CASTILHO, Augusto de - A QUESTÃO DO TRANSVAAL. Documentos colligidos, tradusidos e communicados á Sociedade de Geographia de Lisboa Em 24 de Fevereiro de 1881 por... Ex-governador de Lourenço Marques e socio correspondente da mesma Sociedade. Lisboa, Casa da Sociedade de Geographia, 1881. In-8.º (20,5cm) de 66 p.
1.ª edição.
Conjunto de documentos oficiais reproduzidos pelo autor sobre a questão do Transvaal, conflito que opôs a Inglaterra aos agricultores descendentes de franceses e holandeses que colonizaram o sul da África do Sul, a partir da colónia fundada junto ao Cabo da Boa Esperança. Estes documentos são demonstrativos do relacionamento entre as duas comunidades, entre 1856 e 1880. Posteriormente, este esforços diplomáticos resultariam infrutíferos, e viriam a dar origem ao primeiro conflito (1880-1881) e à Grande Guerra Anglo-Boer (1899-1902).
"Os commissarios por parte do Governo Britannico, garantem aos fazendeiros emigrantes de alem do rio Vaal, o direito de tratarem dos seus negocios, e de se governarem conforme leis suas, sem nenhuma intervenção por parte do governo Britannico; e que o dito Governo Britannico não praticará usurpações no territorio alem e ao norte do rio Vaal: assegurando-se tambem que o mais ardente desejo do Governo Britannico é promover a paz, o commercio livre, e as relações de amisade com os fazendeiros emigrantes que agora habitam, ou que de futuro venham a habitar aquelle paiz; tendo-se por entendido que este systema de não intervenção é obrigante para ambas as partes. [...]
Os commissarios de Sua Magestade rejeitam por esta forma toda a alliança com quaesquer nações de pretos ao norte do rio Vaal.
Fica ajustado que não será permittida em tempo algum aos emigrantes fazendeiros ao norte do rio Vaal, a posse de escravos."
(excerto da Convenção do Rio Sand, subscrita por lideres históricos do Transvaal, ente outros, A. W. J. Pretorius, W. F. Joubert e C. J. Kruger)
Summario:
I - Independencia do Transvaal reconhecida pelos inglezes - 1852. II - Annexação do Transvaal pelos inglezes - 1877. III - Protestos do Transvaal contra a annexação - 1877. IV - Esforços pacificos do Transvaal para rehaver a sua independencia - 1878. V - Restauração da independencia - 1880.
Augusto Vidal de Castilho Barreto e Noronha (Lisboa,
1841-Lisboa, 1912). Filho do poeta e pedagogo António Feliciano de Castilho, e irmão do escritor e olisipógrafo Júlio de Castilho. “Foi um militar da Marinha Portuguesa. A sua carreira
começou na Escola Naval, em 1859, tendo servido em Angola, no Estado Português
da Índia, em Moçambique e no Brasil. Em Moçambique foi Governador-geral, de 1885 a 1889. Nessas
funções, emitiu em 1886 uma Portaria Provincial regulando a cobrança do
"mussoco" nos Prazos (que tinham sido "extintos", pela
terceira vez, seis anos antes), que incluía a obrigatoriedade dos homens
válidos pagarem aquele imposto, se não em produtos, então em trabalho; foi
dessa forma que começaram a organizar-se as grandes plantações de coqueiros e,
mais tarde, as de sisal e de cana sacarina na Zambézia. Foi ainda Governador civil do Distrito do Porto,
Director-geral da Marinha e
Ministro da Marinha e Ultramar, em 1908. Colaborou na revista A Imprensa
(1885-1891) e dirigiu a revista Brasil-Portugal (1899-1914). Encerrou a sua
carreira no posto de Major-general da Armada na altura da implantação da República." Em sua homenagem, foi rebatizado com o seu nome um arrastão de pesca a vapor, anteriormente denominado Elite, e que fora requisitado pelo Governo Português para serviço durante a Grande Guerra, classificado como patrulha de alto mar. Foi afundado por um submarino alemão, em 14 de Outubro de 1918, sob o comando do 1.º Tenente Carvalho Araújo.
(fonte principal: wikipédia)
Exemplar desencadernado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível
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