906. Em 1906 defendeu a sua tese inaugural, A Mentalidade dos Epilépticos, sob a orientação do Professor Miguel Bombarda no Hospital de Rilhafoles. Luís Cebola foi nomeado director clínico da Casa de Saúde do Telhal (pertencente à Ordem Hospitaleira de São João de Deus), a 2 de Janeiro de 1911, por Afonso Costa em representação do Governo Provisório da República Portuguesa, cargo que desempenhou até 1948. Enquanto director clínico parece ter sido responsável pela introdução e desenvolvimento da ergoterapia ou laborterapia, que visava a recuperação dos pacientes através do trabalho dirigido. E ainda, pela prática de uma psiquiatria social ou comunitária, i.e., uma terapêutica humanitária que visava incentivar a interacção social entre pacientes, médicos, enfermeiros, irmãos e familiares, através da prática de ofícios e de actividades artísticas, lúdicas e desportivas.”
(fonte: wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas manchadas, frágeis, com defeitos. Falha de papel no terço superior da lombada.
Invulgar.
Indisponível
1.ª edição.
Conjunto de crónicas de "vulgarização scientifica", a maior parte delas, publicadas no Diário de Notícias.
Obra ilustrada com o retrato do autor em extratexto. Muito valorizada pelos belíssimos desenhos que acompanham o texto, alguns em página inteira.
"A guerra que a Alemanha desencadeou em 1914, veio aumentar excessivamente, no mundo inteiro, o número de alienados. Caído na engrenagem bélica, por dever de aliança, secularmente pactuada com a Inglaterra, e por legítimo desejo de conservar as nossas províncias Ultramarinas, Portugal havia de colhêr as boas e as más conseqüências que derivariam dêsse acto de patriotismo e argúcia diplomática. Das segundas é que nos proveio, como às demais nações, a sobrecarga de loucos. [...]
Eu tratei, na Casa de Saúde do Telhal, a maior parte dos loucos que vieram do sector da Flandres e da Africa.
Recordando essa época de assustador acréscimo de perturbações psíquicas, cumpre-nos salientar, aqui, uma nota assás honrosa para o nosso povo. No referido estabelecimento psiquiátrico apenas registei um caso de simulação. Todos os oficiais e praças que ali foram internados, estavam afectados na sua mentalidade.
As determinantes haviam sido múltiplas. O cansaço físico, a nostalgia da Pátria e da família, a disposição congénita para as doenças da psique, a sífilis adormecida, o esgotamento de ordem intelectual e moral e, sobretudo, a emoção fulminante, produzida pelos obuses, deram origem a várias loucuras já conhecidas dos alienistas que não descobriram, em suas aturadas observações e pesquisas, nenhum sindroma revelador duma nova entidade vesânica. Todavia, predominou sempre a psicose emocional com o seu onirismo alucinatório e delirante.
O choque houvera sido tão violento, que, longe do pleiro, sentiam-se ainda envolvidos nas scenas apavorantes da guerra: os assaltos imprevistos às trincheiras, os arremêssos de granadas, a luta titânica de corpo a corpo na «Terra de Ninguém», o ruído enervante dos motores das aeronaves, o ribombo da artilharia pesada, as nuvens rastejantes dos gases tóxicos, o estilhaçar das pontes, o naufrágio dos navios torpedeados pelos submarinos traiçoeiros, o desmoronar das aldeias e cidades, os pesadelos dos sonhos regados de sangue, o silêncio inquietante das noites, a cólera dos prisioneiros, os ais dos feridos e a hecatombe dos mortos."
(excerto de Os loucos da Grande Guerra)
"A crença no regresso daqueles que morreram, ganha milhares de adeptos em todo o mundo. Simultâneamente, cresce o número das sociedades espíritas, caem no mercado livros , opúsculos e jornais em catadupas de propaganda e, com afan, se levantam os templos da nova religião.
Os espíritos, sob condições propícias, reaparecem - falando e escrevendo.
Habitantes das esferas luminosas que giram perpètuamente no espaço incomensurável, descem à Terra, na sagrada missão de aconselhar os vivos e procederem sempre com lisura de carácter e amor fraterno.
Quem duvidará dêles? O seu verbo, depurados das mentiras terrenas, traduz sómente a Verdade.
Acaso irá alguém negar a sua existência imaterial, mas constatada por actos insofismáveis, por realizações tangíveis, por documentos que os retratam?
- Ah! sim, os mortos voltam!"
(excerto de Os mortos voltam?)
Matérias:
Explicação prévia. Doidos à solta. Um problema médico-social de flagrante actualidade. Proémio. I - Crianças anormais na Escola Primária. II - Os vagabundos. III - Penitenciárias e colónias criminais. IV - Os suicidas. V - Psicópatas no Exército e na Marinha. VI - Os magos das multidões. VII - Consultas pré-nupciais. VIII - Os loucos da Grande Guerra. IX - A ideia política. X - O culto de Vénus. XI - Assistência aos alienados. XII - Os mortos voltam? XIII - Bobos da rua. XIV - Os desvarios da nossa época. XV - Á roda dos tribunais. XVI - Como evitar a loucura?
Luís Cebola (1876-1967). Médico alienista, natural de Alcochete. "Estudou no Colégio Almeida Garrett, em Aldeia Galega (actual Montijo), onde completou os três primeiros anos do curso liceal, sendo depois transferido para o Liceu Nacional de Évora. De 1895 a 1900, realizou a preparação para os estudos médico-cirúrgicos na Escola Politécnica de Lisboa. Estudou na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa de 1899 a 1906. Em 1906 defendeu a sua tese inaugural, A Mentalidade dos Epilépticos, sob a orientação do Professor Miguel Bombarda no Hospital de Rilhafoles. Luís Cebola foi nomeado director clínico da Casa de Saúde do Telhal (pertencente à Ordem Hospitaleira de São João de Deus), a 2 de Janeiro de 1911, por Afonso Costa em representação do Governo Provisório da República Portuguesa, cargo que desempenhou até 1948. Enquanto director clínico parece ter sido responsável pela introdução e desenvolvimento da ergoterapia ou laborterapia, que visava a recuperação dos pacientes através do trabalho dirigido. E ainda, pela prática de uma psiquiatria social ou comunitária, i.e., uma terapêutica humanitária que visava incentivar a interacção social entre pacientes, médicos, enfermeiros, irmãos e familiares, através da prática de ofícios e de actividades artísticas, lúdicas e desportivas.”
(fonte: wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas manchadas, frágeis, com defeitos. Falha de papel no terço superior da lombada.
Invulgar.
Indisponível
Etiquetas:
*CARVALHAIS (Stuart),
*CEBOLA (Luís),
1ª E D I Ç Ã O,
1ª Guerra Mundial,
Criminalidade,
Crónicas,
Psicologia,
Psiquiatria
22 julho, 2016
OS MISTÉRIOS DA LADEIRA DO PINHEIRO. (Breves apontamentos dos factos de ordem sobrenatural verificados, desde há 10 anos, no local das aparições de Nossa Senhora das Graças, situados na Ladeira do Pinheiro; entre Torres Novas e Entroncamento) : Portugal. Zaragoza, Editorial Círculo, 1971. In-8.º (18 cm) de 284, [8] p. ; [16] p. il. ; B.
1.ª edição.
Obra publicada em Espanha, certamente para contornar a censura do Estado Novo.
Ilustrada com 16 páginas extratexto, reproduzindo actuações da mística, e outras.
Não existem referências à autoria do livro, e este não se encontra recenseado na base de dados da Biblioteca Nacional.
"Natural de Riachos, Torres Novas, Maria da Conceição Mendes Horta tinha 39 anos quando, internada no Hospital da Misericórdia, na Golegã, com uma leucemia, viu uma imagem do Senhor dos Passos a mexer-se. Terá ficado curada, afirmando desde então que tinha visões e falava com os Santos, reunindo ao seu redor um grupo de fiéis que chegou a trazer à Ladeira do Pinheiro pessoas do outro lado do Atlântico. Morreria em 2003, aos 72 anos, poucas semanas depois de ter sido excomungada por um ramo da Igreja Ortodoxa polaca, a única que apoiou o culto.
É uma história feita de vários episódios e uma certa mística de mártir que sempre rodeou Maria da Conceição, conhecida entre os fiéis por “Mãe Maria” ou “Santa da Ladeira” e pelos céticos como “bruxa da Meia Via”. Casada por duas vezes, tendo ficado viúva do primeiro marido, teve as suas primeiras visões nos anos 60, procurando desde então que o seu culto fosse aceite pela Igreja Católica. Não só nunca foi aceite como Maria da Conceição entrou em litígio com o pároco local.
A sua casa foi fechada pela GNR em 1972 e só depois do 25 de Abril, e com o fim do Estado Novo, a Igreja Católica Ortodoxa de Portugal deu o seu apoio a Maria da Conceição, criando-se o início da institucionalização do culto."
(Fonte: www.mediotejo.net)
"Antes de iniciar a descrição sucinta dos factos, que, por força das circunstâncias, estão de antemão sujeitos a criticas tão injustas como disparatadas, devo advertir, seriamente, que toda a matéria exposta foi investigada e comprovada em termos de não deixar dúvidas, como poderá certificar-se aquele que o desejar, pois está aberto a todos o campo da investigação. Não se trata, portanto, de «fantasias», «contos» ou «romances», cheios de enfeites, ornamentos ou poesias, que dão à leitura o encanto e deleite, segundo a imaginação e o génio do autor. Mas aqui, apenas encontrarão a verdade intangível, crua e nua, como Deus a deitou ao mundo, sem uma brisa, suave e amena, que a harmonize com os conceitos da mentalidade ou beleza da arte de escrever."
(excerto da introdução)
"Tudo quanto fica escrito relativamente às aparições de Nossa Senhora das Graças da Ladeira do Pinheiro, há-de, com certeza, merecer juízos diversos , segundo a condição de cada pessoa, porque uns acreditam em aparições, outros apenas crêem na Bíblia Sagrada, alguns só têm fé na existência de Deus, e uma grande parte não acredita em nada; de tal sorte que é impossível conciliarem-se as opiniões, a não ser que se transigisse até ao ponto de se atingir o alto nível intelectual do sábio que disse: «Só sei que nada sei...»
Mas o que importa é saber, se é ou não é possível a existência de um movimento de salvação sobrenatural, se os factos apontados têm ou não foros de verdade, e se a condição humana é ou não a causa de todas as controvérsias?!"
(Excerto do Cap. XII, Considerações finais)
Matérias:
Introdução. I - O princípio das revelações. II - O Mistério da Divina Eucaristia. III - A cura ou diagnóstico de doenças. IV - A translação misteriosa da vidente. V - Mistérios materializados. VI - Visões celestiais. VII - Prenunciação da mística. VIII - Martírios e angústias. IX - Milagre dos «40 dias». X - Extractos de êxtases. XI - Sincronismo de outras aparições. XII - Considerações finais.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro e muito curioso.
Sem registo na BNP.
Indisponível
1.ª edição.
Obra publicada em Espanha, certamente para contornar a censura do Estado Novo.
Ilustrada com 16 páginas extratexto, reproduzindo actuações da mística, e outras.
Não existem referências à autoria do livro, e este não se encontra recenseado na base de dados da Biblioteca Nacional.
"Natural de Riachos, Torres Novas, Maria da Conceição Mendes Horta tinha 39 anos quando, internada no Hospital da Misericórdia, na Golegã, com uma leucemia, viu uma imagem do Senhor dos Passos a mexer-se. Terá ficado curada, afirmando desde então que tinha visões e falava com os Santos, reunindo ao seu redor um grupo de fiéis que chegou a trazer à Ladeira do Pinheiro pessoas do outro lado do Atlântico. Morreria em 2003, aos 72 anos, poucas semanas depois de ter sido excomungada por um ramo da Igreja Ortodoxa polaca, a única que apoiou o culto.
É uma história feita de vários episódios e uma certa mística de mártir que sempre rodeou Maria da Conceição, conhecida entre os fiéis por “Mãe Maria” ou “Santa da Ladeira” e pelos céticos como “bruxa da Meia Via”. Casada por duas vezes, tendo ficado viúva do primeiro marido, teve as suas primeiras visões nos anos 60, procurando desde então que o seu culto fosse aceite pela Igreja Católica. Não só nunca foi aceite como Maria da Conceição entrou em litígio com o pároco local.
A sua casa foi fechada pela GNR em 1972 e só depois do 25 de Abril, e com o fim do Estado Novo, a Igreja Católica Ortodoxa de Portugal deu o seu apoio a Maria da Conceição, criando-se o início da institucionalização do culto."
(Fonte: www.mediotejo.net)
"Antes de iniciar a descrição sucinta dos factos, que, por força das circunstâncias, estão de antemão sujeitos a criticas tão injustas como disparatadas, devo advertir, seriamente, que toda a matéria exposta foi investigada e comprovada em termos de não deixar dúvidas, como poderá certificar-se aquele que o desejar, pois está aberto a todos o campo da investigação. Não se trata, portanto, de «fantasias», «contos» ou «romances», cheios de enfeites, ornamentos ou poesias, que dão à leitura o encanto e deleite, segundo a imaginação e o génio do autor. Mas aqui, apenas encontrarão a verdade intangível, crua e nua, como Deus a deitou ao mundo, sem uma brisa, suave e amena, que a harmonize com os conceitos da mentalidade ou beleza da arte de escrever."
(excerto da introdução)
"Tudo quanto fica escrito relativamente às aparições de Nossa Senhora das Graças da Ladeira do Pinheiro, há-de, com certeza, merecer juízos diversos , segundo a condição de cada pessoa, porque uns acreditam em aparições, outros apenas crêem na Bíblia Sagrada, alguns só têm fé na existência de Deus, e uma grande parte não acredita em nada; de tal sorte que é impossível conciliarem-se as opiniões, a não ser que se transigisse até ao ponto de se atingir o alto nível intelectual do sábio que disse: «Só sei que nada sei...»
Mas o que importa é saber, se é ou não é possível a existência de um movimento de salvação sobrenatural, se os factos apontados têm ou não foros de verdade, e se a condição humana é ou não a causa de todas as controvérsias?!"
(Excerto do Cap. XII, Considerações finais)
Matérias:
Introdução. I - O princípio das revelações. II - O Mistério da Divina Eucaristia. III - A cura ou diagnóstico de doenças. IV - A translação misteriosa da vidente. V - Mistérios materializados. VI - Visões celestiais. VII - Prenunciação da mística. VIII - Martírios e angústias. IX - Milagre dos «40 dias». X - Extractos de êxtases. XI - Sincronismo de outras aparições. XII - Considerações finais.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro e muito curioso.
Sem registo na BNP.
Indisponível
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Curiosidades,
História,
Religião,
Santa da Ladeira do Pinheiro,
Seitas religiosas,
Torres Novas
20 julho, 2016
BANHOS DE S. PAULO (aguas cloretadas e sulfureas). Ano de 1932 - COMPANHIA DAS AGUAS MEDICINAIS DO ARSENAL DE LISBOA. Lisboa, Imprensa Libânio da Silva, [1933]. In-8.º (22,5cm) de 32, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Balanço histórico e analítico da actividade das águas medicinais do Arsenal de Lisboa, que abasteciam os Banhos de S. Paulo.
Contém um estudo de 1922 elaborado pelo eminente Prof. Charles Lepierre, cujos resultados são comparados com trabalhos anteriores, desde a 1.ª análise, em 1857, pelo Dr. Abel Jordão.
O Relatório do ano de 1932, é da responsabilidade dos directores médicos José Manuel Ribeiro e Jayme Moreira de Carvalho, e inclui, a descrição de casos clínicos dados como curados por interferência directa das águas de S. Paulo.
"A Água do Arsenal brota junto da arcada ocidental do Terreiro do Paço, próximo da estação dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste. Nasce a água ou é colhida dentro dum poço. Uma bomba, movida elèctricamente, aspira a água do poço e por uma extensa canalização de chumbo leva-a até ao estabelecimento balnear denominado Banhos de São Paulo, perto da igreja do mesmo nome."
(excerto da introdução, A análise das Águas Medicinais do Arsenal de Lisboa, feita pelo Prof. C. Lepierre)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa apresenta vinco vertical.
Raro.
Sem registo na BNP.
15€
1.ª edição.
Balanço histórico e analítico da actividade das águas medicinais do Arsenal de Lisboa, que abasteciam os Banhos de S. Paulo.
Contém um estudo de 1922 elaborado pelo eminente Prof. Charles Lepierre, cujos resultados são comparados com trabalhos anteriores, desde a 1.ª análise, em 1857, pelo Dr. Abel Jordão.
O Relatório do ano de 1932, é da responsabilidade dos directores médicos José Manuel Ribeiro e Jayme Moreira de Carvalho, e inclui, a descrição de casos clínicos dados como curados por interferência directa das águas de S. Paulo.
"A Água do Arsenal brota junto da arcada ocidental do Terreiro do Paço, próximo da estação dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste. Nasce a água ou é colhida dentro dum poço. Uma bomba, movida elèctricamente, aspira a água do poço e por uma extensa canalização de chumbo leva-a até ao estabelecimento balnear denominado Banhos de São Paulo, perto da igreja do mesmo nome."
(excerto da introdução, A análise das Águas Medicinais do Arsenal de Lisboa, feita pelo Prof. C. Lepierre)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa apresenta vinco vertical.
Raro.
Sem registo na BNP.
15€
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*LEPIERRE (Charles),
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Monografias,
Saúde,
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19 julho, 2016
MAGANÃO, João - A MULHER QUEIMADA VIVA POR TER O DIABO NO CORPO. MARIA DO SOL (A sua tragédia). Lisboa, Pedidos a Manoel Rodrigues - [s.n. - Comp. e imp. na Imprensa Lucas & C.ª, Lisboa], 1933. In-8.º (19,5cm) de 8 p. (inc. capas) ; B.
1.ª edição.
Curioso folheto de cordel escrito em verso a duas colunas.
Tratam-se de duas histórias distintas:
A primeira história - A mulher queimada viva por ter o diabo no corpo - refere-se a um episódio real ocorrido em Soalhães, freguesia de Marco de Canaveses, em 1933, cujo processo consta no site do Tribunal da Relação do Porto, que reproduzimos com a devida vénia.
"Processo de Soalhães - Marco de Canavezes. Em processo de querela com o n.º 41/33, da comarca do Marco de Canaveses, iniciado em 27 de Fevereiro de 1933, julgaram-se quatro indivíduos por co-autoria do crime de homicídio voluntário. Foram condenados, por acórdão de 30 de Maio de 1934 do Tribunal Colectivo daquela Comarca, na pena de 6 anos de prisão maior celular, seguida de degredo por 10, ou alternativa fixa de degredo por 20 anos, em possessão de 1ª classe. Mais se condenaram a pagar a indemnização de 6.000$00 aos filhos da vítima, Arminda de Jesus. A pena foi confirmada por acórdão do Tribunal da Relação do Porto, de 13 de Maio de 1934.
Motivação: um cunhado amigo da vítima e várias outras pessoas juntaram-se em casa de uma mulher possuída por duas almas, uma boa e outra má, como sapientemente diagnosticara uma mulher de virtude de Vila Nova de Gaia. O referido cunhado da vítima havia beneficiado, pouco antes, de dois empréstimos concedidos por esta, um de 100$00 e outro de 90$00, sem juros e sem prazo de pagamento, não tendo ainda sido devolvido o dinheiro aquando dos acontecimentos ocorridos na noite de Sábado, 25, para 26 daquele mês de Fevereiro. Propuseram-se aqueles orar, com base no Livro de S. Cipriano, comprado, pouco tempo antes, em Penafiel, por 17 mil reis. Já haviam feito o mesmo na noite anterior, para esconjuro da alma má. Em certa altura, a possuída disse para um casal circunstante se deitar no chão, se acaso pretendiam salvar-se, o que eles fizeram. Chegando, nesse momento, a vítima Arminda também se deitou, começando esta, desde logo, em altos gritos, de mãos erguidas para o ar e a bater palmas, dizendo logo a possessa para a porem na rua e lhe baterem, pois, obviamente, trazia o diabo dentro dela. Foi prontamente obedecida e agredida à paulada e sacholada. Como, apesar disso, se não calava, mesmo já com ossos quebrados, a mesma instigadora mandou que a queimassem. Juntaram, então, caruma de pinheiro e deitam-lhe persistentemente o fogo, acabando este por pegar com a utilização de um isqueiro. À medida que a caruma ardia e a vítima esturrava, os circunstantes foram ajeitando, com diligente cuidado, o combustível. Consumada a queima, perante o estático torresmo, retiraram-se para casa da mandante, recolhidos em esperançosa oração, até alta madrugada, para que a vítima ressuscitasse (sancta simplicitas!). Como tal não se verificou, certamente já inquietos, os algozes foram para suas casas onde se mantiveram até que foram presos.
O drama foi objecto de um filme e de uma peça teatral, "O Crime da aldeia Velha", esta da autoria de Bernardo Santareno."
(Fonte: www.trp.pt/historia/87-processoshistoricos.html)
"Veio a lume nos jornaes
Que um bando de canibaes,
N'uma aldeia distante;
Tinha praticado um crime,
cuja crueldade esprime
Um cinismo horripilante!
Deu-se o caso em Soalhães,
Quatro homens - quatro cães,
Peor's que os pretos de tanga -
Assaram numa fogueira
Uma pobre lavradeira,
Como se fosse uma franga!"
(excerto do texto)
A segunda história - Maria do Sol (A sua tragédia contada em versos simples) - refere-se igualmente a um episódio verídico, sucedido em Sangalhos - na época, "uma linda aldeia". Maria do Sol, caluniada por um pretendente, espera-o, e mata-o a tiros de caçadeira. É condenada a dois anos de prisão. Posteriormente muda-se com o marido para Espinho onde passa a residir.
"Em Sangalhos, linda aldeia,
Uma camponia vivia
Na doce paz do seu lar,
Gosando pura alegria.
Era a Maria do Sol,
Moça de porte formoso;
E professava um amor
Puro e santo pelo esposo.
Mas era o seu lar modesto
Constantemente rondado,
Por outro homem que estava
Da Maria enamorado
Sem que lhe importasse o esposo
Fez-lhe propostas d'amor;
Mas ela repeliu sempre
Os gestos do sedutor."
(excerto do texto)
Exemplar em brochura, frágil, em bom estado geral de conservação. Com defeitos nos cantos e nas margens.
Raro.
Indisponível
1.ª edição.
Curioso folheto de cordel escrito em verso a duas colunas.
Tratam-se de duas histórias distintas:
A primeira história - A mulher queimada viva por ter o diabo no corpo - refere-se a um episódio real ocorrido em Soalhães, freguesia de Marco de Canaveses, em 1933, cujo processo consta no site do Tribunal da Relação do Porto, que reproduzimos com a devida vénia.
"Processo de Soalhães - Marco de Canavezes. Em processo de querela com o n.º 41/33, da comarca do Marco de Canaveses, iniciado em 27 de Fevereiro de 1933, julgaram-se quatro indivíduos por co-autoria do crime de homicídio voluntário. Foram condenados, por acórdão de 30 de Maio de 1934 do Tribunal Colectivo daquela Comarca, na pena de 6 anos de prisão maior celular, seguida de degredo por 10, ou alternativa fixa de degredo por 20 anos, em possessão de 1ª classe. Mais se condenaram a pagar a indemnização de 6.000$00 aos filhos da vítima, Arminda de Jesus. A pena foi confirmada por acórdão do Tribunal da Relação do Porto, de 13 de Maio de 1934.
Motivação: um cunhado amigo da vítima e várias outras pessoas juntaram-se em casa de uma mulher possuída por duas almas, uma boa e outra má, como sapientemente diagnosticara uma mulher de virtude de Vila Nova de Gaia. O referido cunhado da vítima havia beneficiado, pouco antes, de dois empréstimos concedidos por esta, um de 100$00 e outro de 90$00, sem juros e sem prazo de pagamento, não tendo ainda sido devolvido o dinheiro aquando dos acontecimentos ocorridos na noite de Sábado, 25, para 26 daquele mês de Fevereiro. Propuseram-se aqueles orar, com base no Livro de S. Cipriano, comprado, pouco tempo antes, em Penafiel, por 17 mil reis. Já haviam feito o mesmo na noite anterior, para esconjuro da alma má. Em certa altura, a possuída disse para um casal circunstante se deitar no chão, se acaso pretendiam salvar-se, o que eles fizeram. Chegando, nesse momento, a vítima Arminda também se deitou, começando esta, desde logo, em altos gritos, de mãos erguidas para o ar e a bater palmas, dizendo logo a possessa para a porem na rua e lhe baterem, pois, obviamente, trazia o diabo dentro dela. Foi prontamente obedecida e agredida à paulada e sacholada. Como, apesar disso, se não calava, mesmo já com ossos quebrados, a mesma instigadora mandou que a queimassem. Juntaram, então, caruma de pinheiro e deitam-lhe persistentemente o fogo, acabando este por pegar com a utilização de um isqueiro. À medida que a caruma ardia e a vítima esturrava, os circunstantes foram ajeitando, com diligente cuidado, o combustível. Consumada a queima, perante o estático torresmo, retiraram-se para casa da mandante, recolhidos em esperançosa oração, até alta madrugada, para que a vítima ressuscitasse (sancta simplicitas!). Como tal não se verificou, certamente já inquietos, os algozes foram para suas casas onde se mantiveram até que foram presos.
O drama foi objecto de um filme e de uma peça teatral, "O Crime da aldeia Velha", esta da autoria de Bernardo Santareno."
(Fonte: www.trp.pt/historia/87-processoshistoricos.html)
"Veio a lume nos jornaes
Que um bando de canibaes,
N'uma aldeia distante;
Tinha praticado um crime,
cuja crueldade esprime
Um cinismo horripilante!
Deu-se o caso em Soalhães,
Quatro homens - quatro cães,
Peor's que os pretos de tanga -
Assaram numa fogueira
Uma pobre lavradeira,
Como se fosse uma franga!"
(excerto do texto)
A segunda história - Maria do Sol (A sua tragédia contada em versos simples) - refere-se igualmente a um episódio verídico, sucedido em Sangalhos - na época, "uma linda aldeia". Maria do Sol, caluniada por um pretendente, espera-o, e mata-o a tiros de caçadeira. É condenada a dois anos de prisão. Posteriormente muda-se com o marido para Espinho onde passa a residir.
"Em Sangalhos, linda aldeia,
Uma camponia vivia
Na doce paz do seu lar,
Gosando pura alegria.
Era a Maria do Sol,
Moça de porte formoso;
E professava um amor
Puro e santo pelo esposo.
Mas era o seu lar modesto
Constantemente rondado,
Por outro homem que estava
Da Maria enamorado
Sem que lhe importasse o esposo
Fez-lhe propostas d'amor;
Mas ela repeliu sempre
Os gestos do sedutor."
(excerto do texto)
Exemplar em brochura, frágil, em bom estado geral de conservação. Com defeitos nos cantos e nas margens.
Raro.
Indisponível
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*MAGANÃO (João),
1ª E D I Ç Ã O,
Crime,
Literatura de cordel,
Marco de Canaveses,
Poesia,
Sangalhos
18 julho, 2016
ALBUQUERQUE, Pedro de Medeiros e - ULTIMO COMMANDO (Contos instantaneos). Lisboa, M. Gomes : Livreiro de Suas Magestades e Altezas, [189-]. In-8.º (19,5cm) de XIII, [3], 93 [1] p. ; B.
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória manuscrita (não assinada) do autor.
Obra sem data, terá sido publicada nos últimos anos do século XIX. Trata-se de um conjunto de pequenos contos ingénuos que reflectem uma visão pessimista da vida e das vivências humanas.
Ilustrada com bonitas capitulares e vinhetas tipográficas a assinalar o início e final de cada história.
"O velho general, sempre obedecido pelos seus soldados, estava, havia mezes, paralytico. Vivia agora em uma cadeira, onde era acompanhado e tratado por duas galantes filhas, unica familia que tinha.
A sua larga vida militar fôra cheia de serviços, de provas de coragem e de dedicação.
Nunca o seu nome fôra pronunciado nas casernas dos regimento, sem um alto respeito e especie de veneração pelo seu valor, pela sua idade e pela sua valentia!
Como era bonito ouvi'lo contar todos os muitos episodios da sua vida, todos os perigos porque havia passado! Inflammavam-se-lhe ainda os olhos com aquella chamma com que elle antigamente os illuminava, sempre que commandou, sempre que offereceu o seu constellado peito ao fogo inimigo.
N'estes momentos, parecia viver sem a doença, parecia voltar ao tempo em que era o mais bravo dos contendores e o mais disciplinador dos militares!"
(excerto de Ultimo Commando)
Contos:
- Ultimo commando. - Zit. - Herminia. - O Guarda Marinha. - Confissão. - O Echo. - Reconciliação. - Uma reliquia. - O Sal. - Morrendo! - O Crente. - O Aboletado.
Exemplar brochado (que não as de origem) em bom estado de conservação.
Raro.
Sem registo na BNP.
25€
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória manuscrita (não assinada) do autor.
Obra sem data, terá sido publicada nos últimos anos do século XIX. Trata-se de um conjunto de pequenos contos ingénuos que reflectem uma visão pessimista da vida e das vivências humanas.
Ilustrada com bonitas capitulares e vinhetas tipográficas a assinalar o início e final de cada história.
"O velho general, sempre obedecido pelos seus soldados, estava, havia mezes, paralytico. Vivia agora em uma cadeira, onde era acompanhado e tratado por duas galantes filhas, unica familia que tinha.
A sua larga vida militar fôra cheia de serviços, de provas de coragem e de dedicação.
Nunca o seu nome fôra pronunciado nas casernas dos regimento, sem um alto respeito e especie de veneração pelo seu valor, pela sua idade e pela sua valentia!
Como era bonito ouvi'lo contar todos os muitos episodios da sua vida, todos os perigos porque havia passado! Inflammavam-se-lhe ainda os olhos com aquella chamma com que elle antigamente os illuminava, sempre que commandou, sempre que offereceu o seu constellado peito ao fogo inimigo.
N'estes momentos, parecia viver sem a doença, parecia voltar ao tempo em que era o mais bravo dos contendores e o mais disciplinador dos militares!"
(excerto de Ultimo Commando)
Contos:
- Ultimo commando. - Zit. - Herminia. - O Guarda Marinha. - Confissão. - O Echo. - Reconciliação. - Uma reliquia. - O Sal. - Morrendo! - O Crente. - O Aboletado.
Exemplar brochado (que não as de origem) em bom estado de conservação.
Raro.
Sem registo na BNP.
25€
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§ AUTÓGRAFOS,
*ALBUQUERQUE (Pedro de Medeiros e),
1ª E D I Ç Ã O,
Contos / Novelas,
História,
Literatura Portuguesa,
Livros antigos,
Livros séc. XIX
17 julho, 2016
GRAELLS, Dr. - AMORES SENSUAES. Estudo sobre a fisiologia do vicio no amor. Traducção e annotação de A. Fadón de Lizaso. Lisboa, Typ. de Herdeiros de Silvestre Castanheiro, 1910. In-8.º (17,5cm) de 96 p. , B. Bibliotheca popular scientifico-sexual, 2.ª série, VI
1.ª edição.
Estudo sobre o amor vicioso, de certa forma ingénuo, e com sérias reservas acerca do seu conteúdo histórico-científico... no entanto, bastante interessante e curioso.
"Nos primeiros tempos da Edade-Média, a libertinagem triunfava.
Os senhores faziam estendal dos seus vicios sem guardarem o mais minimo pudor ou conveniencia. O incesto multiplicava-se sob as fórmas mais horriveis
O filho não respeitava a mãe; as mães abusavam da innocencia dos filhos; o irmão violentava as irmãs; os pais requestavam as proprias filhas.
Na Hespanha, a louca e desenfreada paixão do rei godo D. Rodrigo, por Florinda, a Cava, e a leviandade d'esta mulher, foram a causa da perda da corôa e da vida do proprio rei, seguindo-se-lhe a invasão moura, protegida e mesmo solicitada pelo pae de Florinda, D. Julião.
A apparição da cavallaria é tambem medio-eval.
A cavallaria teve a original idéia de associar o amor ao heroismo e de considerar a estima d'uma mulher como o mais elevado objecto de actividade humana, erigindo o amor n'um principio supremo da moralidade.
Cada cavalleiro escolhia a sua dama, por ella combatia e a ella dedicava todas as suas façanhas.
Por seu lado nenhuma dama acceitava como cavalleiro o cobarde que fugia deante do perigo.
Durante muitos seculos a libertinagem vinha unida ou disfarçada com as practicas religiosas.
Em 1259 appareceu a seita dos flagellantes. Ninguem, ao principio suspeitava que as penitencias voluntarias d'estes peccadores, que se flagelavam em publico, podessem ser uma invenção da luxuria.
Caminhavam pelas ruas, a dois e dois, nús da cintura para cima, açoitando-se uns aos outros com correias e cilicios, e dando gemidos, até que o sangue brotava das carnes.
Pela noite dirigam-se para o campo e para os bosques e no meio das trevas e da escuridão redobravam as flagellações e com ellas os gritos e a sua loucura erótica.
Facil é adivinhar as odiosas consequencias d'estas reuniões de homens e mulhers, semi-nús, animados pelo espectaculo d'aquella indecente pantomima, na qual todos elles, uns após outros, se transformavam de actores em pacientes, chegando por fim ao ultimo paroxismo de extase libidinoso, praticando todas as variedades dos prazeres sensuaes e da depravação, na mais revoltante promiscuidade."
(excerto de O amor e o vicio na Edade-Média)
Matérias:
I. O amor e o vicio. Definição e caracteres que os distinguem. II. O vicio e o amor na mytologia e na lenda. III. O amor e o vicio na antiguidade: Egypto, Persia, India, Grecia e Roma. IV. O amor e o vicio na Edade-Média. V. A Edade Moderna. VI. O vicio e sensualidade nos povos selvagens. VII. O vicio na Sociedade Moderna.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Pequeno rasgão na capa posterior, sem perda de papel.
Raro.
Sem indicação de registo na BNP.
Indisponível
1.ª edição.
Estudo sobre o amor vicioso, de certa forma ingénuo, e com sérias reservas acerca do seu conteúdo histórico-científico... no entanto, bastante interessante e curioso.
"Nos primeiros tempos da Edade-Média, a libertinagem triunfava.
Os senhores faziam estendal dos seus vicios sem guardarem o mais minimo pudor ou conveniencia. O incesto multiplicava-se sob as fórmas mais horriveis
O filho não respeitava a mãe; as mães abusavam da innocencia dos filhos; o irmão violentava as irmãs; os pais requestavam as proprias filhas.
Na Hespanha, a louca e desenfreada paixão do rei godo D. Rodrigo, por Florinda, a Cava, e a leviandade d'esta mulher, foram a causa da perda da corôa e da vida do proprio rei, seguindo-se-lhe a invasão moura, protegida e mesmo solicitada pelo pae de Florinda, D. Julião.
A apparição da cavallaria é tambem medio-eval.
A cavallaria teve a original idéia de associar o amor ao heroismo e de considerar a estima d'uma mulher como o mais elevado objecto de actividade humana, erigindo o amor n'um principio supremo da moralidade.
Cada cavalleiro escolhia a sua dama, por ella combatia e a ella dedicava todas as suas façanhas.
Por seu lado nenhuma dama acceitava como cavalleiro o cobarde que fugia deante do perigo.
Durante muitos seculos a libertinagem vinha unida ou disfarçada com as practicas religiosas.
Em 1259 appareceu a seita dos flagellantes. Ninguem, ao principio suspeitava que as penitencias voluntarias d'estes peccadores, que se flagelavam em publico, podessem ser uma invenção da luxuria.
Caminhavam pelas ruas, a dois e dois, nús da cintura para cima, açoitando-se uns aos outros com correias e cilicios, e dando gemidos, até que o sangue brotava das carnes.
Pela noite dirigam-se para o campo e para os bosques e no meio das trevas e da escuridão redobravam as flagellações e com ellas os gritos e a sua loucura erótica.
Facil é adivinhar as odiosas consequencias d'estas reuniões de homens e mulhers, semi-nús, animados pelo espectaculo d'aquella indecente pantomima, na qual todos elles, uns após outros, se transformavam de actores em pacientes, chegando por fim ao ultimo paroxismo de extase libidinoso, praticando todas as variedades dos prazeres sensuaes e da depravação, na mais revoltante promiscuidade."
(excerto de O amor e o vicio na Edade-Média)
Matérias:
I. O amor e o vicio. Definição e caracteres que os distinguem. II. O vicio e o amor na mytologia e na lenda. III. O amor e o vicio na antiguidade: Egypto, Persia, India, Grecia e Roma. IV. O amor e o vicio na Edade-Média. V. A Edade Moderna. VI. O vicio e sensualidade nos povos selvagens. VII. O vicio na Sociedade Moderna.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Pequeno rasgão na capa posterior, sem perda de papel.
Raro.
Sem indicação de registo na BNP.
Indisponível
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*GRAELLS (Dr.),
1ª E D I Ç Ã O,
Erotismo,
Estudos críticos,
Estudos históricos,
História,
Sexualidade
16 julho, 2016
ALBUQUERQUE, Antonio de - ESCANDALO! : scenas da vida de provincia. Lisboa, Livraria Editora Viuva Tavares Cardoso, 1904. In-8.º (18,5cm) de 442, [4] p. ; E.
1.ª edição.
Romance rústico.
"Um sol ardente de Julho crestava a austera e esguia fachada da velha sé.
A missa do meio dia, lenta e somnolenta acabara finalmente, e o grande reposteiro vermelho da porta principal, afastado consecutivamente pelas mãos suadas da multidão devota, ondulava como um pendão ao vento.
Era um enorme formigueiro humano que ao sahir de dirigia apressado em todas as direcções. As mulheres vestindo os seus trajes domingueiros e garridos, escondiam levemente a sua natureza forte que se adivinhava na tumescencia dos seios e na maternidade das ancas. Os homens soberbos de virilidade, pegavam nos varapaus lusidios com o aprumo e attitudes dos antigos lusitanos empunhando as lanças. E toda aquella multidão borbulhava vistosa e colorida, bulhenta e offegante. [...]
Apenas o templo despejou a turba, começaram de sair lenta e quasi rythmicamente em grupos, as senhoras afidalgadas da terra, que enviavam aos seus conhecimentos saudações molhadas com sorrisos de sympathia falsa. Depois, lá seguiam para sua casa, criticando o gosto das toilettes, epigrammando a vida privada de todos, e se por acaso havia escandalo nunca se esqueciam de maldosamente amostardar a sua historia."
(excerto do Cap. I)
António de Albuquerque de Meneses e Lencastre (1866-1923). "Nasceu em Viseu no ano de 1866. Escritor, a sua obra não é abundante. Ficou, no entanto, conhecido pelo seu livro «O Marquês da Bacalhoa», publicado em 1908 e proibido, embora já se tivessem vendido 6.000 exemplares, que escandalizou a sociedade da época, por retratar de modo visível os costumes da família real e da corte. António de Albuquerque, porém, quase no fim da vida, penitenciou-se publicamente, repudiando o referido livro. Morreu em Sintra no ano de 1923."
(fonte: www.fmsoares.pt)
Encadernação em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Ex-libris de Mário Moniz dos Santos no verso na f. rosto.
Exemplar em bom estado de conservação. Sem f. anterrosto. Pequeno pico de traça, na parte superior da pasta frontal, junto à lombada.
Invulgar.
Indisponível
1.ª edição.
Romance rústico.
"Um sol ardente de Julho crestava a austera e esguia fachada da velha sé.
A missa do meio dia, lenta e somnolenta acabara finalmente, e o grande reposteiro vermelho da porta principal, afastado consecutivamente pelas mãos suadas da multidão devota, ondulava como um pendão ao vento.
Era um enorme formigueiro humano que ao sahir de dirigia apressado em todas as direcções. As mulheres vestindo os seus trajes domingueiros e garridos, escondiam levemente a sua natureza forte que se adivinhava na tumescencia dos seios e na maternidade das ancas. Os homens soberbos de virilidade, pegavam nos varapaus lusidios com o aprumo e attitudes dos antigos lusitanos empunhando as lanças. E toda aquella multidão borbulhava vistosa e colorida, bulhenta e offegante. [...]
Apenas o templo despejou a turba, começaram de sair lenta e quasi rythmicamente em grupos, as senhoras afidalgadas da terra, que enviavam aos seus conhecimentos saudações molhadas com sorrisos de sympathia falsa. Depois, lá seguiam para sua casa, criticando o gosto das toilettes, epigrammando a vida privada de todos, e se por acaso havia escandalo nunca se esqueciam de maldosamente amostardar a sua historia."
(excerto do Cap. I)
António de Albuquerque de Meneses e Lencastre (1866-1923). "Nasceu em Viseu no ano de 1866. Escritor, a sua obra não é abundante. Ficou, no entanto, conhecido pelo seu livro «O Marquês da Bacalhoa», publicado em 1908 e proibido, embora já se tivessem vendido 6.000 exemplares, que escandalizou a sociedade da época, por retratar de modo visível os costumes da família real e da corte. António de Albuquerque, porém, quase no fim da vida, penitenciou-se publicamente, repudiando o referido livro. Morreu em Sintra no ano de 1923."
(fonte: www.fmsoares.pt)
Encadernação em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Ex-libris de Mário Moniz dos Santos no verso na f. rosto.
Exemplar em bom estado de conservação. Sem f. anterrosto. Pequeno pico de traça, na parte superior da pasta frontal, junto à lombada.
Invulgar.
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*ALBUQUERQUE (António de),
1ª E D I Ç Ã O,
Literatura Portuguesa,
Romance
15 julho, 2016
CASTILHO, Augusto de - A QUESTÃO DO TRANSVAAL. Documentos colligidos, tradusidos e communicados á Sociedade de Geographia de Lisboa Em 24 de Fevereiro de 1881 por... Ex-governador de Lourenço Marques e socio correspondente da mesma Sociedade. Lisboa, Casa da Sociedade de Geographia, 1881. In-8.º (20,5cm) de 66 p.
1.ª edição.
Conjunto de documentos oficiais reproduzidos pelo autor sobre a questão do Transvaal, conflito que opôs a Inglaterra aos agricultores descendentes de franceses e holandeses que colonizaram o sul da África do Sul, a partir da colónia fundada junto ao Cabo da Boa Esperança. Estes documentos são demonstrativos do relacionamento entre as duas comunidades, entre 1856 e 1880. Posteriormente, este esforços diplomáticos resultariam infrutíferos, e viriam a dar origem ao primeiro conflito (1880-1881) e à Grande Guerra Anglo-Boer (1899-1902).
"Os commissarios por parte do Governo Britannico, garantem aos fazendeiros emigrantes de alem do rio Vaal, o direito de tratarem dos seus negocios, e de se governarem conforme leis suas, sem nenhuma intervenção por parte do governo Britannico; e que o dito Governo Britannico não praticará usurpações no territorio alem e ao norte do rio Vaal: assegurando-se tambem que o mais ardente desejo do Governo Britannico é promover a paz, o commercio livre, e as relações de amisade com os fazendeiros emigrantes que agora habitam, ou que de futuro venham a habitar aquelle paiz; tendo-se por entendido que este systema de não intervenção é obrigante para ambas as partes. [...]
Os commissarios de Sua Magestade rejeitam por esta forma toda a alliança com quaesquer nações de pretos ao norte do rio Vaal.
Fica ajustado que não será permittida em tempo algum aos emigrantes fazendeiros ao norte do rio Vaal, a posse de escravos."
(excerto da Convenção do Rio Sand, subscrita por lideres históricos do Transvaal, ente outros, A. W. J. Pretorius, W. F. Joubert e C. J. Kruger)
Summario:
I - Independencia do Transvaal reconhecida pelos inglezes - 1852. II - Annexação do Transvaal pelos inglezes - 1877. III - Protestos do Transvaal contra a annexação - 1877. IV - Esforços pacificos do Transvaal para rehaver a sua independencia - 1878. V - Restauração da independencia - 1880.
Augusto Vidal de Castilho Barreto e Noronha (Lisboa, 1841-Lisboa, 1912). Filho do poeta e pedagogo António Feliciano de Castilho, e irmão do escritor e olisipógrafo Júlio de Castilho. “Foi um militar da Marinha Portuguesa. A sua carreira começou na Escola Naval, em 1859, tendo servido em Angola, no Estado Português da Índia, em Moçambique e no Brasil. Em Moçambique foi Governador-geral, de 1885 a 1889. Nessas funções, emitiu em 1886 uma Portaria Provincial regulando a cobrança do "mussoco" nos Prazos (que tinham sido "extintos", pela terceira vez, seis anos antes), que incluía a obrigatoriedade dos homens válidos pagarem aquele imposto, se não em produtos, então em trabalho; foi dessa forma que começaram a organizar-se as grandes plantações de coqueiros e, mais tarde, as de sisal e de cana sacarina na Zambézia. Foi ainda Governador civil do Distrito do Porto, Director-geral da Marinha e Ministro da Marinha e Ultramar, em 1908. Colaborou na revista A Imprensa (1885-1891) e dirigiu a revista Brasil-Portugal (1899-1914). Encerrou a sua carreira no posto de Major-general da Armada na altura da implantação da República." Em sua homenagem, foi rebatizado com o seu nome um arrastão de pesca a vapor, anteriormente denominado Elite, e que fora requisitado pelo Governo Português para serviço durante a Grande Guerra, classificado como patrulha de alto mar. Foi afundado por um submarino alemão, em 14 de Outubro de 1918, sob o comando do 1.º Tenente Carvalho Araújo.
(fonte principal: wikipédia)
Exemplar desencadernado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível
1.ª edição.
Conjunto de documentos oficiais reproduzidos pelo autor sobre a questão do Transvaal, conflito que opôs a Inglaterra aos agricultores descendentes de franceses e holandeses que colonizaram o sul da África do Sul, a partir da colónia fundada junto ao Cabo da Boa Esperança. Estes documentos são demonstrativos do relacionamento entre as duas comunidades, entre 1856 e 1880. Posteriormente, este esforços diplomáticos resultariam infrutíferos, e viriam a dar origem ao primeiro conflito (1880-1881) e à Grande Guerra Anglo-Boer (1899-1902).
"Os commissarios por parte do Governo Britannico, garantem aos fazendeiros emigrantes de alem do rio Vaal, o direito de tratarem dos seus negocios, e de se governarem conforme leis suas, sem nenhuma intervenção por parte do governo Britannico; e que o dito Governo Britannico não praticará usurpações no territorio alem e ao norte do rio Vaal: assegurando-se tambem que o mais ardente desejo do Governo Britannico é promover a paz, o commercio livre, e as relações de amisade com os fazendeiros emigrantes que agora habitam, ou que de futuro venham a habitar aquelle paiz; tendo-se por entendido que este systema de não intervenção é obrigante para ambas as partes. [...]
Os commissarios de Sua Magestade rejeitam por esta forma toda a alliança com quaesquer nações de pretos ao norte do rio Vaal.
Fica ajustado que não será permittida em tempo algum aos emigrantes fazendeiros ao norte do rio Vaal, a posse de escravos."
(excerto da Convenção do Rio Sand, subscrita por lideres históricos do Transvaal, ente outros, A. W. J. Pretorius, W. F. Joubert e C. J. Kruger)
Summario:
I - Independencia do Transvaal reconhecida pelos inglezes - 1852. II - Annexação do Transvaal pelos inglezes - 1877. III - Protestos do Transvaal contra a annexação - 1877. IV - Esforços pacificos do Transvaal para rehaver a sua independencia - 1878. V - Restauração da independencia - 1880.
Augusto Vidal de Castilho Barreto e Noronha (Lisboa, 1841-Lisboa, 1912). Filho do poeta e pedagogo António Feliciano de Castilho, e irmão do escritor e olisipógrafo Júlio de Castilho. “Foi um militar da Marinha Portuguesa. A sua carreira começou na Escola Naval, em 1859, tendo servido em Angola, no Estado Português da Índia, em Moçambique e no Brasil. Em Moçambique foi Governador-geral, de 1885 a 1889. Nessas funções, emitiu em 1886 uma Portaria Provincial regulando a cobrança do "mussoco" nos Prazos (que tinham sido "extintos", pela terceira vez, seis anos antes), que incluía a obrigatoriedade dos homens válidos pagarem aquele imposto, se não em produtos, então em trabalho; foi dessa forma que começaram a organizar-se as grandes plantações de coqueiros e, mais tarde, as de sisal e de cana sacarina na Zambézia. Foi ainda Governador civil do Distrito do Porto, Director-geral da Marinha e Ministro da Marinha e Ultramar, em 1908. Colaborou na revista A Imprensa (1885-1891) e dirigiu a revista Brasil-Portugal (1899-1914). Encerrou a sua carreira no posto de Major-general da Armada na altura da implantação da República." Em sua homenagem, foi rebatizado com o seu nome um arrastão de pesca a vapor, anteriormente denominado Elite, e que fora requisitado pelo Governo Português para serviço durante a Grande Guerra, classificado como patrulha de alto mar. Foi afundado por um submarino alemão, em 14 de Outubro de 1918, sob o comando do 1.º Tenente Carvalho Araújo.
(fonte principal: wikipédia)
Exemplar desencadernado em bom estado de conservação.
Raro.
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*CASTILHO (Augusto de),
1ª E D I Ç Ã O,
África,
África do Sul,
Diplomacia,
Diplomacia / Tratados,
História,
Livros antigos,
Livros séc. XIX,
Política
14 julho, 2016
ZARCO, Henrique - IMAGENS DO ALENTEJO (Documentário da Vida Alentejana). [S.l.], [s.n. - imp. na Imprensa Artística, Limitada, Lisboa], 1936. In-8.º (19cm) de 151, [9] p. ; [3] f. il. ; B. Colecção "Amanhã", 2
Capa de Clímaco.
1.ª edição.
Conjunto de crónicas dedicadas ao Alentejo e às precárias condições de vida da sua população.
Livro ilustrado com belíssimas estampas intercaladas no texto da autoria de Manuel Ribeiro de Pavia, naquela que terá sido a primeira obra literária a que o Mestre emprestou a sua colaboração artística.
Imagens do Alentejo é um "documentário vivo e calcinante, sem grandes preocupações literárias, da fecundante região dos grandes senhores e dos grandes escravos, é uma obra essencialmente regionalista, onde são cantadas as belezas do seu solo, e as grandezas e misérias do seu povo, pelo joven alentejano Henrique Zarco.
Êste novel escritor, ao delinear esta obra, quis chamar a atenção dos homens de letras, artistas e governantes da nossa terra para essa fecundante região que se estende ao longo duma planície tam vasta, que se perde de vista na imensidade do dourado das espigas trazidas à superfície pelo esfôrço hercúleo dos seus filhos e... que não lhes garante o pão para o seu sustento.
É, pois, para êsse manancial de beleza ardente e artística, em cujo solo escaldante se abrasa a e esquece êste nobre povo alentejano, que apelamos para todos os corações sensíveis, que auscultem a vida desta dolente gente que revolve a terra em busca do minério e do pão."
(excerto da nota dos editores)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas, lombada e f. anterrosto frágeis com defeitos e pequenas falhas de papel.
Muito invulgar.
Indisponível
Capa de Clímaco.
1.ª edição.
Conjunto de crónicas dedicadas ao Alentejo e às precárias condições de vida da sua população.
Livro ilustrado com belíssimas estampas intercaladas no texto da autoria de Manuel Ribeiro de Pavia, naquela que terá sido a primeira obra literária a que o Mestre emprestou a sua colaboração artística.
Imagens do Alentejo é um "documentário vivo e calcinante, sem grandes preocupações literárias, da fecundante região dos grandes senhores e dos grandes escravos, é uma obra essencialmente regionalista, onde são cantadas as belezas do seu solo, e as grandezas e misérias do seu povo, pelo joven alentejano Henrique Zarco.
Êste novel escritor, ao delinear esta obra, quis chamar a atenção dos homens de letras, artistas e governantes da nossa terra para essa fecundante região que se estende ao longo duma planície tam vasta, que se perde de vista na imensidade do dourado das espigas trazidas à superfície pelo esfôrço hercúleo dos seus filhos e... que não lhes garante o pão para o seu sustento.
É, pois, para êsse manancial de beleza ardente e artística, em cujo solo escaldante se abrasa a e esquece êste nobre povo alentejano, que apelamos para todos os corações sensíveis, que auscultem a vida desta dolente gente que revolve a terra em busca do minério e do pão."
(excerto da nota dos editores)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas, lombada e f. anterrosto frágeis com defeitos e pequenas falhas de papel.
Muito invulgar.
Indisponível
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*PAVIA (Manuel Ribeiro de),
*ZARCO (Henrique),
1ª E D I Ç Ã O,
Alentejo,
Crónicas
13 julho, 2016
GRANJO, Antonio – A GRANDE AVENTURA (scenas da guerra).
Lisboa, Portugal-Brasil, [1919]. In-8.º (19cm) de 193, [3] p. ; B.
1.ª edição.
António Granjo incorporou o 1.º batalhão de infantaria 19, que participou, integrado noutras unidades, no Corpo Expedicionário Português colocado na Flandres durante a Grande Guerra. Da sua experiência nas trincheiras resultou este livro que é um interessante documento da participação portuguesa no conflito.
“Parti de Chaves, com o 1.º Batalhão de infantaria 19, na noite de 20 para 21 de maio de 1917, com destino a Lisboa, onde embarquei, em direcção a Brest, no dia 27 do mesmo mez. Cheguei a Brest no dia 1 de junho, desembarcando no dia seguinte para tomar imediatamente o comboio militar que me levou ao acampamento de Etaples. No dia 9 do mesmo mez recebia guia, com outros oficiaes e alguns sargentos graduados, para me apresentar no Q. G. do C. E. P., deixando o batalhão acampado.
1.ª edição.
António Granjo incorporou o 1.º batalhão de infantaria 19, que participou, integrado noutras unidades, no Corpo Expedicionário Português colocado na Flandres durante a Grande Guerra. Da sua experiência nas trincheiras resultou este livro que é um interessante documento da participação portuguesa no conflito.
“Parti de Chaves, com o 1.º Batalhão de infantaria 19, na noite de 20 para 21 de maio de 1917, com destino a Lisboa, onde embarquei, em direcção a Brest, no dia 27 do mesmo mez. Cheguei a Brest no dia 1 de junho, desembarcando no dia seguinte para tomar imediatamente o comboio militar que me levou ao acampamento de Etaples. No dia 9 do mesmo mez recebia guia, com outros oficiaes e alguns sargentos graduados, para me apresentar no Q. G. do C. E. P., deixando o batalhão acampado.
O batalhão 19 constituía uma unidade de deposito. Cada um
seguiu para seu lado, conforme o exigiam as conveniencias do serviço e as
necessidades da campanha.
O 19 foi, porém, de todos os batalhões da Flandres, aquele
que contribuiu com um maior contingente de heroismo. Ás nossas mais belas
paginas de guerra está ligado imperecivelmente algum nome do 1.º Batalhão de
infantaria 19.
A primeira vitoria sobre os alemães, em Neuve-Chapelle, foi
obtida pelo alferes do 19, Antonio Teixeira, miliciano, que conseguiu repelir
com o seu pelotão duas companhias alemãs, fazendo alguns prisioneiros, e por
esse feito foi promovido por distinção a tenente (aos 18 anos!) e condecorado
com a Cruz de Guerra e a Military Cross.
O único golpe ofensivo vibrado ao inimigo foi o raid
comandado pelo capitão Ribeiro de Carvalho, do 19,. Foi por isso (aos 28 anos!)
promovido a major e condecorado com a Cruz de Guerra, a Military Cross e a Torre e Espada.
Na ofensiva alemã de abril, os cento e tantos soldados do 19
encorporados no 15 por tal forma se houveram que foram todos louvados individualmente.
O Capitão Bento Roma, o maior portuguez do nosso tempo, o
novo Duarte Pacheco que em Lacouture restabeleceu a nossa tradição heroica e
legendaria, fôra transferido do 19 nas vesperas de partir para França e no dia
19 fez a sua carreira.
É por isso que as minhas primeiras palavras são para o meu
glorioso batalhão. Se o destino lhe foi descaroável, se a Historia nem sequer o
encontrará como uma unidade combatente e precisará de ir buscar aos outros
batalhões a noticia dos feitos dos seus oficiaes e soldados, que ao menos fique
esse glorioso 19, que desde o Bussaco vem ilustrando os nossos fastos militares,
na primeira pagina deste livro de recordações.
É possível que alguns olhos caíam sobre estas linhas.
Desejaria que no coração do portuguez que as lesse, esse numero 19 ficasse
gritando e ardendo como a própria voz da Patria.”
(Ao 1.º Batalhão de infantaria 19)
(Ao 1.º Batalhão de infantaria 19)
Matérias:
- Ao 1.º batalhão de infantaria 19. – Ao 1.º batalhão de
infantaria 22. – A grande aventura. – De Lisboa a Brest. – De Brest a Etaples.
– Um dia fóra do acampamento. – Para a frente. – Na catedral de
Aire-sûr-la-Lys. – A noite de Santo Antonio. – O tenente Grilo. – Nas linhas de
apoio. – A primeira patrulha. – O metralhador. – Carta a uma mãe. –
Acantonamento de Penin-Mariage. – Um S. O. S. – Flores da terra de ninguém. A
fuga á morte. – Dois heróis. – Os dois prisioneiros. – A rendição. – Por
Portugal.
António Granjo (1881-1921). Natural de Chaves. Foi um político e militar português. Viria a ser assassinado na sequência de um movimento
radical, em Lisboa, na madrugada de 19 de Outubro de 1921, na purga que ficaria conhecida para a história por «Noite Sangrenta». Na sua carreira
política destacam-se duas breves passagens pelo cargo de primeiro-ministro,
funções que exercia aquando da sua morte.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível
Indisponível
11 julho, 2016
LE CORBUSIER - MANEIRA DE PENSAR O URBANISMO. Tradução de
José Borrego. Lisboa, Publicações Europa-América, [1969]. In-8.º (18cm) de 211,
[6] p. ; il. ; B. Colecção Saber
1ª edição portuguesa.
Muito ilustrada no texto com esboços, desenhos esquemáticos,
maquetes, etc.
“Se ainda era possível considerar, até às primeiras décadas
do século XX, dois estabelecimentos humanos tradicionais - a cidade como
organismo urbano e a aldeia como organismo rural coerentes - as transformações
ocorridas, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, com a explosão caótica
das cidades e seus congestionamentos, mudaram de modo radical a visão dos
urbanistas e arquitectos. Com a clara percepção deste facto, Le Corbusier
analisa e propõe as metas de uma nova visão arquitetónica e urbanística capaz
de colocar o homem num entorno que privilegie concomitantemente o humano e o
natural.”
(in cidadesrebeldes.wordpress.com)
Le Corbusier (1887-1965). “Jeanneret, mais conhecido por Le Corbusier, nasceu a 6 de Outubro de 1887 em La Chaux-de-Fonds, Suíça, mas viveu a maior parte da sua vida em França. Iniciou a sua carreira como intelectual, pintor e escritor («homme de lettres»). Nas suas viagens pelo mundo, Le Corbusier contactou com estilos de épocas diversas. De todas estas influências, captou aquilo que considerava essencial e intemporal, reconhecendo em especial os valores da Arquitectura Clássica grega. Interessado pelos problemas do planeamento urbano, resultantes do crescimento das cidades, abre em 1922 o seu primeiro atelier de Arquitectura. Desenvolveu um sistema construtivo com pilares de cimento armado, que libertava as paredes de qualquer função estrutural. As estruturas «esqueléticas» permitiam muitas variações para definir os espaços interior.
(in cidadesrebeldes.wordpress.com)
Le Corbusier (1887-1965). “Jeanneret, mais conhecido por Le Corbusier, nasceu a 6 de Outubro de 1887 em La Chaux-de-Fonds, Suíça, mas viveu a maior parte da sua vida em França. Iniciou a sua carreira como intelectual, pintor e escritor («homme de lettres»). Nas suas viagens pelo mundo, Le Corbusier contactou com estilos de épocas diversas. De todas estas influências, captou aquilo que considerava essencial e intemporal, reconhecendo em especial os valores da Arquitectura Clássica grega. Interessado pelos problemas do planeamento urbano, resultantes do crescimento das cidades, abre em 1922 o seu primeiro atelier de Arquitectura. Desenvolveu um sistema construtivo com pilares de cimento armado, que libertava as paredes de qualquer função estrutural. As estruturas «esqueléticas» permitiam muitas variações para definir os espaços interior.
É considerado o arquitecto mais importante do século XX. Os
seus edifícios, os seus livros, e até os seus caraterísticos laços e óculos de
massa pretos afectam a nossa ideia de arquitectura moderna e de Modernismo em
geral. Apesar das críticas que o seu trabalho enfrentou, Le Corbusier
influencia ainda hoje a arquitetura e o planeamento urbanístico.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€
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*LE CORBUSIER,
1ª E D I Ç Ã O,
Arquitectura,
Urbanismo
10 julho, 2016
LEITE, Bertha - A LENDA DA PRAIA DO GUINCHO. [S.l.], [s.n. - imp. na Typographia do Commercio, Lisboa], 1921. In-8.º (17,5cm) de 45, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Primeira, e uma das mais apreciadas obras de Berta Leite. Impressa em papel de linho.
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa da autora.
"Reza a lenda que, no século XIII, foi a partir destas areias que ecoou pela povoação toda o "guincho" de uma donzela que anunciava a conquista de Alcácer do Sal aos mouros pelo exército de D. Afonso II, onde combatia o seu noivo."
(www.ncoisasnossas.com/pt)
"Por aquella aridez asperamente selvagem onde o sol dardeja jorros de luz crúa, ha para além de Cascaes, um forte abandonado que nada diz. E, no entanto, foi construido sobre as ruinas do Castello que abrigou esta mirifica lenda portugueza!"
(excerto do preâmbulo)
"Na costa onde o mar continúa a rugir preces altivas, escalavrando rochedos hirtos e elevando a uma possança extraordinaria o enobrecimento do rythmo, ouve out'rora sob o reinado de D. Affonso II, uma filha de santos pescadores, que por mando do Senhor do Castello, D. Pedro de Portugal, foi feita sua serva. Ainda que submisso e prudente o pae achara-se cobarde de não se ter revoltado.
Tinha talvez podido fugir á prisão e ao azorrague e subtrahir a filha ao destino que a vontade senhorial impunha.
A sua humildade hesitara em contrariar a vontade do Senhor do Castello, mas emquanto elle hesitava, levaram-lh'a os serviçaes.
Timida e chorosa, lá foi juntamente com mais duas victimas, mas essas dengosas e contentes. Andaram toda a noite cobertos pelo luar e só de madrugada avistaram ao longe as muralhas do Castello."
(excerto da Cap. I)
Exemplar brochado, por aparar, em bom estado de conservação. Capa apresenta pequenas falhas de papel nas margens.
Raro.
Indisponível
1.ª edição.
Primeira, e uma das mais apreciadas obras de Berta Leite. Impressa em papel de linho.
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa da autora.
"Reza a lenda que, no século XIII, foi a partir destas areias que ecoou pela povoação toda o "guincho" de uma donzela que anunciava a conquista de Alcácer do Sal aos mouros pelo exército de D. Afonso II, onde combatia o seu noivo."
(www.ncoisasnossas.com/pt)
"Por aquella aridez asperamente selvagem onde o sol dardeja jorros de luz crúa, ha para além de Cascaes, um forte abandonado que nada diz. E, no entanto, foi construido sobre as ruinas do Castello que abrigou esta mirifica lenda portugueza!"
(excerto do preâmbulo)
"Na costa onde o mar continúa a rugir preces altivas, escalavrando rochedos hirtos e elevando a uma possança extraordinaria o enobrecimento do rythmo, ouve out'rora sob o reinado de D. Affonso II, uma filha de santos pescadores, que por mando do Senhor do Castello, D. Pedro de Portugal, foi feita sua serva. Ainda que submisso e prudente o pae achara-se cobarde de não se ter revoltado.
Tinha talvez podido fugir á prisão e ao azorrague e subtrahir a filha ao destino que a vontade senhorial impunha.
A sua humildade hesitara em contrariar a vontade do Senhor do Castello, mas emquanto elle hesitava, levaram-lh'a os serviçaes.
Timida e chorosa, lá foi juntamente com mais duas victimas, mas essas dengosas e contentes. Andaram toda a noite cobertos pelo luar e só de madrugada avistaram ao longe as muralhas do Castello."
(excerto da Cap. I)
Exemplar brochado, por aparar, em bom estado de conservação. Capa apresenta pequenas falhas de papel nas margens.
Raro.
Indisponível
Etiquetas:
§ AUTÓGRAFOS,
*LEITE (Berta),
1ª E D I Ç Ã O,
Cascais,
Contos / Novelas,
História,
História de Portugal,
Lendas,
Romance Histórico
08 julho, 2016
AGUDO, Fernandes - UM CRIME DESVENDADO : romance. Lisboa, Livraria Ferin, 1908. In-8.º (18,5cm) de 254 p. ; E.
1.ª edição.
Romance realista de costumes sobre a traição e o ciúme - o crime e a loucura.
"Este livro não se filia em escola alguma. Pertence a todas - não pertence a nenhuma. Escripto desprendidamente, sem pruridos litterarios, tem por objectivo, apenas - e isto mesmo sem pretensões - definir alguns carácteres, que todo o mundo está farto de conhecer - mas que, talvez, ainda não registasse. - O que ahi fica, são apenas notas á margem de um observador, algum tanto pessimista, mas em todo o caso coherente.
Apparece ahi uma mulher, que não é bem um typo - mas é, seem duvida, um producto exotico da neurastenia moderna. Emoldurei-a nos seus sentimentos, e, assim, vô-la apresento. As tintas do quadro vão carregadas - vão, talvez, nêgras demais: mas foi preciso aquillo para destacar. - Nouttros tempos, a mulher - que o erotismo romantico via simplesmente atravez dos anneis dos seus cabellos loiros, ou da sua tês alabastrina - era cantada entre um olhar terno e o esvasiar de uma taça de bom vinho, entre o colhêr de uma rósa e o aspirar do seu perfume. Tudo exterioridades... Hoje, não: hoje já não póde ser assim. O romance - e a poesia tambem - tem que esvurmar um pouquinho mais fundo: tem que escalpelizar anatomicamente as suas faculdades sentimentaes e tirar uma conclusão segura da sua capacidade. E, honra seja dada á natureza! depois de feita a operação, verifica-se que a mulher é ainda hoje, o que ha tres mil annos era no capitulo - sentimentos, e no paragrapho - paixão!
Mas, quando estas duas faculdades se manifestam mais intensamente, mais desgarradamente, mais abruptamente, é, sem duvida, no momento em que lhe cáem aos pés as suas illusões, ou lhe escapa, lhe foge, para se ir abraçar a outra, o homem que ella julgava seguro pelos laços do seu amor. [...]
Quem ler, pois, Um crime desvendado, não vá suppor que o auctor fantasiou: não senhor. Tudo que ahi fica são coisas do nosso meio, vividas e sentidas nas organisações do nosso espirito desiquilibrado - que, graças a Deus, já não é só de hoje! E, quem supposer tambem que a mulher, a despeito de todas as liberdades da civilisação, não é capaz de conceber, nutrir e acalentar no seu espirito uma vingança, que se possa appellidar de «monstruosa», exercida sobre o amante, quando ella está devéras apaixonada, é porque desconhece aquelle meditado pensamento de La Bruyère: «chorar o que se ama é um bem, se o compararmos com o viver na companhia de quem se odeia»."
(excerto da introdução, Esclarecendo...)
Encadernação em meia de percalina com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível
1.ª edição.
Romance realista de costumes sobre a traição e o ciúme - o crime e a loucura.
"Este livro não se filia em escola alguma. Pertence a todas - não pertence a nenhuma. Escripto desprendidamente, sem pruridos litterarios, tem por objectivo, apenas - e isto mesmo sem pretensões - definir alguns carácteres, que todo o mundo está farto de conhecer - mas que, talvez, ainda não registasse. - O que ahi fica, são apenas notas á margem de um observador, algum tanto pessimista, mas em todo o caso coherente.
Apparece ahi uma mulher, que não é bem um typo - mas é, seem duvida, um producto exotico da neurastenia moderna. Emoldurei-a nos seus sentimentos, e, assim, vô-la apresento. As tintas do quadro vão carregadas - vão, talvez, nêgras demais: mas foi preciso aquillo para destacar. - Nouttros tempos, a mulher - que o erotismo romantico via simplesmente atravez dos anneis dos seus cabellos loiros, ou da sua tês alabastrina - era cantada entre um olhar terno e o esvasiar de uma taça de bom vinho, entre o colhêr de uma rósa e o aspirar do seu perfume. Tudo exterioridades... Hoje, não: hoje já não póde ser assim. O romance - e a poesia tambem - tem que esvurmar um pouquinho mais fundo: tem que escalpelizar anatomicamente as suas faculdades sentimentaes e tirar uma conclusão segura da sua capacidade. E, honra seja dada á natureza! depois de feita a operação, verifica-se que a mulher é ainda hoje, o que ha tres mil annos era no capitulo - sentimentos, e no paragrapho - paixão!
Mas, quando estas duas faculdades se manifestam mais intensamente, mais desgarradamente, mais abruptamente, é, sem duvida, no momento em que lhe cáem aos pés as suas illusões, ou lhe escapa, lhe foge, para se ir abraçar a outra, o homem que ella julgava seguro pelos laços do seu amor. [...]
Quem ler, pois, Um crime desvendado, não vá suppor que o auctor fantasiou: não senhor. Tudo que ahi fica são coisas do nosso meio, vividas e sentidas nas organisações do nosso espirito desiquilibrado - que, graças a Deus, já não é só de hoje! E, quem supposer tambem que a mulher, a despeito de todas as liberdades da civilisação, não é capaz de conceber, nutrir e acalentar no seu espirito uma vingança, que se possa appellidar de «monstruosa», exercida sobre o amante, quando ella está devéras apaixonada, é porque desconhece aquelle meditado pensamento de La Bruyère: «chorar o que se ama é um bem, se o compararmos com o viver na companhia de quem se odeia»."
(excerto da introdução, Esclarecendo...)
Encadernação em meia de percalina com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível
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07 julho, 2016
VILARINHO, Manuel Leal - O QUE VI, OUVI E APRENDI NUMA VISITA RELÂMPAGO AO BRASIL. Lisboa, Academia de Marinha, 2006. In-4.º (24,5cm) de [4], 33, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Impressões de viagem do Contra-Almirante Manuel Leal Vilarinho na sua visita a Terras de Vera Cruz.
Ilustrada com a reprodução de 11 fotografias a p.b. e um mapa do território brasileiro.
"A Marinha fez-me conhecer o mundo, mas nunca fora ao Brasil. Há muito que desejava fazê-lo, pois achava que era indispensável para a cultura dum português. [...]
Planeei a viagem de forma a visitar Salvador, Ouro Preto e é claro, o Rio de Janeiro. Depois decidi-me a escrever o relato da viagem, em que dei preferência aos pontos que esperava ver a influencia portuguesa mais antiga.
Detesto aqueles que estão uns dias num país e vêm descrevê-lo, como se lá tivessem vivido sempre. Por isso só descrevi o que observei."
(excerto da introdução)
Matérias:
I - Salvador da Baía. II - Evolução do Brasil desde a descoberta à tomada de consciência de ser uma nação e dos seus limites geográficos: 1) As Incursões Holandesas; 2) Consequências do Domínio Espanhol - (1580-1640). III - A excursão a Minas Gerais. IV - Breve sísntese dos acontecimentos passados em Portugal e no Brasil que influenciaram este país do século XVIII até à chegada de D. Pedro. V - Rio de Janeiro. VI - Balanço da viagem.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€
1.ª edição.
Impressões de viagem do Contra-Almirante Manuel Leal Vilarinho na sua visita a Terras de Vera Cruz.
Ilustrada com a reprodução de 11 fotografias a p.b. e um mapa do território brasileiro.
"A Marinha fez-me conhecer o mundo, mas nunca fora ao Brasil. Há muito que desejava fazê-lo, pois achava que era indispensável para a cultura dum português. [...]
Planeei a viagem de forma a visitar Salvador, Ouro Preto e é claro, o Rio de Janeiro. Depois decidi-me a escrever o relato da viagem, em que dei preferência aos pontos que esperava ver a influencia portuguesa mais antiga.
Detesto aqueles que estão uns dias num país e vêm descrevê-lo, como se lá tivessem vivido sempre. Por isso só descrevi o que observei."
(excerto da introdução)
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I - Salvador da Baía. II - Evolução do Brasil desde a descoberta à tomada de consciência de ser uma nação e dos seus limites geográficos: 1) As Incursões Holandesas; 2) Consequências do Domínio Espanhol - (1580-1640). III - A excursão a Minas Gerais. IV - Breve sísntese dos acontecimentos passados em Portugal e no Brasil que influenciaram este país do século XVIII até à chegada de D. Pedro. V - Rio de Janeiro. VI - Balanço da viagem.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
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